Polícia, Saúde

Delatores citam Rui Costa e esposa em caso dos respiradores fantasmas

Dois delatores citam o nome do ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e da então primeira-dama baiana Aline Peixoto em depoimento à Polícia Federal no que ficou conhecido como escândalo da compra de respiradores fantasmas pelo Consórcio Nordeste, à época presidido pelo petista.

Durante a pandemia de covid-19, um grupo de governadores, liderados por Rui Costa, pagou R$48 milhões na compra de respiradores. O contrato, com intermediadores que se apresentavam como emissários do petista, foi fechado com uma empresa de venda de produtos a base de maconha e sem expertise na negociação de produtos hospitalares. A compra foi celebrada em abril de 2020 e, até hoje, nada foi entregue e o dinheiro não foi integralmente recuperado.

A Hempcare, empresa que assinou o contrato com o Consórcio Nordeste, apesar do pujante contrato, tinha capital social de R$100 mil e apenas dois funcionários registrados.

Respiradores são equipamentos de extrema necessidade no tratamento do Covid-19

 

A dona da empresa, Cristiana Taddeo, disse em delação à PF, revela o portal Uol, que o negócio foi intermediado por um empresário que se apresento como amigo de Rui Costa e de Aline Peixoto, esposa do petista. Para a celebração do contrato, disse em depoimento, foi cobrada uma comissão no valor de R$11 milhões. Cristiana não soube dizer se o dinheiro foi dividido entre o grupo.

Achei que as tratativas para celebrar o contrato com o Consórcio Nordeste fizeram de forma muito rápida, mas entendi que eu estava sendo beneficiado porque havia um combinado de pagar comissões expressivas aos intermediários do governo”, diz trecho da delação revelado pelo Uol.

O ex-secretário da Casa Civil da Bahia Bruno Dauster confirmou em depoimento à PF que a negociação recebeu aval do chefe, o petista Rui Costa.

O negócio começou a desandar porque a Hempcare não tinha os respiradores, não tinha autorização para importar produtos hospitalares e, quando foi tentar comprar os aparelhos com fornecedores chineses, recebeu a informação que os produtos não estavam disponíveis. A empresa tentou comprar os equipamentos com fornecedores nacionais, mas também não recebeu nada. Parte do pagamento foi antecipada e, até hoje, há impasse sobre a devolução dos valores.

A delação de Cristiana Taddeo foi homologada pelo ministro OG Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, em 2022.

Ao portal, Rui Costa negou as irregularidades. Diz que determinou que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia abrisse investigação e os autores do desvio acabaram presos. Sobre o pagamento dos equipamentos antes do recebimento, o petista disse que “no mundo inteiro [as compras] foram feitas com pagamentos antecipado”.

Deu no Diário do Poder

Saúde

Anvisa adia decisão sobre venda de autotestes de dengue em meio à epidemia

Foto: André Borges

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiou a discussão que poderia autorizar a venda de autotestes para diagnóstico da dengue no Brasil, que seria tratada na reunião da diretoria colegiada nesta terça (19). Uma nova data não foi informada e ocorre em meio à epidemia da doença que já passa de 2,5 milhões de casos prováveis segundo o Ministério da Saúde.

A justificativa é de que a venda dos autotestes precisa ser melhor discutida por conta da notificação compulsória da doença, que pode ser afetada com a permissão para as pessoas se testarem em casa.

O diretor Daniel Pereira justificou a retirada mencionando a necessidade de continuar os “alinhamentos” relacionados ao tema com o Ministério da Saúde. Ele destacou a importância de uma política pública para esse tipo de produto, especialmente por se tratar de um diagnóstico de uma doença de notificação compulsória, como é o caso da dengue.

Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, já havia adiantado que as negociações para a comercialização de autotestes para dengue estavam em andamento entre o ministério e a agência. Ele ressaltou a necessidade de uma política pública do Ministério da Saúde para garantir que os casos sejam adequadamente notificados em todo o país.

“A dengue é uma doença de notificação compulsória. É necessário que haja uma política pública gerada pelo Ministério da Saúde nesse sentido e que contemple, mesmo no caso do autoteste – aquele que o próprio cidadão poderá realizar – um mecanismo para que os sistemas de monitoramento sejam notificados, de modo que se possa justamente computar os casos em todo o Brasil”, afirmou.

Marília Santini, coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública do Ministério da Saúde, confirmou que houve reuniões com a Anvisa sobre o assunto. Ela explicou que o teste rápido e o autoteste são basicamente o mesmo dispositivo, diferindo apenas no modo como são conduzidos, sendo o primeiro realizado por um profissional de saúde e o segundo pelo próprio paciente.

Santini também ressaltou que, ao contrário dos autotestes para Covid-19, que ajudam a interromper a transmissão do vírus através do isolamento, os autotestes para dengue não desempenham esse papel, uma vez que a doença é transmitida apenas pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Ainda assim, as tratativas entre Anvisa e Ministério da Saúde continuam para definir os próximos passos em relação à comercialização desses produtos no país.

Segundo o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, já foram registrados 923 óbitos pela doença e há outros 1,4 mil em investigação. O Distrito Federal lidera a infecção da dengue no país, com um coeficiente de incidência que chega a 6.751 para cada grupo de 100 mil habitantes.

Deu na Gazeta do Povo

Saúde

Governo Lula autoriza aumento de 4,5% no preço dos remédios a partir deste domingo 31

 

O governo federal autorizou reajuste de até 4,5% nos preços dos medicamentos para este ano a partir deste domingo (31).

O aval para o aumento foi publicado quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU). O percentual, que funciona como um valor máximo, foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (Cmed).

O ajuste de preços de remédios é anual e tem como fundamento um modelo de teto calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O IPCA ficou em 4,5% em fevereiro deste ano no acumulado dos últimos 12 meses.

As empresas detentoras de registro de medicamentos poderão ajustar os preços no prazo de até 15 dias após a publicação da resolução, segundo instruções da Secretaria Executiva da Cmed, cita a nota publicada no DOU.

Decisão

Ou seja, farmácias Brasil afora podem aplicar esses 4,5% de reajuste imediatamente ou fracionar o reajuste ao longo de 2024. Depende de cada farmácia e da própria indústria farmacêutica.
Os outros índices usados na conta da indústria farmacêutica, como produtividade do setor, custos de produção não captados pelo IPCA e promoção de concorrência, foram estabelecidos como zero pela Cmed, em resolução anunciada em fevereiro.

Mundo, Saúde

Opas: “Esta epidemia de dengue será a pior da história do mundo”

 

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (28), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou sobre a epidemia de dengue que está acontecendo atualmente no mundo. A instituição teme que este ano será o pior da história em casos da doença.

Já temos 3,5 milhões de casos registrados. Isso representa três vezes mais do que o contabilizado no mesmo período de 2023, que foi o ano recorde de infecções no mundo. No ano passado, foram 5 milhões de casos, e dificilmente não superaremos este número”, indica o diretor da Opas, Jarbas Barbosa.

Barbosa também destacou que o Aedes aegypti está conseguindo chegar a mais zonas das Américas do que ele normalmente circulava, como o sul dos Estados Unidos e do Chile. “Os mosquitos precisam de ambientes quentes e úmidos, e as mudanças climáticas estão aumentando a área de atuação deles”, afirma.

Embora o índice de letalidade registrado no mundo esteja em cerca de 0,04% dos casos, abaixo do teto esperado (0,05%), a Opas considera que é possível reduzir ainda mais os casos fatais.

Nossa prioridade é evitar mortes, e isso se faz com capacitação médica e educação da população para que ela esteja atenta aos sintomas e à progressão deles para casos graves. Os países precisam colaborar uns com os outros para dividir estratégias de sucesso”, completou o diretor do departamento de Prevenção, Controle e Eliminação de Doenças Transmissíveis da Opas, Sylvain Aldighieri.

Vacinação contra dengue só funcionará a médio prazo

Segundo informou o Metrópoles, os especialistas da instituição apontaram que embora a vacina Qdenga seja uma mudança de paradigma na prevenção da doença, seus resultados só aparecerão daqui a oito anos, quando houver uma grande proporção de pessoas imunizadas.

O gerente executivo do Programa Especial Integral de Imunização da Opas, Daniel Salas, ressaltou que a vacina seguirá sendo usada como forma complementar de prevenção e não será protagonista do combate à dengue mesmo quando for possível produzi-la em larga escala.

A vacina que temos é desbalanceada. Quando ela foi testada, os sorotipos 3 e 4 não eram frequentes como agora, então precisaremos de tempo para entender sua eficácia. Além disso, ela previne hospitalizações, mas não é uma garantia de que a população não voltará a ter dengue”, destacou ele.

Barbosa explicou durante a coletiva que o imunizante criado pelo Instituto Butantan, de São Paulo, teve resultados prévios mais interessantes, mas ainda demorará a chegar ao público. “Esta vacina terá a vantagem de ser dose única e poderá ser produzida em maior quantidade, mas só teremos seus resultados finais em 2025”, afirmou.

Wolbachia: o combate ao mosquito

As esperanças da Opas para deter o avanço da dengue estão no combate ao mosquito. Além da estratégia de evitar manter lixo nas ruas e depósitos de água parada, conhecidas formas de prevenir a reprodução do Aedes aegypti, os especialistas apostam que o uso da bactéria Wolbachia poderá ajudar a virar o jogo contra o agente transmissor da dengue.

A bactéria atrasa o desenvolvimento de ovos de Aedes, dificultando o desenvolvimento de mosquitos e a sua chegada à idade adulta, reduzindo assim a transmissão das doenças relacionadas a ele.

“Sem dúvida, está é uma das formas mais avançadas de controle da doença que temos, mas neste momento não teríamos a possibilidade de usá-la em larga escala. Estamos em estudos pilotos ainda, mas é um desejo da Opas ampliar as áreas destas pesquisas”, concluiu Aldighieri.

Deu no Portal da 96

Saúde

Saúde do Governo Fátima (PT): Paciente idoso passa cinco dias com frasco de amaciante usado como bolsa coletora no Walfredo Gurgel

 

A situação de um paciente internado no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, ganhou repercussão e gerou revolta. O idoso Francisco Quirino da Silva, 82 anos, passou cinco dias com um frasco de amaciante utilizado como um coletor de urina improvisado. O uso do recipiente começou na última sexta (23) até essa quarta-feira (27), quando a Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap) informou que fez a ampliação de bolsas coletoras para a unidade hospitalar. A pasta classificou o caso como “situação episódica” e disse que trabalha para evitar a repetição do ocorrido.

Francisco Quirino está internado no hospital desde o dia 14 de fevereiro deste ano, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele passou mais de 30 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi encaminhado para o setor de enfermaria na última sexta-feira. Naquele momento, o que poderia ser encarado como um bom sinal foi recebido com preocupação pela filha do paciente, Aurea Medeiros, 50 anos.

“Nós ficamos bem apreensivos porque recebemos muitos relatos que a enfermaria era ‘infernal’ devido à quentura. As pessoas ficam felizes quando saem da UTI. Já nós ficamos arrassados quando soubemos que ele ia sair de lá”, afirmou a filha do idoso. “Na sexta-feira, quando nós chegamos à enfermaria, eu perguntei: moça, é aqui que nós vamos ficar? Ela respondeu que sim. Eu retruquei: nessas condições? E ela reafirmou”, complementou.

As condições mencionadas por Aurea Medeiros eram de remédios apoiados em cordões, mofo em janelas, além de falta de lençóis e climatização adequada. O frasco de amaciante, segundo ela, foi entregue por outra acompanhante de paciente que se encontrava no mesmo estado. O caso ganhou repercussão quando ela fez fotos e vídeos da situação em que o pai se encontrava.

Nessa quarta-feira, Francisco Quirino precisou ser atendido no pronto-socorro e foi encaminhado novamente a um leito de UTI. A família do idoso aguarda que ele seja transferido para outro hospital com atendimento especializado para atendimento cardiológico.

“Graças a Deus, ele desceu da enfermaria, mas os outros ficaram. Eu falo do meu pai, mas eu também penso nos outros que ficaram lá”, relatou a filha Aurea Medeiros.

Ela informou que o pai está debilitado pelo grau de severidade do AVC sofrido e que espera por uma transferência para uma unidade especializada para ele ter o tratamento necessário.

“Ele nos reconhece, conversa com a gente através do aperto da mão, ele olha para gente. A gente faz perguntas e pede para ele piscar o olho, já que ele não consegue falar porque está traqueostomizado. Ele ainda não tem expressão, não sorri porque o AVC não deixa. Mas isso tudo para a gente agora é o mínimo porque o que queremos é manter ele vivo, saudável e confortável. Ali, o problema vai se agravar mais ainda se não houver um cuidado maior, não que seja maior que os outros, mas que seja o cuidado necessário”, disse Aurea Medeiros.

Veja posicionamento da Sesap:

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e a direção do Hospital Walfredo Gurgel vem à público para reconhecer a situação veiculada pela imprensa e informar que, ao longo desta quarta-feira (27), realizou uma série de ações para solucionar o caso. A primeira medida foi a ampliação emergencial do estoque de bolsas coletoras, a partir de medidas conjuntas com outras entidades, com o objetivo de atender a demanda da unidade dentro dos próximos dias. A segunda ação foi o reforço na quantidade de suportes de soro, com 20 novos equipamentos encaminhados à unidade para atendimento emergencial. A Sesap e a direção do hospital seguem trabalhando para solucionar as questões, evitando a repetição de uma situação episódica como a que hoje foi apresentada.

Deu na Tribuna do Norte

Saúde

Estudantes potiguares criam aplicativo para pacientes com doenças renais e ganham reconhecimento internacional

 

Um grupo de estudantes da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, criou o Nefrontec, um aplicativo para celular que pretende tornar mais eficiente o acompanhamento de pacientes com Doenças Renais Crônicas (DRC).

 

A ferramenta ajuda a acompanhar a evolução clínica dos pacientes na etapa do pós-tratamento de hemodiálise, oferece acesso a diagnósticos, dicas de saúde, consultas on-line, vídeos instrutivos sobre cuidados pessoais e procedimentos relacionados ao tratamento de diálise.

 

Outro diferencial é a disponibilidade de suporte 24 horas aos pacientes, com uma variedade de funções que vão desde esclarecer dúvidas até acionar serviços de emergência. Essa novidade pode garantir maior segurança e conforto aos pacientes que vivem em áreas rurais ou distantes dos centros médicos, através do suporte remoto oferecido pelo aplicativo, evitando a necessidade de deslocamentos frequentes para atualizações do seu estado de saúde.

 

O idealizador do Nefrontec é o estudante de Enfermagem, Lucas Santos, de 23 anos. Segundo ele, a motivação para colocar o app em prática vem de um gargalo enfrentado pelos pacientes renais. “Pensar em formas de diminuir as complicações ligadas ao tratamento de hemodiálise, especialmente para os indivíduos que fazem o procedimento em suas residências, foi uma grande motivação”, conta.

 

Dados do Censo Brasileiro de Diálise (CBD) revelam que, entre 2009 e 2020, o número de pacientes com problemas renais graves disparou de 77 mil para 144 mil casos, representando um crescimento de 86,5%. Já a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) alerta que as DRC atingem mais de 10 milhões de pessoas no país. Em 2022, ano da última atualização de registros de pacientes em diálise, a SBN apontou que havia 155 mil pessoas convivendo com o tratamento.

 

“O procedimento de hemodiálise pode ser cansativo e, frequentemente, os pacientes lidam com problemas sem a presença direta de cuidadores. Diante deste cenário, senti que era urgente a criação de uma ferramenta que possibilitasse o monitoramento remoto dos pacientes, detectando potenciais complicações e oferecendo um apoio mais completo”, acrescenta Santos.

 

Relevância internacional

Dada a sua importância para a ciência, a ferramenta ganhou destaque na edição deste mês de março da revista Research, Society and Development (Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, em tradução livre). O periódico tem classificação Qualis C, ou seja, possui excelência internacional, de acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), órgão científico brasileiro de fomento à pesquisa.

 

O reconhecimento acontece durante o Março Amarelo, mês dedicado às campanhas que estimulam a conscientização, tratamento e manutenção da saúde renal. Para o orgulho da orientadora do projeto, professora Vera Lúcia Morais da Silva, o software contou com a mobilização direta de outros seis alunos: Samuel Paranhos, 25 anos, Fabielle Gimenes, 21 anos, Erivan Filho, 20 anos, Victor Gustavo Castro, 21 anos – sendo os quatro de Enfermagem; Heloísa Matias, 20 anos, de Medicina; e Marta Marquês, 40 anos, de Farmácia.

 

“Essa união não apenas enriqueceu o desenvolvimento do aplicativo, mas também demonstrou o poder da colaboração e do trabalho em equipe na realização de um projeto muito significativo para quem mais precisa”, comemora a docente.

 

Atualmente, o Nefrontec opera em formato de protótipo. Recentemente, o app foi testado para simulação com 10 pacientes e, segundo os responsáveis, obteve nível satisfatório. As próximas fases do desenvolvimento, ainda em estágio de aperfeiçoamento, serão focadas em viabilizar a criação de um produto comercializável. Para alcançar esse objetivo, outros estudantes são recrutados para participar dos estudos e pesquisas relacionados.

Política, Saúde

Deputado Galeno Torquato destaca visita da Comissão de Saúde à Unicat

Foto: João Gilberto

 

Atual presidente da Comissão de Saúde na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o deputado Galeno Torquato (PSDB) destacou nesta quarta-feira (27), durante pronunciamento na sessão plenária da Casa, a visita do grupo à Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), em Natal. De acordo com o parlamentar, a iniciativa marca o início de uma série de visitas que os integrantes da Comissão de Saúde da ALRN pretendem fazer às unidades de saúde da capital e do Estado, buscando somar esforços e contribuir com a Saúde no Rio Grande do Norte.

“Hoje, ao lado das deputadas Cristiane Dantas e Terezinha Maia, bem como de representantes do Ministério Público e da Secretaria de Saúde do RN, fomos ver ‘in loco’ como funciona a unidade e saber as razões para a falta de medicamentos especializados que vem ocorrendo no Rio Grande do Norte. Dos 217 medicamentos fornecidos pela Unicat, praticamente 40%, ou seja, 89 não estão disponíveis para a população carente”, alertou Galeno.

Segundo ele, a falta de recursos na Saúde é a principal dificuldade enfrentada pela unidade, que sofre ainda com a falta de estrutura física e de pessoal. “Solicitamos ao diretor da unidade que elabore um diagnóstico levantando as demandas financeiras e administrativas da Unicat para que, de posse desse relatório, a Assembleia Legislativa, junto ao Ministério Público, possa somar forças buscando amenizar o sofrimento daqueles que dependem destes componentes especializados de assistência farmacêutica”, concluiu.

Política, Saúde

Comissão de Saúde da ALRN planeja fiscalizações em unidades de saúde

Foto: Eduardo Maia

 

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) realizou, nesta terça-feira (19), sua primeira reunião administrativa do ano. Sob a presidência de Galeno Torquato (PSDB), os deputados discutiram os próximos passos do colegiado, priorizando um cronograma de visitas às unidades de saúde estaduais.

“É fundamental que façamos uma fiscalização abrangente, tanto na Grande Natal quanto no interior do estado, para melhorar as condições do sistema de saúde. Vamos atuar em colaboração com a Sesap e o Ministério Público para atender às demandas da população potiguar”, declarou Galeno Torquato.

O planejamento inclui visitas a diversas unidades de saúde, desde hospitais até centros de apoio como o HemoCentro e o Hospital Universitário Onofre Lopes. Os membros da Comissão de Saúde, que também conta com os deputados Dr. Bernardo (PSDB), Dr. Kerginaldo (PSDB) e Terezinha Maia (PL), têm como objetivo identificar problemas e buscar soluções para aprimorar o sistema de saúde do estado.

As reuniões da Comissão de Saúde ocorrem semanalmente, às terças-feiras, às 8h30.

Curiosidade, Saúde

‘Bebê de pedra’: idosa de 81 anos vai a hospital e acaba descobrindo feto calcificado que carregou por mais de 50 anos; entenda o caso

 

Uma senhora de 81 anos foi surpreendida ao descobrir que carregava um “bebê de pedra” em seu abdômen, ao ser admitida no Hospital Regional de Ponta Porã, no sul de Mato Grosso do Sul, devido a dores abdominais, conforme relatado pelo secretário de saúde da cidade, Patrick Derzi.

A equipe médica suspeitou que a mulher tinha um feto calcificado em seu abdômen há 56 anos, desde sua última gestação. Infelizmente, ela faleceu logo após a cirurgia para a remoção do feto.

A paciente foi admitida no Hospital Regional de Ponta Porã em 14 de março deste ano com uma infecção grave. No mesmo dia, uma tomografia revelou a presença do feto calcificado em seu abdômen.

Assim que a situação foi identificada, a equipe de obstetrícia realizou a cirurgia para remover o feto. Após o procedimento, a mulher foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e faleceu em 15 de março.

A causa da morte foi uma infecção generalizada grave, originada de uma infecção urinária, conforme informado pelo secretário municipal de saúde de Ponta Porã, Patrick Dezir.

De acordo com o secretário de saúde, a paciente era residente em Aral Moreira, a 84 km de Ponta Porã, onde estava sendo tratada por uma infecção urinária. Devido à deterioração de seu estado de saúde, ela foi transferida para o hospital da cidade vizinha, onde os médicos suspeitaram inicialmente de câncer.

A paciente foi admitida no Hospital Regional de Ponta Porã em 14 de março, e uma tomografia 3D foi solicitada para um diagnóstico preciso. O exame revelou o feto calcificado em seu abdômen, conforme informado pela secretaria de Saúde de Ponta Porã.

De acordo com a investigação do G1, a paciente teria mantido o feto em seu corpo desde sua última gestação, há aproximadamente 56 anos, resultando em sua calcificação. Especialistas consideram essa condição extremamente rara.

O secretário de Saúde de Ponta Porã, Patrick Derzi, explicou que essa condição é conhecida como litopedia. Ele, sendo também médico, comentou que o quadro clínico da paciente é considerado uma forma rara de gravidez, que ocorre apenas quando um feto de uma gravidez abdominal não reconhecida morre e se calcifica dentro do corpo da mãe.

“A litopedia é um tipo raro de gravidez ectópica [tipo de gravidez quando o óvulo fertilizado se desenvolve fora do útero], e ocorre quando o feto de uma gravidez abdominal não reconhecida morre e se calcifica. O ‘bebê de pedra’ é resultante e pode não ser detectado por décadas, e pode causar complicações futuras”, comentou o secretário.

Deu no G1

Política, Saúde

Após pressão, ministra da Saúde nomeia petista para chefiar hospitais federais no RJ

 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, demitiu o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), Alexandre Telles, nesta segunda-feira (18),e nomeou para o seu lugar a ex-deputada do PT e atual superintendente do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, Maria Aparecida Braga.

Telles havia sido nomeado por Nísia para ser uma espécie de interventor junto aos hospitais federais no Rio de Janeiro. Além de Telles, também foi demitido o secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães.

As demissões ocorreram um dia depois de uma reportagem veiculada no programa Fantástico, da TV Globo, mostrar a precariedade dos hospitais federais no Rio de Janeiro.

A permanência de Telles no cargo também vinha sendo ameaçada pela pressão do Partido dos Trabalhadores (PT) e de sindicatos. Aluno de Nísia na Fiocruz e ex-presidente do Sindicato dos Médicos no RJ, Telles teve a aprovação do PT no início da gestão.

Acontece que com as mudanças implementadas por Telles, a partir de abril, o DGH passaria a concentrar as compras e contratações das 6 unidades hospitalares da rede federal no estado. A medida seria uma tentativa de acabar com o abandono e o desperdício registrados nas unidades.

Em nota sobre a demissão de Telles, o Ministério da Saúde disse que a “mudança ocorre diante da necessidade de transformação na gestão do DGH” e informou sobre a criação de “comitê gestor a fim de orientar e praticar atos de gestão relativos aos hospitais federais”.

Ainda, segundo a nota, o lugar de Telles passou a ser ocupado pela atual superintendente do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, Maria Aparecida Braga. De acordo com o Ministério, Maria Aparecida acumulará as duas funções.

No dia 14 de fevereiro, Maria Aparecida teve uma reunião com representantes sindicais do setor de saúde do Rio de Janeiro. No encontro, os sindicalistas pediram a troca de comando no DGH.

Maria Aparecida, que é mais conhecida como Cida Diogo, já cumpriu mandato como deputada federal pelo PT, entre 2007 e 2010; e como deputada estadual, entre 1997 e 2007. Cida também foi vice-prefeita de Volta Redonda (RJ), sua cidade natal.

No dia da eleição em 2010, quando tentava uma vaga na Assembleia Legislativa do RJ, Cida Diogo foi presa em flagrante acusada de fazer boca de urna. Cida Diogo ainda recebeu 23.534 votos naquele ano, mas não conseguiu ser eleita.

Deu na Gazeta do Povo