Mundo

Conselho de Segurança da ONU convoca reunião emergencial sobre invasão da Ucrânia pela Rússia

 

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocou, neste domingo (27), uma reunião emergencial da Assembleia-Geral, com 193 países membros para tratar da invasão da Ucrânia pela Rússia.

 

O encontro será realizado nesta segunda-feira (28), enquanto aliados ocidentais intensificam uma campanha diplomática para isolar Moscou.

 

A votação do conselho de 15 membros foi processual para que a Rússia não pudesse exercer seu veto. Uma resolução convocando a sessão da Assembleia Geral foi adotada com 11 votos sim. A Rússia votou contra, enquanto China, Índia e Emirados Árabes Unidos se abstiveram. O Brasil foi a favor.

 

Espera-se que a Assembleia-Geral vote uma resolução semelhante na quarta-feira (1º), disse a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, ao Meet the Press da NBC neste domingo. Nenhum país tem direito a veto na Assembleia-Geral.

 

CNN Brasil

Mundo

Maior avião do mundo é destruído em aeroporto ucraniano por ataque russo

 

Um bombardeio russo destruiu a aeronave Antonov-225 Mriya, tido como o maior avião do mundo, no aeroporto de Hostomel, próximo a Kiev, na Ucrânia. A informação foi confirmada neste domingo, 27, pela Ukroboronprom, fabricante estatal ucraniana de armas e equipamentos militares, e pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba. Segundo a empresa ucraniana, a restauração da aeronave custará mais de US$ 3 bilhões e levará mais de 5 anos. “Os invasores destruíram o avião, mas não serão capazes de destruir o nosso sonho comum. Certamente ela vai renascer”, diz o comunicado da Ukroboronprom. A estatal ainda afirma que tentarão fazer com que os custos da restauração sejam pagos pelos russos. “A nossa tarefa é garantir que estes custos sejam cobertos pela Federação Russa, que causou danos deliberados à aviação ucraniana e ao setor da aviação de mercadorias”, aponta a empresa. Já Kuleba afirmou em seu perfil do Twitter que “A Rússia pode ter destruído nosso ‘Mriya’. Mas nunca poderão destruir o nosso sonho de um Estado europeu forte, livre e democrático. Vamos prevalecer”.

 

Mundo

Entenda porque a Rússia invadiu a Usina Nuclear de Chernobyl

 

Tropas russas assumiram o controle da usina de Chernobyl, local onde ocorreu o pior desastre nuclear da história décadas atrás, durante o primeiro dia de sua invasão ao território ucraniano.

A tomada da região no norte da Ucrânia ocorreu logo na quinta-feira (24), no primeiro da invasão russa ao território ucraniano.

Os combates continuaram nos dias seguintes, em diferentes partes do país, incluindo Kiev, a capital, a região de Donbass e o sul da península da Crimeia, tomada pela Rússia em 2014. É um ataque ao longo das fronteiras da Ucrânia com a Rússia e a Bielorrússia.

Mas por que a Rússia decidiu assumir o controle da usina nuclear, agora desativada, e da cidade de Chernobyl, uma área abandonada desde 1986 e ainda parcialmente contaminada pela radiação, tão cedo na guerra?

Após o desastre, foi criada uma Zona de Exclusão, de 30 quilômetros ao redor da usina de Chernobyl. Isso inclui as cidades de Pripyat, próximas à usina nuclear, e Chernobyl, a cerca de 15 quilômetros de distância, que se tornaram cidades fantasmas.

A invasão russa em Chernobyl

A usina de Chernobyl está localizada a cerca de 15 quilômetros da fronteira entre a Ucrânia e Belarus, de onde vem um dos muitos avanços sobre a Ucrânia pelas tropas russas. Também fica a cerca de 100 quilômetros ao norte de Kiev, capital da Ucrânia.

Soldados russos chegaram à fábrica no primeiro dia da invasão, disse à CNN um porta-voz da Agência Estatal Ucraniana para a Gestão de Zonas de Exclusão, Yevgeniya Kuznetsov.

Alyona Shevtsova, conselheira do comandante das Forças Terrestres Ucranianas, disse pelo Facebook que as forças russas assumiram o controle da usina e que funcionários foram feitos “reféns”.

Mykhailo Podolyak, um conselheiro presidencial ucraniano, explicou que o controle da zona de Chernobyl foi perdido após uma “batalha feroz”. Ele acrescentou que o status das instalações de armazenamento de resíduos nucleares da antiga usina de Chernobyl é desconhecido.

Por outro lado, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, disse à agência estatal russa Tass que os paraquedistas que apreenderam a usina “chegaram a um acordo com o pessoal ucraniano para proteger o reator nuclear e o sarcófago que o protege”.

A agência nuclear da Ucrânia e o Ministério do Interior disseram na sexta-feira (25) que estavam registrando níveis crescentes de radiação no local depois que ele foi apreendido pela Rússia, informou a Reuters.

O Kremlin negou essas alegações, dizendo que os níveis eram normais.

Mapa mostra a rota russa em direção à capital Kiev / CNN Brasil

 

Por que a Rússia decidiu capturar Chernobyl?

A Zona de Exclusão de Chernobyl está no meio da rota mais direta da fronteira de Belarus, onde foi lançado um dos principais ataques da Rússia para Kiev. 

Essa localização geográfica já havia levado o governo ucraniano a enviar tropas para o local no início de fevereiro, esperando um ataque.

Uma fonte de segurança russa citada pela Reuters disse que os soldados russos se concentraram na Zona de Exclusão, que cobre parte do território bielorrusso, antes de cruzar para a Ucrânia na quinta-feira no início da invasão.

Essa fonte disse que a Rússia está tentando controlar a usina de Chernobyl para sinalizar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — a aliança defensiva liderada pelos EUA no centro do conflito sobre as tentativas da Ucrânia de se juntar ao grupo — que não interfira militarmente no conflito.

Konashenkov disse que a captura da usina de Chernobyl era “uma garantia de que grupos nacionalistas e outras organizações terroristas não poderão usar a situação atual do país para realizar uma provocação nuclear”, ecoando as acusações infundadas de Putin. contra o governo ucraniano.

O que aconteceu em Chernobyl em 1986

Uma explosão destruiu o reator nº 4 na fábrica Vladimir Lenin, em Chernobyl, então controlada pela União Soviética, em 26 de abril de 1986, durante um teste de segurança que falhou.

Nuvens de material radioativo se espalharam pela Europa no que se tornou o pior desastre nuclear da história.

Mais de 30 pessoas morreram imediatamente após a explosão e, nos anos que se seguiram, muitas outras morreram por sintomas de radiação, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O governo ucraniano evacuou cerca de 135 mil pessoas da área e criou a zona de exclusão de 30 quilômetros ao redor da usina, para que permaneça inabitável por décadas. 

Ainda assim, algumas pessoas continuam morando em Chernobyl e equipes de manutenção continuaram trabalhando no reator.

Nos meses após o acidente, um sarcófago foi construído para cobrir o reator nº 4 e conter o material radioativo. No entanto, desde então se deteriorou, levando a vazamentos de radiação.

Em 2016, uma estrutura conhecida como Novo Confinamento Seguro foi colocada sobre o sarcófago. O enorme design em forma de arco visa evitar a liberação de material contaminado, bem como proteger o sarcófago de impactos externos, como tornados ou tempestades elétricas extremas.

Informações da CNN

Mundo

Putin ordena “ofensiva total” e aumenta tropas ao redor da Ucrânia

 

Sem intenções de recuar, o presidente russo, Vladimir Putin, determinou que as tropas militares façam “ofensivas em todas as direções”. Além disso, o governo aumentou em 50% a presença de soldados ao redor da Ucrânia. A ordem é intensificar a invasão.

 

As informações foram divulgadas pelo Kremlin, sede do governo russo, em um comunicado oficial neste sábado (26/2).

 

O Kremlin disse que Putin ordenou que as tropas não fossem adiante na sexta-feira (25/2), mas que voltaram a avançar neste sábado, depois de supostas negativas para uma negociação. O governo ucraniano nega.

 

Um bombardeio russo matou 19 civis e feriu 73 pessoas neste sábado, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, informou a agência de notícias Interfax.

 

“100 mil soldados”

A Ucrânia vive o terceiro dia de bombardeios e assiste à presença de militares russos aumentar em seu território. O encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoly Tkach, apresentou um balanço sobre os ataques. Agora, segundo ele, 100 mil soldados estão no país.

 

“As batalhas continuam em todo o território da Ucrânia”, destacou. Neste sábado (26/2), em pronunciamento em Brasília, ele fez alertas para a forte presença militar russa e o risco de um operação falsa.

 

Segundo Tkach, os serviços de inteligência detectaram o planejamento russo de realizar “ação de bandeira falsa”. A iniciativa acontece quando um exército se disfarça com uniformes e equipamentos de outro para realizar atentados. “Intenção de cometer atos desumanos”, ponderou.

 

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que “grupos sabotadores” estão ativos em Kiev. Ele anunciou que o sistema de metrô está servindo apenas como abrigo para os cidadãos e pontuou que os trens pararam de funcionar.

 

 

 

Metrópoles

Mundo

Bolsonaro coloca dois aviões da FAB de prontidão para resgatar brasileiros na Ucrânia

A Força Aérea Brasileira informou neste sábado (26/02) que estão “de prontidão” dois aviões KC-390 Millennium para a eventual necessidade de transporte para os brasileiros que tentam fugir do conflito na Ucrânia.

Os modelos das aeronaves são os mesmos usados em outras missões humanitárias, como o que ocorreu no transporte de donativos para as vítimas da grande explosão de Beirute há cerca de dois anos.

O Itamaraty segue buscando ajuda internacional para conseguir repatriar os aproximadamente 500 brasileiros que estão no território ucraniano. Deste contingente, 30 são jogadores de futebol que jogam o campeonato ucraniano da primeira divisão.

A decisão de colocar os dois aviões à disposição para uma eventual foi tomada pelos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores do Governo Bolsonaro, segundo o próprio comunicado da FAB.

 

Mundo

Zelensky recusa resgate pelos EUA: “Preciso de armas, não de carona”

 

Foto: Handout/ AFP

 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou a oferta do governo dos Estados Unidos para retirá-lo do país. “Preciso de armas, não de carona”, teria dito Zelensky, segundo a Associated Press.

A retirada do presidente ucraniano do país teria como objetivo evitar que ele seja morto por militares russos, em pleno ataque para tomar a cidade desde sexta-feira (25/2).

Zelensky, porém, prefere continuar no cargo por enquanto, apesar do risco de vida. “De acordo com as informações que temos, o inimigo me fez o alvo número um, e minha família, o alvo número dois. Eles querem destruir a Ucrânia politicamente destruindo o chefe do Estado”, afirmou o presidente.

Informações do Washington Post levam a crer que os alertas estadunidenses sobre a segurança pessoal do líder ucraniano têm sido frequentes. Oficiais norte-americanos estariam aconselhando o presidente com dicas de proteção, como locais seguros para exercer o mandato presidencial.

Deu no Metrópolis

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Veículos de comunicação são ameaçados pela Rússia por cobertura da invasão

Rússia ameaça veículos de comunicação por cobertura de invasão

 

 

O órgão de controle de comunicações da Rússia acusou 10 veículos de comunicação do país de retratar falsamente o que a Rússia chama de “operação militar especial na Ucrânia” e de distribuir informações falsas.

Um dos veículos advertidos foi o “Novaya Gazeta”, um jornal crítico do governo e cujo editor-chefe, Dmitry Muratov, recebeu o prêmio Nobel da Paz no ano passado.

Outra ameaça foi feita ao Echo Moskvy, uma estação de rádio popular.

O órgão regulador deu ordem para que os jornais, sites e rádios apaguem informações que estão no ar.

 

Mundo

Brasil e 10 países votam a favor de resolução da ONU que condena ataque russo à Ucrânia; Mas com veto da própria Rússia, resolução não avança

 

Nesta sexta-feira (25), o Conselho de Segurança da ONU atraiu os olhares do mundo ao se reunir, na sede das Nações Unidas em Nova York, para discutir o conflito entre Rússia e Ucrânia.

 

Uma resolução que condena a invasão russa à Ucrânia e pede a retirada de tropas foi votada. Onze países votaram a favor, três se abstiveram e a Rússia votou contra, não permitindo que a resolução entre em vigor por ter direito a veto.

 

A Rússia vetou a resolução do Conselho de Segurança da ONU que serviria para condenar a invasão da Ucrânia. Foi o único país a votar contra, mas seu voto tem poder de veto.

 

A China se absteve. Emirados Árabes Unidos e Índia também se abstiveram. O Brasil, que ocupa assento temporário no conselho, votou a favor, junto com EUA e outros nove países.

 

Com informações de g1 e CNN Brasil

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Em meio a conflito, papa quebra protocolo e vai à Embaixada da Rússia

 

Com a tensão no Leste Europeu, o papa Francisco quebrou o protocolo e fez uma visita fora da agenda oficial à Embaixada da Rússia junto à Santa Sé, em Roma. Segundo informações do Vaticano, Francisco quis manifestar a sua preocupação com a guerra na Ucrânia. O religioso foi recebido pelo embaixador Alexander Avdeev.

 

O líder católico chegou em um veículo utilitário branco e permaneceu no prédio na Via della Conciliazione por mais de meia hora, como confirmou o diretor da Sala de Imprensa vaticana, Matteo Bruni.

 

Nesta semana, antes da invasão russa à Ucrânia Francisco pediu paz. “Tenho uma grande tristeza em meu coração com o agravamento da situação na Ucrânia. Apesar dos esforços diplomáticos das últimas semanas, cenários cada vez mais alarmantes estão se abrindo”, frisou.

 

Metrópoles

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Presidente da Ucrânia diz que país foi ‘deixado sozinho’ contra a Rússia e convoca a população para a guerra

 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta quinta feira (24) que seu país foi “deixado sozinho” para se defender contra a invasão russa. O líder ucraniano também convocou toda a população apta para participar da luta armada.

 

“Nos deixaram sozinhos para defender nosso Estado”, disse Zelensky em um pronunciamento televisionado. “Quem está disposto a lutar conosco? Não vejo ninguém. Quem está disposto a dar à Ucrânia uma garantia de adesão à Otan? Todos estão com medo.”

 

“Eu perguntei a 27 líderes europeus: a Ucrânia entrará na OTAN? Perguntei diretamente. Todos estão com medo. Não respondem. Mas nós não temos medo. Não temos medo de nada. Não temos medo defender nosso país”, ele afirmou.

 

O presidente Zelensky também decretou que cidadãos com idade para servir no exército deverão fazê-lo. A decisão já havia sido citada mais cedo nesta quinta-feira quando o líder ucraniano pediu o apoio dos moradores do país após a invasão russa.

 

Em um documento oficial publicado pouco antes do discurso, ele institui um decreto geral dirigido a homens de 18 a 60 anos, que devem permanecer no país preparados para se juntar às forças de segurança.

 

g1