Mundo, Tragédia

Ex-presidente do Chile, Sebastián Piñera, morre em acidente de helicóptero

 

Morreu nesta terça-feira, 6, o ex-presidente do Chile, Sebastián Piñera, de 74 anos, em um acidente de helicóptero na região central do Chile, de acordo com o jornal ‘La Tercer’.

Informações preliminares dizem que quatro pessoas estavam a bordo do helicóptero que caiu Lago Ranco. Três foram encontradas pelas equipes de emergência e conseguiram ser socorridas. Duas, conseguiram nadar até a margem, já a terceira foi resgatada na água com um bote. Segundo o jornal Clarín, Piñera pilotava a aeronave e não conseguiu tirar o sinto de segurança para deixar a aeronave.

Deu na JP News

Notícias

Número de mortos em incêndios florestais no Chile chega a 51

 

O número de mortes nos incêndios no Chile subiu para 51, informou o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred) chileno em entrevista coletiva.

Anteriormente, o presidente do Chile, Gabriel Boric, disse que 40 pessoas tinham morrido durante os incêndios e outras seis enquanto eram tratadas em hospitais por queimaduras.

“Dadas as condições da tragédia, o número de vítimas certamente aumentará nas próximas horas”, disse Boric.

Da mesma forma, a prefeita de Viña del Mar, Macarena Ripamonti, disse que também havia 372 pessoas desaparecidas, embora a informação devesse ser verificada junto aos órgãos competentes, conforme explicou em declarações à imprensa.

Segundo a Senapred , até as 22h deste sábado, 37 incêndios florestais permanecem em combate, enquanto 46 já estão controlados.

O órgão informou ainda que os danos atingiram muitas moradias, sendo 70% delas partes de lotes e 30% de habitações.

Além disso, foram montados 15 abrigos e, até a noite de sábado, havia 1.600 pessoas neles.

A ministra do Interior chilena, Carolina Tohá, relatou danos em pelo menos 1.100 casas e disse aos repórteres que os números poderiam aumentar à medida que as autoridades entrassem em áreas de difícil acesso.

Toque de recolher e estado de emergência

O presidente Boric decretou estado de emergência para as províncias de Marga Marga e Valparaíso devido aos incêndios florestais, informou neste sábado a delegada presidencial da região de Valparaíso, Sofía González Cortés.

Também foi estabelecido um toque de recolher obrigatório entre 08h e meio-dia nas comunas de Limache, Villa Alemana, Quilpué e Viña del Mar com o objetivo de facilitar a implantação de meios logísticos e de transporte de emergência.

Na sexta-feira, o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred) informou que Valparaíso e Marga Marga foram colocadas em alerta vermelho devido a três incêndios florestais que até aquele momento afetavam um total de cerca de 565 hectares.

O incêndio mais extenso, segundo o relatório de sexta-feira, é o que se desenvolve no complexo Las Tablas e na reserva Lago Peñuelas, em Valparaíso, onde foram afetados 480 hectares, indicou o Senapred em boletim informativo.

Os outros dois incêndios ocorrem em Lo Moscoso, nas comunas de Quilpé e Villa Alemana, onde estão afetados 80 hectares, e na estrada Dos Locas, também em Valparaíso, os danos são de 5 hectares.

A Senapred informou que devido a esta situação foi ordenada a evacuação de alguns setores da comuna de Villa Alemana.

Boric disse em sua conta na rede social X (antigo Twitter) que forças do governo estão mobilizadas para controlar os incêndios.

Ele informou ainda que determinou à ministra do Interior, Carolina Tohá, a realização de reunião do Comitê de Gestão de Riscos e Desastres (Cogrid).

Boric pediu aos cidadãos que atendam às instruções das autoridades e evitem se expor a riscos.

Pelo menos uma pessoa presa em conexão com os incêndios

Pelo menos uma pessoa foi presa até agora em conexão com os incêndios florestais que devastam partes do Chile, informou a CNN Chile, afiliada da CNN, na noite de sábado, citando a polícia.

Segundo a polícia, o homem estava em sua casa na cidade de Talca, no centro do Chile, fazendo trabalhos de soldagem quando um incêndio começou acidentalmente e se espalhou pelas pastagens próximas, informou a CNN Chile.

Não se sabe quando o incidente ocorreu.

A agência florestal do Chile, a Corporação Nacional Florestal (CONAF), e os bombeiros extinguiram o incêndio, mas cerca de 2 hectares de terra foram queimados.

Nenhum ferimento foi relatado neste incêndio, de acordo com o relatório.

O suspeito será processado neste domingo em Talca, segundo a Promotoria de Maule, informou a CNN Chile.

Ministério da Saúde do Chile emite alerta de saúde

O Ministério da Saúde do Chile emitiu um alerta de saúde para a região de Valparaíso enquanto os bombeiros continuam a combater as chamas que ameaçam as comunidades.

A medida emergencial permite a contratação e transferência de pessoal, a suspensão de cirurgias programadas eletivas e não urgentes e a autorização para instalação de hospitais de campanha, segundo comunicado do ministério divulgado neste sábado.

E permite ainda a aquisição direta de bens, serviços ou equipamentos e confere ao ministério o direito de coordenar a rede de prestadores de saúde públicos e privados “aos níveis de cuidados de saúde primários, pré-hospitalares e hospitalares, incluindo a rede de grandes queimados”, entre outras medidas.

O ministério não informou por quanto tempo o alerta sanitário vigorará.

Durante entrevista coletiva neste sábado, a ministra da Saúde, Ximena Aguilera, disse que cinco unidades de saúde foram evacuadas em regiões próximas a Valparaíso como precaução contra incêndios.

Fonte: CNN

Notícias

Após ataque a brasileira, cidade no Chile exige eutanásia de 4.500 cães de rua

 

O município de San Pedro de Atacama exigiu a eutanásia de cerca de 4.500 cães de rua da cidade, após uma turista brasileira ficar em estado grave depois de ser atacada por sete cães.

Por meio de um recurso de proteção apresentado ao Ministério da Saúde, a prefeitura pediu a eutanásia de todos os cães de rua da comuna, argumentando que pelo menos três pessoas foram vítimas de mordidas violentas.

Uma delas foi Daniela Gamboa, uma jovem de 27 anos que perdeu a vida no dia 15 de outubro após ser atacada por uma matilha de cães.

Na ação judicial também é citado que uma criança de três anos foi mordida e teve que sofrer a amputação de uma das orelhas.

O município defendeu a medida e a descreveu como necessária para prevenir novos incidentes. Da mesma forma, no apelo indicaram que se trata de um problema de saúde pública e que a ação é extrema diante de uma crise avassaladora.

Da mesma forma, o recurso argumenta que esses cães provocam brigas em vias públicas, gerando episódios de ataques graves ou mordidas em pessoas.

Fonte: CNN

Mundo

Chilenos vão às urnas votar nova Constituição conservadora após rejeitarem a Carta de esquerda

 

Os chilenos às urnas neste domingo, 17, para aprovar uma nova Constituição que vai substituir a atual Carta, criada ainda durante a ditadura no país. A tentativa de troca é uma resposta da classe política aos protestos que paralisaram o país em 2019 e ocorre mais de um ano após os chilenos rejeitarem uma proposta de Constituição escrita por uma convenção de esquerda – muitos a caracterizaram como uma das cartas mais progressistas do mundo.

Desta vez, o novo documento é mais conservador do que aquele que pretende substituir, pois aprofundaria os princípios do livre mercado, reduziria a intervenção do Estado e poderia limitar alguns direitos das mulheres. Se a nova carta for rejeitada, a Constituição da era Pinochet (que foi alterada ao longo dos anos), de 1980, vai continuar em vigor.

Um dos artigos mais polêmicos do novo projeto proposto diz que “a lei protege a vida do nascituro”, com uma ligeira mudança na redação do documento atual que alguns alertaram que poderia tornar o aborto totalmente ilegal no país. Atualmente, a lei chilena permite a interrupção da gravidez por três motivos: estupro, feto inviável e risco à vida da mãe.

Outro artigo do documento proposto que gerou polêmica diz que os prisioneiros que sofrem de uma doença terminal e não são considerados um perigo para a sociedade em geral podem receber prisão domiciliar. Membros da oposição de esquerda disseram que a medida poderia acabar beneficiando aqueles que foram condenados por crimes contra a humanidade durante a ditadura do general Augusto Pinochet, de 1973 a 1990.

O novo documento proposto, que diz que o Chile é um Estado social e democrático que “promove o desenvolvimento progressivo dos direitos sociais” por meio de instituições estatais e privadas, também está sofrendo oposição de muitos líderes locais que dizem que ele elimina o imposto sobre casas que são residências primárias, uma fonte vital de receita estatal que é paga pelos mais ricos.

Ela também estabeleceria novas instituições de aplicação da lei e diz que os imigrantes sem documentos devem ser expulsos “o mais rápido possível”.

À agência de notícias Reuters, o diretor da consultoria Teneo, Nicholas Watson, explica que, independentemente do resultado deste domingo, há uma grande desilusão com a classe política no país. “Isso deixa as razões dos protestos de 2019 amplamente não resolvidas, com todos os riscos implícitos ainda latentes”, diz.

Segundo o especialista, a aprovação do texto pode prejudicar a agenda de reformas do presidente chileno, Gabriel Boric, que aposta em propostas de reformas tributárias e previdenciária para impulsionar a própria popularidade.

“Mas, embora um ‘não’ possa dar impulso a Boric, não seria algo transformativo, já que ele ainda vai ter falhado em um de seus objetivos principais: substituir a Constituição de 1980″, disse Watson.

Nova Constituição

O processo para redigir uma nova constituição começou após os protestos de rua de 2019, quando milhares de pessoas reclamaram da desigualdade em um dos países politicamente mais estáveis e economicamente mais fortes da América Latina.

Mas, em 2022, 62% dos eleitores rejeitaram a proposta de constituição que teria caracterizado o Chile como um Estado plurinacional, estabelecido com territórios indígenas autônomos e priorizando o meio ambiente e a paridade de gênero.

Uma das pesquisas mais recentes, realizada pela empresa local Cadem no final de novembro, indicou que 46% dos entrevistados disseram que votariam contra a nova Constituição, enquanto 38% eram a favor. A diferença foi muito maior do que há três meses, quando o “não” estava 20 pontos à frente do “sim”.

Em Santiago, as conversas antes da votação geralmente se voltavam para a segurança, e não para a carta proposta. As estatísticas estaduais mostram um aumento nos roubos e outros crimes violentos, um fato que tende a beneficiar as forças conservadoras.

As pessoas já se esqueceram do motivo pelo qual fomos às ruas – Malen Riveros, estudante chilena

Parecia haver pouco entusiasmo com a votação de domingo. A maioria dos cidadãos está exausta após 10 eleições de vários tipos em menos de dois anos e meio, mas o voto é obrigatório no Chile.

Malen Riveros, 19 anos, estudante de direito da Universidade do Chile, disse que o fervor que se acendeu com os protestos de rua de 2019 se perdeu e, para ela, a escolha no domingo foi entre o ruim e o pior.

“As esperanças se perderam com o passar do tempo”, disse Riveros. “As pessoas já se esqueceram do motivo pelo qual fomos às ruas.“

Deu no Estadão

Mundo

Chile rejeita pela segunda vez nova Constituição e mantém texto da ditadura

Foto: Juan Barreto

 

Pela segunda vez, os chilenos votaram contra o novo texto da Constituição. Neste domingo, 17, o não venceu por 55% dos votos contra 45% do sim. Apesar do resultado ir contra as manifestações de 2019 e a votação de 2020, que previam uma nova Carta Magna para substituir a que está em vigor desde o regime do Augusto Pinochet (1973-1990), o resultado já era esperado, com as pesquisas indicando qual seria o resultado.

O novo documento, redigido pela direita, era mais conservador e polêmico, principalmente do que diz respeito a questões do aborto e migração,  ordenando a expulsão “no menor tempo possível” dos estrangeiros que entram no Chile “de forma clandestina ou por passagens não autorizadas”, um aceno da direita aos setores que exigem linha dura ante o aumento da insegurança — e que é por eles associado à migração. Embora o texto reconhecesse pela primeira vez os povos indígenas, não estabelecia normas claras que garantiriam sua autonomia, como propunha a Constituição rejeitada em 2022, que declarava o Chile como um Estado “plurinacional”. Historicamente discriminados, os indígenas representam 12% da população do país.

Diante deste novo revés, o presidente do Chile, Gabriel Boric, não pretende tentar uma terceira proposta de reformulação da Constituição. Seu plano agora é emendar o texto atual para incluir proposta populares, como a expansão dos direitos reprodutivos e ambientais. Essa nova rejeição, apesar de não ter impacto imediado sobre o líder chileno, deixará consequências, como aponta os especialistas ouvidos pelo Portal da Jovem Pan. Vitelio Brustolin, professor de relações internacionais da UFF e pesquisador de Harvard, lembra que após a primeira rejeição, em setembro de 2022, Boric ficou fragilizado. Essa nova “afeta todo o país pelo impasse em resolver essa questão, ao mesmo tempo em que deixa ainda mais evidentes as dificuldades de governança no Chile”.

Christopher Mendonça, cientista politico e professor de relações internacional do Ibmec Belo Horizonte enfatiza que o chileno não será afetado do ponto de vista formal e poderá terminar seu mandato sem nenhum problema. Porém, ele ficará abalado do ponto de vista político, uma vez que sua eleição foi baseada na reformulação da proposta. “Isso fragiliza ele como um governante, sobretudo como mediador de interesses dentro do próprio Chile.”

Deu na JP News

Mundo, Política

Chilenos vão às urnas votar nova Constituição conservadora após rejeitarem a Carta de esquerda

 

Os chilenos às urnas neste domingo, 17, para aprovar uma nova Constituição que vai substituir a atual Carta, criada ainda durante a ditadura no país. A tentativa de troca é uma resposta da classe política aos protestos que paralisaram o país em 2019 e ocorre mais de um ano após os chilenos rejeitarem uma proposta de Constituição escrita por uma convenção de esquerda – muitos a caracterizaram como uma das cartas mais progressistas do mundo.

Desta vez, o novo documento é mais conservador do que aquele que pretende substituir, pois aprofundaria os princípios do livre mercado, reduziria a intervenção do Estado e poderia limitar alguns direitos das mulheres. Se a nova carta for rejeitada, a Constituição da era Pinochet (que foi alterada ao longo dos anos), de 1980, vai continuar em vigor.

Um dos artigos mais polêmicos do novo projeto proposto diz que “a lei protege a vida do nascituro”, com uma ligeira mudança na redação do documento atual que alguns alertaram que poderia tornar o aborto totalmente ilegal no país. Atualmente, a lei chilena permite a interrupção da gravidez por três motivos: estupro, feto inviável e risco à vida da mãe.

Outro artigo do documento proposto que gerou polêmica diz que os prisioneiros que sofrem de uma doença terminal e não são considerados um perigo para a sociedade em geral podem receber prisão domiciliar. Membros da oposição de esquerda disseram que a medida poderia acabar beneficiando aqueles que foram condenados por crimes contra a humanidade durante a ditadura do general Augusto Pinochet, de 1973 a 1990.

O novo documento proposto, que diz que o Chile é um Estado social e democrático que “promove o desenvolvimento progressivo dos direitos sociais” por meio de instituições estatais e privadas, também está sofrendo oposição de muitos líderes locais que dizem que ele elimina o imposto sobre casas que são residências primárias, uma fonte vital de receita estatal que é paga pelos mais ricos.

Ela também estabeleceria novas instituições de aplicação da lei e diz que os imigrantes sem documentos devem ser expulsos “o mais rápido possível”.

À agência de notícias Reuters, o diretor da consultoria Teneo, Nicholas Watson, explica que, independentemente do resultado deste domingo, há uma grande desilusão com a classe política no país. “Isso deixa as razões dos protestos de 2019 amplamente não resolvidas, com todos os riscos implícitos ainda latentes”, diz.

Segundo o especialista, a aprovação do texto pode prejudicar a agenda de reformas do presidente chileno, Gabriel Boric, que aposta em propostas de reformas tributárias e previdenciária para impulsionar a própria popularidade.

“Mas, embora um ‘não’ possa dar impulso a Boric, não seria algo transformativo, já que ele ainda vai ter falhado em um de seus objetivos principais: substituir a Constituição de 1980″, disse Watson.

 

Nova Constituição

O processo para redigir uma nova constituição começou após os protestos de rua de 2019, quando milhares de pessoas reclamaram da desigualdade em um dos países politicamente mais estáveis e economicamente mais fortes da América Latina.

Mas, em 2022, 62% dos eleitores rejeitaram a proposta de constituição que teria caracterizado o Chile como um Estado plurinacional, estabelecido com territórios indígenas autônomos e priorizando o meio ambiente e a paridade de gênero.

Uma das pesquisas mais recentes, realizada pela empresa local Cadem no final de novembro, indicou que 46% dos entrevistados disseram que votariam contra a nova Constituição, enquanto 38% eram a favor. A diferença foi muito maior do que há três meses, quando o “não” estava 20 pontos à frente do “sim”.

Em Santiago, as conversas antes da votação geralmente se voltavam para a segurança, e não para a carta proposta. As estatísticas estaduais mostram um aumento nos roubos e outros crimes violentos, um fato que tende a beneficiar as forças conservadoras.

As pessoas já se esqueceram do motivo pelo qual fomos às ruas -Malen Riveros, estudante chilena

Parecia haver pouco entusiasmo com a votação de domingo. A maioria dos cidadãos está exausta após 10 eleições de vários tipos em menos de dois anos e meio, mas o voto é obrigatório no Chile.

Malen Riveros, 19 anos, estudante de direito da Universidade do Chile, disse que o fervor que se acendeu com os protestos de rua de 2019 se perdeu e, para ela, a escolha no domingo foi entre o ruim e o pior.

“As esperanças se perderam com o passar do tempo”, disse Riveros. “As pessoas já se esqueceram do motivo pelo qual fomos às ruas.”

Deu no Estadão

 

Notícias

Em derrota para Gabriel Boric, direita vence eleição de constituintes no Chile

gabriel boric chile

 

O presidente de extrema esquerda do Chile, Gabriel Boric, saiu derrotado da eleição de constituintes, no domingo 7. Já o Partido Republicano, de direita, obteve 35% dos votos e pelo menos 20 cadeiras necessários para ter poder de veto nas discussões da nova Carta Magna.

Em segundo lugar, ficou o grupo Unidade pelo Chile (28%), formado pela maioria dos partidos que compõem a coalizão governista (a Frente Ampla, de Gabriel Boric, o Partido Comunista e o Partido Socialista), enquanto a terceira posição ficou com a centro-direita na federação Chile Seguro (21,6%).

Juntos, os conservadores têm maioria absoluta e reúnem mais de 30 cadeiras necessárias para aprovar as novas normas constitucionais, sem a necessidade de concordar com a extrema esquerda, o que lhes permitirá traçar os rumos da nova Carta Magna.

Em pronunciamento em rede nacional, Boric pediu ao Partido Republicano “que aja com sabedoria e temperança”. “O processo anterior falhou, porque não soubemos ouvir os que pensavam diferente”, disse o esquerdista. “Quero convidar agora o Partido Republicano a não cometer o mesmo erro que cometemos.”

O líder da oposição e do Partido Republicano, José Antonio Kast, também se pronunciou e disse que “hoje podemos respirar um pouco mais aliviados”. Depois de comparar o resultado dessas eleições com o cenário político de dois anos atrás, “quando avançava aquela esquerda radical que ameaçava refundar tudo”, pediu “que o sectarismo nunca mais tome conta do país”.

Boric foi eleito em 2021 na esteira dos protestos violentos da extrema esquerda no Chile. À época, os comunistas conseguiram pressionar o governo Piñera a consultar o povo sobre uma nova Constituição. Isso porque a Carta Magna atual data do regime Pinochet. Apesar de a maioria da população votar por um novo texto, ela rejeitou o primeiro rascunho, redigido pela esquerda, visto que havia termos vagos e agigantava a presença do Estado na vida das pessoas.

Mais de 60% da população rejeitou a Carta Magna da esquerda, em setembro do ano passado. A margem de 24 pontos porcentuais rejeitando a nova Constituição foi um baque para o presidente. As discussões continuaram até que, agora, uma nova eleição deu à direita o poder de mudar o texto constitucional.

Deu na Oeste

Mundo

PIB do Chile registra maior queda trimestral em mais de 2 anos

 

A economia do Chile registrou no terceiro trimestre deste ano sua maior retração trimestral em mais de dois anos, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Banco Central do país.

Os números negativos crescem à medida que também aumentam os temores com a possibilidade de recessão no maior produtor de cobre do mundo.

O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,2% em relação ao segundo trimestre, representando sua maior queda desde o segundo trimestre de 2020, quando a economia contraiu 13% no auge da pandemia de covid-19.

O dado é pior do que o esperado por economistas consultados pela agência Reuters, que previam uma queda de no máximo 1,0% na comparação trimestral.

A economia chilena se recuperou rapidamente da crise relacionada à crise sanitária do coronavírus, mas foi duramente atingida pela alta da inflação, fazendo com que o BC aumentasse os juros para o nível atual de 11,25%.

Na comparação anual, de acordo com dados oficiais do país, a economia do Chile cresceu 0,3% no terceiro trimestre, ligeiramente acima das expectativas de alta de 0,2%.

Deu no Conexão Política

Mundo

Governo socialista: Boric anuncia novas reformas no Chile

Bolsonaro ofendendo presidente do Chile

 

O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou nesta quarta-feira, 2, a sua prometida reforma da previdência, que prevê a criação de um modelo misto com um aumento de 10% para 16% da contribuição a ser paga pelo empregador e a possibilidade de o Estado gerir os fundos. Os afiliados “serão os proprietários das suas poupanças e poderão decidir livremente entre gestores de investidores privados ou o investidor público”, explicou o presidente.

Boric detalhou que o sistema é constituído por três pilares: a capitalização individual atual, que manterá as contribuições obrigatórias que pertencem a cada trabalhador; a contribuição de 6% do Seguro Social, que é paga pelos empregadores; e a contribuição feita pelo Estado através da Pensão Garantida Universal (PGU). Esta última será aumentada com esta reforma para 250 mil pesos (cerca de R$ 1.360), assim que o Congresso aprovar a reforma tributária.

”As AFPs (administradoras privadas de fundos de pensões), nesta reforma, acabam. Haverá novos gestores de investimentos privados com o objetivo exclusivo de investir fundos de pensões e, além disso, haverá uma alternativa pública, que promoverá a concorrência com a entrada de novos players”, declarou Boric.

O chefe de Estado insistiu que “o atual sistema de pensões está em crise” e que as pensões atuais “não são suficientes” para que as pessoas “sustentem uma vida digna na velhice, por mais que tenham trabalhado arduamente durante as suas vidas”. “Já houve duas tentativas fracassadas nos últimos anos e o público não perdoará outro fracasso político”, reiterou.

Boric, que recordou que esta reforma “tem sido esperada e adiada há mais de 15 anos”, convidou parlamentares, empregadores, AFPs, trabalhadores e organizações para “alimentar” o debate que acabará sendo definido no Congresso, onde o seu partido não tem maioria.

Informações da EFE

Mundo

Ampla maioria da população do Chile rejeita nova Constituição com viés socialista

 

A população do Chile rejeitou a proposta de uma nova Constituição para o país neste último domingo (4). Os chilenos foram às urnas para um plebiscito e a ampla maioria votou para não substituir a atual Carta Magna, escrita em 1980, ainda ditadura de Augusto Pinochet.

Com 99,9% dos votos apurados, 61,81% foram contrários à medida, enquanto somente 38,13% aprovaram. A ideia era defendida pelo presidente Gabriel Boric e sua base aliada no Congresso.

“A proposta não conseguiu convencer a maioria”, admitiu nas redes sociais o senador socialista Jaime Quintana, aliado do mandatário. O resultado representou uma dura derrota para os movimentos de esquerda do Chile.

Em 2020, 80% da população participou de um outro plebiscito e votou para que houvesse mudanças constitucionais. No entanto, a convenção que redigiu o novo texto da carta tinha uma maioria de esquerda que queria implantar alterações de caráter socialista.

Entre as sugestões do colegiado estavam dispositivos como reconhecimento do direito ao aborto, obrigação de 50% de vagas para mulheres em todos os órgãos do Estado, criação de sistema judicial indígena, definição do Chile como Estado plurinacional e intercultural e duríssimas regras sobre meio ambiente.

Também fazia parte do texto a legalização das drogas, o aumento do imposto de renda em 200% e a transferência das polícias para um Ministério da Paz, Convivência e Segurança.

Representantes da direita na Assembleia Constituinte não alcançaram sequer um terço dos assentos para ter direito a veto, o que levou muitos cidadãos a entenderem que a intenção, na realidade, era refundar o país, provocando a rejeição de setores expressivos da sociedade.

Deu no Conexão Política