Economia

Comitê aprova Caio Paes de Andrade para presidir a Petrobras

 

O Comitê de Elegibilidade da Petrobras recomendou, nesta sexta-feira, 24, o nome de Caio Paes de Andrade para presidir a estatal. O colegiado tem contribuição consultiva. Por isso, a palavra final será dada pelo Conselho de Administração, que deve se reunir de forma extraordinária na segunda-feira, 27.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que a decisão foi por maioria, mas não informa como os membros do colegiado votaram.

“A Petrobras, em continuidade ao comunicado divulgado em 21/06/2022, informa que o Comitê de Elegibilidade (CELEG) se reuniu nesta data para analisar a indicação do Sr. Caio Mário Paes de Andrade para os cargos de Conselheiro de Administração e Presidente da Petrobras com base nas regras de governança da companhia e legislação aplicável. Foi reconhecido pelo Comitê, funcionando como o Comitê de Elegibilidade (CELEG) previsto no artigo 21 do Decreto nº 8.945/16, por maioria, o preenchimento dos requisitos previstos na Lei nº 13.303/16, no Decreto nº 8.945/16 e na Política de Indicação de Membros da Alta Administração da Petrobras, bem como a não existência de vedações, para que a indicação do Sr. Caio Mário Paes de Andrade aos cargos de Conselheiro de Administração e Presidente da companhia seja deliberada pelo Conselho de Administração”, diz a íntegra do comunicado.

A mais recente troca no comando da Petrobras ocorreu na esteira das pressões contra o reajuste nos preços dos combustíveis.

Andrade substitui José Mauro Ferreira Coelho, que não agradou ao presidente Jair Bolsonaro nem a cúpula do Congresso Nacional, em especial ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), após o último aumento das tarifas da gasolina e do diesel.

Coelho ficou pouco mais de um mês no cargo. Antes dele, estiveram à frente da estatal Roberto Castello Branco e o general Joaquim Silva e Luna.

A nomeação de Caio Paes de Andrade foi questionada pelo fato de o seu currículo não preencher os requisitos exigidos pela Lei das Estatais, como formação acadêmica compatível e experiência mínima de dez anos no setor de energia ou em empresa do porte da Petrobras.

Andrade é formado em comunicação, tem pós-graduação em administração e, antes de assumir um cargo no Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, fez carreira em uma empresa de investimentos em startups de tecnologia.

Informações da Jovem Pan

Economia

Bolsonaro confirma Auxílio Brasil de R$ 600

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta sexta-feira (24) que o governo decidiu aumentar o valor da parcela do Auxílio Brasil para R$ 600 mensais até o fim deste ano. Hoje, o valor é de R$ 400.

Fez o anúncio em evento que entregou casas populares em João Pessoa (PB). “Vivemos momentos difíceis no Brasil e no mundo. Inflação atinge todo o globo, o mundo todo. Mas isso a gente supera. Como a imprensa está anunciando que o Auxílio Brasil vai passar de R$ 400 para R$ 600, é o governo entendendo o sofrimento dos mais humildes e, dessa forma, buscando atender a todos”, disse.

O governo desistiu de compensar Estados que zerarem alíquota do ICMS sobre o diesel e o gás. Na avaliação da cúpula do governo, a medida de ampliar o auxílio em R$ 200 chegará aos eleitores mais rapidamente.

A compensação do ICMS dependeria dos governadores e poderia ser abafada por possíveis reajustes da Petrobras. A ideia neste momento é esta: R$ 400 de renda básica familiar + R$ 200 de ajuda por causa da guerra na Ucrânia (para compensar pela alta de preços de comida e energia).

Na prática, para as 18,1 milhões de famílias, o que conta é o pagamento mensal de R$ 600. O argumento a ser usado pelo governo é que a guerra na Ucrânia impôs a necessidade de oferecer um alívio para os mais pobres, que sofrem com a inflação no preço dos alimentos e de energia.

Informações do Poder360

Notícias

Ana Campagnolo reúne assinaturas necessárias para instalar “CPI do Aborto” em SC

 

A deputada estadual Ana Campagnolo, do PL-SC, usou as redes sociais para informar que conseguiu coletar o mínimo de assinaturas necessárias para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Estado e, por consequência, apurar as circunstâncias de um aborto realizado em uma menina de 11 anos.

Na ocasião, eram necessárias 14 assinaturas. Até às 16h00 desta sexta-feira (24), a iniciativa já contava com a disposição de 15 parlamentares.

Uma investigação da polícia aponta que o ato sexual teria envolvido duas crianças. A conclusão foi encaminhada ao Ministério Público que, por ora, ainda não se posicionou sobre o desfecho da inquirição policial.

Inicialmente, o caso foi apresentado como eventual estupro. Agora, novas informações apontam que o envolvido seria menor de idade e possui convívio social com a vítima.

O caso dessa gravidez ganhou repercussão nacional após o Hospital Universitário de Florianópolis negar a realização do aborto. No entanto, noite da última quarta-feira (22), o hospital atendeu a uma recomendação do MP e realizou a interrupção da gestação.

Os episódios recentes chocaram o país e alcançaram os assuntos mais comentados e debatidos nos últimos dias. O procedimento abortivo foi realizado em uma gravidez que já estava na 29ª semana.

Notícias

No RN, criminosos explodem e roubam cofre de posto de gasolina nas margens da BR-226

 

Na madrugada desta sexta-feira (24), por volta de 1h, um cofre de um posto de gasolina nas margens da BR-226, próximo ao município de Tangará, no interior do Rio Grande do Norte, foi explodido e roubado por cinco homens não identificados.

De acordo com a Polícia Militar (PM), acionada para atender o caso, os criminosos chegaram em um carro da cor prata, mas o modelo não foi confirmado. Ninguém foi preso.

Segundo a PM, ao chegar no posto de gasolina, os assaltantes renderam os dois funcionários e alguns caminhoneiros que estavam de passagem pelo estabelecimento.

Para abrir o cofre, foram utilizados materiais explosivos. Na sequência, os criminosos  roubaram o dinheiro e fugiram do local com o mesmo veículo de chegada.

Informações sobre a quantidade levada pelos bandidos não foram confirmadas pela Polícia Militar. Ainda não há suspeitas sobre os possíveis responsáveis pela explosão do cofre, mas o patrulhamento para alcançar os suspeitos continua sendo realizado pela equipe.

Judiciário

MPF pede que caso de Milton Ribeiro seja encaminhado ao STF por suposta interferência de Bolsonaro

 

O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça para que o inquérito que apura denúncias de corrupção no Ministério da Educação sob o comando de Milton Ribeiro seja enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF).

A medida seria necessária devido a uma possível interferência política na investigação. De acordo com o órgão, em conversas telefônicas de Ribeiro, há indícios de que houve vazamento de informações sobre a operação e possível interferência ilícita do presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido foi aceito pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara de Justiça Federal de Brasília, e a relatora do caso no STF será a ministra Cármen Lúcia.

“Outrossim, nesta oportunidade, o MPF vem requerer que o auto circunstanciado nº 2/2022, bem como o arquivo de áudio do investigado Milton Ribeiro, que aponta indício de vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do residente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações, sejam desentranhados dos autos e remetidos, de maneira apartada e sigilosa, ao Supremo Tribunal Federal”, escreveu o Ministério Público na solicitação.

Ribeiro foi alvo da operação ‘Acesso Pago’ da Polícia Federal e foi detpreso na quarta, 22, embora tenha obtido um habeas corpus na quinta, 23. A operação foi parte de investigação de supostas irregularidades na liberação de recursos do Ministério da Educação, no período entre julho de 2020 e março de 2022, quando Ribeiro comandou a pasta. Ele é investigado pela PF desde março por suposto esquema de favorecimento a pastores.

Os religiosos Gilmar dos Santos e Arilton Moura são apontados como membros de um gabinete paralelo do MEC, sendo responsáveis por intermediar reuniões entre os prefeitos e o ministro Milton Ribeiro e facilitar os pedidos de mandatários de municípios em troca de propinas, que iam de ouro à compra de Bíblias. Os pastores também são alvo de investigação da Polícia Federal e estão entre os que foram presos preventivamente, mas liberados.

Mundo

Em decisão histórica, Suprema Corte anula legalização do aborto nos EUA

 

Em uma decisão histórica e em verdadeira guinada ao conservadorismo, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta sexta-feira (24) que a decisão conhecida como “Roe vs. Wade”, de 1973, não será mais obedecida no país.

Isso significa que, na prática, o aborto deixa de ser considerado um direito constitucional garantido às mulheres norte-americanas. Trata-se da maior mudança na lei sobre o assunto em mais de 40 anos.

A partir de agora, ao menos que o Congresso aja, as regras sobre interrupção da gravidez deverão ser definidas individualmente pelos estados, sendo que pelo menos metade deles já aprovaram ou devem aprovar normas rígidas que proíbem o aborto.

“Roe estava flagrantemente errada desde o início. A lógica foi excepcionalmente fraca, e a decisão teve consequências danosas. E longe de trazer uma solução nacional para a questão do aborto, Roe e Casey inflamaram o debate e aprofundaram a divisão”, diz trecho da decisão.

Ainda segundo o despacho, embora a Cláusula do Devido Processo da 14ª Emenda possa garantir direitos que não são mencionados explicitamente na Constituição, eles devem estar “profundamente enraizados na história e tradição da nação”, e “o direito ao aborto não se enquadra nesta categoria”.

Além do juiz conservador Samuel Alito, indicado por George W. Bush em 2005, os três magistrados encaminhados à Corte pelo ex-presidente Donald Trump – Neil Gorsuch, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett – ajudaram a compor a maioria vencedora pró-vida.

Concursos

IFPI lança concurso com 98 vagas para professores do Ensino Básico

 

O Instituto Federal do Piauí (IFPI) publicou nesta sexta-feira (24) dois editais de concurso público com vagas para os cargos de professor do Ensino Básico e técnico-administrativo em educação. Os documentos estão disponíveis no Diário Oficial da União.

Para o cargo de professor do ensino básico, técnico e tecnológico estão sendo ofertadas 98 vagas em diversas áreas, com salários que podem chegar a até R$ 9.616,18.

As oportunidades são para os campi Cocal, Corrente, Floriano, Oeiras, Parnaíba, Paulistana, Pedro II, Picos, Pio IX, Piripiri, São João, São Raimundo Nonato, Uruçuí e Valença. A carga-horária para as oportunidades são de 40 horas semanais e as inscrições custam entre R$ 100,00 e R$ 170,00, a depender do cargo escolhido.

No edital para técnicos-administrativos em educação são oferecidas 31 vagas, com salários de até R$ 4.180,66. Elas estão distribuídas entre os campi Angical, Campo Maior, Cocal, Corrente, Parnaíba, Paulistana, São João, São Raimundo Nonato, Teresina Central e Uruçuí.

As inscrições nos concursos deverão ser feitas no Sistema de Concursos do IFPI, no período de 9 a 25 de julho. As provas para o cargo de professor serão aplicadas no dia 18 de setembro e para a carreira de técnico-administrativo no dia 25 do mesmo mês.

O concurso para técnico-administrativo em educação terá etapa única que consiste em prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, para todos os cargos. Já para o concurso de professor serão três etapas: prova objetiva de conhecimentos específicos/legislação; prova de desempenho didático-pedagógico e prova de títulos.

Os certames contam com a organização da Comissão de Seleção de Pessoal (CSEP) do IFPI. Para mais informações, consulte o edital.

Economia

Governo Federal quer elevar valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600

 

O governo Jair Bolsonaro acertou com o Congresso Nacional incluir um aumento do Auxílio Brasil, de R$ 400 para R$ 600, até o fim do ano na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos combustíveis.

A 100 dias da eleição, em que Bolsonaro pretende se reeleger, o pacote ainda deve incluir uma bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil mensais e aumento no vale-gás a famílias de baixa renda (hoje, de R$ 53 a cada dois meses). Os agrados só valeriam até o fim deste ano.

Para turbinar os benefícios sociais, a ideia é, segundo o líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), retirar da PEC a compensação a Estados que reduzissem o ICMS sobre diesel e gás de cozinha e, assim, usar os recursos, em torno de R$ 30 bilhões, para bancar o pacote.

“A gente quer que chegue na ponta o benefício. Não adianta dar R$ 30 bilhões e os Estados, insensíveis à população, não zerarem [o ICMS]. Se a gente tivesse o compromisso dos Estados em zerar, talvez esses auxílios emergenciais fossem desnecessários”, afirmou Portinho.

Pela proposta, anunciada no início do mês, em cerimônia no Palácio do Planalto, os Estados não são obrigados a zerar o tributo e a compensação, restrita a R$ 29,6 bilhões, seria feita aos Estados que zerassem a alíquota do ICMS sobre o óleo diesel, o gás de cozinha e o gás natural e estabelecessem alíquota de 12% sobre o etanol até o fim deste ano.

O líder do governo descartou a necessidade de um decreto de calamidade, mas falou em “excepcionalizar” o teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à inflação, num momento “emergencial”.

“Os recursos são os mesmos que o governo já havia disponibilizado, com uma segurança jurídica da possibilidade de excepcionalizar o teto por um momento emergencial, que é de emergência internacional”, declarou Portinho.

Notícias

Em acordo com o governo Fátima Bezerra, Casa da Ribeira captou R$ 3,4 milhões em contrato investigado pelo MP

 

O Espaço Cultural Casa da Ribeira captou R$ 3,47 milhões a partir de contrato firmado com o Governo da gestora Fátima Bezerra (PT) para a implementação do Museu da Rampa, que está sob investigação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). Do montante, R$ 2,23 milhões (64,3%) já foram executados na elaboração do projeto “Complexo Cultural Rampa: Arte. Museu. Paisagem”. Os valores foram confirmados pela Controladoria-geral do Estado (Control/RN) e constam em ofício enviado pelo Governo ao MP.

O contrato foi suspenso em 10 de junho pelo Executivo estadual, que atendeu recomendação do MP. O Governo trabalha em uma auditoria interna e deve apresentar relatório ao MP até 9 de julho. As investigações no âmbito da Promotoria de Patrimônio Público seguem abertas.

O controlador-geral do Estado, Carlos Cerveira, diz que a averiguação do Governo se concentra na tentativa de apresentar a integridade do contrato. “Queremos saber primeiro: as contratações estão adequadas? Foram corretas? O que era para ter sido feito de diferente? Esse é o diagnóstico que precisamos traçar. Em relação à prestação de contas, isso é um procedimento, que, inclusive, toma um pouco mais de tempo. No prazo solicitado não é viável, então esse procedimento vai ser dado continuidade e vamos sim nos debruçar sobre a prestação de contas”, comenta.

O Ministério Público aguarda o resultado da auditoria do Estado para dar prosseguimento às investigações. Em relação ao que será feito com os valores, a promotora Keiviany Silva de Sena disse que “não há que se falar, no momento, em eventual devolução de recursos e nem a sua destinação”. Mesmo assim, ela adiantou que “qualquer que seja o destino do acordo de cooperação (conclusão, denúncia, rescisão ou extinção), os eventuais recursos remanescentes são sempre destinados ao Poder Público”. Sena está substituindo Afonso de Ligório, titular da 60ª Promotoria de Justiça de Natal, que está de férias.

O relatório da Control pretende ainda destacar aspectos de regularidade e legalidade do Termo de Cooperação, o qual credenciou a Casa da Ribeira para captar recursos de empresas via renúncia fiscal para implementação do Complexo da Rampa. “Ele [o contrato] passa pelo crivo de aprovação da integridade, não apenas pelo Estado, mas os entes financiadores, que são os parceiros privados, têm suas unidades de compliance. Então, digamos, hipoteticamente, que o Estado errou, todo mundo que financiou também errou porque as equipes de integridade não detectaram erros. Não foi apenas uma equipe que olhou e disse: ‘tá ok’”, explica Cerveira.

O projeto inteiro prevê a captação de R$ 7,47 milhões para execução das duas fases do processo. Portanto, R$ 4 milhões ainda precisariam ser captados. Dos valores já arrecadados (R$ 3,47 milhões), R$ 1,23 milhão ainda não foi executado. Todos os recursos são oriundos de renúncia fiscal, por meio do Programa Câmara Cascudo, onde o Governo do Rio Grande do Norte deixa de arrecadar parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de empresas parceiras, que investem o valor correspondente em projetos culturais.

As primeiras conversas entre a Casa da Ribeira e o Governo estadual aconteceram ainda em 2019, mas os contratos só foram firmados entre 2020 e a metade de 2021. A primeira etapa consistiu na contratação em si do Espaço Cultural Casa da Ribeira para elaboração da proposta museográfica por R$ 126,9 mil, pagos com recursos dos cofres estaduais, via emenda parlamentar. A partir disso, a Casa da Ribeira foi credenciada no programa de incentivo à cultura para buscar recursos e desenvolver o plano museológico na segunda etapa.

A segunda etapa foi dividida em duas fases. Na primeira foram captados R$ 999 mil e executados 76% desse valor para desenvolvimento do Núcleo Museológico. Já para a segunda fase foram captados R$ 2,47 milhões e executados metade desta quantia, na realização dos trabalhos projetados pelo Núcleo. “É o Núcleo Museológico que dá subsídios para poder fazer as exposições, por exemplo”, explica Gustavo Wanderley, que dirigia a Casa da Ribeira no momento da assinatura do primeiro contrato, de R$ 126 mil.

“Como que a Casa da Ribeira estruturou o pensamento? Vamos fazer o Núcleo Museológico e depois as exposições, que é o que a gente está fazendo na Fase II”, comenta Gustavo Wanderley, que deixou o comando da Casa da Ribeira em 2020, mas foi contratado pela própria Casa da Ribeira como curador para atuar na estruturação das exposições do Museu da Rampa, na figura da empresa House Cultura, que atua no Rio Grande do Norte, Ceará e São Paulo.

Os detalhes da destinação dos recursos já executados serão conhecidos com a apresentação da prestação de contas, ao fim da auditoria da Controladoria-geral do Estado. “A gente teve acesso recentemente à documentação, então tudo isso está sendo catalogado, feito uma matriz de planejamento para que a gente possa fazer aplicação das técnicas de auditoria. Os levantamentos já realizados são do âmbito de catalogação de documentação e identificação porque nem todo documento é relevante para a tomada de decisão”, detalha Carlos Cerveira.

Investigação

Um dos pontos cruciais da investigação do Ministério Público – que aponta suposto direcionamento na contratação da Casa da Ribeira para implantação do Museu da Rampa – recai sobre o ato que inaugurou todo o processo. O órgão fiscalizador afirma que há indícios de falsificação de uma assinatura digital da coordenadora de Articulação e Ordenamento da Secretaria de Turismo (Setur). “O documento foi formalmente assinado por uma servidora da Setur, mas ela declarou em depoimento que não assinou o documento (memorando). Esse fato será apurado em procedimento investigatório próprio”, disse a promotora Keiviany Silva de Sena.

O controlador-geral Carlos Cerveira diz que precisa apurar a situação. “Esse documento não foi assinado por papel e caneta, ele foi [assinado] com senha pessoal e intransferível. No Sistema SEI do Estado, para acessar e assinar qualquer documento, precisa de uma senha. A gente precisa identificar o que foi que houve. Ademais, esse documento por si só tornaria toda a instrução processual nula? Ela tornaria irregular tudo aquilo que foi feito pela gestão? São perguntas que não se misturam. Quantos documentos um servidor não assina por dia, principalmente quando se está atuando numa área técnica. Eventualmente, é possível você não lembrar fidedignamente de um documento? É”, complementa Cerveira.

O MP evitou comentar aspectos financeiros do inquérito para “não realizar qualquer juízo de valor” sobre os recursos captados e executados porque “aguarda a posição final do Estado após finda auditoria”. O controlador-geral do Estado diz que em caso de arquivamento do inquérito, o contrato seguirá ativo com a adoção de adequações que venham a ser recomendadas. No entanto, caso sejam identificadas e confirmadas irregularidades, o contrato deverá ser encerrado.

“Se o Governo identificar que houve um problema, ele não vai se omitir e dizer que vai seguir o contrato não. Se for identificado algum vício que venha gerar dano ao erário, que afronte os princípios legais, o Governo tem a predisposição de encerrar. A consequência de encerrar um contrato sem saber se ele está certo ou não é que depois de encerrar não tem retorno. Então, por que suspender? Porque eu não sei. Se eu encerro, eu já estou decretando que está tudo errado e que a gente pisou na bola”, pontua.

Com a suspensão do contrato, a gestão do Complexo da Rampa passou para a Fundação José Augusto, que já administra teatros, bibliotecas, museus, escolas de arte, corais e outros equipamentos pelo Estado. “O governo achou por bem passar a gestão do espaço da Rampa para a Fundação José Augusto enquanto se faz uma auditoria, dependendo do resultado e até da disponibilidade da Secretaria de Turismo em voltar a administrar, voltará ao controle dela, se acharem por bem que pode ficar mesmo com a Fundação, que tem também esse know-how, porque é natural a gente administrar museus”, declara Crispiniano Neto, presidente da FJA.

Informações da Tribuna do Norte

Concursos

UFRN abre inscrições para concurso com 27 vagas para professores

 

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) abriu nesta quinta-feira (23) inscrições para concurso público com 27 vagas imediatas para os cargos de professor adjunto e auxiliar.

As inscrições são feitas exclusivamente pelo SIGRH, pelo menu Concursos, e estão abertas até o dia 12 de julho. O edital já está disponível.

Inscrições

A taxa de inscrição é diferente para cada vaga.

Para professor adjunto A com dedicação exclusiva, a taxa é de R$ 220; custa R$ 150 para professor adjunto A, com carga horária de 40h semanais; R$ 80 para professor adjunto A, com carga horária de 20h semanais; R$ 50 para professor auxiliar, com regime de trabalho de 20h semanais.

É necessário efetuar o pagamento até o dia 15 de julho, no local indicado na Guia de Recolhimento da União (GRU).

Provas

A prova escrita de todas as áreas de conhecimento será aplicada no dia 9 de outubro, às 8h, no município de Natal, com exceção do Departamento de Computação e Tecnologia e do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, ambos do Ceres, e das áreas de Administração e Gestão de Tecnologia da Informação e Hematologia Clínica, que será aplicada às 14h.

As demais etapas do processo têm previsão de ocorrer entre os dias 10 de outubro a 28 de outubro.