Em dois dias, manifestações no Peru deixam ao menos sete mortos

Protesto realizado segunda-feira 12 | Foto: Reprodução/YouTube

 

Desde domingo 11, quando os protestos contra a situação política no Peru se intensificaram, pelo menos sete pessoas morreram. Duas mortes, de dois adolescentes, foram registradas no domingo, em uma manifestação em Andahuaylas, na Província de Apurimac.

Na segunda-feira 12, mais cinco pessoas morreram, incluindo três adolescentes de 15 e 16 anos, de acordo com o gabinete do Ministério da Justiça do Peru. “Registámos sete mortes desde domingo”, informou o órgão, acrescentando que as vítimas foram mortas a tiro.

A instabilidade cresceu no país depois de quarta-feira 7, quando o ex-presidente Pedro Castillo tentou dar um golpe, mas teve o mandato cassado pelo Congresso e acabou preso. Agora, os manifestantes querem a renúncia imediata da nova presidente, Dina Boluarte, que assumiu na quarta-feira. Ainda na manhã de segunda 12, ela declarou que anteciparia as eleições de 2026 para abril de 2024, o que não foi suficiente para acalmar os ânimos.

Na segunda, manifestantes invadiram diversos locais, incluindo o aeroporto de Arequipa, a segunda maior cidade do Peru, onde uma pessoa morreu. A pista foi bloqueada, a iluminação foi cortada e o aeroporto parou de funcionar. Policiais retiraram os manifestantes usando gás lacrimogêneo.

As outras quatro pessoas foram mortas durante uma marcha reprimida pela polícia antimotim na cidade de Chincheros, na região de Apurimac, local de nascimento de Dina Boluarte, no sudeste do país.

Deu na Oeste

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