Polícia

‘Ele levantou a saia e colocou as mãos nas minhas partes íntimas’, diz vítima

A professora Isabel Rodrigues publicou um vídeo narrando uma situação e denunciando o ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) de abuso sexual. A situação teria ocorrido em 2019, durante um almoço.

Isabel conta que Silvio era um amigo e que eles almoçaram por diversas vezes, mas que em um dos encontros ele levantou a saia dela e “colocou a mão com vontade”.

“Fiquei estarrecida e com vergonha. Demorou para eu entender que eu estava sendo vítima de violência sexual”, conta a professora.

Isabel diz que fez a denúncia para estimular vítimas a também se manifestarem.

“Acredito que não foram somente 14”, afirma.

Ela disse que chegou a ligar para Silvio e mandar mensagens, mas que não tem o conteúdo porque mudou de celular.

A violência sexual sofrida há cinco anos foi tema em sessões de terapia. Foi tema de conversas com minhas irmãs e amigos mais próximas. Pensei muitas vezes em denunciar. Não o fiz por vários motivos, e o motivo maior, foi o medo disso voltar contra mim. Silvio tem o conhecimento da lei e poderia facilmente fazer as coisas mudarem de rumo. O ministro diz não ter materialidade as acusações contra ele. As sessões de terapia. O retorno de minha família, de meus amigos ontem e hoje, ao saber das acusações contra ele materializam a violência que sofri. Ela é objetiva. Aconteceu.”, colocou na legenda do vídeo em que narra o ocorrido.

A professora é candidata à vereança e diz saber que vão acusa-la de uso político da situação, mas que a intenção dela é encorajar que outras pessoas também denunciem.

Veja abaixo:

Justiça

Câmara aprova projeto para agressores sexuais pagarem indenização às vítimas

Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

 

Em plenário da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 2, a Casa aprovou o projeto de lei (PL) que determina que agressores sexuais paguem às vítimas indenização pelo delito contra elas. O texto seguirá para o Senado Federal avaliar e, caso aprovado, irá à presidência.

O estatuo define como crime contra a liberdade sexual os atos de estupro, importunação e assédio sexual, além da violação sexual por meio de fraude. A quantia indenizatória será independente da condenação no âmbito penal e será definida pelo juiz, que irá avaliar o caso e determinar o valor de acordo com a gravidade do ocorrido, as circunstâncias, o dano à vítima e a capacidade econômica do condenado.

O pedido de indenização poderá ser formulado pela vítima e não será necessário apresentar novas provas, o processo seguirá o que for apresentado na esfera penal.

O conteúdo aprovado é substitutivo da relatora, a deputada Professora Goreth (PDT-AP). O autor da proposta original é o deputado Josenildo (PDT-AP).

“Essa iniciativa visa atender a uma necessidade incontestável de proporcionar um mínimo e justa reparação às vítimas desses delitos que infligem gravíssimos danos físicos, psicológicos e sociais às vítimas, deixando um impacto profundo e duradouro em suas vidas”, diz Josenildo em sua justificativa. Para ele, a ausência de uma diretriz como essa deixa uma lacuna no sistema legal.

Junto à Comissão, a relatora apresentou parecer favorável. Ela diz que a iniciativa “é digna de aplauso, devendo ser aprovada, visto que se preocupa com a vítima”.

Estadão Conteúdo

Notícias

Mulher sofre violência sexual em delegacia: “Me levou em uma sala onde tinha uma cama”

 

Uma vendedora de 25 anos recebeu uma proposta inusitada de um policial em Copacabana, no Rio de Janeiro. A jovem havia sofrido agressões do namorado e, durante os procedimentos de denúncia, sofreu violência sexual dentro da delegacia.

A vítima estava na rua com seu companheiro, até que se iniciou uma briga. Uma testemunha resolveu chamar a polícia e os dois foram levados para a delegacia de Copacabana. Após horas de espera, a mulher resolveu não prestar queixa, então começaram as ameaças.

O policial disse que só iria liberá-la se ela tivesse relações sexuais com ele. ”Ele me levou em uma sala onde tinha uma cama. Apertou minha boca, me enforcou, colocou a arma de fogo na minha cabeça e veio fazer isso comigo”, relembrou.

Na ocasião, o guarda também ameaçou torturar o namorado da vítima, que permanecia preso. Depois da violência sexual, o policial ainda a deixou em uma sala. Então, a mulher ficou quatro horas na delegacia para ser liberada.

Apesar da família ser contra, a vítima decidiu seguir e fazer uma denúncia na Delegacia da Mulher. No exame de corpo de delito, os peritos confirmaram que há vestígios de violência sexual.

Os envolvidos e testemunhas já prestaram depoimento. A prisão do acusado foi solicitada e negada pela Justiça.

Deu no Brasil em pauta