Até quando vai durar a trégua do grupo paramilitar Wagner, que desafiou o poder de Putin?

Membros do grupo Wagner se preparam para retornar à sua base, em Rostov-on-Don

 

As tropas paramilitares do grupo Wagner, que tentavam uma rebelião contra o governo de Vladimir Putin, e marchavam rumo a Moscou, recuaram e começaram a retornar à sua base, em Rostov-on-Don, neste sábado (24), após ordem do líder do grupo, Yevgeny Prigozhin. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que houve uma negociação, seguida de um acordo entre as duas partes, intermediado pelo governo de Belarus.

O processo legal contra ele será retirado. Ele irá para Belarus“, afirmou Peskov, referindo-se ao chefe do grupo Wagner. “Ninguém vai julgar [os combatentes], tendo em conta seus méritos na frente” do conflito com a Ucrânia.

Após a tentativa fracassada de rebelião, que teve início na noite desta sexta-feira (23), o grupo Wagner não deve ser derrubado, mas também não deve tentar um novo motim contra a Rússia — pelo menos, não por enquanto. É o que afirma o professor de relações internacionais James Onnig, da Facamp (Faculdades de Campinas). Para ele, o que deve acontecer agora é uma desmobilização momentânea e um grande aumento da vigilância sobre as tropas paramilitares.

“O grupo Wagner não trabalha única e exclusivamente para o governo Putin, mas sim para vários outros países que estão em guerra. A tentativa de rebelião contra a Rússia pode, sim, implicar no enfraquecimento do grupo, mas não no fim dele”, afirma Onnig.

Deu no R7

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