Notícias

Velejador tcheco é resgatado pela Marinha próximo de ilha a 1,1 mil km do RN

Tripulante foi atendido por médico da Marinha, por telemedicina | Foto: Cedida

 

A Marinha do Brasil resgatou um velejador tcheco, de 56 anos, nas proximidades do arquipélago de São Pedro e São Paulo, cerca de 1,1 mil quilômetros de distância do Rio Grande do Norte. O homem era o único tripulante de um veleiro de bandeira polonesa, que se encontrava com restrição de manobra, sem o mastro e as velas. O resgate foi possível porque ele emitiu um chamado de socorro, via rádio, na tarde desse sábado (21).

De imediato, a Marinha acionou a estrutura do SALVAMAR NORDESTE, coordenando a Operação de Busca e Salvamento, acionando a embarcação “MARLIN II” que se encontra prestando apoio à Estação Científica localizada no arquipélago. A embarcação dirigiu-se ao veleiro e prestou o primeiro apoio, fornecendo água e alimento ao tripulante.

O velejador foi identificado como Vladimir Popov. Segundo a Marinha, ele encontra-se a bordo da embarcação “MARLIN II”. O homem relatou que havia saído de Cabo Verde, há 41 dias, com destino à cidade de João Pessoa-PB. Mencionou, também, que há 18 dias havia sofrido avarias no mastro e nas velas, e que, apesar de ter propulsão mecânica, já estava com pouco combustível.

O médico do SALVAMAR NORDESTE foi acionado e constatou, por telemedicina, que o tripulante do veleiro está bem de saúde, não faz uso de nenhum medicamento e não sofreu nenhuma lesão.

O veleiro, no momento, se encontra amarrado à boia no Arquipélago, e não há registro de poluição hídrica. A embarcação “MARLIN II” iniciará o regresso da Expedição ao Arquipélago São Pedro e São Paulo, com o velejador a bordo, no dia 29 de setembro, com previsão de chegada a Natal no dia 2 de outubro.

Informações da Tribuna do Norte

Mundo, Pesquisa

Kamala Harris abre vantagem de 5% sobre Trump, diz pesquisa

Foto: DEMETRIUS FREEMAN 

 

Uma pesquisa encomendada pelo canal americano NBC News e publicada neste domingo (22) indicou que a vice-presidente e candidata democrata à presidência Kamala Harris alcançou 5% de vantagem em intenções de voto acima do candidato republicano e ex-presidente, Donald Trump.

São 49% de intenções de votos para Harris e 44% para Trump, e 7% que estão indecisos ou pretendem votar em nenhum dos dois.

A pesquisa, realizada entre os dias 13 e 17 de setembro, ouviu mil eleitores e também perguntou a opinião deles a respeito de cada candidato. Kamala Harris, que era vista favoravelmente apenas por 32% em pesquisa anterior, de julho, agora é aprovada por 48%. É o maior salto de popularidade de um político desde o presidente George W. Bush após o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, diz a NBC.

Trump também subiu nas avaliações positivas neste ínterim, mas mais discretamente, de 38% para 40%. “Harris também tem vantagem sobre Trump por ser vista como competente e eficiente, além de ter saúde mental e física para ser presidente”, afirmou a NBC sobre as opiniões dos respondentes. “Ainda assim, Trump tem vantagens importantes nos assuntos economia e inflação, embora essas vantagens sejam menores do que eram quando Joe Biden ainda estava na corrida”, disse o veículo.

Os eleitores consideraram como o assunto mais importante para eles a inflação e o custo de vida (28% apontaram esta como principal preocupação). Em seguida vieram “ameaças à democracia” (19%), “imigração e a situação na fronteira” (14%), “emprego e a economia” (13%) e aborto (6%).

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais. A eleição presidencial americana acontecerá no dia 5 de novembro.

Deu na Gazeta do Povo

Política

POLÊMICA : UFF se torna 1ª universidade federal do Rio a criar cotas para trans

Foto: Paula Fernandes

 

A Universidade Federal Fluminense (UFF) se tornou a primeira instituição federal de ensino superior do Rio de Janeiro a criar cotas para pessoas trans –  que não se identificam com o gênero ao qual foi designado em seu nascimento) – em cursos de graduação. A decisão foi aprovada na quinta-feira (19) pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.

A partir de 2025, serão reservados para estudantes trans 2% das vagas dos cursos de graduação. A expectativa da universidade é que mais de 300 pessoas sejam beneficiadas com ingresso no ensino superior no primeiro ano da política de ação afirmativa.

“A UFF fez história”, comemora a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Alessandra Siqueira Barreto, ressaltando que as discussões que levaram à aprovação das cotas são fruto de protagonismo dos estudantes e diálogos com a administração da universidade.

“Foi um processo de escuta ativa. Os coletivos de estudantes trans da universidade se movimentam para defender as suas pautas e levam essa proposição para a gestão. A minuta foi construída conjuntamente, e isso traz uma força para esse processo”, explica.

Na pós-graduação mestrado e doutorado, 18 cursos já reservavam vagas para estudantes trans. Com a nova política, todos os programas devem disponibilizar ao menos uma vaga a partir do próximo ano.

Com sede em Niterói, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, a UFF tem cerca de 66 mil alunos e nove campi no estado.

A pró-reitora disse que será criada uma banca de heteroidentificação para participar do processo de ação afirmativa, uma demanda dos coletivos. A heteroidentificação é um procedimento complementar à autodeclaração, que consiste na percepção de outras pessoas sobre a autoidentificação do candidato.

Permanência estudantil

Alessandra Barreto garantiu que a universidade manterá contato próximo com os cotistas trans para oferecer um acolhimento que sirva de escudo para comportamentos preconceituosos e discriminatórios. Segundo ela, 50% das bolsas acadêmicas oferecidas são destinadas ao universo de todos os alunos cotistas.

“Não é só o ingresso. A gente precisa criar agora os protocolos de permanência estudantil”, disse a pró-reitora.

De acordo com a presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Bruna Benevides, “a luta da organização vai além do ingresso nas universidades, defendendo a permanência e o sucesso acadêmico das pessoas trans”.

A associação pretende divulgar, em breve, uma carta com diretrizes para a implementação dessas cotas, abordando temas como segurança e políticas de permanência.

Mais universidades

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) é outra instituição que pode decidir pela criação de cota para estudantes trans em cursos de graduação. Em agosto, a Rural, como é conhecida, divulgou um cronograma sobre o debate interno.

As outras duas unidades federais do estado são a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Com a UFF, ao menos 12 instituições de ensino federais adotam política de cotas para a população trans. A mais recente a fazer parte da lista foi a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que comunicou a decisão no dia 11 de setembro.

A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) já aplicava a reserva específica em 2018. Outras instituições são a Federal do ABC (UFABC), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Federal da Bahia (UFBA), Federal de Lavras (UFLA),

Federal de Santa Catarina (UFSC), Federal de Santa Maria (UFSM), Federal do Rio Grande (FURG), Federal de Rondônia (UNIR) e Federal de Goiás (UFG).

Em todo o país, a Lei 14.723/23 determina que instituições federais de educação superior reservem vagas para “estudantes pretos, pardos, indígenas e quilombolas e de pessoas com deficiência, bem como daqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio ou fundamental em escola pública”.

 

Deu no Novo

Justiça

Estado do RN tem R$ 125 milhões bloqueados pela Justiça em 50 dias

 

O Rio Grande do Norte registrou um aumento de bloqueios judiciais entre setembro e agosto em relação aos outros meses. Tendo uma média de bloqueios mensais de R$ 50 milhões para diversas áreas dos serviços públicos, o número saltou para R$ 75 milhões em agosto e até o último dia 18 de setembro já atinge a marca de R$ 50 milhões, chegando a cerca de R$ 125 milhões em 50 dias, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-RN). Só na Saúde, que representa cerca de 70% da média dos bloqueios no Estado, foram cerca de R$ 15 milhões bloqueados em ações coletivas para diferentes áreas da saúde pública potiguar neste período.

O mais recente caso foi o bloqueio de R$ 2,1 milhões das contas do Estado para a realização de cirurgias urológicas contando com uma lista de 266 pacientes no aguardo de procedimentos. Destes, 48 foram considerados prioritários que necessitam urgentemente de cirurgia a partir de riscos graves, como perda dos rins e necessidade de hemodiálise, pedido feito pelo Ministério Público do RN e Defensoria Pública do Estado.

Antes, a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) já havia sofrido com outros dois bloqueios consideráveis em duas questões que historicamente ganham destaque: o Hospital Estadual Walfredo Gurgel e a Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat-RN), com bloqueios da ordem de R$ 8,2 milhões e R$ 4,7 milhões, respectivamente.

Os sucessivos bloqueios nas contas do Estado têm preocupado o secretário estadual de Fazenda do RN, Carlos Eduardo Xavier. Na avaliação dele, os bloqueios judiciais, embora sejam para garantia de acesso a serviços, acabam por afetar o planejamento das secretarias, gerando um outro problema na organização financeira das pastas. Ele cita ainda que alguns dos alvos de “são de competência de outros entes e acaba-se bloqueando recursos do Estado”.

“Estamos muito preocupados. Claro que esses bloqueios, a maioria deles, são de pessoas que buscam assistência de saúde que é o caso da maioria, mas tem também RPVs (Requisições de Pequeno Valor) que são bloqueios realizados por ações de servidores. Qual o problema: esses bloqueios resolvem situações pontuais mas criam problemas em outras áreas, porque junto com o bloqueio não vem o recurso, vem a obrigação de pagar e esse recurso vai acabar faltando em outro lugar. Acaba sendo uma judicialização da gestão saúde pública do Estado. A Justiça tem o olhar do caso concreto, mas não tem a visão do todo. Esses bloqueios aparecem na conta pela manhã e acabam gerando uma imprevisibilidade muito grande na gestão das contas do Estado”, acrescenta.

O titular da Sefaz-RN cita ainda outra questão, em que os valores bloqueados “em regra” são para prestação de serviços cujos valores são mais altos do que se fossem prestados na rede pública. O gestor da fazenda estadual disse ainda temer novos bloqueios.

“É muito sensível, como esse caso da urologia agora, a gente entende que as pessoas estão precisando, mas o que me preocupa é que essa forma de resolver os problemas através de bloqueios pode gerar um caos ainda maior. Resolve um problema específico mas aquele dinheiro que foi bloqueado poderia ser utilizado em outra área até da saúde mesmo. Para além disso ainda tem a discussão mais plausível é que esse custo, principalmente na área da saúde, em regra o valor do serviço é sempre mais alto se o serviço fosse prestado pelo SUS”, acrescenta.

Ele cita ser necessário um “diagnóstico maior” acerca da situação do Estado, mas aponta que a queda na arrecadação de ICMS pode ser um dos fatores que expliquem os aumentos dos bloqueios.

“Precisamos de um diagnóstico maior para saber porque esses bloqueios estão se avolumando nos últimos dois meses e ainda não temos um diagnóstico do que está acontecendo. De julho para agosto e de agosto para setembro o aumento nos bloqueios foi de 50% por mês. O que eu reconheço é que a gestão financeira do Estado em 2024 tornou-se muito mais complexa pela redução da alíquota de ICMS e a arrecadação vem caindo mês a mês e isso traz, claro, dificuldade na gestão financeira do Estado”, finaliza.

Sesap recorre de bloqueios judiciais
Em relação aos bloqueios feitos em ações coletivas, a Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte recorreu dos três casos e alega que os bloqueios ora não é uma medida suficiente para sanar os problemas, ora que o valor bloqueado é acima do valor o qual a pasta está autorizada a pagar por procedimento.

Com R$ 2,1 milhões bloqueados para cirurgias urológicas, o MP e Defensoria Pública alegaram que havia uma lista de espera com 266 pacientes, sendo 48 deles com risco iminente da perda do rim.

A ação civil pública alegou que o Hospital Coronel Pedro Germano (Hospital da PM) e o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) estão funcionando no limite de suas capacidades, e há uma necessidade urgente de medidas para garantir a realização das cirurgias. O Hospital Rio Grande foi indicado como o prestador de serviços responsável pela execução dos procedimentos cirúrgicos, devido à sua capacidade instalada para realizar as operações.

A Sesap, por sua vez, recorreu, alegando que “dano ao erário, visto que o valor apresentado pelo Ministério Público por cada procedimento é quase três vezes superior ao preço do qual a Sesap dispõe em sua tabela, aprovada pelo Conselho Estadual de Saúde, para a contratação do serviço complementar em unidades privadas”.

“Com a contestação judicial, a Sesap pretende assim ampliar o número de pessoas atendidas com o recurso que foi bloqueado para muito além da lista apresentada inicialmente. A Sesap ressalta ainda que, desde 2019, trabalha na qualificação da linha de cuidado da urologia, tendo instalado o serviço de implantação de catéter no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, com média de 60 procedimentos por mês, e o de segunda cirurgia no Hospital Central Coronel Pedro Germano (Hospital da PM), que realiza 40 cirurgias/mês. Ainda com relação à ação, a Sesap destaca que havia uma reunião marcada com o Ministério Público para aquela mesma segunda-feira (16), dia em que a decisão de bloqueio foi publicizada, com objetivo de discutir a proposta de ampliação da linha de cuidado com a contratação de serviços privados para a realização das cirurgias e a participação dos municípios no financiamento dos procedimentos, visto que é uma política pública onde o SUS determina a divisão entre os entes”, alegou a pasta.

No caso do Walfredo Gurgel, a decisão judicial do dia 13 de agosto determinou o bloqueio de R$ 8,2 milhões para o abastecimento de medicamentos, insumos e material médico cirúrgico. O valor também se destinava ao pagamento de dívidas de 2022 e 2023 junto a fornecedores.

O MP chegou a citar no seu pedido que o orçamento requerido pelo hospital à Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para a compra dos itens mencionados alcançava o valor de R$ 45.498.672,37, quantia que, se dividida em 12 parcelas ao ano, daria uma média de R$ 3.791.556,031 mensal. O montante ainda inclui despesas com a manutenção dos contratos vigentes. No entanto, desde a abertura do orçamento de 2024, foi repassada a unidade de saúde somente a quantia de R$ 6.633.585,27 para o período de janeiro a maio do corrente ano. O valor é insuficiente uma vez que os dados da unidade demonstram que as contas chegam a R$ 18.957.780,16.

A pasta, por sua vez, rechaçou a ação do MP e disse que recorreu da decisão em virtude de “informações desatualizadas que basearam a medida”.

“Com relação a dívidas relativas aos anos de 2022 e 2023 do hospital, a pasta disse que o Governo do Estado repassou todos os recursos para quitação dos valores listados. E sobre os repasses feitos para custeio, a unidade tinha recebido até então um valor superior a R$ 24 milhões, bem acima do que foi listado na decisão judicial de bloqueio”, disse a pasta.

A respeito da Unicat, a Sesap disse que “como é sabido pelas instituições envolvidas no processo, que apenas o bloqueio de recursos não é medida suficiente para a aquisição de medicamentos, visto que inúmeros processos conduzidos pela Sesap e pela Unicat, que trabalham em regime de força-tarefa permanente, não recebem propostas de empresas, outros com valores acima do tabelado e autorizado para a compra, bem com parte das empresas também passa por problemas de abastecimento de seus estoques e não conseguem cumprir o prazo para a entrega dos insumos”, finaliza.

Informações da Tribuna do Norte

Guerra

Ataques entre Israel e Hezbollah matam ao menos 37 pessoas; Itamaraty repudia bombardeio

Foto: Jalaa Marey/AFP

 

O Exército de Israel e a milícia terrorista libanesa Hezbollah trocaram ataques neste sábado (21), enquanto equipes de resgate vasculhavam escombros de um prédio de oito andares destruído em Beirute por um ataque aéreo israelense. Ao menos 37 pessoas foram mortas, incluindo três crianças e sete mulheres, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. Outras 68 pessoas ficaram feridas.

Duas lideranças do Hezbollah também estão entre os mortos. Este é um dos movimentos mais intensos de Israel contra os terroristas durante a guerra no Oriente Médio que está prestes a completar um ano. Também foi o maior ataque contra a capital do Líbano desde a última guerra entre Tel-Aviv e o Hezbollah, em 2006.

O ataque ao prédio na sexta-feira (20) matou 16 militantes do Hezbollah, incluindo dois oficiais da Força de elite Radwan. Entre eles estão Ibrahim Aqil, chefe das operações militares do Hezbollah e Ahmed Wahbi, chefe da unidade de treinamento da milícia xiita radical libanesa.

A Defesa de Israel alega ter descoberto planos de um ataque com foguetes que estaria sendo organizado pelo Hezbollah. E o alerta sobre um possível novo ataque foi feito à população neste sábado, quando o governo ampliou para regiões mais ao sul diretrizes de emergência.

O governo israelense também fechou neste sábado (21) o espaço aéreo no norte do país para voos privados. As restrições não se aplicam para voos comerciais, segundo o Exército de Israel. O Hezbollah lançou cerca de 100 foguetes contra o norte de Israel neste sábado, segundo o Exército israelense.

A polícia de Israel afirmou que os bombardeios causaram danos e iniciaram incêndios, mas ninguém ficou ferido. As Forças de Defesa de Israel (FDI) também apontaram que caças israelenses atingiram cerca de 180 alvos do Hezbollah no sul do Líbano nas últimas horas, destruindo milhares de lançadores de foguetes.

Durante toda a semana, houve uma escalada de tensão na região. Desde o ano passado, o Hezbollah tem disparado foguetes na direção do norte de Israel, em apoio ao Hamas. Nenhum dos lados, no entanto, havia partido para um enfrentamento total.

A troca de ataques ficou mais intensas após a explosão de pagers e walkie-talkies de terroristas do Hezbollah ao redor do Líbano na terça-feira (17), e na quarta-feira (18), em uma ação atribuída a Israel. Em um pronunciamento na quinta-feira (19), o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que o grupo irá retaliar contra Israel e não irá parar com os bombardeios no norte do país vizinho.

“O inimigo cruzou todas as fronteiras e linhas vermelhas e enfrentará uma punição severa e justa.” Assim, novas trocas de ataques são esperadas para este domingo.

Pressão

Cresce a pressão sobre o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu. De acordo com a emissora americana CNN, manifestantes em Tel-Aviv pedem a renúncia do primeiro ministro e sua substituição por alguém capaz de concretizar um acordo de libertação dos reféns do grupo terrorista Hamas. Há manifestações também em outras cidades de Israel.

No campo internacional, o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, anunciou que não irá participar da Assembleia Geral da ONU, que reúne os líderes internacionais na terça-feira, e cancelou a viagem programada para Nova York.

Itamaraty

O governo do Brasil condenou o bombardeio israelense em Beirute. Em nota, o governo diz que acompanha com “forte preocupação” a escalada de tensões no Oriente Médio. “O Brasil exorta as partes envolvidas ao exercício de máxima contenção e à imediata interrupção dos ataques, que ameaçam conduzir a região a conflito de ampla proporção”, diz o comunicado.

O governo também reafirmou a defesa de um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza. A chancelaria brasileira disse estar em contato com os brasileiros que estão no Líbano via embaixada do Brasil em Beirute.

Deu no Estadão

Meio Ambiente

Primavera começa neste domingo e deve trazer melhora na qualidade do ar devido influência do La Niña

Foto: MAURICIO DE SOUZA/ESTADÃO 

 

Começa neste domingo (22), às 09h44, a Primavera, que traz a expectativa de uma melhora na umidade do ar, especialmente com a influência do fenômeno La Niña. Recentemente, algumas áreas do Brasil foram beneficiadas por chuvas, sinalizando o início da nova estação. Essas precipitações são vistas como um indicativo de que os níveis de umidade podem se aproximar do que é considerado normal. A estação anterior, o inverno, foi severamente impactada pelo fenômeno El Niño, que trouxe condições desfavoráveis, resultando em secas intensas em várias regiões do país. Com a presença do La Niña, as expectativas são de que a situação de seca extrema, que tem afetado o Brasil, comece a se reverter. Esse fenômeno climático é caracterizada pelo resfriamento das águas superficiais do oceano Pacífico equatorial, o que provoca mudanças na circulação atmosférica tropical.
Agora, coma chegada da nova estação, o país se prepara para enfrentar uma variedade de condições climáticas, com ênfase em ondas de calor e anomalias nas chuvas. Tradicionalmente, a primavera é marcada por um aumento nas chuvas e nas temperaturas em várias partes do Brasil, mas a influência do La Niña pode alterar esse padrão habitual. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um prognóstico que indica um aumento significativo nas temperaturas e irregularidade nas precipitações, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde a escassez de água pode comprometer a qualidade do solo.

Na Região Norte, as previsões apontam para um aumento nas temperaturas e uma redução nas chuvas, o que eleva o risco de queimadas, especialmente no mês de outubro. Já no Nordeste, a transição para meses secos após o término da estação chuvosa deve resultar em temperaturas superiores à média, impactando a vida cotidiana e a agricultura local. A Região Sul também enfrentará desafios climáticos, com algumas áreas apresentando chuvas abaixo do esperado. No entanto, o Rio Grande do Sul pode se beneficiar de precipitações mais regulares, o que pode ajudar a mitigar os efeitos da seca em outras partes do país.

O Inmet destaca que a primavera será caracterizada por ondas de calor, que podem ter sérias consequências para a saúde pública e a produção agrícola. Para que uma onda de calor seja reconhecida, é necessário que a temperatura permaneça pelo menos cinco graus acima da média por um período de cinco dias ou mais, o que pode intensificar os riscos de queimadas e afetar a segurança alimentar. Com a chegada da primavera e a iminente atuação do La Niña, é importante que os setores agrícolas e de abastecimento de água estejam atentos às previsões climáticas. A variação nas chuvas pode afetar diretamente a produção rural e a disponibilidade de recursos hídricos, exigindo planejamento e adaptação por parte dos agricultores e gestores.

 

Deu na JP News

Corrupção

Girão: Indicação de ministra ‘escancara que governo Lula aceita corrupção’

 

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou a indicação da ex-deputada estadual do PT de Minas Gerais Macaé Evaristo para o Ministério dos Direitos Humanos, no lugar do ex-ministro Silvio Almeida, demitido após denúncias de assédio sexual.

Girão disse que a ex-deputada responde a 13 processos por improbidade administrativa no estado, relacionados ao período em que ocupou o cargo de secretária estadual de Educação. O parlamentar afirmou que o governo adotou a mesma postura diante de casos semelhantes e citou o ministro das Comunicações, apontando que Juscelino Filho continua no cargo apesar de acusações de corrupção.

A indicação [de Macaé Evaristo] escancara a aceitação da corrupção pelo governo federal como crime insignificante. Segundo matéria publicada pelo Estadão, o Ministério Público estima que os desvios chegaram à casa dos R$ 17 milhões. Não é a primeira vez, nem a última. O governo Lula inverte os valores. A gente tem visto aí, inclusive, o ministro das Comunicações, que usou jatinho para ir a leilão de cavalo, escondeu seu patrimônio do TSE, e uma série de outras denúncias“, disse.

O senador questionou por que o caso de Silvio Almeida foi “resolvido rapidamente”, enquanto outros episódios, que envolveriam ministros em denúncias de corrupção, não avançaram. Ele também considerou “muito estranho” que as denúncias contra o ex-ministro dos Direitos Humanos estejam sendo analisadas pela Supremo Tribunal Federal (STF).

É aquela velha história: a gente começa a parar para pensar, para saber o que está por trás disso tudo. É também muito importante o devido esclarecimento à sociedade sobre desde quando o governo Lula tinha conhecimento dessas práticas desses crimes, pois, nesses casos, um eventual acobertamento com a permanência no cargo intensifica o nível de constrangimento e repressão a colegas de trabalho e, principalmente, aos seus subordinados no Ministério“, enfatizou.

 

Deu no Diário do Poder

Eleições 2024

Eleições 2024: candidatos não podem ser presos a partir deste sábado

Pela norma, postulantes ao cargos ficam impedidos de detenção durante os 15 dias que antecedem o primeiro turno do pleito. Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

A partir deste sábado (21), os candidatos que disputam as eleições municipais de 2024 não poderão ser detidos ou presos, salvo em flagrante delito. Pela norma, postulantes ao cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador ficam impedidos de detenção durante os 15 dias que antecedem o primeiro turno do pleito, que neste ano será realizado no primeiro domingo outubro (dia 6).

A regra está prevista no parágrafo 1º do artigo 236 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965). O objetivo da medida é garantir o equilíbrio da disputa eleitoral e prevenir que prisões sejam usadas como manobra para prejudicar o candidato por meio de constrangimento político ou o afastando de sua campanha eleitoral.

Caso ocorra qualquer detenção no período, o candidato deverá ser conduzido imediatamente à presença do juiz competente, que verificará a legalidade na detenção. Quando não houver flagrante delito, o juiz deverá relaxar a prisão do candidato.

No caso dos eleitores, o prazo que proíbe a prisão é de cinco dias antes do pleito (1º de outubro), a não ser em flagrante delito.

A partir 12 de outubro, nos municípios onde houver segundo turno, a ser realizado no dia 27 de outubro, último domingo do mês, o candidato não poderá ser preso ou detido. Novamente, a única exceção é para prisões em flagrante delito. O flagrante ocorre no exato momento em que o agente está cometendo o crime ou, após sua prática, há evidências de que a pessoa presa é, de fato, autora do delito.

A Constituição Federal e a Resolução TSE nº 23.734/2024 determinam que, somente em cidades com mais de 200 mil eleitores aptos a votar, os candidatos poderão disputar o segundo turno, caso nenhum deles tenha sido eleito por maioria absoluta (metade mais um dos votos válidos) na primeira fase da eleição.

Com essa condição da lei eleitoral, dos 5.569 municípios que participarão das eleições 2024, apenas 103 localidades têm a possibilidade de ter uma segunda etapa do pleito para a prefeitura municipal.

Eleições 2024 ocorrerão em 6 de outubro

No pleito deste ano, estão em disputa os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em 5.569 municípios. O TSE contabiliza 5.569 vagas para prefeituras, mais 5.569 vagas para vice-prefeituras, além de 58.444 vagas de vereadores nas câmara municipais, que representam o Poder Legislativo da cidade.

Em 6 de outubro, disputam as vagas mais de 463,35 mil candidatas e candidatos disputarão cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, em 5.569 municípios, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O Brasil tem 155,9 milhões de pessoas aptas a votar no pleito deste ano. Por se tratar de eleições municipais, os eleitores que estão no exterior não estão obrigados a votar.

Deu no Novo Notícias

Negócios

X indica advogada Rachel de Oliveira Villa Nova como representante legal no Brasil

 

O X (antigo Twitter) nomeou a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição como representante legal da plataforma no Brasil. A indicação foi comunicada nesta sexta-feira (20), ao Supremo Tribunal Federal (STF), após o ministro Alexandre de Moraes exigir, em 24 horas, a comprovação do vínculo. Junto à nomeação foram apresentados procurações e documentos. A falta de um representante legal em território brasileiro foi o que levou ao bloqueio do X no Brasil. Moraes justificou que a empresa não pode operar no país sem ter um responsável para responder a demandas judiciais.

A advogada ocupava a função de representante legal do X antes da suspensão da rede social. Os advogados Sérgio Rosenthal e André Zonaro Giacchetta assumiram a defesa do X no processo que levou ao bloqueio da rede social no Brasil, mas a representação legal envolve poderes mais amplos. O representante legal efetivamente responde pela empresa.

Foram os advogados que comunicaram ao STF a nomeação de Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição como representante legal do X. No documento, eles alegam que a indicação da advogada, que já ocupou anteriormente o cargo, demonstra a intenção da plataforma de atender as ordens do STF. A indicação sinaliza um recuo do aplicativo, que fechou o escritório no Brasil após o empresário Elon Musk atacar Moraes e pedir o impeachment do ministro, alegando sofrer censura.

O X acumulou mais de R$ 18 milhões em multas por descumprir decisões judiciais. Recursos da plataforma e da Starlink, empresa de internet via satélite que também é controlada pelo bilionário, foram confiscados para pagar os valores em aberto. O bloqueio do X foi decretado por Alexandre de Moraes em 30 de agosto e, posteriormente, confirmado pela Primeira Turma do STF. A rede social não saiu do ar de imediato.

A suspensão envolveu uma operação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) junto a provedores de internet. Nesta semana, o aplicativo voltou a funcionar para alguns usuários brasileiros. A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), que representa o setor, afirma que a companhia burlou a ordem judicial por meio do uso de IPs dinâmicos, o que torna mais difícil o rastreio e bloqueio pelos provedores.

Economia

Os juros sobem porque Lula não se emenda

 

“Não me surpreendi, mas eu só vou comentar a decisão depois da leitura da ata, semana que vem, como de hábito”, afirmou o ministro Fernando Haddad depois da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que elevou a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual na reunião encerrada na quarta-feira. Foi a primeira vez em mais de dois anos que a autoridade monetária elevou os juros, após um ciclo de sete reduções seguidas e outras duas em que a Selic foi mantida estável. Haddad tem toda a razão em não estar surpreso; afinal, se os juros subiram agora – em uma decisão unânime de todos os diretores do BC, incluindo os indicados por Lula –, é porque a política econômica que ele supervisiona é a principal causa deste aumento.

O comunicado que o Copom divulgou na noite de quarta-feira, e que resume os temas que constarão da ata prevista para a próxima terça-feira, explica a decisão do colegiado: a economia está aquecida; a inflação acumulada em 12 meses continua muito mais próxima do limite máximo de tolerância que da meta de 3%; e as expectativas não apenas para 2024, mas também para 2025 e até 2026 estão “desancoradas”, ou seja, o mercado financeiro acredita que o IPCA não convergirá para a meta por um bom tempo. E tudo isso tem o dedo do governo Lula e das decisões que ele toma.

Haddad tem toda a razão em não estar surpreso com a alta da Selic, pois ela é consequência da política econômica que ele supervisiona.

Uma das razões (se não a principal) pelas quais a economia está crescendo a um ritmo maior que o esperado é, como lembramos neste espaço dias atrás, a decisão do governo de gastar desenfreadamente e estimular o consumo das famílias, uma estratégia que traz bons resultados no curto prazo, mas que no médio e longo prazo causa desastre. Além disso, a deterioração das expectativas de inflação tem relação direta com a completa irresponsabilidade fiscal de Lula, que pode até conseguir cumprir as metas (por si só bem frouxas) do arcabouço fiscal, mas apenas à base de inúmeras gambiarras orçamentárias, com um elenco cada vez maior de despesas que são excluídas da conta principal – o caso mais recente foi a mãozinha amiga do STF, que autorizou gastos fora do teto para o combate às queimadas.

Juros altos ajudam a frear a economia, mas se tornaram um mal necessário devido à total insanidade fiscal de Lula e Haddad, que não cortam gastos – muito pelo contrário, seguem ampliando as despesas – e tentam bancar a farra com cada vez mais impostos, que obviamente não são suficientes, levando o governo a uma espiral de endividamento crescente. O momento da decisão, que coincide com uma redução nos juros norte-americanos, pode trazer um alívio ao câmbio, já que a diferença entre os juros dos dois países aumenta, atraindo dólares e ajudando a baixar preços de produtos, serviços e insumos importados. Isso, claro, se Lula não provocar nenhuma corrida à moeda norte-americana com falas ou ações desastradas, como já ocorreu não muito tempo atrás.

No parágrafo final do comunicado, o Copom cita fatores que influenciarão “o ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado” – e, ao falar de “ciclo”, dá a entender que novos aumentos na Selic podem ocorrer nas próximas reuniões; o mercado financeiro conta com isso, já que as previsões para a Selic no fim do ano são maiores que a taxa definida na quarta-feira. Lula e os petistas podem espernear e culpar Roberto Campos Neto, Haddad pode manter o ar blasé, mas no fundo todos eles sabem (ou ao menos deveriam saber) que a decisão do Copom não passa de uma reação ao que eles têm promovido desde que chegaram ao poder.

Deu na Gazeta do Povo