Economia

Saque-Aniversário FGTS 2024: Entenda como receber R$ 2,9 mil no seu aniversário

 

Desde 2019, uma modalidade especial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) possibilita aos trabalhadores brasileiros uma nova forma de acesso aos seus recursos. Denominada “saque-aniversário”, esta modalidade permite retiradas anuais de um montante pré-determinado em suas contas, no mês de aniversário do beneficiário. Contudo, para fruir desse benefício, é necessário aderir formalmente junto à CAIXA Econômica Federal. Vale considerar uma particularidade: a opção pelo saque-aniversário exclui o direito ao saque-rescisão.

Como funciona o saque-aniversário do FGTS?

O montante acessível através do saque-aniversário varia conforme o saldo acumulado pelo trabalhador em suas contas do FGTS. Portanto, o primeiro passo é verificar o saldo para entender quanto será possível sacar. Trata-se de uma possibilidade atrativa para complementar a renda ou realizar planos no mês do aniversário.

Como funciona o saque do FGTS de acordo com o saldo?

Para detalhar, o valor que cada trabalhador pode sacar anualmente segue uma tabela de escalas baseada no saldo de suas contas do FGTS. Além do valor percentual correspondente à faixa de saldo, é disponibilizada uma parcela adicional que pode chegar a R$ 2.900,00 para saldos acima de R$ 20.000,00.

  • Até R$ 500,00: Saque de 50% do saldo.
  • De R$ 500,01 a R$ 1.000,00: Saque de 40% do saldo mais parcela adicional de R$ 50,00.
  • De R$ 1.001,01 a R$ 5.000,00: Saque de 30% do saldo mais parcela adicional de R$ 150,00.
  • De R$ 5.000,01 a R$ 10.000,00: Saque de 20% do saldo mais parcela adicional de R$ 650,00.
  • De R$ 10.000,01 a R$ 15.000,00: Saque de 15% do saldo mais parcela adicional de R$ 1.150,00.
  • De R$ 15.000,01 a R$ 20.000,00: Saque de 10% do saldo mais parcela adicional de R$ 1.900,00.
  • Acima de R$ 20.000,00: Saque de 5% do saldo mais parcela adicional de R$ 2.900,00.

Como iniciar o saque-aniversário do FGTS pelo celular?

  1. Baixe e acesse o aplicativo do FGTS (disponível para Android e iOS).
  1. Realize o login utilizando suas credenciais.
  1. Na seção “Meu FGTS”, selecione a opção “saque-aniversário”.
  1. Escolha “Aderir ao saque-aniversário” e leia atentamente os termos.
  1. Após a leitura, confirme sua adesão clicando em “Confirmar”.

Compensa optar pelo saque-aniversário do FGTS?

Adotar a modalidade saque-aniversário do FGTS é uma decisão que exige reflexão. Apesar de permitir acessar uma parcela de seus recursos anualmente, ao escolher essa opção, o trabalhador abrirá mão do saque-rescisão (com exceção da multa de 40% em caso de demissão sem justa causa). Assim, é crucial ponderar as necessidades financeiras de curto prazo em relação à segurança de dispor do saldo completo em situações de desligamento não motivado.

Devo escolher o saque-aniversário do FGTS?

A modalidade saque-aniversário representa uma alternativa de liquidez para os trabalhadores brasileiros, dando-lhes a chance de acessar anualmente uma parte dos seus recursos do FGTS. Contudo, a escolha por esta opção requer uma análise minuciosa das condições e possíveis implicações. Assim, certificar-se de todas as informações é fundamental antes de tomar a decisão, visando o melhor aproveitamento desse benefício.

Deu no TBN

Economia

Boa notícia para quem tem Bolsa Família sobre valor extra a receber

 

Governo Federal divulgou o novo calendário de pagamentos do Bolsa Família, e o início dos recebimentos está agendado para 18 de janeiro de 2024. Esse programa é um dos principais distribuidores de renda no país.

Quem pode receber o Bolsa Família? O Bolsa Família é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica como parte de uma política pública de inclusão e assistência. Na prática, são famílias com renda mensal de até R$ 218 por pessoa.

As famílias consideradas em extrema pobreza possuem uma renda per capita de até R$109 por mês, enquanto as famílias pobres têm renda entre R$109,01 e R$218 por mês por pessoa. Além disso, famílias com gestantes, lactantes, crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos também podem receber o benefício.

Principais mudanças para o Bolsa Família em 2024 Para o ano de 2024, o Governo Federal planeja manter o valor base do Bolsa Família em R$600, sem previsão de aumento. No entanto, haverá um adicional de R$150 para crianças menores de 7 anos e R$50 para cada pessoa entre 7 e 18 anos incompletos, gestantes e bebês de até 7 meses.

Além disso, o Governo Federal fez algumas alterações na renda familiar:

  1. Anteriormente, a renda poderia ser superior à linha da pobreza em até duas vezes e meia entre 12 ou 24 meses. Agora, o prazo único é de 24 meses, e a renda per capita mensal não deve ser maior que meio salário mínimo.
  2. adicional Primeira Infância, que corresponde aos R$150 a mais, será encerrado no mês em que a criança completar 7 anos.
  3. Declaração Especial de Pagamento, emitida pelo Coordenador Municipal do programa, terá validade de 30 dias, devendo ser apresentada para saque da parcela dos benefícios.
  4. O pagamento poderá ser disponibilizado às famílias via conta poupança digital.
  5. Os recursos que não forem resgatados no prazo de 120 dias serão restituídos ao governo, exceto no caso de indígenas, quilombolas e ribeirinhos, cujo prazo é de 180 dias.

Bolsa Família é composto por seis categorias de renda ou benefícios, que fazem parte da cesta de incentivos que uma família pode receber.
Veja cada um deles, seus valores e condições abaixo:

Tabela

Benefício Valor (por membro da família) Descrição
Benefício de Renda de Cidadania (BRC) R$142 Valor per capita pago a cada membro da família.
Benefício Complementar (BCO) Até completar R$600 Valor adicional para famílias cuja soma não atinja R$600.
Benefício Primeira Infância (BPI) R$150 Acréscimo por criança de zero a sete anos.
Benefício Variável Familiar (BVF) R$50 Adicional para gestantes e crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos.
Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN) R$50 Suplemento para bebês de até 7 meses.
Benefício Extraordinário de Transição (BET) Variável Aplicado eventualmente para garantir que nenhum beneficiário receba menos que no programa anterior (Auxílio Brasil). Pago até maio de 2025.

Qual o valor do Bolsa Família em 2024? O valor base do Bolsa Família para 2024 deve permanecer em R$600, com os seguintes adicionais específicos:

  • Crianças menores de 7 anos: adicional de R$150;
  • Pessoas entre 7 e 18 anos: adicional de R$50;
  • Lactantes até 7 meses: adicional de R$50.

Informações do PagSeguro

Economia

Banco Central tem prejuízo de R$ 114,2 bilhões em 2023

 

O Banco Central teve um prejuízo de R$ 114,2 bilhões em 2023. A instituição divulgou nesta quinta-feira (28) o balanço aprovado Conselho Monetário Nacional (CMN). Este é o segundo ano seguido que a autarquia apresenta resultado negativo. Em 2022, o rombo foi de R$ 298,5 bilhões.

No ano passado, foi registrado prejuízo de R$ 123 bilhões em operações cambiais, como swap (venda de dólares no mercado futuro) e variação das reservas internacionais. Isso ocorreu porque o dólar caiu 7,86% em 2023, o que provocou perdas na hora de converter as operações cambiais em reais, informou a Agência Brasil. O BC também teve lucro operacional (ganhos com o exercício da atividade) de R$ 8 bilhões em 2023.

Ao somar os resultados cambiais e operacionais, chega-se ao prejuízo final de R$ 114,2 bilhões. Desse total, o Tesouro Nacional terá de cobrir R$ 111,2 bilhões com títulos públicos. O restante, cerca de R$ 3 bilhões, deve ser acertado por meio da redução de patrimônio da própria autarquia monetária.

O último resultado positivo apurado pelo BC foi em 2021, quando foi registrado lucro recorde de R$ 85,9 bilhões. Na ocasião, o Banco Central criou uma reserva de lucros para cobrir perdas nos anos seguintes. No entanto, essa reserva foi esgotada no ano passado. Em 2022, a Lei Complementar 179 alterou a apuração de resultado do BC de semestral para anual.

Deu na Gazeta do Povo

Economia

Terminal Pesqueiro de Natal precisa de R$ 7 milhões para operar

 

Depois de uma primeira tentativa de leilão deserta em 2022, o Terminal Pesqueiro Público de Natal (TPP Natal) terá uma nova chance de ser repassado à iniciativa privada para finalização das obras e início de operação. Isso porque as obras do equipamento foram interrompidas com 95% concluídas. De acordo com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), responsável pelo leilão, ainda são necessários aproximadamente R$ 7 milhões em investimentos para tornar o TPP Natal apto a operar. O novo edital de concessão foi publicado na segunda-feira (25) pelo MPA e inclui, ainda, os terminais pesqueiros de Aracaju (SE), Cananéia (SP) e Santos (SP).

Os vencedores da licitação poderão administrar os terminais durante 20 anos. Conforme o edital, os licitantes devem apresentar as propostas, em envelopes fechados, no dia 11 de junho, das 9h às 12h, na sede da B3 S.A. – BRASIL, BOLSA, BALCÃO, em São Paulo (SP). É permitido enviar propostas para mais de um terminal pesqueiro, desde que elas apresentadas individualmente para cada um. A abertura dos envelopes com as propostas comerciais ocorrerá no dia 25 de junho.

O valor estimado de contratação, no caso do TPP Natal, é de R$ 185,2 milhões, o mais alto entre todos os terminais participantes do leilão. O critério para escolha da proposta comercial vencedora será o maior valor de outorga. Um atrativo para a participação dos licitantes é que esse valor mínimo necessário para classificar-se no leilão, será de apenas R$ 1, para cada terminal. O titular da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca do RN (Sape/RN) destaca que, além desta mudança, outras duas foram adotadas para melhorar o interesse pelo edital.

“O certame anterior previa que, em 48 horas a empresa vencedora deveria fazer uma fonte de recursos com depósito em conta da ordem de R$ 4 milhões. Agora, a empresa vai ter que provar que tem condições de viabilizar os recursos, mas sem a necessidade de depósitos em um período tão imediato. Também foram usados os valores de outros leilões para pagar os estudos de viabilidade no TPP Natal, o que permitiu, assim, a exigência de apenas um valor simbólico, de R$ 1,66, para o ressarcimento dos estudos”, explica Saldanha.

“Mas o mais importante mesmo foi o valor de outorga, que no edital anterior era por volta de R$ 400 mil. No entanto, o TCU e o próprio MPA entenderam que colocar o terminal em funcionamento era muito mais importante do que o dinheiro”, completa o secretário, ao mensurar a importância do equipamento para o setor pesqueiro do Estado. “O tamanho e o porte do TPP são duas coisas muito interessantes, porque ele pode ser também um grande beneficiador de camarão para exportação”, diz.

“No TPP há uma série de instrumentos, salas e equipamentos apropriados para montar uma indústria de benefício do crustáceo, além do próprio pescado. E hoje já falta, na Ribeiro, espaço para barcos de pesca descarregarem o pescado e carregarem com isca, combustível, além de comida para os marinheiros e pescadores. O terminal conta com um cais maravilhoso, que vai auxiliar muito essa atividade”, comentou Guilherme Saldanha.

Federações destacam potencial do TPP Natal

O presidente do Sindispesca-RN, Gabriel Calzavara, destaca como o TPP poderá ajudar a alavancar o setor no Rio Grande do Norte. “A excelência da carcinicultura e da pesca de atum do Brasil está no RN. Uma base como o TPP fortaleceria essa cultura em ascensão”, diz. Calzavara aponta que o equipamento tem potencial para se transformar em um complexo industrial pesqueiro do Estado.

“O terminal pode se propor a ser esse complexo, com recepção de mercadorias, de processamento e armazenagem da indústria, treinamento de pessoal, manutenção e construção de embarcações. O TPP deverá servir de base para a frota que desembarca aqui e para quem navega próximo”, afirma o presidente do Sindipesca, Sindicato que integra a Federação das Indústrias do RN (Fiern).

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern), José Vieira, também comemorou a publicação do edital. “Nossa expectativa é muito positiva com relação a essa nova possibilidade de concessão. A gente entende que o TPP é viável, com um potencial importante. A Faern vai apoiar todas as ações que forem necessárias para fomentar a atividade pesqueira no Rio Grande do Norte”, disse. Segundo o edital publicado pelo MPA, as empresas interessadas no TPP Natal deverão apresentar um valor de garantia de proposta correspondente a R$ 926,1 mil.

As empresas têm até 6 de junho para agendar visita técnica ao equipamento, mesmo prazo para apresentação de esclarecimentos e impugnação do edital. A empresa vencedora terá até o dia 8 de julho para envio ou carregamento dos documentos de habilitação. No dia 22, será divulgado o resultado da licitação, com a indicação da licitante habilitada em relação a cada TPP, abrindo-se prazo para interposição de recursos. Este prazo seguirá até 25 de julho.

De acordo com o MPA, a empresa vencedora da licitação fará os investimentos necessários no TPP Natal “para que o Terminal entre em funcionamento, de acordo com as condições e requisitos dispostos no contrato e edital do leilão”. O equipamento está situado em um terreno de 13.503 m² na Ribeira, zona Leste de Natal, com área construída de 4.819 m². A obra foi iniciada em 2009 e interrompida com 95% de conclusão, sem nunca ter entrado em operação. Guilherme Saldanha, titular da Sape, afirma que, para a conclusão, falta basicamente a instalação de maquinário, como as câmaras frias.

Números
R$ 7 milhões é o valor aproximado em investimentos para tornar o TPP Natal apto a operar

R$ 185,2 milhões é o valor estimado de contratação do TPP Natal

R$ 926,1 mil é o valor de garantia para a empresa interessada em concorrer ao edital

Informações da Tribuna do Norte

Economia

Correios reajustam preços de serviços postais a partir da próxima semana

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) anunciou que os serviços postais do país serão reajustados em 4,39% a partir da próxima semana, de acordo com a portaria publicada nesta segunda (25) no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo o Ministério das Comunicações, o reajuste corresponde à correção da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 (veja na íntegra).

O valor para o envio de cartas de até 20 gramas passará de R$ 2,45 para R$ 2,55, enquanto que o envio de cartas entre 450g e 500g terá o custo elevado de R$ 13,35 para R$ 13,80. O franqueamento autorizado de cartas simples também será reajustado, variando de R$ 2,27 a R$ 12,17, dependendo do peso em gramas.

No caso dos telegramas nacionais, os valores serão diferenciados de acordo com a modalidade escolhida pelo usuário. O envio via internet custará R$ 10,74, por telefone será de R$ 12,96 e para contratações pré-pagas nas agências o valor será de R$ 15,56.

Para envios de malotes com grandes volumes, calculados em quilos e contratados por pessoas jurídicas, será necessário consultar a tabela de distância e peso disponibilizada no site dos Correios.

As tarifas para envios internacionais serão agrupadas por região, divididas em cinco grupos: Grupo 1 (Argentina, Paraguai e Uruguai), Grupo 2 (demais países da América do Sul), Grupo 3 (Américas Central e do Norte), Grupo 4 (Europa) e Grupo 5 (Ásia, Oriente Médio, África e Oceania). Os valores variarão de R$ 4,30 a R$ 239,60, dependendo do peso em gramas e do grupo de destino do envio.

Deu na Gazeta do Povo

 

 

Economia

Cesta de produtos da Páscoa fica 9,29% mais cara este ano, aponta FGV

A cesta de produtos típicos de Páscoa subiu 9,29% entre março de 2023 e fevereiro de 2024, segundo levantamento do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

A alta nos preços é superior à inflação acumulada para o mesmo período, de 3,5%, medida pelo IPC-10. Entre os itens que compõem para o almoço de Páscoa, a batata-inglesa e o azeite tiveram os maiores aumentos durante o período, de 31,96% e 39,82%, respectivamente.

O levantamento não inclui os ovos de Páscoa, mas somente bombons e chocolates, que subiram 1,89% no período.

Deu no R7

 

 

Economia

RN tem mais de 71 mil empresas endividadas, aponta Serasa

Foto: Marcello Casal Jr

 

No Rio Grande do Norte, 71.599 empresas apareceram com pelo menos uma conta atrasada no mês de janeiro, segundo o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. Pelo levantamento, o RN é o sexto em número de negócios nessa situação na região Nordeste e o nono em nível nacional. No Nordeste, foram registrados 1.105.674 negócios com contas atrasadas, estando a Bahia (BA) com o maior número de registros (312.999) e o Piauí na ponta (43.956). Entidades que representam o setor produtivo apontam que a inadimplência afeta o desenvolvimento econômico e põe os negócios em risco.

“O aumento da inadimplência das empresas em janeiro pode ser atribuído, em grande parte, às despesas típicas de início de ano (IPVA, IPTU, reajuste de mensalidades e material escolar), refletindo um cenário sazonal onde as contas acumuladas nesse período impactaram temporariamente a capacidade de pagamento dos consumidores que, consequentemente, influenciam no caixa das companhias”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

O endividamento das empresas é grave tanto para o desenvolvimento econômico quanto para as famílias, porque diminui o consumo, fazendo cair as vendas de produtos e serviços e, por consequência, o poder de geração de ocupação e renda das empresas.

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, diz que isso é preocupante. “Inadimplência é reflexo de que pessoas perderam o crédito, deixaram de comprar. Com isso, a movimentação de venda diminuiu e isso é péssimo. Não nos anima do ponto de vista empresarial porque é um indicativo de que nós estamos com a ‘doença do crédito’ e esse crédito, quando está abalado, interfere diretamente no resultado de venda”, diz ele.

Sob a mesma ótica, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio RN), Marcelo Queiroz, diz que o aumento do endividamento põe em risco a própria existência dos empreendimentos,. “Esse podem, em situações extremas, colapsar a ponto de ter que fechar suas portas, impactando severamente, mais uma vez, a geração de oportunidades”, comenta.

Ele diz que reduzir o endividamento das empresas precisa ser uma bandeira que mereça a atenção dos poderes públicos do mesmo modo que o endividamento das pessoas tem merecido. “As empresas cujo endividamento é fruto de condições de mercado, alheias à sua própria gestão, precisam contar com benefícios que lhe amparem para que possam se recuperar. Programas de renegociação de dívidas, não apenas com os governos, mas com bancos e instituições financeiras em geral precisam ser desenhados e levados adiante, urgentemente”, sugere o presidente da Fecomércio RN.

O Indicador Serasa também mostrou que as empresas do segmento de “Serviços” puxaram a elevação de janeiro no país, representando 54,9% das companhias inadimplentes, seguidas pelos negócios do “Comércio” (36,4%) e “Indústria” (7,5%). “Setor primário” e “Outros” somaram 1,2%.

Na análise nacional, em janeiro, foram registrados 6,7 milhões de CNPJs no vermelho no Brasil. Desse total 6,3 milhões foram de Micro e Pequenas Empresas (MPEs), das quais somavam 43,7 milhões de dívidas e indicavam a média de 6,9 contas atrasadas. As dívidas negativadas das companhias somaram R$ 127,8 bilhões e o ticket médio de cada débito foi estimado em R$ 2705,2. Em média, cada negócio inadimplente possuía 7,1 contas atrasadas.

Micro e Pequenas lideram inadimplência

Do total de 6,7 milhões de empresas inadimplentes no País em janeiro, 6,3 milhões foram de Micro e Pequenas Empresas (MPEs), das quais somavam 43,7 milhões de dívidas e indicavam a média de 6,9 contas atrasadas. No Rio Grande do Norte, a Serasa Experian contabilizou 68.013 empresas desse segmento com contas em atraso.

Ruth Maia, analista técnica do Sebrae/RN, diz que trata-se de um problema comum entre os pequenos negócios e que pode variar diante de vários contextos econômicos. “As condições econômicas regionais, acesso ao crédito, políticas públicas, Covid 19 e a estrutura empresarial são alguns fatores que podem ter contribuído para o aumento da inadimplência no RN”, explica.

Segundo ela, apenas o endividamento não é o fator que leva ao fechamento de pequenos negócios. Geralmente, para chegar a esse desfecho, as empresas com dificuldades financeiras já tinham certa dificuldade de operação.

“O fechamento dos pequenos negócios pode se dar por uma combinação de diversos fatores, como a concorrência, má gestão financeira e operacional e falta de clientes. Mas existem medidas que podem ser adotadas para mitigar o problema da inadimplência”, destaca Ruth Maia.

Entre essas medidas estão o planejamento empresarial, gestão financeira eficiente, política de crédito rigorosa, diversificar as fontes de receita para não depender de um único mercado ou cliente. Além disso, negociar com credores prazos e condições de pagamento, ter uma boa gestão de estoque evitando excessos e capacitar a equipe, além do investimento em tecnologia, são outros pontos a serem considerados.

“Evitar o endividamento é fundamental para a saúde financeira do negócio. Lembrando que cada empresa é única, então precisa ser estudada para encontrar soluções adequadas para o seu tipo de negócio e que ajude a superar momentos difíceis”, diz a analista do Sebrae/RN.

Mas não se endividar continua sendo um desafio. Maia sugere então que algumas ações são necessárias para implantar na empresa. “Monitoramento constante do fluxo de caixa, utilização do crédito consciente, controle de gastos, planejamento financeiro com projeções de receitas e despesas que irá permitir uma gestão mais eficaz dos recursos, por exemplo”.

Ela diz ainda que é importante que o empreendedor avalie a saúde financeira de sua empresa constantemente, buscando orientações especializadas quando necessário para tomada de decisões mais assertivas para o seu negócio. Para isso o Sebrae/RN oferece soluções que podem ajudar a se adaptar e se manter no mercado.

NÚMEROS

312.956
é o número de negócios com dívidas na Bahia, liderando o ranking no NE

43.956
é o número de negócios com dívidas no Piauí. É o menor número do NE

Deu na Tribuna do Norte

Economia, Política

Dívida do governo não para de crescer, mas Lula quer licença para gastar mais

Foto: André Borges

 

O crescimento da arrecadação de impostos em janeiro, festejado pela equipe econômica, está longe de sinalizar um equilíbrio das contas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ao contrário. O temor do mercado é de que o breve fôlego propiciado pela receita extra, vinda de eventos não recorrentes, seja visto pelo atual governo como uma “licença para gastar”, agravando ainda mais a trajetória da dívida pública, considerada preocupante pelos especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo.

E, de fato, bastou o resultado do primeiro mês do ano para Lula começar a falar em “aumentar o limite de gastos” – limite este definido pelo chamado arcabouço fiscal, que recém começou a vigorar.

“A perspectiva geral não é boa. Quando olhamos o indicador mais importante para a solvência do governo no médio e longo prazo, a dívida pública sobre o PIB [Produto Interno Bruto], vemos que ela não para de crescer”, alerta Cristiane Schmidt, professora da Fundação da Getulio Vargas (FGV-RJ) e do Instituto Millenium e consultora sênior para o Banco Mundial.

Depois de dois anos em queda, a trajetória da dívida pública do país se inverteu em 2023 e subiu quase três pontos percentuais em um ano, passando de 71,7% do PIB em dezembro 2022 para 74,3% do PIB 12 meses depois.

Os últimos dados do Banco Central revelam que em janeiro de 2024 a dívida subiu mais um pouco e atingiu 75% do PIB, o maior nível desde julho de 2022.

Dívida vai continuar crescendo, segundo projeções do mercado

Conforme o BC, o resultado primário de janeiro do setor público consolidado – que inclui os governos das três esferas e estatais – ficou negativo em R$ 246 bilhões, no acumulado de 12 meses.

O rombo é apenas ligeiramente menor que o acumulado até o mês anterior – R$ 249,1 bilhões, o pior resultado desde 2020, quando os gastos aumentaram com o combate à pandemia de Covid-19.

Mas o resultado primário não reflete os gastos financeiros com a dívida. E eles nunca foram tão altos. Em um ano, os juros consumiram R$ 746 bilhões, segundo o dado de janeiro – o maior valor da história para um acumulado de 12 meses, equivalente a quatro anos de Bolsa Família.

Como acontece quase sem trégua desde 2014, todos os juros foram pagos com emissão de novas dívidas, uma vez que o governo não está poupando dinheiro.

Na soma do déficit primário com os juros, o chamado resultado nominal do setor público foi de um rombo acumulado de quase R$ 1 trilhão em 12 meses. O resultado só foi pior que isso em alguns meses entre 2020 e 2021.

A perspectiva da corretora XP, a se manter o ritmo atual, é de que a dívida pública atinja 77% do PIB ao fim de 2024, 79% em 2025 e 81,4% em 2026. A expectativa mediana de pouco mais de 30 bancos, corretoras e consultorias consultados pelo Banco Central é ligeiramente pior: nesse cálculo, a dívida ao fim dos mesmos três anos seria de 77,8%, 80% e 82,5% do PIB, respectivamente.

“A dívida é uma variável importante que a gente tem que monitorar, porque representa um risco que tem impactos tanto em atividade econômica, afetando o crescimento, quanto em inflação”, afirma o economista Tiago Sbardelotto, da XP Macro Watch.

Deu na Gazeta do Povo

 

 

Economia, Política

Nelter Queiroz enaltece bordadeiras de Timbaúba dos Batistas em sessão plenária da ALRN

Foto: Eduardo Maia

 

Durante a sessão plenária desta quarta-feira (13) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o deputado Nelter Queiroz (PSDB) prestou homenagem às bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, região Seridó do estado. As artesãs estão costurando todos os uniformes que a delegação brasileira usará na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris em 2024. O destaque veio após o reconhecimento nacional das habilidades dessas mulheres, que foram notícia no Jornal Nacional.

“São mulheres simples e humildes. As peças são feitas com matéria-prima reciclada e os bordados artesanais em destaque nas costas de jaquetas jeans. Deixo aqui minha mensagem de aplauso e parabéns a todas as bordadeiras”, registrou. São cerca de 80 bordadeiras, mulheres simples e humildes, que estão dedicando seu talento para criar peças únicas.

Segundo Nelter Queiroz, a produção continua e o número de uniformes pode chegar perto de 300, dependendo do número de atletas classificados.

As bordadeiras de Timbaúba dos Batistas ganharam destaque nacional após a reportagem veiculada pelo Jornal Nacional, mostrando o cuidado e a dedicação dessas mulheres na produção dos uniformes olímpicos. Com a utilização de matéria-prima reciclada e detalhes artesanais, elas estão levando um pouco do Brasil para Paris, com peças que carregam histórias e tradições.

Essa iniciativa não apenas enaltece o talento das bordadeiras, mas também ressalta a importância de valorizar o trabalho artesanal e a cultura local, contribuindo para a promoção do estado do Rio Grande do Norte em âmbito nacional e internacional.

Economia

Inflação oficial do Brasil acelera em fevereiro e atinge maior nível em um ano

Marcelo Casal Jr

 

A inflação oficial do Brasil voltou a acelerar em fevereiro, atingindo 0,83%, de acordo com o IBGE. Esse é o maior nível mensal desde fevereiro de 2023. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulou alta de 4,5%, atingindo o teto da meta estabelecida pelo governo, que é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O aumento dos preços ligados à educação, com destaque para os cursos regulares, foi o principal fator que contribuiu para o resultado deste mês, com uma alta de 4,98%. Além disso, outros grupos de produtos e serviços também registraram alta em fevereiro, como alimentação e bebidas (0,95%) e transportes (0,72%). Na alimentação no domicílio, os preços da cebola, batata-inglesa, frutas, arroz e leite longa vida tiveram aumentos significativos, impulsionados por fatores climáticos. Já a alimentação fora do domicílio teve uma alta de 0,49% em fevereiro, acelerando em relação ao mês anterior.

A alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) também foi influenciada pelo grupo transportes, que registrou alta de 0,72% e impacto de 0,15 p.p. no total. Todos os combustíveis pesquisados tiveram aumento, com destaque para a gasolina, que teve o maior impacto individual. No grupo habitação, a alta da taxa de água e esgoto e a queda no gás encanado foram os destaques. Em comunicação, a inflação foi de 1,56%, pressionada pelas altas na TV por assinatura e no combo de telefonia, internet e televisão paga.

Por outro lado, o grupo de vestuário registrou queda de 0,44% em fevereiro, com redução nos preços de roupas masculinas e femininas. As passagens aéreas também apresentaram queda no mês, após terem impactado significativamente a inflação no ano anterior. Em relação aos índices regionais, todas as regiões do país tiveram alta em fevereiro. Aracaju registrou a maior variação, impulsionada pelo aumento dos preços da gasolina. Por outro lado, Rio Branco teve o menor resultado devido à queda nos preços das passagens aéreas.

Deu na JP News