Política

Imprensa internacional reage ao discurso de Bolsonaro na ONU

A imprensa internacional destacou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), além de “romper com um sistema de honra” ao discursar na 76ª Assembleia Geral da ONU sem estar vacinado, mostrou-se uma “figura controversa” e adotou tom “provocador” em sua fala nesta terça-feira.

Primeiro chefe de Estado a discursar no evento em Nova York, Bolsonaro defendeu tratamento precoce contra a Covid-19 — contrariando as orientações científicas —, criticou o passaporte sanitário e disse que o Brasil estava à beira do socialismo.

O jornal americano New York Times escreveu que “não vacinado e provocador, Bolsonaro tentou evitar críticas em discurso da ONU”. A publicação ressaltou que o presidente brasileiro defendeu o uso de drogas ineficazes contra o coronavírus e resistiu aos ataques ao desempenho ambiental de seu governo.

O Washington Post destacou que o “não vacinado Bolsonaro, do Brasil, parece quebrar o ‘sistema de honra’ da vacina das Nações Unidas durante o discurso“. O periódico classificou sua abertura como “desafiadoramente estranha para um evento que deve focar principalmente na resposta global à pandemia”.

A rede americana CNN, por sua vez, afirmou que Bolsonaro, a quem chamou de “líder populista conservador“, defendeu o tratamento precoce contra a Covid-19 e tentou apresentar “um novo Brasil cuja credibilidade foi recuperada no mundo — muito diferente do país devastado pelo coronavírus e pelos incêndios na Amazônia“.

Já o britânico The Guardian salientou que Bolsonaro promoveu o tratamento precoce em seu discurso. Segundo o jornal, o mandatário brasileiro provou ser uma “figura controversa durante a pandemia” ao minimizar os impactos da Covid-19 e ao se recusar a receber o imunizante.

A rede de TV Al-Jazeera, a maior com sede no Oriente Médio, ressaltou que o “líder de extrema direita” condenou as restrições impostas pelo coronavírus que, segundo ele, “prejudicaram as economias”. Também destacou a defesa feita por Bolsonaro das leis ambientais brasileiras, lembrando que seu governo foi criticado por aumentar o desmatamento.

O argentino Clarín escreveu que Bolsonaro se dirigiu ao ex-presidente Lula, que lidera as intenções de voto para o pleito de 2022 em pesquisas prévias, ao dizer que o Brasil estava à beira do socialismo. A publicação também mencionou que o presidente disse não haver corrupção em seu governo, “investigado por um escândalo na tentativa de compra fraudulenta de vacinas“.

O Globo

Política

Leia íntegra de discurso de Bolsonaro na Assembleia da ONU:

O presidente Jair Bolsonaro participou da sessão de abertura da 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na manhã desta terça-feira (21), em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Leia o discurso:
Senhoras e senhores,
É uma honra abrir novamente a Assembleia-Geral das Nações Unidas.
 
Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões.
 
O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o governo em janeiro de 2019.
 
Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção.
 
O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo.
Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo.
 
Nossas estatais davam prejuízos de bilhões de dólares, hoje são lucrativas.
Nosso Banco de Desenvolvimento era usado para financiar obras em países comunistas, sem garantias. Quem honra esses compromissos é o próprio povo brasileiro.
 
Tudo isso mudou. Apresento agora um novo Brasil com sua credibilidade já recuperada.
 
O Brasil possui o maior programa de parceria de investimentos com a iniciativa privada de sua história. Programa que já é uma realidade e está em franca execução.
 
Até aqui, foram contratados US$ 100 bilhões de novos investimentos e arrecadados US$ 23 bilhões em outorgas.
Na área de infraestrutura, leiloamos, para a iniciativa privada, 34 aeroportos e 29 terminais portuários.
 
Já são mais de US$ 6 bilhões em contratos privados para novas ferrovias. Introduzimos o sistema de autorizações ferroviárias, o que aproxima nosso modelo ao americano. Em poucos dias, recebemos 14 requerimentos de autorizações para novas ferrovias com quase US$ 15 bilhões de investimentos privados.
 
EM NOSSO GOVERNO PROMOVEMOS O RESSURGIMENTO DO MODAL FERROVIÁRIO.
 
Como reflexo, menor consumo de combustíveis fósseis e redução do custo Brasil, em especial no barateamento da produção de alimentos.
 
Grande avanço vem acontecendo na área do saneamento básico. O maior leilão da história no setor foi realizado em abril, com concessão ao setor privado dos serviços de distribuição de água e esgoto no Rio de Janeiro.
 
Temos tudo o que investidor procura: um grande mercado consumidor, excelentes ativos, tradição de respeito a contratos e confiança no nosso governo.
 
Também anuncio que nos próximos dias, realizaremos o leilão para implementação da tecnologia 5G no Brasil.
 
Nossa moderna e sustentável agricultura de baixo carbono alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo e utiliza apenas 8% do território nacional.
Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa.
 
Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países.
 
O Brasil é um país com dimensões continentais, com grandes desafios ambientais.
 
São 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 66% são vegetação nativa, a mesma desde o seu descobrimento, em 1500.
 
Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta. Lembro que a região amazônica equivale à área de toda a Europa Ocidental.
 
Antecipamos, de 2060 para 2050, o objetivo de alcançar a neutralidade climática. Os recursos humanos e financeiros, destinados ao fortalecimento dos órgãos ambientais, foram dobrados, com vistas a zerar o desmatamento ilegal.
 
E os resultados desta importante ação já começaram a aparecer!
 
Na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior.
 
QUAL PAÍS DO MUNDO TEM UMA POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL COMO A NOSSA?
Os senhores estão convidados a visitar a nossa Amazônia!
 
O Brasil já é um exemplo na geração de energia com 83% advinda de fontes renováveis.
 
Por ocasião da COP-26, buscaremos consenso sobre as regras do mercado de crédito de carbono global. Esperamos que os países industrializados cumpram efetivamente seus compromissos com o financiamento de clima em volumes relevantes.
 
O futuro do emprego verde está no Brasil: energia renovável, agricultura sustentável, indústria de baixa emissão, saneamento básico, tratamento de resíduos e turismo.
 
Ratificamos a Convenção Interamericana contra o Racismo e Formas Correlatas de Intolerância.
 
Temos a família tradicional como fundamento da civilização. E a liberdade do ser humano só se completa com a liberdade de culto e expressão.
 
14% do território nacional, ou seja, mais de 110 milhões de hectares, uma área equivalente a Alemanha e França juntas, é destinada às reservas indígenas. Nessas regiões, 600.000 índios vivem em liberdade e cada vez mais desejam utilizar suas terras para a agricultura e outras atividades.
 
O Brasil sempre participou em Missões de Paz da ONU. De Suez até o Congo, passando pelo Haiti e Líbano.
Nosso país sempre acolheu refugiados. Em nossa fronteira com a vizinha Venezuela, a Operação Acolhida, do Governo Federal, já recebeu 400 mil venezuelanos deslocados devido à grave crise político-econômica gerada pela ditadura bolivariana.
 
O futuro do Afeganistão também nos causa profunda apreensão. Concederemos visto humanitário para cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos.
 
Nesses 20 anos dos atentados contra os Estados Unidos da América, em 11 de setembro de 2001, reitero nosso repúdio ao terrorismo em todas suas formas.
 
Em 2022, voltaremos a ocupar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Agradeço aos 181 países, em um universo de 190, que confiaram no Brasil. Reflexo de uma política externa séria e responsável promovida pelo nosso Ministério de Relações Exteriores.
 
Apoiamos uma Reforma do Conselho de Segurança ONU, onde buscamos um assento permanente.
 
A pandemia pegou a todos de surpresa em 2020. Lamentamos todas as mortes ocorridas no Brasil e no mundo.
 
Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial, nos gêneros alimentícios no mundo todo.
 
No Brasil, para atender aqueles mais humildes, obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e prefeitos e que perderam sua renda, concedemos um auxílio emergencial de US$ 800 para 68 milhões de pessoas em 2020.
 
Lembro que terminamos 2020, ano da pandemia, com mais empregos formais do que em dezembro de 2019, graças às ações do nosso governo com programas de manutenção de emprego e renda que nos custaram cerca de US$ 40 bilhões.
 
Somente nos primeiros 7 meses desse ano, criamos aproximadamente 1 milhão e 800 mil novos empregos. Lembro ainda que o nosso crescimento para 2021 está estimado em 5%.
 
Até o momento, o Governo Federal distribuiu mais de 260 milhões de doses de vacinas e mais de 140 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, o que representa quase 90% da população adulta. 80% da população indígena também já foi totalmente vacinada. Até novembro, todos que escolheram ser vacinados no Brasil, serão atendidos.
 
Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina.
 
Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina.
 
Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label.
 
Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial.
 
A história e a ciência saberão responsabilizar a todos.
 
No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo.
 
Como demonstrado, o Brasil vive novos tempos. Na economia, temos um dos melhores desempenhos entre os emergentes.
 
Meu governo recuperou a credibilidade externa e, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos.
 
É aqui, nesta Assembleia Geral, que, vislumbramos um mundo de mais liberdade, democracia, prosperidade e paz.
 
Deus abençoe a todos.
Política

Primeiro Ministro Boris Johnson disse estar “Encantado”, após encontro com Bolsonaro

Foto: Divulgação

A imprensa britânica noticiou nesta segunda-feira (20) que o primeiro-ministro do Reino Unido,Boris Johnson, disse que ficou encantado ao conhecer o presidente Jair Bolsonaro. Eles se encontraram durante a manhã em Nova York, onde participarão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Eles conversaram sobre a Covid-19, e Bolsonaro disse ter desenvolvido uma imunidade “excelente” à doença. Johnson, por sua vez, disse que já teve Covid-19duas vezes, ao que Bolsonaro apontou para si próprio e fez um sinal de negativo, afirmando, por meio de um intérprete, que ainda não contraiu o vírus, pouco antes de rir. Boris também comentou sobre as vacinas e elogiou um imunizante em particular.

“AstraZeneca é uma ótima vacina. Eu tomei a AstraZeneca”, disse o primeiro-ministro britânico. Continua depois da publicidade

Johnson reforçou o apoio ao imunizante quando a imprensa foi conduzida para fora da sala. Na ocasião, Johnson recomendou: “Tomem as vacinas AstraZeneca”.

Outra pauta da conversa dos chefes de Estado foram as mudanças climáticas. O presidente brasileiro foi elogiado pelo compromisso que o país assumiu de acabar com o desmatamento ilegal até o ano de 2030.

Política

Henrique Alves divide palanque com Fátima e fala mal de Eduardo Bolsonaro: Veja o Vídeo

O ex-ministro e ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (MDB) discursou na noite deste domingo (19) ao lado da governadora Fátima Bezerra (PT) em Angicos, na região Central do Rio Grande do Norte. No momento em que MDB e PT se reaproximam de olho na eleição de 2022, o ex-ministro subiu no mesmo palanque da governadora e fez críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro.

Henrique Alves e Fátima Bezerra dividiram o mesmo palanque em um ato para celebrar o centenário de Paulo Freire, considerado o patrono da educação brasileira. No evento, o Governo do Estado inaugurou um monumento para homenagear o projeto “40 horas de Angicos”. Com a proposta, Paulo Freire alfabetizou no local 300 adultos, entre homens e mulheres do campo, há 58 anos.

“Fiz de tudo para vir aqui hoje. Eu tinha que estar aqui hoje e quis estar mais ainda depois que eu tive a tristeza de ver nas redes sociais um deputado federal, filho do presidente da República, tentar de maneira tão sórdida, tão absurda, tão desrespeitosa (Paulo Freire). Ele que não conhece o Nordeste, não conhece o Rio Grande do Norte, não conhece a região Central, não conhece Angicos… Tratar assim um homem do bem, que só fez o bem, plantou o bem, uma semente mortal pela educação”, enfatizou Henrique Alves.

Deu na 98 FM

 

Política

Terceira via vê barreira para surfar na rejeição ao PT e a Bolsonaro; Ciro Gomes aparece novamente como uma das possibilidades

Manifestação na Av. Paulista contra o presidente da República Jair Bolsonaro. Discurso de Ciro Gomes ( PDT ) Foto: Edilson Dantas / Agencia O Globo

A pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, embora tenha apontado resiliência do antipetismo e do antibolsonarismo no cenário eleitoral pré-2022, também registrou barreiras para que postulantes à chamada terceira via surfem nas rejeições elevadas do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o Datafolha, 59% dos eleitores dizem não votar de jeito nenhum em Bolsonaro, enquanto 38% rechaçam Lula. Mesmo assim, Lula é líder isolado em intenções de voto, variando entre 42% e 44%, a depender do cenário testado. Bolsonaro varia entre 24% e 26%. Ciro Gomes (PDT), o pré-candidato que mais se aproxima do atual presidente em números absolutos, chega até 12%. A margem de erro é de dois pontos.

Ciro, que não passava de 9% na pesquisa de julho, retomou agora o mesmo patamar de votos que obteve na eleição de 2018. Na ocasião, ele ficou de fora do segundo turno disputado entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT), que também concentravam as maiores rejeições à época, ambos acima de 40%, segundo o Datafolha.

Em setembro, a rejeição a Bolsonaro entre aqueles com renda superior a dez salários mínimos caiu 13 pontos e chegou a 45%, abaixo do índice geral, enquanto o número de avaliações positivas (ótimo ou bom) subiu de 32% para 36%. Tanto nesta faixa quanto entre os que ganham acima de cinco salários mínimos, Bolsonaro tem 42% das intenções de voto, quase o dobro de Lula.

O apoio ao presidente entre eleitores de maior remuneração também é um obstáculo a nomes da terceira via, que tentam cativar esta parcela para elevar seus tetos de crescimento e se contrapor a Lula, forte entre os mais pobres.

No caso do Ciro, o potencial de crescimento é travado também pela força de Lula em segmentos em que o pedetista se destaca. Entre os mais jovens, por exemplo, Ciro chega a 17% em um dos cenários, mas Lula impõe uma de suas maiores vantagens para Bolsonaro, aparecendo quase 30 pontos à frente do atual presidente (49% a 20%) e do pedetista.

Com esse panorama, acenos mútuos entre Ciro e outros nomes da terceira via em busca de alianças para 2022 se intensificaram na semana passada. Além de ter ouvido de Luiz Henrique Mandetta (DEM), durante live, que “muita gente torce” por uma aliança entre eles, Ciro articulou reuniões recentes com o apresentador José Luiz Datena, presidenciável do PSL, e também com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que deve se filiar ao PSD.

O tucano João Doria — com o mesmo patamar de rejeição de Lula (37%) nacionalmente, chegando a 44% em São Paulo — tem combinado apostas em pacotes de obras do governo do estado com propostas liberais, como a privatização da Petrobras, além de percorrer diferentes estados e buscar interlocução até com lideranças de redutos petistas, como Pernambuco.

Também do PSDB, Eduardo Leite, que busca nacionalizar sua imagem já para a disputa das prévias do partido, acenou com uma aliança com o senador Tasso Jereissati (CE), aliado local de Ciro. O objetivo dos governadores paulista e gaúcho é ultrapassar Bolsonaro com votos do centro e da direita e ganhar espaço entre eleitores mais pobres e no Nordeste, região onde ambos patinam entre 1% e 2%.

O Globo

Política

Zé Agripino coloca na mesa dois nomes de “centro” para vencer Fátima

Foto: Divulgação

O ex-senador José Agripino Maia está participando ativamente das conversas em prol da fusão entre os partidos DEM e PSL. Segundo ele, a executiva do DEM vai se reunir amanhã (21) em Brasília para discutir melhor a ideia. Caso dê certo, o partido será liderado por Agripino no Rio Grande do Norte e pretende colocar no taboleiro político um candidato de centro para disputar contra a governadora Fátima Bezerra no RN.

Nesta segunda-feira (20), em entrevista ao Hora Extra da Notícia (91.9 FM), Agripino citou dois nomes que podem ser os representantes desse “centro” no Estado: O prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB) e o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT).

Questionado em relação ao nome de Álvaro para ser esse candidato centrista, Agripino destacou as qualidades do prefeito da capital: “Por que não? Eu acho que sim. Álvaro Dias seria um candidato forte, porque ele está bem na capital, ele transita bem com os partidos, de A a Z, é uma pessoa que esteve próxima do centro o tempo todo, é um político hábil e que se for candidato com uma plataforma voltada para aquilo que nós precisamos para o planeamento do futuro do Estado, acho que ele daria conta do recado”.

Agripino ainda classificou como “muito bom” o desempenho do prefeito Álvaro na pandemia e afirmou que ele precisa de um “suporte de pessoal organizacional” para planejar melhor suas ações na capital.

“No campo político ele é muito hábil, ele é agregador, ele é simpático, ele tem condições, ele é afável no trato com o cidadão comum, o que é fundamental para o político. O político tem que ser igual ao cidadão comum, tem que ser”, declarou o ex-senador.

CARLOS EDUARDO

Agripino citou ainda o nome de Carlos Eduardo Alves, a quem classificou como “um homem sério”. “É outro nome que eu colocaria no naipe ou no hall daqueles que teriam condições de, com um amplo apoio partidário, disputar a eleição para ganhar”, finalizou.

Fonte: Portal Grande Ponto

 

Política

Ministro ironiza vacinas do Consórcio Nordeste que nunca chegaram

O ministro-chefe da Casa Civil, senador licenciado Ciro Nogueira (PP-PI), ironizou neste domingo (19) o governador do Piauí, Wellinton Dias (PT), que durante meses concedeu sucessivas entrevistas prometendo vacinas contra covid-19 adquiridas por um “Consórcio Nordeste”.

Coordenador do Forum de Governadores durante alguns meses, o petista Dias dava como certa a compra de imunizantes com recursos dos governo estaduais, mas tudo não passava de discurso político contra o governo federal, acusado de não haver comprado vacinas, apesar das mais de 600 milhões de doses contratadas. As informações são do Diário do Poder.

A ironia foi gravada em vídeos dentro de um carro onde ele aparece no banco da frente criticando as péssimas condições das estradas do Piauí. No banco de trás há duas deputadas. Ciro Nogueira é apontado como virtual candidato ao governo do Estado.

No vídeo, o ministro da Casa Civil conta estar saindo de Miguel Leão e constatando uma rodovia estadual PI “totalmente esburacada, (parecendo) tábua de pirulito”, iguaria muito popular no Nordeste. “Uma PI daquelas de Wellinton Dias”, diz ele, referindo-se à má qualidade das obras viárias do Estado.

A partir de determinado momento ele mostra as “duas competentes deputadas” que viajavam no banco de trás. Ele se referia à deputada estadual Lucy Soares (PP) e à deputada federal Iracema Portela (PP-PI), e pergunta se elas sabem como o povo faz para tomar a vacina do “Consórcio Nordeste”.

“Você está de brincadeira, não é Ciro?, porque nunca chegou vacina desse consórcio no Piauí” “, responde Iracema, enquanto a outra parlamentar, Lucy, lembra sorridente que “ninguém nem sabe se existe essa vacina”.

Bem humorado, o ministro resolve dar dicas de como conseguir a vacina prometida pelo governador do PT:

– Você faz o seguinte: pega uma dessas estradas que Wellinton Dias não construiu ou não recuperou, passa por uma obra do ‘Pró-Piauí’ do Rafinha ‘Pé de Chumbo’, que ele não fez, chega em hospital ou posto de saúde que ele também não construiu e aí você toma a vacina que ele não comprou”.

“Rafinha Pé de Chumbo” é como o ministro se refere ao secretário estadual da Fazenda, Rafael Fonteles, criticado pela lentidão nas decisões e nas ações.

 Portal Grande Ponto

Política

Vice-presidente Mourão defende MP de Bolsonaro que limita remoção de conteúdos na rede

Foto: Divulgação
Enquanto O presidente Bolsonaro discursa na assembleia da ONU, o presidente em exercício, general Hamilton Mourão, defende a medida provisória editada há duas semanas por Jair Bolsonaro que limita a remoção de conteúdos publicados nas redes sociais.
A proposta alterava o Marco Civil da Internet, dificultando a remoção de conteúdos de ordem política, ideológica, científica, artística ou religiosa, ao alegar que a moderação ou limitação de alcance da divulgação dessas publicações configuraria censura.
“Na nossa visão, na visão do governo, essa questão das plataformas de internet regularem o que pode ou não pode ser publicado está um tanto desorganizada”, afirmou Mourão nesta segunda-feira, 20, ao chegar ao Palácio do Planalto. “Quem é que decide o que eu vou suprimir ou não? Tem que ter algo que balize isso efetivamente. Vejo dessa forma” Completou o vice-presidente .
Política

Em carta, Fátima e mais 19 governadores afirmam que aumento na gasolina é problema nacional

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Em carta, vinte governadores respondem às acusações do presidente da República, Jair Bolsonaro, com relação ao aumento do ICMS no combustível. De acordo com carta, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, “embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis”. Para os signatários, o problema envolvendo o tema é nacional, “e, não somente, de uma unidade federativa”. E mandaram um claro recado ao mandatário, ao dizerem que “falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”.
Ao longo dos últimos meses, com o aumento do preço do combustível e com a pressão de setores como o dos caminhoneiros, Bolsonaro tem colocado a responsabilidade do aumento do combustível nos governadores.
Segundo o presidente, o aumento se deve em grande parte ao ICMS estadual. Bolsonaro tem incentivado seus eleitores a pressionar dirigentes para solucionar a questão.
Por isso, os gestores incluíram no manifesto, a fim de deixar claro que o presidente falta com a verdade, mas sem citá-lo nominalmente que “falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”.
No início deste mês, o governo entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar os Estados a adotarem alíquota única de ICMS sobre os combustíveis.
O documento é assinado pelo próprio presidente e pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, e pede que o Supremo fixe prazo de 120 dias para que o Congresso aprove uma nova lei sobre o tema.
A petição encaminhada ao Supremo é uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO). O presidente alega que o Congresso foi omisso ao não editar lei complementar para regular a cobrança de ICMS no País.
São signatários da carta publicada nesta segunda-feira os governadores Rui Costa (PT-BA), Claudio Castro (PL-RJ), Flávio Dino (PSB-MA), Helder Barbalho (MDB-PA), Paulo Câmara (PSB-PE), João Doria (PSDB-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Mauro Mendes (DEM-MT), Eduardo Leite (PSDB-RS), Camilo Santana (PT-CE), João Azevedo (Cidadania-PB), Renato Casagrande (PSB-ES), Wellington Dias (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Renan Filho (MDB-AL), Belivaldo Chagas (PSD-SE), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Waldez Goés (PDT-AP).
Estadão conteúdo
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Ex-presidente Lula volta a pressionar o PT a debater regulação da mídia

Foto: Divulgação

Depois de afirmar que “vai regular os meios de comunicação” se eleito for, o político do PT volta a criticar a mídia. A imprensa era o alvo principal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele se levantou para discursar no palco do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC no último dia 31, num evento organizado pelo PT para marcar os cinco anos do impeachment de sua sucessora, Dilma Rousseff.

O líder petista começou reclamando da ausência de emissoras de televisão no local, mencionou as críticas que lhe fazem quando fala em regulamentar os meios de comunicação e por fim queixou-se do tratamento recebido de jornais, revistas e TVs quando a Operação Lava Jato estava no seu encalço.

Citando um novo livro lançado pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, Lula mostrou contrariedade. “Aqui não tem um capítulo do papel da imprensa no golpe”, observou, referindo-se ao impeachment de Dilma. “A gente está coagido a não mexer com a imprensa. É melhor apanhar e ficar quieto.”

Deu no Folha Press