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Anvisa publica resolução que proíbe cigarro eletrônico no Brasil

Foto: Agência Brasil

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quarta-feira (24) resolução que proíbe a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como cigarro eletrônico.

O texto define os dispositivos eletrônicos para fumar como “produto fumígeno cuja geração de emissões é feita com auxílio de um sistema alimentado por eletricidade, bateria ou outra fonte não combustível, que mimetiza o ato de fumar”. Estão incluídos na categoria e, portanto, proibidos:

– produtos descartáveis ou reutilizáveis;

– produtos que utilizem matriz sólida, líquida ou outras, dependendo de sua construção e design;

– produtos compostos por unidade que aquece uma ou mais matrizes: líquida (com ou sem nicotina); sólida (usualmente composta por extrato ou folhas de tabaco – trituradas, migadas, moídas, cortadas ou inteiras, ou outras plantas); composta por substâncias sintéticas que reproduzam componentes do tabaco, de extratos de outras plantas; por óleos essenciais; por complexos vitamínicos, ou outras substâncias;

– produtos conhecidos como e-cigs, electronic nicotine delivery systems (ENDS), electronic non-nicotine delivery systems (ENNDS), e-pod, pen-drive, pod, vapes, produto de tabaco aquecido, heated tobacco product (HTP), heat not burn e vaporizadores, entre outros.

A publicação proíbe ainda o ingresso no país de produto trazido por viajantes por qualquer forma de importação, incluindo a modalidade de bagagem acompanhada ou bagagem de mão. “O não cumprimento desta resolução constitui infração sanitária”, destacou a Anvisa no texto.

Entenda

Na última sexta-feira (19), a diretoria colegiada da Anvisa decidiu por manter a proibição de cigarros eletrônicos no Brasil. Os cinco diretores da agência votaram para que a vedação, em vigor desde 2009, continue no país. Com a decisão, qualquer modalidade de importação desses produtos fica proibida, inclusive para uso próprio.

Em seu voto, o diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, além de posicionamentos dos ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda. Ele citou ainda consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano sobre o tema.

Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia e em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele lembrou que, esta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos, comprarem cigarros.

A representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, apontou que o país é reconhecido internacionalmente por sua política interna de controle do tabaco desde o século passado. “Essa medida protege, salva vidas, promove efetivamente a saúde pública e é um passo crucial para um ambiente mais saudável e seguro para todas as pessoas”.

Também foram apresentados argumentos pedindo a regulamentação do consumo e da venda dos produtos pela Anvisa, apontando a redução de danos aos fumantes de cigarro comum e o combate à venda ilegal de produtos irregulares, sem controle toxicológico e de origem desconhecida.

O diretor da British American Tobacco no Brasil, Lauro Anhezini Júnior, afirmou que consumidores estão sendo tratados como cidadãos de segunda classe. O representante da indústria de cigarros pediu que as decisões sejam tomadas com base na ciência. “Não é a ciência apenas da indústria, é a ciência independente desse país que também comprova que se tratam de produtos de redução de riscos. Cigarros eletrônicos são menos arriscados à saúde do que continuar fumando cigarro comum”.

O diretor de Comunicação da multinacional Philip Morris Brasil, Fabio Sabba, defendeu que a atual proibição tem se mostrado ineficaz frente ao crescente mercado ilícito e de contrabando no país. “Ao decidir pela manutenção da simples proibição no momento que o mercado está crescendo descontroladamente, a Anvisa deixa de cumprir o seu papel de assegurar que esses 4 milhões de brasileiros ou mais consumam um produto enquadrado em critérios regulatórios definidos. É ignorar que o próprio mercado está pedindo regras de qualidade de consumo”.

Fonte: Agência Brasil

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PROIBIÇÃO DO VAPE: 5 motivos pelos quais o cigarro eletrônico faz mal à saúde

Foto: Eva Hambach/AFP

 

A Diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa aprovou, na última sexta-feira (19), a manutenção da proibição dos cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vape”, no Brasil. O tabaco aquecido, assim como acessórios e refis destinados ao uso em quaisquer destes produtos também continuam proibidos no país.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) são uma polêmica no mundo inteiro. Desde seu surgimento e em muitos países, os cigarros eletrônicos e outros DEFs são considerados uma alternativa menos nociva ao cigarro tradicional. No entanto, estudos recentes mostram que esses dispositivos são nocivos à saúde, geram dependência e não trazem benefícios comprovados para a saúde pública. Além disso, eles têm um apelo muito grande entre jovens, incluindo crianças e adolescentes.

Confira cinco motivos, baseados em evidências científicas, pelos quais o cigarro eletrônico faz mal à saúde.

Dependência

O vape tem níveis de nicotina semelhantes ou superiores aos do cigarro tradicional. Além disso, devido à forma que entrega a nicotina, que “facilita sua inalação por períodos maiores, sem ocasionar desconforto ao usuário”, esses dispositivos teriam uma facilidade maior do que o cigarro convencional de tornar o usuário dependente. Um estudo do Hospital das Clínicas da USP mostrou que o cigarro tradicional tem um limite de 1 mg da substância no Brasil, enquanto os eletrônicos chegam a 57 mg por ml. Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), um único vape equivale a um maço com 20 cigarros.

Substâncias químicas

Tais dispositivos podem conter quase 2 mil substâncias, a maioria não revelada. Um trabalho da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, encontrou outras milhares de químicos desconhecidos nos aparelhos, que não eram listados pelas fabricantes. Além disso, sabe-se que a inalação de substâncias conhecidas presentes nestes dispositivos, como propilenoglicol e metais, são tóxicas e cancerígenas.

Alteração no DNA

Trabalho publicado na revista científica Cancer Research no mês passado revelou que usuários de cigarros eletrônicos apresentam alterações de DNA em células específicas da bochecha semelhantes às dos fumantes convencionais.

Jovens

Os vapes, em especial os descartáveis de sabor açucarado ou frutado e embalagens de cores vivas que lembram doces são especialmente atraentes para os adolescentes. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2019 pelo IBGE, 16,8% dos adolescentes de 13 a 17 anos já experimentaram o cigarro eletrônico.

Danos ao organismo

Segundo um estudo feito pelo Center for Tobacco Research do The Ohio State University Comprehensive Cancer Center e da Southern California Keck School of Medicine, ambos dos Estados Unidos, apenas 30 dias de consumo dos chamados vapes podem gerar problemas respiratórios severos, mesmo em pessoas com boas condições de saúde e pouca idade, público que mais consome esse tipo de produto.

Usuários de cigarros eletrônicos há 30 dias tiveram um risco 81% maior de apresentar um sintoma chamado chiado. Para esse grupo, também foi demostrado um risco 78% maior de sentir falta de ar e um risco 50% maior de apresentar sintomas de bronquite.

Outro estudo, feito pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, descobriu que a inalação do vapor de um cigarro eletrônico, mesmo a exposição moderada, pode impedir o funcionamento normal das células imunológicas capazes de enfrentar doenças. Já um trabalho da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) afirma que os cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes, aumentam em 1,79 vez a probabilidade de infarto. Ainda de acordo com estudos analisados pela SBC, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) também impactam na incidência de aterosclerose em seus usuários.

“O uso de cigarro eletrônico foi associado como fator independente para asma, aumenta a rigidez arterial em voluntários saudáveis, sendo um risco para infarto agudo do miocárdio da mesma forma que o uso de cigarros tradicionais diários. Em estudos de laboratório, com camundongos, o cigarro eletrônico se mostrou carcinógeno para pulmão e bexiga”, disse a AMB.

A Associação também alerta para a ocorrência da EVALI, sigla para lesão pulmonar induzida pelo cigarro eletrônico. Trata-se de uma doença no pulmão associada aos dispositivos que foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos – onde já foram registrados 2.807 casos e 68 mortes associadas.

Outro estudo, publicado no periódico Inhalation Toxicology, observou que há vazamento de metais pesados das serpentinas (coils) para os e-líquidos (juices) dos dispositivos eletrônicos para fumar. Nas amostras, foram encontrados alumínio, ferro, cromo, cobre, níquel, zinco e chumbo, o que eleva o risco de câncer entre os consumidores, além de outras doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas.

Deu no O Globo

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Anvisa mantém a venda de cigarro eletrônico proibida no Brasil

Foto: Agência Brasil

 

Os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiram por unanimidade, em reunião nesta sexta-feira (19), manter proibida a comercialização no Brasil dos cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes.

Desde 2009, esses dispositivos não podem ser vendidos no país. Apesar disso, são facilmente encontrados no comércio ou online.

Para embasar a discussão, a agência elaborou um relatório que avaliou o impacto no país da proibição nos últimos anos, além da situação em outros países em que a comercialização foi liberada. O documento faz as seguintes considerações:

  • Aumento do fumo entre os jovens: nos países em que foram liberados, como Estados Unidos e Reino Unido, houve um aumento do fumo entre adolescentes e crianças, o que tem gerado uma crise de saúde e um movimento a favor da revisão da liberação.
  • Potencial de dependência: um dos argumentos da indústria é o de que o cigarro eletrônico seria menos viciante e, por isso, uma alternativa ao tabagismo. No entanto, as pesquisas recentes apontam que não é fato. Os vapes podem entregar até 20 vezes mais nicotina que o cigarro comum.
  • Ausência de estudos no longo prazo: Não há estudos que mostrem os riscos e efeitos no longo prazo. Um dos pontos de preocupação é a evali, lesão pulmonar que pode levar à morte em um curto espaço de tempo e é causada pelas substâncias presentes nos cigarros eletrônicos. Nos EUA, foram ao menos 70 casos de morte pela doença.
  • Impactos na política de controle do tabaco: o Brasil é referência no combate ao tabagismo, doença descrita para quem tem a dependência de cigarro. Um dos riscos analisados pela agência foi o aumento do consumo de tabaco no país com os cigarros eletrônicos.

Fonte: g1

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Cigarro eletrônico: Após 5 anos de vape, jovem de 20 anos ouve de médicos que não deve passar dos 40 anos

 

Karlee Ozkurt, moradora de Wisconsin, nos Estados Unidos, foi informada pelos médicos que não viveria após os 40 anos de idade pois seus pulmões foram prejudicados pelo uso constante de vape. A jovem começou a utilizar o cigarro eletrônico em 2018, aos 15 anos. Ela conta que era comum dar cerca de 600 tragadas por dia, pois aquilo a fazia parecer “descolada”.

Um dos pulmões falhou e entrou em colapso

Em 2021, Karlee já havia sido alertada a parar de fumar quando um de seus pulmões falhou pela primeira vez, entrando em colapso. Processo que ocorre quando se forma uma cavidade no pulmão, permitindo, assim, que o ar entre no espaço vazio entre o órgão respiratório e a caixa torácica. No entanto, a condição é tratável e raramente fatal.

Após tentativas de abandonar o hábito, no ano seguinte, ela sofreu um segundo colapso. O seu quadro foi grave e foi necessário “fundir” o pulmão direito à sua caixa torácica. Atualmente, Karlee ainda está em processo de se desprender do vício.

‘Poderia morrer aos 40 ou 50 anos’

“Você nunca pensa que esse tipo de coisa vai acontecer com você, mas aconteceu comigo. Parecia que meu pulmão estava pegando fogo. Caí na armadilha de pensar que vaporizar era legal – mas é estúpido. Eu não percebi até que fosse tarde demais. Eu poderia morrer aos 40 ou 50 anos e tudo por que fui pressionada pelos meus colegas”, afirmou.

De acordo com um estudo feito pelo Center for Tobacco Research do The Ohio State University Comprehensive Cancer Center e pela Southern California Keck School of Medicine, ambos nos Estados Unidos, apenas 30 dias de consumo dos chamados vapes podem gerar problemas respiratórios severos, mesmo em pessoas com boas condições de saúde e pouca idade, público que mais consome esse tipo de produto.

Cigarros eletrônicos aumentam a probabilidade de infarto

Além disso, uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) afirma que os cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes, aumentam em 1,79 vez a probabilidade de infarto. Ainda, foi mostrado pelos pesquisadores que os vários componentes químicos, como nicotina, propilenoglicol, partículas, metais pesados e aromatizantes que estão presentes nos cigarros eletrônicos induzem aterosclerose, doença inflamatória crônica de origem multifatorial.

No Brasil, a venda, a importação e a publicidade dos cigarros eletrônicos é proibida. Em 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revisou a questão e decidiu pela manutenção dessa proibição destes dispositivos. Os argumentos científicos que balizaram a decisão incluíram o fato de estudos mostrarem que o uso de cigarros eletrônicos não é útil para tratar o tabagismo ou parar de fumar, além de causar dependência e riscos à saúde, devido à presença da nicotina, uma substância psicoativa.

Deu no O Globo

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Solange Almeida tem lesão no pulmão e cordas vocais após uso de cigarro eletrônico

 

A cantora Solange Almeida está passando por tratamento de fonoterapia devido ao vicío em cigarros eletrônicos. Ela falou sobre o assunto em entrevista no programa “Domingo Espetacular”, exibido no último domingo (15/10).

A artista contou que começou a usar os cigarros eletrônicos por influência de amigos próximos. “Fui usuária durante oito, nove meses. Aquela coisa de ver amigos usando, eu nunca tinha usado”, relatou.

No entanto, Solange revelou que o vício em vape trouxe sequelas na voz, além de resultar na dificuldade para respirar. “Depois de um exame aprofundado, eu descobri que estava com uma lesão nas cordas vocais e no pulmão”, contou a cantora.

Fonoterapia

Ainda na entrevista, Solange Almeida apareceu acompanhada de um profissional e com um aparelho na garganta para cuidar das cordas vocais. A cantora também revelou que o tratamento de fonoterapia é realizado antes das apresentações artísticas.

Essa não foi a primeira vez que ela entrou no assunto. A cantora falou contou, em junho deste ano, que foi apresentada ao cigarro eletrônico durante a pandemia de coronavírus. “e disseram que não fazia mal, que não tinha nicotina”, afirmou à Veja.

“Comecei a comprar de vários sabores. Cheguei a ter um em cada uma das cinco bolsas que mais uso, dentro do carro, na gaveta da cozinha… E foi me dando dificuldade de respirar, problema nas cordas vocais. […] Minha filha me mostrou uma matéria sobre uma menina internada por uso do cigarro. Naquele dia decidi que não usaria”, acrescentou ela, que teve crises de ansiedade, pânico e depressão devido ao vício.

Fonte: Terra/VEJA

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Lutador de 20 anos posta foto de pulmão destruído pelo vape; veja

 

Por consequência do uso excessivo do cigarro eletrônico, o pulmão do lutador amador Sean Tobin, de 20 anos, entrou em colapso, e ele teve de realizar uma cirurgia para retirar parte do órgão.

O jovem britânico começou a fumar em 2018, quando tinha 15 anos. Ele passou a usar o vape diariamente e disse que só não fumava quando estava dormindo.

Em 20 de julho, porém, o atleta sentiu uma intensa dor nas costas e teve de ir ao pronto-socorro. O que ele pensava ser um músculo distendido era um colapso no pulmão direito.

Ele passou por uma cirurgia de emergência e teve parte de seu pulmão retirado. Com o uso de microcâmeras, os médicos mostraram como estava o estado do pulmão do jovem. Veja:

Foto: reprodução

Sean começou campanha contra o vape
“O vape me levou à experiência mais dolorosa da minha vida. Passei dois anos precisando de ajuda para conseguir respirar e tenho, até hoje, um tubo no meu peito para impedir que meu pulmão volte a colapsar”, conta ele, no Facebook.

Sean afirma que treinava de quatro a sete dias por semana e se sentia plenamente saudável quando passou pelo colapso pulmonar. “Pensava que nunca algo assim aconteceria comigo, pois sempre fui saudável. Podia ser com qualquer um, a única forma de evitar é deixar o vape”, afirma.

Fonte: Metrópoles

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Número de adolescentes hospitalizados por cigarro eletrônico quadriplica em 1 ano no Reino Unido e acende alerta para o Brasil

Número de adolescentes hospitalizados por cigarro eletrônico quadriplica em 1 ano no Reino Unido e acende alerta para o Brasil 

 

O número menores de 18 anos hospitalizados no Reino Unido por causa de cigarro eletrônico quadruplicou em apenas um ano. Em 2022, foram registradas 32 internações enquanto que no ano anterior foram oito. Os dados são do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS UK).

Os especialistas pedem uma maior repressão ao uso dos cigarros eletrônicos, alertando que o número de internações só aumentará. A prevalência do uso desses dispositivos — que podem conter tanta nicotina quanto 50 cigarros — dobrou entre os menores de idade em uma década, no Reino Unido.

Apesar de a venda a menores de 18 anos ser ilegal no Reino Unido, dados apontam que um em cada 10 alunos do ensino médio é usuário regular de cigarros eletrônicos. Quase todas as ruas principais agora têm uma loja de vape, com cigarros eletrônicos vendidos por apenas 5 libras.

Cerca de 20% dos jovens brasileiros fazem uso do cigarro eletrônico, aponta o relatório Covitel divulgado no ano passado. O levantamento foi feito com mais de 9 mil pessoas em todo o país. No Brasil, a venda destes tipos de dispositivos é ilegal.

Os números sobre internações hospitalares entre crianças e adolescentes foram obtidas pela rádio britânica LBC, via Freedom of Information (FOI), mecanismo semelhante à Lei de Acesso a Informação no Brasil.

Os dados mostram que 15 das internações ocorreram com crianças menores de 10 anos. E, entre todas as faixas etárias, as hospitalizações relacionadas ao cigarro quase dobraram, chegando a 344.

O NHS, que forneceu os dados, não informou se todas as 32 hospitalizações entre menores de 18 anos eram de crianças diferentes. Isso significa que alguns dos casos podem ter sido a mesma criança que precisou de mais de uma sessão de tratamento.

Os dados fornecidos não detalharam com quais problemas de saúde as crianças e adolescentes chegaram aos hospitais para necessitarem de internação. Mas o cigarro eletrônico pode causar problemas respiratórios, como falta de ar, dor no peito, inflamação pulmonar e, em casos graves, insuficiência respiratória.

Os cigarros eletrônicos permitem que as pessoas inalem a nicotina em um vapor — produzido pelo aquecimento de um líquido, que normalmente contém propilenoglicol, glicerina, aromatizantes e outros produtos químicos.

Ao contrário dos cigarros tradicionais, eles não contêm tabaco, nem produzem alcatrão ou carbono — dois dos elementos mais perigosos. Mas eles podem incluir centenas de produtos químicos não regulamentados, alguns dos quais são “cancerígenos conhecidos”, de acordo com um estudo publicado na Frontiers in Pediatrics em outubro passado.

Deu no O Globo

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Solange Almeida revela crises de pânico por uso de cigarro eletrônico

A cantora Solange Almeida revelou, em entrevista ao podcast EmPODeradas, que tinha um vício em cigarro eletrônico. Ela contou que o uso contínuo do produto lhe causou uma série de problemas de saúde, inclusive traumas psicológicos.

“Eu não tinha falado disso até hoje e queria que servisse de alerta para as pessoas. No final de 2020, fui apresentada ao cigarro eletrônico, estava com uma turma e tal… Aí comecei a usar aquilo e virou aquela coisa de: ‘é bacana isso aqui!, eu vou usar!’”, lembrou Solange.

“Quando eu fui ver, quando eu fui dar conta de como eu estava, eu já estava, digamos que, realmente viciada naquilo, sabe? De acordar com ele do meu lado, na cabeceira da minha cama. Começou em uma festa particular e vi aquilo. ‘Que interessante! Não tem nicotina! Me dê aqui! É um vaporzinho e não sei o quê’. Rapaz, meu amor, vaporzinho que eu quase perdi tudo! Do meu pulmão ficar lascado, entendeu?”, acrescentou a artista, que deixou de fumar o cigarro comum há 15 anos.

Ela ainda contou que teve crises de ansiedade e crises de pânico por conta do cigarro eletrônico.

“Aquilo começou a me trazer um estado de ansiedade que vocês não têm ideia. Eu ouvia vozes! Com o cigarro eletrônico, comecei a sentir coisas que eu não sentia. Era uma ansiedade, crise de pânico, uma série de coisas que depois fui ver de pessoas que deixaram de usar que sentiram a mesma coisa”, relatou.

Metrópoles