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Após esquerda vencer, primeiro-ministro francês anuncia renúncia

Primeiro-ministro francês anuncia sua renúncia após vitória da esquerda nas legislativas
Foto: EFE/EPA/VALENTINA CAMU

 

Diante do novo panorama político traçado após a vitória inesperada da coalizão de esquerda na França neste domingo (7), o primeiro-ministro Gabriel Attal anunciou, em coletiva de imprensa, que apresentará sua renúncia ao presidente Emmanuel Macron nesta segunda-feira (8).

De acordo com o premiê, que assumiu o cargo em junho de 2022 e é aliado de Macron, sua saída é necessária para a formação de um novo governo que reflita a vontade dos eleitores.

– Os resultados das eleições legislativas mostram claramente que o povo francês deseja uma mudança. Embora tenha sido uma honra servir como primeiro-ministro, acredito que é hora de dar espaço para novas lideranças que possam guiar o país em direção a um futuro melhor – disse ele, frisando, porém, que seguirá no cargo “enquanto o dever assim exigir”.

Macron, por sua vez, agradeceu o aliado por sua contribuição e compromisso para com a França.

– Agradeço profundamente a Gabriel Attal por seu incansável trabalho e dedicação ao país. Sua liderança em tempos difíceis foi crucial, e sua decisão de renunciar demonstra seu respeito pela vontade do povo francês – declarou o presidente.

ENTENDA
Projeções preliminares apontam que a coalizão de esquerda radical Nova Frente Popular sai vitoriosa no segundo turno das eleições legislativas deste domingo (7), superando o partido de Marine Le Pen, Reagrupamento Nacional, que era considerado favorito desde a vitória no primeiro turno.

O líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, do França Insubmissa, descreveu os resultados como “imenso alívio para a maioria das pessoas em nosso país”.

– O presidente deve se curvar e admitir essa derrota sem tentar contorná-la. O primeiro-ministro deve sair – defendeu Mélenchon.

Deu na CNN

Mundo

Conservadores sofrem revés histórico e trabalhistas voltam ao poder no Reino Unido após 14 anos

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, dá declaração em frente a Downing Street, em Londres, reconhecendo derrota dos conservadores| Foto: EFE/EPA/ANDY RAIN

 

O Partido Trabalhista, liderado por Keir Starmer, venceu as eleições gerais realizadas nesta quinta-feira (4) no Reino Unido por uma esmagadora maioria absoluta, enquanto o Partido Conservador do atual primeiro-ministro, Rishi Sunak, sofreu a pior derrota da sua história após 14 anos no poder.

Com quase todos os 650 assentos do novo Parlamento já definidos na manhã desta sexta-feira (5) – restando apenas três que serão divulgados nesta sábado (6) – o partido de centro-esquerda tem 412, mais que o dobro dos 202 da última legislatura e seu melhor resultado desde o recorde de 418 alcançado em 1997 pelo antigo líder Tony Blair.

Por sua vez, a legenda de Sunak está se afundando em uma crise sem precedentes, com apenas 120 assentos até o momento, bem longe dos 365 conseguidos nas eleições de 2019, que Boris Johnson venceu com a promessa de executar o Brexit.

Sunak reconhece derrota

Depois de saber da sua reeleição como deputado pelo distrito eleitoral de Richmond e Northallerton, Sunak admitiu que “o Partido Trabalhista ganhou estas eleições”, enquanto seu rival, Keir Starmer, comemorou a vitória e declarou que “a mudança começa agora”.

“Conseguimos!”, disse um exultante Starmer em um discurso aos seus apoiadores, no qual garantiu que o país tem agora “a oportunidade de recuperar o seu futuro”.

Na sua opinião, os britânicos acordarão hoje e descobrirão que “um peso foi finalmente tirado dos ombros desta grande nação”.

Do outro lado, Sunak felicitou o líder trabalhista pela vitória e pediu desculpas pelos maus resultados da sua legenda. “Hoje, o poder mudará de mãos de forma pacífica e ordenada, com boa vontade de todas as partes. Isto deverá dar confiança a todos na estabilidade do nosso país e no seu futuro”, afirmou.

O ainda primeiro-ministro reconheceu que há “muito o que aprender e refletir” diante do desastre do seu partido e assumiu “a responsabilidade pela perda de muitos candidatos conservadores que trabalharam arduamente”.

Sunak já se apresentou nesta sexta no Palácio de Buckingham, residência da família real britânica, para formalizar sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro, tal como estabelecido pela tradição constitucional, antes de o líder trabalhista, Keir Starmer, assumir o poder.

Depois de deixar pela última vez a residência do número 10 de Downing Street como chefe do governo, Sunak deslocou-se ao palácio para a formalidade exigida.

Antes do encontro com o rei, o premiê britânico anunciou que também renunciará ao cargo de líder do Partido Conservador assim que o novo sucessor for eleito, depois da pesada derrota do seu partido nas eleições desta quinta.

Acompanhado pela esposa, Akshata Murty, o futuro ex-premiê frisou que o povo britânico “enviou uma mensagem clara” e que no final é “o único julgamento que importa”.

Sunak também elogiou o líder trabalhista, vencedor das eleições, a quem classificou como um político “decente”.

“Embora tenha sido meu adversário político, Keir Starmer em breve se tornará nosso primeiro-ministro. Neste trabalho, seus sucessos serão os nossos sucessos, e desejo o melhor a ele e sua família. Quaisquer que sejam nossas divergências nesta campanha, é um homem decente a quem respeito”, disse.

Ao final da audiência com rei, o político conservador sairá do palácio pela porta traseira, sem ser visto pela imprensa, e a expectativa é que regresse ao seu distrito eleitoral no norte de Inglaterra.

Após a saída de Sunak do palácio, será justamente a vez de Keir Starmer deslocar-se ao palácio para receber o pedido do monarca para formar o novo governo do Reino Unido.

Uma vez no número 10 de Downing Street, seu escritório e residência oficial, ele deverá fazer seu primeiro discurso à nação e começar a nomear seus ministros.

Deu na Gazeta do Povo

Mundo

Primeiro-ministro da Palestina renuncia ao cargo

 

O primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Shtayyeh, apresentou pedido de renúncia do governo da Autoridade Palestina ao presidente Mahmud Abbas. O pedido foi entregue nesta segunda-feira (26).

Apresentei a demissão do governo ao presidente em 20 de fevereiro e a submeto hoje por escrito”, anunciou ao citar ainda a escalada da guerra na região.

Abbas tem sido duramente criticado pela impotência frente ao conflito envolvendo Israel e os terroristas do Hamas. Países da região e governos ocidentais também pressionam por uma reforma da Autoridade Palestina.

Deu no Diário do Poder

Política

Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renuncia

 

Renunciou, na manhã desta quinta-feira (7/7), o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

Em pronunciamento nesta manhã, o premiê anunciou ter deixado a liderança do Partido Conservador e afirmou que espera permanecer no cargo até o outubro, para que um substituto seja escolhido pela sigla. No entanto, essa vontade depende de avaliação do Parlamento britânico.

A situação de Johnson ficou insustentável nos últimos dias. A crise se acirrou após o primeiro-ministro ser acusado de ignorar denúncias de assédio sexual contra o ministro Christopher Pincher. O premiê supostamente sabia das queixas, mas, ainda assim, teria optado por nomear Pincher como vice-líder do governo no Parlamento.

“Nos últimos dias, ficou difícil conseguir (continuar). É minha função junto a vocês continuar fazendo o que prometi em 2019. Estou abrindo mão da melhor profissão do mundo, mas quero agradecer a minha família, aos servidores, agências e membros do Partido Conservador”, afirmou ele durante o discurso em frente ao número 10 da Downing Street, residência oficial.

Como sempre, Johnson mostrou segurança e tranquilidade na fala. “Quero agradecê-los pelo privilégio que me deram. Até que o novo primeiro-ministro seja encontrado, vocês serão contemplados”, continuou.

Desde que Boris sinalizou uma possível saída, os jornalistas se posicionaram para aguardar a declaração na famosa porta escura do escritório do premiê, em 10 Downing Street. Mais cedo, veículos como a Sky, BBC, The Telegraph, The Times, Independent, The Sun, Mirror e The Guardian, também previram a renúncia.

Informações do Metrópoles