Saúde

Pesquisa mostra falta de vacinas em mais de 1,5 mil municípios

Foto: José Cruz 

 

Mais de 1,5 mil municípios relatam falta de vacinas, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira (13) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). O levantamento mostra que, nessas localidades, faltam vacinas principalmente para as crianças. Entre os principais que estão em falta estão os imunizantes contra varicela, covid-19 e meningocócica C.

O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 11 de setembro e contou com a participação de 2.415 municípios. Desses, 1.563 – o equivalente a 64,7% dos que participaram da pesquisa e cerca de 28% do total de municípios no Brasil – enfrentavam falta de imunizantes há pelo menos 30 dias.

A vacina contra varicela é a que está mais em falta segundo o levantamento. Ela protege crianças de 4 anos da catapora – nessa idade é aplicado o reforço. O imunizante falta em 1.210 municípios respondentes, com uma média de desabastecimento superior a 90 dias.

A falta de vacina contra a covid-19 para crianças afeta 770 municípios que estão, em média, 30 dias sem o imunizante. Já a vacina Meningocócica C, que protege contra infecções graves e fatais, como a meningite, está indisponível em 546 municípios, em média, há cerca de 90 dias.

Também foram apontadas como em falta nos municípios: a Tetraviral, que combate o sarampo, a caxumba e a rubéola, em 447 municípios; a Hepatite A, em 307 municípios; e a DTP, que combate a difteria, tétano e coqueluche, em 288 municípios.

“Sabemos que vacinas são compradas e são de responsabilidade do governo federal, aos estados cabe comprar as agulhas para que se possa fazer a aplicação das vacinas. Isso chega aos municípios e eles aplicam as vacinas”, ressalta o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

“Por isso estamos instando o Ministério da Saúde para que providencie imediatamente a compra das vacinas necessárias e os estados para que também possam fazer a sua contribuição para que haja a complementação da vacinação em todo o Brasil. É muito importante porque nos últimos 30 dias tem faltado vacina no Brasil”, diz.

Localização

De acordo com a pesquisa, o estado com maior falta de imunizantes é Santa Catarina, 128 prefeituras relataram esse problema, o que corresponde a 83,7% dos municípios da unidade federativa. Em seguida, estão Pernambuco, com 58 (80,6%); e Paraná, com 155 (78,7%).

Considerando as regiões do país, o Sudeste aparece em primeiro lugar com 595 municípios enfrentando falta de imunizantes, o que corresponde a 68,5% dos municípios na região; o Sul, com 395 (65,1%); o Nordeste, com 370 (65,1%); o Centro-Oeste, 136 (63%); e o Norte, com 67 (42,9%).

Ministério da Saúde

Em nota, o Ministério da Saúde diz que mantém “envios regulares de vacinas aos estados, que são responsáveis por abastecer os municípios”.

A pasta afirma ainda que não há falta generalizada de vacinas no Brasil. “O levantamento da CNM traz questões pontuais para as quais o Ministério da Saúde adota estratégias para manter a vacinação em dia e a proteção da população. Essas ações são realizadas em diálogo constante com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)”, diz a nota.

Segundo o ministério, foram distribuídas 65,9 milhões de doses das dez principais vacinas citadas pelo levantamento, incluindo a de covid-19, com 22,9 milhões de doses aplicadas até o momento.

Sobre a vacina contra Varicela, no fim de 2023, de acordo com a pasta, foram compradas 2,7 milhões de doses via Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), com 150 mil previstas para serem entregues até setembro. A aquisição regular para 2024 está em andamento.

Para covid-19, segundo o ministério, a entrega semanal segue a capacidade de armazenamento da rede de frio estadual, uma vez que essa vacina exige armazenamento em baixíssima temperatura. O Ministério da Saúde diz ainda que está finalizando o pregão para a compra da vacina mais atualizada XBB.

Em relação à oferta da vacina contra Meningo C, nas regiões que registrarem falta, a orientação do ministério é para substituição pela Meningo ACWY, de mesma eficácia, mantendo a população protegida.

Informações do Novo

Esporte, Mundo

Marca inédita: Cristiano Ronaldo ultrapassa 1 bilhão de seguidores

 

Cristiano Ronaldo, o icônico atacante português defendendo atualmente o Al-Nassr, fez história ao alcançar a marca de 1 bilhão de seguidores em diversas plataformas de redes sociais. Uma grande parte desse número impressionante se deve ao lançamento recente de seu canal no YouTube, que já acumulou mais de 60 milhões de inscritos em apenas três semanas.

Este marco surge após uma semana de muito sucesso para Ronaldo, que marcou seu 900º gol na carreira ao ajudar a seleção de Portugal a vencer a Croácia por 2 a 1 na Liga das Nações. A conquista faz dele a primeira pessoa a atingir essa quantidade de seguidores nas mídias sociais, como informado pela mídia global.

Como Cristiano Ronaldo Atingiu 1 Bilhão de Seguidores?

Cristiano Ronaldo comemorou o feito com uma postagem emocionada no X (anteriormente conhecido como Twitter): “Fizemos história, 1 bilhão de seguidores! Isso é mais do que apenas um número, é uma prova da nossa paixão, motivação e amor compartilhados pelo esporte e além. Vocês estiveram comigo em cada passo do caminho, em todos os altos e baixos. Essa jornada é a nossa jornada… obrigado por acreditarem em mim, por seu apoio e por fazerem parte da minha vida”.

Além de um desempenho impressionante no campo, que incluiu passagens de sucesso por clubes como Sporting, Manchester United, Real Madrid e Juventus, Ronaldo também mantém uma presença poderosa online.

Quantos Seguidores Cristiano Ronaldo Tem em Cada Plataforma?

Para entender o tamanho do seu alcance, aqui está uma divisão dos seguidores de Cristiano Ronaldo em diferentes plataformas:

  • Instagram: Mais de 639 milhões de seguidores
  • Facebook: 170 milhões de seguidores
  • X (anteriormente Twitter): 113 milhões de seguidores
  • YouTube: 60 milhões de inscritos

Esses números reforçam a presença dominante de Ronaldo nas redes sociais, onde ele não só interage com fãs, mas também compartilha momentos pessoais e profissionais.

O Que Esse Marco Significa Para Cristiano Ronaldo?

Aos 39 anos, Cristiano Ronaldo também liderou a lista da Forbes dos atletas mais bem pagos de 2024, com ganhos fora de campo de 60 milhões de dólares. Grande parte desses ganhos é impulsionada pelo seu imenso número de seguidores nas redes sociais.

O sucesso digital de Ronaldo não só destaca sua popularidade, mas também mostra o impacto comercial significativo que ele tem. Empresas buscam parcerias com ele devido ao seu vasto alcance e influência global.

A Continuação de Uma Carreira Brilhante

Nessa última sexta-feira, 13 de setembro de 2024, Ronaldo e seu time Al-Nassr enfrentaram o Al-Ahli pelo Campeonato Saudita. Os fãs estavam ansiosos para ver se ele continuaria a marcar gols e acumular mais conquistas, tanto no campo como fora dele.

Cristiano Ronaldo, com sua marca de 1 bilhão de seguidores, não é apenas um jogador extraordinário, mas também uma figura influente nas redes sociais. Sua jornada de sucesso serve como inspiração para milhões de pessoas em todo o mundo.

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Deu no Terra Brasil

Esporte

Rayssa Leal dá o troco em japonesas e se sagra campeã mundial de skate street em Roma

Foto: Júlio Detefon

 

A brasileira Rayssa Leal conquistou neste sábado (14) o título do Campeonato Mundial de Skate Street Feminino, realizado em Roma, na Itália. A skatista brilhou nas suas primeiras voltas e, com uma virada nas manobras, garantiu o lugar mais alto do pódio. Momiji Nishiya, do Japão, ficou com a segunda colocação, seguida pela compatriota Miyu Ito. Este é o segundo título mundial de Rayssa no skate street. A atleta já havia vencido o torneio da World Skate em Sharjah, em 2023, e acumula também dois troféus da Street League Skateboarding (SLS), além de duas medalhas olímpicas: prata em Tóquio-2020 e bronze em Paris-2024.

Após a vitória, Rayssa expressou sua satisfação: “Estou muito feliz com essa conquista. Eu me senti um pouco desconfortável, mas minha equipe me deu total apoio. Obrigada a todos que me incentivaram. Vocês fazem a diferença”. A skatista alcançou uma pontuação total de 270,56 pontos na final. Ela foi a única brasileira na final, que contou com a participação de sete japonesas. A medalhista olímpica liderou após as duas primeiras voltas com notas de 86,44 e 88,43. Entre as nipônicas, Nishiya, campeã olímpica em Tóquio, obteve 85,33 pontos. No entanto, Yumeka Oda sofreu uma queda grave durante a competição e precisou ser retirada de cadeira de rodas.

Nas manobras, Rayssa não começou bem, errando nas duas primeiras tentativas. Apesar disso, ela se recuperou e, em sua terceira tentativa, conseguiu uma nota de 88,14. Em seguida, impressionou com um backside flip, que lhe rendeu 93,99 pontos, assumindo a liderança. A disputa final ficou entre Rayssa e Nishiya. A japonesa caiu na última tentativa, garantindo o título para a brasileira, que também sofreu uma queda no fim, mas já havia assegurado a vitória.
No masculino, Kevin Hoefler, medalhista olímpico de prata em Tóquio-2021, terminou o Campeonato Mundial de Skate Street na oitava colocação. Ele foi o único brasileiro na fase final da competição, mas não conseguiu repetir o desempenho que o levou ao sexto lugar em Paris-2024. Kelvin teve seu melhor momento da temporada em Paris e, ao longo da carreira, acumula conquistas no X-Games e na Liga Mundial de Skate Street (SLS). No entanto, em Roma, o skatista paulista errou nas duas tentativas finais e decidiu abandonar a disputa devido a uma lesão. O japonês Toa Sasaki foi o grande destaque da competição, totalizando 276,64 pontos e conquistando o ouro. O argentino Matias Dell Olio e o costarriquenho Jhancarlo Gonzalez completaram o pódio, com a prata e o bronze, respectivamente.

Deu na JP News

Economia, Meio Ambiente

Projetos de Hidrogênio Verde no RN podem gerar investimentos de US$ 20 bilhões

Estações no Centro de Excelência para Hidrogênio Verde, do Senai, permite a realização de cursos e de experimentos voltados ao H2V| Foto: Adriano Abreu

 

Com pelo menos seis projetos em desenvolvimento no Estado, o Rio Grande do Norte tem previsão de um investimento multimilionário nos próximos anos com o Hidrogênio Verde (H2V). Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (Sedec), juntos, os seis projetos poderão render investimentos na ordem de US$ 20 bilhões, o equivalente a R$ 111 bilhões na cotação atual, caso se concretizem e saiam do papel. Ao todo, a expectativa é da geração de 5 GW de energia só nos projetos do RN.

Destes seis, três deles já estão em processo de licenciamento, ao passo em que o Estado busca desenvolver o Porto-Indústria para escoar a produção de H2V. No Nordeste, os projetos em desenvolvimento chegam a US$ 90 bilhões.

A explicação para os valores vultuosos se dá pelo fato de que a obtenção do Hidrogênio Verde é feita por meio de fontes renováveis, como eólica e solar, envolvendo complexos processos de produção, armazenamento e transporte, bem como de viabilização de infraestrutura para os projetos. Por ter um dos maiores potenciais e ser, atualmente, o maior produtor de energia eólica do Brasil, o RN larga na frente e pode ser um dos principais produtores de H2V do Brasil.

“O custo é muito alto e consequentemente o valor termina sendo muito alto também”, explica o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do RN, Hugo Fonseca.

No estudo “Hidrogênio Sustentável: Perspectivas para o Desenvolvimento e Potencial para a Indústria Brasileira”, a CNI destaca que as iniciativas para estruturação de projetos de hidrogênio de baixo carbono estão “se acelerando” no Brasil, na Região Nordeste, com destaque para o Ceará com 27 projetos.

No RN, o projeto destacado pela CNI no estudo foi o Complexo Industrial Alto dos Ventos, localizado em Macau. Somente neste caso, o investimento gira em torno de US$ 2,5 bilhões, o equivalente a R$ 12,9 bilhões. Há ainda projetos no Piauí, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul.

Apresentado em setembro do ano passado, o projeto pertence a produtora de aerogeradores de origem alemã Nordex, junto com sua acionista espanhola Acciona, numa área de 10 hectares. Este foi o primeiro projeto viável de Hidrogênio Verde (H2V) e a produção será de 1 gigawatts. Dentre os projetos citados no estudo do CNI, os empreendimentos com maior capacidade de eletrólise em desenvolvimento seriam o Green Energy Park Piauí (10 GW), Solatio Ammonia Project State of Piaui (10 GW) e Cactus Energia Verde Port of Pecem (3,6 GW).

 

Hugo Fonseca: negociações para Porto-Indústria avançaram| Foto: Adriano Abreu


Projetos


O secretário acrescenta ainda que já há três projetos em licenciamento ambiental no Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), em cidades como Areia Branca e Macau. O titular diz ainda que os estados do Nordeste estão em “uma corrida de 100m” para fechar os projetos e conseguir áreas de escoamento do Hidrogênio Verde, que o RN busca viabilizar com o Porto Indústria.

“Hoje, temos três plantas em fase de licenciamento. Acompanhamos cada planta porque nós fazemos a parte de captação de investimentos e trazemos as empresas para investir no polo aqui. Essas plantas estão buscando as potencialidades de cada região, temos projetos em Areia Branca próximo ao porto, uma planta em Macau, em Pedra Grande e isso mostra que temos uma diversificação até de áreas potenciais que possam produzir hidrogênio no Estado”, explica o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do Estado, Hugo Fonseca. Os projetos não podem ser detalhados em função de cláusulas de confidencialidade.

No entanto, a CNI, que listou cinco projetos em seu estudo, disse que os outros empreendimentos com intenções para indústria de H2V encontravam-se na fase de acordos ou memorandos de entendimentos, por isso não foram detalhados. Contudo, foram citados projetos da Neoenergia, Enterprize, EFR/IER/SUNSTO e Maturati Participações.

“Cada um está em estágios diferenciados. Os outros três estão na fase para dar entrada no processo. Alguns ainda estão desenvolvendo a parte de modelagem econômico e financeira, outros já estão fazendo a solicitação junto à Agência Nacional de Energia (Aneel) da outorga para as plantas que fornecerão energia à usina. Esses projetos citados pelo CNI estão mapeados, seja pedindo autorização junto ao órgão ou autorização à Aneel para acesso ao sistema elétrico”, acrescenta.

Marco Legal: um compromisso com a descarbonização

De acordo com a CNI, a aprovação do Marco Legal do Hidrogênio de Baixo Carbono (Lei 14.948) estabeleceu “um momento histórico para a indústria brasileira”. Assim como a Lei do Petróleo foi fundamental para a exploração de hidrocarbonetos no Brasil em 1998, essa lei marca o início do desenvolvimento da cadeia do hidrogênio e reforça o comprometimento do país com a descarbonização da economia.

Já existem investimentos anunciados para mais de 20 projetos de hidrogênio a partir de fontes renováveis no Brasil que somam R$ 188,7 bilhões. O baixo custo e alta elasticidade de oferta da geração elétrica renovável colocam o país em condição de vantagem competitiva. Por essa razão, existe a expectativa que o Brasil produza hidrogênio com um dos menores custos do mundo em 2030.

“Esse número nos traz um otimismo e pode ser ainda maior, considerando que esse estudo foi finalizado e entregue depois da aprovação do Marco Legal, mas a base de dados considerou antes dessa aprovação. O que sabemos é que muitas empresas estavam segurando seus investimentos e projetos para ter a segurança jurídica do Marco Legal, que foi sancionado, e na semana passada já tivemos a aprovação do outro projeto que complementa os incentivos fiscais para essa nova cadeia. Esse número [da CNI] pode ser algo inicial. Claro que temos que ter pé no chão de que precisaremos fazer uma avaliação de quantos desses projetos vão conseguir ficar de pé”, explica André Themoteo, Head de Hidrogênio da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

Diversos portos brasileiros estão desenvolvendo projetos para se posicionar como hubs de hidrogênio de baixo carbono – centros geográficos que envolvem uma cadeia de atividades de produção, transporte, entrega e uso final dessa fonte de energia. Entre os investimentos identificados, o Porto de Pecém (CE) se destaca como destino que deve receber mais aportes financeiros – cerca de R$ 110,6 bilhões.

“A CNI tem um papel catalisador no engajamento do setor industrial nesse processo. Por meio do Comitê da Indústria para o Hidrogênio Sustentável, atuamos em parceria com empresas e stakeholders para difundir conhecimento, monitorar e debater as políticas públicas. Uma das principais iniciativas foi a criação da Plataforma da Indústria para o Hidrogênio Sustentável, que permite acompanhar as iniciativas empresariais e de política pública na área do hidrogênio sustentável”, detalha o presidente da CNI, Ricardo Alban.

RN tem potencial para desenvolver cadeia do H2V

Na avaliação do diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RN), Rodrigo Mello, o Rio Grande do Norte possui as condições, tecnologia e um cenário de possibilidade de prover mão de obra qualificada para o contexto de Hidrogênio Verde que se aproxima.

“Temos energia disponível, provavelmente sendo o Estado com maior volume de energia disponível de fontes renováveis, temos água. Acaba de passar no Congresso o Marco Legal para produção de hidrogênio, com aprovação de conceitos e abertura de perspectiva de regulação do mercado produtor. No RN temos a ALRN com um projeto de regulação do nosso ambiente. Acho que sim, o RN possui condições necessárias para desenvolver a cadeia e temos ótimas disponibilidades de matéria-prima que é água e energia renovável”, cita.

Um desses exemplos é a inauguração, em fevereiro deste ano, do primeiro “Centro de Excelência em Formação Profissional para Hidrogênio Verde” do Brasil. A estrutura envolve estações de ensino capazes de mostrar – em condições reais de operação – desde a geração de energias renováveis para produção de hidrogênio verde até a obtenção e a aplicação prática do produto.

Porto-Indústria avança


As discussões em torno do Porto-Indústria Verde do RN avançaram nos últimos meses. Com área já definida, entre Caiçara do Norte e Galinhos, o Estado já solicitou autorização junto ao Ministério dos Portos e Aeroportos numa etapa de licenciamento visando a viabilização do equipamento. Com investimento de R$ 5,6 bilhões, o Porto-Indústria será feito num modelo de Parceria Público-Privada (PPP) numa área de 13 mil hectares. O Estado busca recursos junto à União.

“Assinamos termo de cooperação com o BNDES e solicitamos autorização junto à Secretaria Nacional de Portos, que é uma espécie de licenciamento, e estamos para fechar uma parceria junto com o Ministério dos Portos e Aeroportos no repasse de recursos financeiros para podermos fazer o processo de licenciamento ambiental. Como teremos um EIA/Rima, ele exige vários estudos complementares. É um Porto-Indústria numa área sensível com impactos ambientais, não só restrita a localidade. Esses custos chegam a quase R$ 12 milhões que serão necessários só para esta parte”, explica Hugo Fonseca.

Com o RN tendo um potencial considerável para as energias renováveis e consequentemente produção de Hidrogênio Verde, a viabilização de um Porto-Indústria se faz necessária para a fabricação de produtos verdes que utilizem energias renováveis. “É essencial para que o Estado tenha competitividade nas próximas décadas”, cita. A expectativa é de que as atividades comecem a partir de 2030.

Estado terá planta para produção de “cimento verde”

O RN terá uma planta de H2V voltada para a produção de “cimento verde” com previsão de entrar em funcionamento em 2027. O investimento é da ordem de R$ 40 milhões numa parceria da CPFL Energia e a Mizu Cimentos, do grupo Polimix.

A planta, que funcionará dentro das instalações da Mizu, localizadas na cidade de Baraúna, no Oeste potiguar, visa substituir o petróleo pelo hidrogênio verde como combustível nos fornos da fábrica, contribuindo significativamente para a descarbonização do setor.

Hugo Fonseca, titular adjunto da Sedec-RN, explica que essa foi uma estratégia adotada que pode auxiliar o Estado no desenvolvimento de know how para projetos de larga escala.

“Decidimos mudar um pouco a estratégia no RN dentro do nosso planejamento energético porque entendemos que precisávamos desenvolver conhecimento e know how nessa fonte, que é nova no mundo, com poucos países produzindo e em escala pequena. O H2V tem suas características peculiares nessa produção, com a principal rota de eletrólise utilizada tendo uma demanda alta de energia, então a tendência é utilizar energias renováveis e o mercado exige isso e os custos vinculados à produção e transporte desse hidrogênio. Então começar com um projeto grande, de 2,3,4 GW tem suas dificuldades porque o quilo do H2 fica muito caro hoje.

Quando se traz para uma planta menor, e já trazendo um comprador dele, se tem a oferta garantida da produção versus quem vai consumir aquele hidrogênio. Torna-se competitivo neste modelo”, explica Fonseca.

Hidrogênio Verde

O hidrogênio verde (H2V) é produzido a partir da eletrólise da água por meio de fontes renováveis como eólica e solar, um processo de separação da molécula de água (H2O) em hidrogênio (H2) e oxigênio (O2) por meio da passagem de uma corrente elétrica na solução aquosa.

Ele pode ser utilizado ainda na composição de outros combustíveis, sintetizados a partir dele, que se beneficiarão das características da cadeia 100% livre (com menor emissão de CO2). Hoje, os países líderes na produção de H2V são Alemanha, Japão e China.

O hidrogênio pode ser utilizado não somente como combustível no setor de transportes, mas também como matéria-prima para produtos em outros setores como na indústria de aço e metais e a farmacêutica, o hidrogênio também pode ser utilizado como fonte de energia quando combinado as células a combustível, o que irá influenciar diretamente na redução de emissões de GEE (gases de efeito estufa) se produzido a partir de fontes renováveis.

Deu na Tribuna do Norte

Polícia

MEC não contou a Lula que havia denunciado ministra ao TCU por rombo de R$177,3 milhões

 

Falar em corrupção no governo Lula é como falar de corda em casa de enforcado, por isso nenhum dos petistas que aparelham o Ministério da Educação, incluindo o ministro Camilo Santana, foi capaz de informar ao Palácio do Planalto que haviam denunciado a deputada Macaé Evaristo (PT), escolhida para a pasta de Direitos Humanos, pelo rombo de R$177,3 milhões do FNDE destinados a merenda escolar. O dinheiro tomou chá de sumiço e Macaé nem prestou contas, era Dilma Rousseff no poder. Mas, em agosto de 2023, ela finalmente foi denunciada ao Tribunal de Contas da União (TCU).

O TCU tem sido de fidelidade canina a Lula, mas, se levar em conta a denúncia do FNDE/MEC, Macaé não escapará de condenação.

Se condenada, Macaé terá de devolver os R$177,3 milhões, corrigidos, e ficará proibida de exercer função ou cargo público por oito anos.

Se não demitir Macaé agora, Lula poderá ser obrigado a fazê-lo depois, caso o TCU a condene, como recomenda a apuração do MEC.

 

Informações do Cláudio Humberto

Judiciário

Ministro do STF pede manifestação da PGR sobre caso Silvio Almeida

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, pediu manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a competência da Corte para analisar as denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida.

Na semana passada, Lula demitiu Almeida, “considerando a natureza das acusações” e por julgar “insustentável a manutenção do ministro no cargo”.

Na última quinta-feira (12), a Polícia Federal (PF) enviou ao STF um relatório preliminar da investigação aberta para apurar o caso. André Mendonça foi sorteado como relator e, nesta sexta-feira (13), encaminhou o processo para manifestação da PGR.

Como as acusações tratam do período no qual o ex-ministro tinha foro privilegiado, a PF pede que o STF defina se a questão deve ser analisada pela Corte ou por instâncias inferiores da Justiça. O processo está em sigilo de justiça, como de costume em ocorrências envolvendo denúncias de violência sexual, e não há prazo para decisão do ministro André Mendonça.

As denúncias contra Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na quinta-feira (5) e confirmadas pela organização Me Too, que atua na proteção de mulheres vítimas de violência. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente pelo então ministro.

Importunação

Entre as vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Apontada como alvo de importunação sexual, a ministra ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso, mas divulgou uma nota nas redes sociais pedindo respeito à sua privacidade e afirmando ser inaceitável relativizar ou diminuir episódios de violência e abuso sexual.

Na terça-feira (10), a PF ouviu uma das mulheres. O depoimento é mantido em sigilo. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para apurar o caso.

Responsável por investigar irregularidades trabalhistas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) também instaurou um inquérito civil para apurar as recentes denúncias. Segundo o órgão, a Procuradoria Regional do Trabalho no Distrito Federal e no Tocantins (PRT-10) recebeu uma denúncia anônima contra Silvio Almeida depois do caso noticiado pelo Metrópoles. A partir da denúncia anônima e do noticiário, um procurador do Trabalho decidiu instaurar um inquérito de ofício, ou seja, independentemente de ter sido provocado por uma parte interessada. A medida, por si só, significa que o procurador concluiu ser necessário o MPT apurar os fatos.

Defesa

Advogado, professor universitário e por muitos considerado referência no debate sobre as relações raciais e o racismo na estruturação nacional, Silvio Almeida nega as acusações. Em uma primeira nota divulgada na noite de quinta-feira (5), o ainda ministro chegou a se referir às acusações como “mentiras” e “ilações absurdas”, alegando que lhes faltavam materialidade, ou seja, indícios objetivos da existência de crime.

Na sexta-feira (6), a defesa do ex-ministro informou que acionou a Justiça Federal para obter explicações da organização Me Too. Para o lugar de Silvio Almeida no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o presidente Lula nomeou a deputada estadual mineira Macaé Evaristo.

 

Informações do Novo

Polícia

Lei Seca: Motorista é preso e 8 são notificados nesta sexta (13) em Natal

 

Na noite desta sexta-feira (13), o Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) conduziu uma fiscalização na avenida Hermes da Fonseca, na zona Leste de Natal. Durante a operação, oito motoristas foram notificados por dirigir sob efeito de álcool.

Um dos autuados admitiu ter pago R$ 50,00 para que uma pessoa, posicionada antes da blitz, o ajudasse a passar pelo bloqueio. A transação foi identificada pelo setor de inteligência da seção Lei Seca, que também registrou o momento em que o homem embriagado reassumiu a direção.

Além disso, um homem de 34 anos foi preso após o teste de alcoolemia indicar 1.06 mg/l. Ele foi levado à Central de Flagrantes e autuado conforme o artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro.

Deu no Novo

Eleições 2024, Pesquisa

Pesquisa aponta segundo turno em Natal: Carlos 35,7%, Paulinho 27,9% e Natália 14,1%

 

O levantamento da Consult Pesquisa, divulgado exclusivamente pelo Portal 96 FM, apontou novos números da disputa pela Prefeitura de Natal. No cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados ao entrevistado, o segundo turno fica muito mais próximo.

Isso porque o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), lidera a disputa com 35,7% das intenções de voto. Paulinho Freire, candidato do União Brasil, aparece em segundo, com 27,9%. Natalia Bonavides (PT) está em terceiro, com 14,1%.

Rafael Motta (Avante) aparece logo em seguida, com 3,5%. Nando Poeta e Heró não pontuaram na pesquisa. Segundo a pesquisa, 12,5% disseram não votar em nenhum desses nomes e 6,3% responderam não saber.

Com isso, a soma dos adversários é de 45,5%, cerca de 10 pontos percentuais acima do número apresentado pelo ex-prefeito Carlos Eduardo, de 35,7%.

Pesquisa Espontânea

No levantamento espontâneo, quando os nomes dos candidatos não é apresentado ao eleitor, a diferença é ainda menor entre os dois primeiros colocados.

Isso porque o ex-prefeito de Natal aparece com 24,2%, contra 19,4% do candidato Paulinho Freire. Natalia Bonavides aparece com 10,1%, Rafael Motta com 0,7%. A pesquisa apontou ainda que 12,9% dos entrevistados não votaria em nenhum e 32,7% não souberam dizer.

Dados Técnicos

O levantamento feito pela Consult Pesquisa ouviu 1.000 eleitores, nas quatro regiões de Natal, entre os dias 6 e 8 de setembro. A margem de erro é de 3,1% para mais ou para menos e confiabilidade de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo RN 06986/2024.

Informações da 96 FM

 

Tecnologia

Governo institui sistema de teletrabalho na administração direta e indireta; veja detalhes

 

Um decreto do governo estadual “disciplina o cumprimento da jornada de trabalho por meio do regime de teletrabalho, no âmbito da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Norte.

O documento foi publicado na edição deste sábado do Diário Oficial do Estado (DOE) e trata como teletrabalho a “modalidade de trabalho realizado fora das dependências físicas dos órgãos ou entida-des da Administração Pública Estadual, com a utilização de recursos tecnológicos”;

Além disso, o decreto explica os objetivos de implementação do teletrabalho, funcionamento, condições para adesão, atividades que podem ser desempenhadas de forma remota, etapas de implementação, dentre outros.

Em outro trecho, o documento esclarece que “o plano de trabalho deverá prever a apresentação para aferição trimestral das atividades realizadas pelo teletrabalhador, mediante análise fundamentada da chefia imediata quanto ao atingimento ou não das metas estipuladas para o período”.

O documento também ressalta que “o alcance da meta de desempenho estipulada para o teletrabalhador equivale ao cumprimen-to da respectiva jornada de trabalho, sem acréscimos ou vantagens pecuniárias e “é vedado o pagamento de adicionais que estejam relacionados à atividade presencial para o teletrabalhador que atue em regime de teletrabalho”.

Clique aqui e veja a íntegra do decreto.