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Brasil tem o 2º maior juro real do mundo

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A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em manter os juros em 10,5% coloca o Brasil na segunda colocação com o maior juro real entre 40 países.

A taxa fica em torno de 6,79% ao ano, segundo pesquisa do economista Jason Vieira e divulgada na plataforma MoneYou. O país fica atrás da Rússia, com juros reais de 8,91%.

Os juros reais são a conta considerando a taxa de juros descontada da inflação, e, mais do que a taxa bruta, é o número que de fato afeta a economia.

Deu na CNN Brasil

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Mesmo sendo um dos maiores produtores, Brasil pode retomar importação de petróleo

Mesmo sendo um dos maiores produtores do mundo, Brasil pode voltar a  importar petróleo por insuficiência – AJN1
Reprodução

 

A produção de petróleo no Brasil vem crescendo e deve atingir seu pico em 2029, com um volume médio de 5,4 milhões de barris por dia, consolidando o país entre os dez maiores produtores e exportadores do mundo – atualmente, o Brasil ocupa a 9ª posição em ambos os rankings. No entanto, sem novas descobertas, o país pode se tornar um importador líquido de óleo bruto na próxima década.

Atualmente, o Brasil importa petróleo não por insuficiência de produção local, mas para compor o “mix” de óleos processados nas refinarias, enquanto exporta parte do que produz. De janeiro a maio, o Brasil exportou US$ 25,9 bilhões em óleo e importou US$ 10,5 bilhões, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento.

O futuro pode trazer a necessidade de importação por escassez de petróleo nacional, marcando o fim da autossuficiência.

As projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicam que a produção nacional de petróleo no Brasil deve cair para 5,3 milhões de barris por dia em 2030. No ano seguinte, a produção deve ser de 5,2 milhões, e em 2032, de 4,9 milhões de barris diários. Essas estimativas fazem parte do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2032, da EPE.

Atualmente, o Brasil produz uma média de 3,2 milhões de barris por dia, conforme dados de abril da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As reservas provadas, ou seja, comercialmente viáveis, somam 15,89 bilhões de barris, dos quais 12,56 bilhões estão no pré-sal, segundo os dados mais recentes de 2023.

Segundo José Mauro Coelho, ex-presidente da Petrobras e presidente da Aurum Energia, indicadores do setor mostram que, se o Brasil continuar com as atuais reservas e a mesma produção, tem petróleo para mais uns 15 anos.

“O desafio é incorporar novas reservas e ir aumentando [a produção]. Se não desenvolver esse potencial, o Brasil, que é autossuficiente, pode a partir de 2030 voltar a importar”, afirma Coelho, referindo-se às potenciais novas províncias petrolíferas do país: a Margem Equatorial, no litoral norte, e a Bacia de Pelotas, na costa sul.

Margem Equatorial aguarda licença ambiental há mais de uma década

A Bacia de Pelotas foi leiloada no 4º ciclo da oferta permanente de concessão da ANP, realizado em dezembro, sendo uma das apostas para revitalizar o setor de petróleo no Brasil. No entanto, a maior expectativa está na Margem Equatorial, com potencial estimado de ao menos 10 bilhões de barris de petróleo recuperáveis, quantidade comparável ao atual volume do pré-sal.

Enquanto a Bacia de Pelotas é uma aquisição recente, os blocos para exploração na Margem Equatorial aguardam licenciamento ambiental há anos, tendo sido licitados há mais de uma década. A preocupação do setor é o tempo, já que projetos petrolíferos exigem investimentos significativos e demoram para ser executados, especialmente devido à complexidade das operações em alto-mar.

Por isso, governo e Petrobras estão se esforçando para obter do Ibama a licença para pesquisas na Margem Equatorial. Além da resistência do órgão ambiental em liberar a exploração na área, surgiu agora um complicador: os servidores do Ibama aprovaram uma greve em pelo menos dez estados, o que ameaça atrasar ainda mais os licenciamentos.

Em entrevista ao Blog Desenvolvimento no ano passado, antes de assumir a presidência da Petrobras, Magda Chambriard já havia expressado preocupação com o pico do pré-sal:

“[O campo de] Tupi já está em declínio há pelo menos dois ou três anos. Ao final do desenvolvimento [do campo] de Búzios, creio que esse pico já será ameaçado. E qual será a alternativa da Petrobras e do Brasil sem um novo play?”, questionou, acrescentando: “Seria extremamente decepcionante chegar ao pico do pré-sal sem alternativa de compensação”.

Em sua primeira entrevista como presidente da Petrobras, Magda Chambriard enfatizou a necessidade de manter e acelerar os esforços exploratórios da empresa: “Temos que tomar muito cuidado com a reposição das reservas, a menos que a gente queira aceitar o fato de que podemos voltar a ser importadores, o que para mim está fora de cogitação”.

A estimativa é que, se as reservas de Pelotas e da Margem Equatorial forem incorporadas, a produção de petróleo pode prolongar a autossuficiência nacional em mais de 30 anos. Segundo José Mauro Coelho, da Aurum Energia, isso daria tempo suficiente para fazer a transição energética para outras fontes, um processo que já se provou ser lento.

Especialistas do setor de óleo e gás, incluindo José Mauro Coelho, argumentam que a transição energética não é tão rápida quanto se gostaria ou imaginava. Segundo eles, ainda levará algumas décadas para que outras matrizes energéticas consigam absorver a demanda atualmente suprida pelo petróleo, seja na produção de energia ou como matéria-prima para produtos. Portanto, se não houver expansão na exploração, a importação será inevitável.

O problema da importação, afirmam, é que o óleo custará mais caro. Além disso, há um efeito dominó, já que o petróleo é insumo para várias indústrias. Na prática, comprá-lo de outros países pode encarecer desde o combustível e a energia até produtos fabricados a partir dele, como plástico e derivados.

Ou ainda, como diz uma fonte, isso pode refletir na falta de investimentos em outras áreas, como saúde e educação. Além disso, uma queda na produção significaria menos royalties e impostos, levando o governo a se sentir tentado a intervir nos preços, como aconteceu em décadas passadas. Nos anos 1980, o país criou a “conta-petróleo”, um mecanismo no qual o governo compensava a Petrobras pela diferença de preço do petróleo importado.

Em nota, a Petrobras informou que “reforça a importância da reposição de reservas e, com isso, a necessidade de exploração de novas fronteiras. Sempre tendo como valor o respeito à vida, às pessoas e ao meio ambiente”.

Em um artigo para o site Brasil Energia, em 2023, Magda Chambriard escreveu que é crucial “estar mais preparado para enfrentar o desafio do licenciamento [ambiental] tempestivo, sob pena de condenar o Brasil à estagnação”.

“Não é crível que após 10 anos da oferta pública da Margem Equatorial e décadas de operação na Bacia de Campos, ainda haja impasses técnicos em processos de licenciamento. Ou se faz isso agora, ou esse impacto continuará colocando em risco todos os projetos de infraestrutura carentes de licenciamento federal e elevando significativamente o Custo Brasil”, apontou.

Deu na Gazeta do Povo

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OCDE: Brasil fica entre os piores do mundo em avaliação de criatividade e pensamento crítico

OCDE: Brasil fica entre os piores do mundo em avaliação de criatividade e pensamento crítico 1
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

 

Partindo do princípio de que o pensamento criativo é importante para ajudar jovens estudantes a se adaptarem a um mundo de mudanças cada vez mais rápidas, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico [OCDE] dedicou um dos volumes de pesquisas do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) ao tema “Mentes criativas e escolas criativas”.

A proposta é identificar as localidades que apresentam melhores resultados, no sentido de associar pensamento criativo aos currículos escolares. Dessa forma, o estudo vê a formação de cidadãos com capacidade de “pensar fora da caixa em diferentes contextos de tarefas” – em outras palavras, ter “competência para se envolver produtivamente na geração, avaliação e aprimoramento de ideias que possam resultar em soluções originais e eficazes, avanços no conhecimento e expressões impactantes da imaginação”.

Singapura apresenta estudantes com melhor desempenho em termos de pensamento criativo, em um ranking de 64 países. Elaborado em 2024 pela OCDE, tendo por base dados obtidos no Pisa 2022, esse ranking avaliou a capacidade dos alunos de 15 anos de pensar criativamente, com competência para se envolver na geração, avaliação e aprimoramento de ideias originais e diversas.

O país líder do ranking obteve 41 pontos, enquanto a média nos países da OCDE ficou em 33. No patamar acima da média estão também Coreia e Canadá (ambos com 38 pontos), seguidos de Austrália (37); Nova Zelândia, Estônia e Finlândia (36); Dinamarca, Letônia e Bélgica (35); Polônia e Portugal (34 pontos).

Brasil

Com 23 pontos, na 49ª posição, o Brasil está “entre os países que apresentaram resultado significativamente abaixo da média da OCDE”, explicou o diretor de Educação e Competências, da OCDE, Andreas Schleicher, durante a divulgação do levantamento pela entidade.

De acordo com a OCDE, o Brasil integra um grupo de países em condições bastante similares, entre as posições 44 e 53 do ranking. Para a organização, há “grande lacuna de desempenho no pensamento criativo” entre os países que apresentaram os melhores e os piores desempenhos.

Para se ter uma ideia, 97 em cada 100 alunos nos cinco melhores países com melhor classificação tiveram desempenho acima da média dos alunos nos cinco com pior resultado, destacou a OCDE referindo-se à Albânia, às Filipinas, ao Uzbequistão, Marrocos e à República Dominicana – que obtiveram entre 13 e 15 pontos no levantamento.

Segundo a pesquisa, em média, nos países da OCDE, cerca de um em cada dois estudantes consegue pensar em ideias originais e diversas em tarefas simples de imaginação ou em situações de resolução de problemas cotidianos.

“Em Singapura, Letônia, Coreia, Dinamarca, Estônia, Canadá e Austrália, mais de 88% dos estudantes demonstraram nível básico de proficiência em pensamento criativo, o que significa que eles podem ter ideias para uma série de tarefas e começar a sugerir ideias originais para problemas familiares”, detalha o estudo ao acrescentar que a média da OCDE é de 78%.

Nos 20 países e economias que apresentam baixo desempenho, menos de 50% dos estudantes atingiram esse nível básico.

“Percebemos que a excelência acadêmica não é pré-requisito para a excelência no pensamento criativo”, acrescentou Schleicher. De acordo com a pesquisa, aproximadamente metade dos alunos com melhor desempenho em pensamento criativo, teve desempenho de alto nível em matemática.

Gênero e condições socioeconômicas

O levantamento revelou ainda diferenças de desempenho quando a comparação é por gênero. “As garotas são mais fortes em termos de pensamento criativo do que os garotos. Isso provavelmente se explica pelo fato de terem mais hábito de leitura”, disse o diretor da OCDE.

“Em nenhum país ou economia os meninos superaram as meninas em pensamento criativo, com as meninas marcando 3 pontos a mais em pensamento criativo, em média, em toda a OCDE. A disparidade de gênero é significativa em todos os países/economias, após contabilizado o desempenho em matemática e em cerca de metade deles, mesmo depois de contabilizar o desempenho de leitura dos alunos”.

“As diferenças de gênero e socioeconômicas no desempenho persistem em todos os tipos de tarefas. Meninas se apresentaram particularmente melhor do que os meninos em trabalhos de expressão escrita e naquelas que exigem que eles desenvolvam as ideias dos outros. As diferenças socioeconômicas no desempenho são maiores no domínio da expressão escrita”, acrescenta a pesquisa.

Alunos em melhores condições socioeconômicas também apresentaram melhor desempenho no pensamento criativo. Os mais favorecidos obtiveram pontuação média de cerca de 9,5 pontos acima da obtida pelos menos favorecidos em toda a OCDE. “Em geral, a força da associação entre nível socioeconômico e desempenho é mais fraca no pensamento criativo do que em matemática, leitura e ciências”, complementou.

Ambiente escolar

Segundo a OCDE, um fator que pode fazer diferença nas escolas é o uso da pedagogia em salas de aula. Nos países da OCDE, entre 60% e 70% dos estudantes relatam que, além de valorizar a criatividade, seus professores os incentivam a apresentar respostas originais e dão oportunidades para expressar as suas ideias na escola.

Esses alunos obtiveram notas um pouco mais altas do que seus pares no pensamento criativo, mesmo depois de levar em conta suas características e as da escola e seus desempenho em matemática e leitura.

O estudo também constatou que a participação regular (pelo menos uma vez por semana) de estudantes em atividades como artes, teatro, redação criativa ou aulas de programação resulta em melhor desempenho no pensamento criativo.

Deu no Conexão Política

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CCJ do Senado deve analisar projeto que libera cassinos

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

 

A segunda parte da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nesta quarta-feira (19), logo após a sabatina de autoridades marcada para às 10h, será dedicada a analisar um único item: o projeto de lei (PL) 2.234/2022 que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos. Na reunião da última quarta-feira (12), o senador Irajá (PSD-TO) chegou a apresentar um novo relatório e, diante de divergências sobre a matéria, o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiu adiar a discussão e análise para a quarta-feira desta semana.

O PL 2.234/2022, da Câmara dos Deputados, foi apresentado naquela Casa em 1991. No Senado, tramita desde 2022, sem consenso para votação. O texto permite a instalação de cassinos em polos turísticos ou em complexos integrados de lazer, como hotéis de alto padrão, restaurantes, bares e locais para reuniões e eventos culturais. Até o momento foram apresentadas 38 emendas à matéria.

De acordo com a proposta, será autorizada a instalação de cassinos em polos turísticos ou em complexos integrados de lazer, isto é, hotéis de alto padrão com pelo menos 100 quartos, além de restaurantes, bares e locais para reuniões e eventos culturais. Haverá o limite de um cassino em cada estado e no Distrito Federal, com exceção de São Paulo, que poderá ter até três cassinos, e de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará, que poderão ter até dois cada um, em razão do tamanho da população ou do território.

Também poderão ser instalados cassinos em embarcações marítimas (no limite de dez, em todo o país) e em navios fluviais com pelo menos 50 quartos, dentro dos seguintes limites: um cassino em cada rio com extensão entre 1.500 e 2.500 quilômetros; dois em cada rio com extensão entre 2.500 e 3.500 quilômetros e três em cada rio com extensão acima de 3.500 quilômetros. Embarcações fluviais com cassinos não poderão ficar ancoradas em uma mesma localidade por mais de 30 dias seguidos.

Para funcionar, cada cassino — definido como local onde são praticados jogos de chance ou de habilidade mediante apostas em roletas, cartas, dados ou máquinas de jogos — precisará comprovar capital social mínimo integralizado de pelo menos cem milhões de reais. O credenciamento valerá por 30 anos, renováveis por igual período.

Durante pronunciamento em Plenário, na semana passada, o senador Irajá disse que o texto visa promover o turismo, impulsionar a economia e garantir segurança e transparência nas atividades de jogos. Ele afirmou que a proposta tem potencial para gerar R$ 44 bilhões em investimentos e criar 700 mil empregos diretos, além de dobrar o número de turistas estrangeiros no país.

— Cada unidade da federação terá a oportunidade de abrigar ao menos um resort integrado, permitindo que o capital turístico se espalhe de maneira uniforme e justa por todo o país. É preciso que tenhamos consciência de todo o impacto positivo dessa proposta e de que, acima de tudo, daremos um passo significativo rumo à modernização e à transparência do nosso sistema de jogos, diversão e lazer — argumentou o relator.

O senador Irajá destacou também que o texto estabelece regras específicas para diferentes tipos de jogos. Ele menciona que há mecanismos rigorosos de controle financeiro e medidas contra o crime organizado. Além disso, ressaltou que seria criada uma política nacional com foco na prevenção e tratamento da ludopatia [vício em jogos].

Fonte: Agência Senado

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Brasil perde posições e é 6º pior colocado em ranking mundial de competitividade

Brasil perde posições e é 6º pior colocado em ranking mundial de  competitividade
Foto: Reprodução

 

O Brasil caiu para a 62ª posição do Ranking Mundial de Competitividade, que avalia o cenário de 67 países.

Elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD), em parceria, no Brasil, com o Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC), o ranking analisa e compara os esforços de competitividade entre os países.

Para definir o rankeamento, são observadas as vantagens comparativas entre as economias de cada país, avaliando crescimento, bem-estar social e infraestrutura. A grosso modo, é uma medida que avalia o quanto um país é melhor ou pior que seus pares para render sobre as mesmas condições.

Desse modo, os organizadores da pesquisa apontam como ela pode ser usada de termômetro por governos e empresas daquele determinado país, podendo avaliar melhor para onde voltar seus esforços.

Deu na CNN Brasil

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Peso argentino ultrapassa real, e Brasil tem pior moeda entre emergentes em 2024

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

 

O real ultrapassou na tarde desta segunda-feira (17), por volta das 16h, o peso argentino, passando a figurar como a moeda entre os países emergentes com a pior performance em 2024.

O dólar, usado como parâmetro, acumulou hoje valorização de 10,54% frente à divisa brasileira em 2024. A moeda do país vizinho é a segunda em desvalorização, com perda frente ao dólar de 10,48%.

O real vem perdendo força mundialmente de forma sucessiva. De forma geral, especialistas vêm mencionando já há algum tempo que a perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos é a principal causadora do enfraquecimento do real.

Os ruídos políticos aumentam o temor de que as contas públicas brasileiras se deteriorarão e, consequentemente, geram a visão de que investir no país é mais arriscado. Fatores como a mudança na meta fiscal, na presidência da Petrobras e, hoje, falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram levados em conta.

Fonte: Infomoney

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Setor de apostas online cresceu 734% desde 2021 no Brasil

Foto: Getty Images

 

O setor de apostas online cresceu 734,6% entre 2021 e abril deste ano, de acordo com levantamento da plataforma de análise de dados Datahub cedido com exclusividade à CNN.

Naquele ano, o Brasil contava com 26 empresas que têm como atividade principal a operações de jogos de azar e apostas online. Já em 2022, o salto foi de 203%, encerrando o ano com 79 empresas.

Só nos quatro primeiros meses de 2024, foi aberta a mesma quantidade de empresas que existiam em 2022.

Desde dezembro de 2018, as apostas esportivas são previstas em lei como uma operação legítima no país. A regulamentação do setor, contudo, viria a ser construída com o passar do tempo. Cinco anos depois, o governo assinou o decreto que regulamenta o mercado das bets.

Deu na CNN

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Perdas por furto de energia são suficientes para abastecer o Brasil por quase um ano

Foto: SAMY SOUSA/MCOM

 

Nos últimos 17 anos, o Brasil registrou uma perda de 500 TWh (terawatt-hora) de energia por furtos e fraudes na rede elétrica, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgados pela Abadee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) que consideram o período entre 2008 e 2023. O prejuízo é suficiente para abastecer o país por quase um ano. Em 2022, por exemplo, o Brasil teve um consumo energético de 509 TWh.

Apenas em 2023, o país registrou a perda de 40 TWh, o que equivale a quase metade da produção da usina hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), no mesmo ano, quando o sistema gerou 83 TWh. De acordo com o levantamento, o índice das perdas em 2023 representa um crescimento de 19,3% em relação a 2022, quando o país teve prejuízo de 34,15 TWh.

Considerando que o custo médio de aquisição de energia pelas distribuidoras foi de R$ 249 em 2023, o país teve prejuízo de R$ 10,1 bilhões somente com os custos de compra energética, aponta o estudo.

Deu no R7

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Percentual de famílias endividadas no Brasil tem maior nível desde 2022; índice é de 78,8%

Foto: JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

 

O percentual de famílias endividadas no Brasil subiu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu 78,8% em maio deste ano. Em abril, a taxa era de 78,5%, enquanto que, em maio de 2023, a proporção de endividados era de 78,3%. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Com o resultado de maio, divulgado hoje (10) no Rio de Janeiro pela CNC, o percentual de famílias com dívidas no país atingiu o maior patamar desde novembro de 2022. A pesquisa considera endividados aqueles que possuem qualquer dívida, ainda que ela não esteja em atraso, como, por exemplo, compras no cartão de crédito ou financiamentos.

Para a CNC, o dado mostra que as famílias continuam aumentando sua demanda por crédito, aproveitando o menor custo com os juros. A meta da taxa básica de juros (Selic) vem caindo a cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), desde agosto do ano passado (quando recuou de 13,75% para 13,25%). Atualmente, está em 10,50%.

O percentual de famílias que se consideram muito endividadas chegou a 17,8% em maio último, acima dos 17,2% de abril.

Já as pessoas com dívidas ou contas em atraso são consideradas inadimplentes. O percentual de inadimplência entre as famílias brasileiras ficou em 28,6% em maio deste ano, o mesmo nível de abril, mas abaixo dos 29,1% de maio do ano passado.

Entre o total de famílias, aquelas que não terão condições de pagar suas dívidas, o percentual ficou em 12% em maio, abaixo dos 12,1% do mês anterior, mas acima dos 11,8% de maio de 2023.

Dívidas

Entre os fatores de endividamento das famílias destacam-se o cartão de crédito, (86,9% dos casos), os carnês (16,2%) e o crédito pessoal (9,8%). Um dos destaques positivos foi o cheque especial, que estava presente nas dívidas de apenas 3,9% das famílias, o menor percentual desde o início da pesquisa em 2010.

A previsão da CNC é que o percentual de endividados siga crescendo até dezembro, quando deverá atingir a parcela de 80,4%.

Deu na Agência Brasil

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Tribo indígena que recebeu sinal de internet se vicia em pornô e deixa de caçar

Foto: Victor Moriyama/The New York Times

 

Antes, a falta de acesso à internet era um problema para indígenas marubos, que vivem no Vale do Javari, oeste do estado do Amazonas. Mas agora o acesso à rede mundial tornou-se um problema ainda maior: seus membros estão viciados em pornografia e redes sociais.

Com povoações ao longo do rio Ituí, os marubos sempre tiveram dificuldade de acessar a internet, já que o local é bastante remoto e não recebe redes de fibra ótica. Mas em 2022, a Starlink, empresa de Elon Musk, passou a fornecer sinal de internet para toda a região amazônica através de satélites que orbitam a Terra. Com isso, levaram acesso à rede mundial para um dos últimos lugares offline do planeta.

Quem são os marubos

Os marubos habitam o Vale do Javari, terra indígena que foi demarcada pelo governo federal em 2001. Com aproximadamente dois mil membros, eles sobrevivem com caça, pesca e agricultura.

O estilo de vida foi preservado por centenas de anos, já que vivem em uma área remota e tiveram pouco contato com estranhos. Algumas povoações podem levar até uma semana de viagem no interior da floresta amazônica para se chegar.

Eles falam um idioma próprio – a língua marubo – e praticam rituais religiosos com consumo de ayahuasca, uma planta que pode conduzir quem a consome a um estado alucinógeno.

mapa terra indígena vale do javariMarubos vivem na Terra Indígena do Vale do Javari, extremo oeste do estado do Amazonas, com povoações ao longo do rio Ituí – Foto: Reprodução/Google Maps

marubos recebendo starlink, que causou vício em pornografia depoisIndígenas marubos receberam Starlink em abril deste ano e passaram a enfrentar vício em pornografia – Foto: Reprodução/YouTube/NAVI Global/Associação Kapyvanaway

Vício em pornografia

Desde que a Starlink chegou ao Brasil, em 2022, diversos locais remotos da Amazônia passaram a receber sinal de internet. Na região onde os marubos habitam, o sinal chegou apenas em abril deste ano.

Agora com internet, eles perceberam que poderiam chamar ajuda emergencial de maneira rápida, algo que antes levava dias. Ainda, descobriram que seria possível entrar em contato com os seus amigos e familiares instantaneamente através das redes sociais.

Mas o lado bom da internet também trouxe seus malefícios: ao descobrirem o fácil acesso a conteúdos pornográficos, eles também começaram a compartilhar imagens obscenas e vídeos explícitos nos chats em grupo.

Alfredo Marubo, um membro do grupo, revelou ao New York Times que essa súbita exposição à pornografia desencadeou comportamentos sexuais preocupante entre os jovens habitantes locais.

Enoque Marubo, uma das lideranças do grupo, contou que o cotidiano do local alterou drasticamente no último mês, fazendo que os membros não queiram mais trabalhar. “Mudou tanto a rotina que foi prejudicial. Na aldeia, se você não caça, pesca e planta, você não come”.

Outra liderança, TamaSay Marubo, relatou que a chegada da internet no local afetou principalmente os jovens: “Quando a internet chegou, todos ficaram felizes, mas agora as coisas pioraram. Os jovens ficaram preguiçosos. Estão aprendendo os costumes dos brancos”.

Além do vício em pornografia, os marubos também relatam que vários membros passam maior parte do dia em redes sociais, principalmente o Instagram.

Marubos não querem que internet seja tirada

Apesar das desvantagens que puderam ser observadas no primeiro mês de acesso à internet, muitos membros, incluindo lideranças, admitiram que agora não podem viver sem ela.

“Acho que a internet nos trará muito mais benefícios do que danos”, disse Enoque. “Por favor, não tire nossa internet”, completou TamaSay.

Com informações de ND+ e R7