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Operação da PF não inclui ministro de Lula citado por delatores

Reprodução

 

O ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia Rui Costa não foi incluído entre os 34 mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta (1º) pela Polícia Federal, na investigação da compra respiradores durante a pandemia de covid-19. O governo de Costa, na Bahia, pagou R$48 milhões a Hempcare, empresa de derivados da maconha, por 300 respiradores que nunca foram entregues. A negociação se deu com o Consórcio Nordeste, grupo de governadores presidido por Rui Costa.

Bruno Dauster, ex-secretário de governo da Bahia, citou Rui Costa em depoimento à PF, em 2022. Disse que a compra tinha aval do chefe.

A dona da Hempcare, Cristina Costa Taddeo, fez acordo de delação autorizado pelo ministro Og Fernandes (STJ) e também citou Costa.

Cristina até devolveu R$10 milhões da gatunagem. No depoimento da delação, ela contou que o intermediador se dizia amigo de Costa.

A coluna procurou o chefe da Casa Civil de Lula, que, apesar de escolher não se manifestar, destacou que “não é alvo” da operação.

Deu no Diário do Poder

Polícia, Saúde

Delatores citam Rui Costa e esposa em caso dos respiradores fantasmas

Dois delatores citam o nome do ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e da então primeira-dama baiana Aline Peixoto em depoimento à Polícia Federal no que ficou conhecido como escândalo da compra de respiradores fantasmas pelo Consórcio Nordeste, à época presidido pelo petista.

Durante a pandemia de covid-19, um grupo de governadores, liderados por Rui Costa, pagou R$48 milhões na compra de respiradores. O contrato, com intermediadores que se apresentavam como emissários do petista, foi fechado com uma empresa de venda de produtos a base de maconha e sem expertise na negociação de produtos hospitalares. A compra foi celebrada em abril de 2020 e, até hoje, nada foi entregue e o dinheiro não foi integralmente recuperado.

A Hempcare, empresa que assinou o contrato com o Consórcio Nordeste, apesar do pujante contrato, tinha capital social de R$100 mil e apenas dois funcionários registrados.

Respiradores são equipamentos de extrema necessidade no tratamento do Covid-19

 

A dona da empresa, Cristiana Taddeo, disse em delação à PF, revela o portal Uol, que o negócio foi intermediado por um empresário que se apresento como amigo de Rui Costa e de Aline Peixoto, esposa do petista. Para a celebração do contrato, disse em depoimento, foi cobrada uma comissão no valor de R$11 milhões. Cristiana não soube dizer se o dinheiro foi dividido entre o grupo.

Achei que as tratativas para celebrar o contrato com o Consórcio Nordeste fizeram de forma muito rápida, mas entendi que eu estava sendo beneficiado porque havia um combinado de pagar comissões expressivas aos intermediários do governo”, diz trecho da delação revelado pelo Uol.

O ex-secretário da Casa Civil da Bahia Bruno Dauster confirmou em depoimento à PF que a negociação recebeu aval do chefe, o petista Rui Costa.

O negócio começou a desandar porque a Hempcare não tinha os respiradores, não tinha autorização para importar produtos hospitalares e, quando foi tentar comprar os aparelhos com fornecedores chineses, recebeu a informação que os produtos não estavam disponíveis. A empresa tentou comprar os equipamentos com fornecedores nacionais, mas também não recebeu nada. Parte do pagamento foi antecipada e, até hoje, há impasse sobre a devolução dos valores.

A delação de Cristiana Taddeo foi homologada pelo ministro OG Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, em 2022.

Ao portal, Rui Costa negou as irregularidades. Diz que determinou que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia abrisse investigação e os autores do desvio acabaram presos. Sobre o pagamento dos equipamentos antes do recebimento, o petista disse que “no mundo inteiro [as compras] foram feitas com pagamentos antecipado”.

Deu no Diário do Poder

Notícias

Inquérito que envolve a compra de respiradores no RN é arquivado

 

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) arquivou o inquérito que apurava possíveis irregularidades na compra de respiradores em 2020, por meio do Consórcio Nordeste, na qual o Estado destinou R$ 5 milhões para adquirir 30 equipamentos que nunca foram entregues.

A decisão é da procuradora-geral de Justiça, Elaine Cardoso de Matos, que indicou não haver “propositura de ação civil pública em desfavor” do Governo do Estado, uma vez que “não ficou demonstrada a presença de dolo ou culpa em suas condutas”.

Na decisão, a procuradora destacou que a formalização do contrato com a empresa Hempcare Pharma Representações LTDA foi conduzido pelo Governo do Estado da Bahia, responsável por presidir o Consórcio.

A PGJ frisou que, durante análise do Inquérito Civil sobre o caso, foi apurado  que a governadora Fátima Bezerra não tinha conhecimento prévio acerca da intenção da empresa em não fornecer os ventiladores pulmonares.

O documento de arquivamento do MPRN pontua que a Procuradoria-geral do Estado da Bahia já havia emitido parecer favorável à contratação.

O Ministério Público do RN destaca que esse fator “conferiu à proposta alto grau de confiabilidade, não sendo possível imputar à investigada (a governadora Fátima Bezerra) dolo ou erro grave decorrente da adesão à aquisição, uma vez que o órgão jurídico responsável pelo exame da matéria já tinha manifestado concordância com a transação”.

Ainda na decisão, a procuradora observa que a governadora não “teve participação ativa na escolha do fornecedor ou mesmo na determinação de quantitativo a ser adquirido, competindo-lhe, como representante do Estado do RN, apenas realizar a transferência dos recursos, em caso de adesão, e assinatura dos instrumentos contratuais – Contrato de Programa e Contrato de Rateio”.

Segundo Elaine Cardoso de Matos, não competia pessoalmente à governadora, no caso da aquisição conjunta dos respiradores, verificar previamente a idoneidade da empresa, já que a contratação ocorreu por meio do Consórcio Nordeste e embasada em pareceres jurídicos, tanto da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) da Bahia, quanto da PGE do RN.

“Nesse contexto, não é possível imputar conduta imprudente à Chefe do Poder Executivo Estadual, mormente quando a adesão do Rio Grande do Norte à aquisição conjunta foi embasada em parecer emitido por órgão de assessoramento jurídico e as informações acerca do fornecedor não lhe foram repassadas previamente à assinatura dos contratos”, ressalta a decisão”.

A procuradora menciona, ainda, que outros elementos reforçam a ausência de dolo ou culpa por parte da governadora Fátima Bezerra. Dentre os elementos, a PGJ cita a atuação de agentes particulares na intermediação do pacto e na contratação da Hempcare Pharma. A decisão sublinha também que a proposta comercial da empresa tinha como destinatário “não o Consórcio Nordeste, mas o chefe da Casa Civil do Governo da Bahia”, Bruno Dauster.

O irmão de Dauster, segundo a apuração da Procuradoria, é amigo pessoal de Carlos Kerbes, que teria atuado na intermediação dos contratos e atestado ao chefe da Casa Civil da Bahia a idoneidade da empresa. A Hempcare Pharma, de acordo com a apuração da Procuradoria, não seria a fornecedora direta dos equipamentos adquiridos pelo Consórcio.

A decisão cita que existem “fortes indícios” que o suposto contrato entre a Hempscare e a empresa que forneceria os ventiladores adquiridos pelo Consórcio, se tratava de documentos falsos.

Deu na Tribuna do Norte

Política

CPI aprofunda investigação sobre o Consórcio Nordeste, responsável pela compra frustrada de R$ 5 milhões em respiradores que não chegaram ao RN

Foto: Divulgação

A CPI da Covid da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte debateu, na tarde desta quinta-feira (30), a compra frustrada de respiradores do Consórcio Nordeste à empresa Hempcare, que recebeu R$ 48,7 milhões e não entregou os equipamentos. Na discussão, foram ouvidos três deputados estaduais da Paraíba e de Alagoas e os parlamentares da CPI receberam mais de 3 mil páginas de documentação de investigação acerca do Consórcio.

Para participar da sessão, presidida pelo deputado Kelps Lima (Solidariedade) e que teve a presença do deputado relator, Francisco do PT, e dos deputados Getúlio Rêmo (DEM), Coronel Azevedo (PSC) e do Subtenente Eliabe (Solidariedade), a CPI recebeu os deputados estaduais da Paraíba Wallber Virgolino e Cabo Gilberto, além do deputado estadual por Alagoas Davi Maia. Os três participam de grupo formado por legisladores de assembleias do Nordeste que apuram a compra frustrada de respiradores pelo Consórcio.
O cerco está se fechando para a governadora  Fátima, tudo indica que a CPI está mesmo avançando e deve trazer estragos significativos para a campanha de reeleição da candidata do PT. Enquanto isso, silêncio sepulcral na governadoria sobre esse assunto.

Política

“O RN foi roubado” afirma O Deputado Kelps Lima, e avisa que CPI da covid avança

Foto: Divulgação

O deputado estadual Kelps Lima, presidente da CPI da Covid do Rio Grande do Norte, acredita que a Comissão chega em um dos momentos mais importantes, que é a investigação sobre o contrato da compra de respiradores pelo Consórcio do Nordeste, que nunca foram entregues, no auge da pandemia, quando governadores politizavam a doença contra o presidente Jair Bolsonaro.

“O Rio Grande do Norte foi roubado. A empresa roubou R$ 5 milhões e vamos apurar quem são os responsáveis, nessa fase que é uma das mais importantes da comissão”, disse o deputado.

Para a próxima semana está previsto o depoimento presencial do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas. Esse depoimento é considerado chave para a consulado dos trabalhos em torno desse contrato especificamente.

Em um momento terrível, onde a população sofre dos efeitos catastróficos da pandemia no nosso estado, passou da hora do governo Fátima explicar aos contribuintes, quando os R$ 5 Milhões que foram roubados do RN devem retornem aos cofres públicos, sob pena da governadora Fátima ser acusada de improbidade administrativa. Por enquanto Fátima conta com a complacência da ALRN. Como ano que vem se trata de ano político,  provavelmente a situação deve mudar.

Política

“É Sensacionalismo”: diz Fátima sobre crítica por perder R$ 5 Milhões na compra de respiradores que nunca chegaram

Foto : Divulgação

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), rebateu nesta segunda-feira (13) as críticas que recebeu após o Estado perder R$ 5 milhões em uma compra frustrada de respiradores durante o auge da pandemia de Covid-19. Ao comentar as investigações sobre o assunto, Fátima classificou como “sensacionalismo” as críticas pelo prejuízo aos cofres públicos.

“Ficam fazendo sensacionalismo. O que você faria no meu lugar? Naquele momento, não tinha respirador nenhum. Sabe quando foi que o Governo Federal fez chegar os respiradores? Em junho. O povo estava precisando de respirador a partir de março. A gente, de boa-fé, fizemos (sic) aquela compra. Levamos um calote. A empresa passou um calote. Todas as providências estão sendo tomadas no âmbito judicial para reaver esse prejuízo que o Estado teve. Estamos tranquilos da licitude dos nossos atos”, enfatizou a governadora, em entrevista à TV Ponta Negra.

A compra frustrada dos respiradores é investigada no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde o ano passado. Através do Consórcio Nordeste, o Rio Grande do Norte e demais estados da região anteciparam recursos para comprar respiradores, mas até hoje não receberam os equipamentos nem o dinheiro de volta. O RN entrou com uma cota de R$ 5 milhões por 30 respiradores.