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Estudantes potiguares vão recorrer à Justiça após perderem vaga com mudança em resultado do Sisu

 

Na corrida contra o tempo, já que as universidades divulgaram os calendários para efetivação das matrículas, as estudantes potiguares que sofreram mudanças com a alteração do resultado final do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) vão recorrer à Justiça para solicitar que o primeiro resultado divulgado ainda no dia 30 de janeiro seja cumprido, garantindo as vagas nos cursos em que elas foram aprovadas.

De acordo com o advogado Allyson Medeiros, que representa a família da estudante Jainy Azevedo de Araújo, de 18 anos, já foi solicitado ao Poder Judiciário a permanência do resultado que indicava a aprovação da jovem.

“Nós demos entrada em uma mandado de segurança buscando reaver a classificação da estudante. Contudo, apesar de ser muito difícil, nós tentamos. Hoje, a administração pública tem o direito de reaver seus atos. Na petição, citamos o INEP e a própria União Federal”, disse o advogado.

Além do mandado de segurança, o advogado informou ainda que pediu uma indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil para a estudante, quantia que segundo o representante, serve para mostrar o interesse na aprovação, e não no valor financeiro. “Queremos mostrar ao juiz que nossa prioridade é a aprovação da estudante e não a indenização”, apontou.

Jainy Azevedo de Araújo, de 18 anos, é de Jardim do Seridó. Na primeira divulgação do Sisu, que de acordo com o MEC aconteceu por um bug no sistema, foi aprovada no curso de Medicina, em Pernambuco. Já no resultado final, a jovem ficou fora das vagas.

Um outro caso divulgado em âmbito nacional foi o da estudante Clara Letícia Pereira Leite, que também tem 18 anos. Nas redes sociais, a estudante divulgou fotos dos resultados divergentes.

Ao NOVO Notícias a estudante informou que está buscando informações com profissionais ligados ao direito para saber como recorrer o resultado.

Fonte: Novo Notícias

Comércio, Tecnologia

Restaurantes potiguares investem em tecnologia como ferramenta para gerir funcionários

A tecnologia é uma grande aliada de qualquer negócio. Ela torna o dia a dia mais prático e, se tratando da relação patrão-empregado, o uso de soluções inovadoras traz mais segurança e assertividade no cumprimento de normas e leis. A startup Faceponto tem parceria com a seccional potiguar da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e já atende mais de 50 estabelecimentos do ramo.

Segundo o presidente da Abrasel no RN, Paolo Passarielo, esta parceria surge da necessidade de ofertar aos associados ferramentas que os ajudassem a sair da era analógica. “Nossas parcerias só são firmadas quando entendemos que trará benefícios para a maioria de nossos membros e que oportunizem a geração de negócios, o que aconteceu de imediato com a Faceponto”, destaca.

Fruto dessa parceria, os bares e restaurantes contam com as soluções para gestão da jornada de trabalho e ponto digital inteligente por georreferenciamento, independentemente da quantidade de funcionários contratados. Os serviços ofertados pela Faceponto têm baixo custo e são úteis para empresários e seus colaboradores.

“No nosso setor, os empresários ainda são multitarefas: acordam pagando boletos, saem para fazer compras e comumente são vistos nas cozinhas ou até mesmo no atendimento de clientes”, afirma Passarielo. “Então, cada minuto gasto desempenhando alguma atividade que não lhe gere receita, é considerado ‘desperdício de tempo'”, complementa.

Nessas horas, contar com ferramentas que facilitem e modernizem a gestão dos negócios é fundamental para qualquer empresário do setor – de pequeno, médio ou grande porte – que precisa lidar com banco de horas, folha de pagamento, feriados e muito mais. Com alta adesão da categoria, os serviços oferecidos pela Faceponto mudaram para melhor a rotina dos estabelecimentos e a relação trabalhista.

“A adesão dos associados foi muito boa, não só pela praticidade e baixo custo da plataforma, como também pela diminuição da incidência de reclamações trabalhistas”, aponta o presidente. “A plataforma, além de todo o dinamismo e simplicidade, facilita a vida dos gestores de Recursos Humanos, ou até mesmo do proprietário, que muitas vezes ainda faz essa gestão de folha de pagamento e contagem de horas”, detalha Passarielo.

Nessas situações, as soluções oferecidas pela Faceponto se apresentam como indispensáveis para que sobre muito mais tempo ao empresário, para se dedicar a outras áreas que exijam mais de sua atenção.

Ciências

Fitoterápico desenvolvido por pesquisadores potiguares tem aprovação da Anvisa e ganha Carta Patente

Um fitoterápico desenvolvido no Rio Grande do Norte à base do vegetal Croton cajucara Benth, típico da Amazônia brasileira, ganhou o consentimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e recebeu Carta Patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Conhecida popularmente como Sacaca, a planta foi objeto de estudo para pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB-UnP) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que a transformaram em um fitoterápico para uso oral destinado ao tratamento de inflamações crônicas como artrite, artrose, fibromialgia e colites ulcerativas.

A pesquisa contou com a idealização e orientação da professora doutora Maria Aparecida Medeiros Maciel, que já estuda o vegetal desde 1991 e tem mais de 50 artigos publicados sobre a aplicação da planta na área da saúde. Na descoberta atual, os estudos foram realizados pelo professor Magnaldo Inácio Tavares Medeiros (egresso do PPGB-UnP) e Daniel Luiz de Medeiros (egresso do curso de medicina, que atuou na pesquisa como aluno de Iniciação Científica), bem como Joherbson Deivid dos Santos Pereira (doutorando do curso de biotecnologia da Rede Renorbio/UFRN) e professor doutor Frederico Argolo (UFRRJ).

Na pesquisa, o professor Magnaldo Medeiros, em parceria com a UFRRJ, desenvolveu a parte aplicativa, que em função da qualidade dos experimentos in vivo (realizados no biotério da UnP), e dos resultados obtidos, possibilitou a anuência da ANVISA, para o novo produto fitoterapêutico.

Já conhecido no meio científico, graças ao seu potencial medicinal, o vegetal Croton cajucara vem ganhando espaço em pesquisas nacionais e internacionais. “A equipe envolvida no projeto local considera a conquista de extrema relevância, já que a utilização de plantas medicinais e seus produtos derivados aplicados em diversos tratamentos de saúde, remete à prática milenar fitoterapêutica, que nas últimas décadas têm se beneficiado pelo desenvolvimento de novos sistemas carreadores de fármacos”, afirma Maria Aparecida.

Para a eficácia científica do medicamento desenvolvido, que está na área da nanobiotecnologia, foi necessário um esforço interdisciplinar que reúne conhecimentos sobre química de produtos naturais, química de interface, farmacologia e bioquímica.

O produto recebeu Carta Patente do INPI sob a numeração BR102016014237-7 e está disponibilizado pela equipe para o setor da indústria farmacêutica. “Nesta perspectiva, diante da validação científica deste vegetal, há de se considerar o desenvolvimento de novas formulações e suas diferentes aplicações”, complementa.

A recente descoberta se junta a outros estudos sobre o uso medicinal do vegetal no Brasil há pelo menos 20 anos. Sua aplicação na área da saúde vem sendo estudada há pelo menos 20 anos e passou a fazer parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Lista Renisus), com recomendação de uso pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Notícias

Cresce mais de 400% o número de potiguares em busca da nacionalidade portuguesa, através da Lei dos Sefarditas

Bandeiras de Brasil e Portugal — Foto: Alícia Uchôa/G1

Com o aumento da crise econômica, agravada pela pandemia da covid, cresceu 419% o número de potiguares que deram entrada nos processos de certificação para obterem a nacionalidade portuguesa através da Lei dos Sefarditas, de 2015.

A lei permite que descendentes de judeus sefardistas (entenda mais abaixo) consigam obter vistos permanentes do governo português, caso comprovem o parentesco através da árvore genealógica.

Em 2021, 180 potiguares já buscaram a certificação de janeiro a setembro. O número é 419% maior do que os 43 requerentes de 2020. Em 2019, o número foi ainda menor: 5 pessoas apenas buscaram a certificação. O aumento em três anos é de 3.500%.

De acordo com o genealogista Alexandre Santos, integrante da Ancestralis, assessoria que acompanha processos de cidadania em Portugal, em 2021 ao todo 85 processos foram aprovados até o mês de setembro. Em 2020, esse número tinha sido de 7 e em 2019 nenhum certificado foi aceito.

Segundo a Ancestralis, no RN há um número considerável de descendentes de judeus sefarditas, concentrados especialmente nas famílias Dantas, Azevedo, Araújo, Medeiros, Lucena, Cirne, Gurgel, Santos, dentre outras.

A região do Seridó potiguar é também um grande “celeiro” de antigas comunidades sefarditas, sendo os patriarcas de Caicó, Jardim do Seridó, Carnaúba dos Dantas e Timbaúba dos Batistas, por exemplo, delas diretamente descendentes.

 

Lei dos Sefarditas

Os judeus sefarditas viviam na Península Ibérica (formada por Portugal e Espanha) desde antes da chegada dos cristãos. Durante a inquisição católica, nos séculos XV e XVI, esses judeus foram perseguidos, forçados à conversão ou expulsos. Muitos deles se refugiaram no Brasil. Em 2015, Portugal atualizou sua Lei de Nacionalidade Portuguesa para permitir que as pessoas que descendem desse povo possam adquirir a cidadania.

 

Março de 2021: Lisboa. Número de pedidos para cidadania portuguesa aumentou entre potiguares — Foto: Armando Franca/AP

Passo a passo

O genealogista Alexandre Santos, que também é diretor da Ancestralis, empresa especializada em prestar assessoria para quem deseja adquirir cidadania portuguesa pela descendência de judeus sefarditas, explica que o processo funciona em três etapas: estudo genealógico, certificação israelita e pedido de naturalização. É preciso, antes de tudo, verificar a viabilidade do processo. Em seguida, é feito um estudo genealógico, uma pesquisa profunda e elaborada da árvore genealógica do solicitante. Assim, é construído o caminho geracional que leva à identificação do ancestral sefardita. Para isso, são usados documentos, registros públicos, livros e fontes históricas que ajudam a documentar o vínculo.

Segundo o genealogista, é importante que se ter em mãos informações da parte mais próxima da árvore, como a data e local onde nasceram, casaram e, em alguns casos, faleceram os pais, avós e bisavós.

A segunda etapa é a certificação israelita. Já com o relatório genealógico que comprova o vínculo com o antepassado sefardita nas mãos, o requerente dá entrada na Comunidade Israelita de Lisboa para obter a certificação. Não é necessário ser judeu para dar entrada no processo, basta ser descendente de um judeu sefardita.

A terceira etapa é o pedido de naturalização. O requerente aciona a Conservatória dos Registros Centrais, órgão português responsável pela análise dos processos de nacionalidade. = Caso seja aprovado, a Conservatória envia os dados para o Ministério da Justiça, que é o responsável pelo deferimento do pedido de nacionalidade.

Todo o processo costuma levar de 18 a 24 meses, segundo o genealogista.

Informações do G1