Educação

UFRN dobra a quantidade de programas de pós-graduação com nota máxima

Justiça obriga UFRN a matricular em Medicina estudante que questionou  classificação no Sisu | Rio Grande do Norte | G1

 

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) dobrou a quantidade de programas de pós-graduação com notas consideradas de excelência, conforme a última avaliação quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), referente ao período de 2017 a 2020. Para o pró-reitor de Pós-Graduação (PPG), Rubens Maribondo, todos os centros acadêmicos da UFRN tiveram melhoria de nota, o que reforça a consolidação da excelência acadêmica da Instituição nos diversos campos do conhecimento.

No comparativo de 2017 para 2021, a UFRN avançou de três cursos para seis programas de pós-graduação de excelência (notas 6 e 7); e com nota 5, a evolução foi de 16 para 23 programas. Como o resultado da avaliação progrediu, a instituição reduziu a quantidade de pós com nota 4, de 41 para 34 programas; e com nota 3, de 36 para 22 pós-graduações.

Para o reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, o resultado da avaliação dos programas de pós-graduação é um marco histórico para a Universidade, que é consequência do trabalho desenvolvido na Instituição ao longo dos anos, como a Política de Melhoria de Qualidade dos Cursos. “Mesmo diante de um contexto de tantas adversidades, a UFRN avançou, significativamente, na excelência acadêmica da pós-graduação, o que reforça ainda mais a qualidade das nossas pesquisas”.

Sobre os avanços, Rubens Maribondo falou sobre as iniciativas como fusão de alguns programas, citando como exemplo as pós em Ciências Odontológicas e em Saúde Coletiva, que são os primeiros cursos da UFRN e também do Rio Grande do Norte. O gestor reforçou ainda a importância do acompanhamento permanente dos programas para o avanço da qualidade acadêmica.

A PPG destacou ainda a superação das metas planejadas, visto que o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2020-2029) previa o aumento da nota de 28 dos 95 programas de pós stricto sensu e, nesta avaliação, 32 programas já conseguiram elevar a nota. Da mesma forma, o Plano de Gestão de 2019-2023 projetava 20% de melhoria e 33% dos programas já conseguiram elevar a nota.

 

Pós na UFRN

O sistema de pós-graduação da UFRN tem 45 anos. Atualmente, são 92 programas, sendo 62 mestrados acadêmicos, 26 mestrados profissionais, 42 doutorados e um doutorado profissional, que correspondem a um total de 131 cursos. Em 2020, a instituição formou 1.004 mestres e 354 doutores. Em 2021, formaram-se 1.013 mestres e 412 doutores. Os programas considerados de excelência, com notas 6 e 7, são Ciência e Engenharia de Materiais; Ecologia; Biotecnologia; Ciências da Saúde; Psicobiologia; e Química.

Informações da Ascom-UFRN

Notícias

Idosa de 76 anos se forma em Pedagogia e ainda pensa em pós-graduação

Dona Maria se formou em pedagogia e realizou o sonho de ser professora - Foto: arquivo pessoal
Dona Maria Clara Santana com a Beca do curso Foto : Arquivo Pessoal

Essa vai para quem está se achando velho(a) para começar a fazer alguma coisa.

Aos 76 anos, mãe de 11, avó de 19 e bisavó de dois, uma idosa realizou um sonho antigo: se formar em pedagogia. Ela enfrentou o preconceito e se tornou professora em agosto deste ano em Cipó, na Bahia.

A mais nova professora deixou os estudos, ainda muito jovem, para se casar. Para driblar a resistência do marido, o agricultor Antônio Xandu, que não concordava em ver a esposa na universidade, a dona Maria Clara Santana contou que deixava tudo pronto, café, casa arrumada, para não ter problemas.

Ela inclusive lutou pelos estudos das filhas, já que o marido também era contra. “É que na minha época era diferente. Entrei na escola com uns 8 anos e era roça. Não tinha carro, não tinha professora direito, então nem sempre tinha aula. Com o tempo ele foi se acostumando. Mas foi um sofrimento para mim”, relembra.

 

Jornada nada fácil até a formatura

Dona Maria se afastou da sala de aula, mas o sonho de concluir os estudos nunca se afastou dela.

Aos 40 anos conseguiu voltar às salas de aulas por meio do EJA, programa municipal Educação de Jovens e Adultos e concluiu o primário.

Persistente, ela foi matricular o filho e aproveitou o momento para fazer a própria matrícula. Apesar do filho ter abandonado a caminhada, dona Maria não desistiu. Aos 50 anos ela concluía o “ginásio”!

Logo em seguida foi cursar o magistério, que é o curso de nível médio para formar professores de educação infantil. Logo depois, ela começou a trabalhar.

“Era só para dar banho em criança, trocar fralda, pentear cabelo. E eu bati o pé que queria uma sala de aula e consegui. Me deram 30 alunos”, diz.

 

A faculdade

Após sete anos como professora de educação infantil, dona Maria se afastou com uma mudança na administração da escola. Mas ao saber que chegaria uma universidade na cidade, ela não pensou duas vezes e contou com ajuda de uma colega e da filha para se matricular.

Por quatro anos, Dona Maria ficou numa rotina puxada: de dia cuidava da casa e do marido, que passou a contar com a ajuda de uma cadeira de rodas, e de noite, ia à faculdade.

Infelizmente, seu marido acabou falecendo, mas com apoio e persistência, ela enfrentou a dor e foi até o fim para realizar seu sonho.

“Quero trabalhar no ano que vem, mas só com ensino presencial. E se tiver pós-graduação, eu ainda vou lá!”, avisou!

O fato é que o ser humano sempre está procurando desculpa, quando não tem coragem de fazer. O belo exemplo da Dona Maria Clara nos leva a crer que nada é impossível quando se quer realmente.

 

Informações do Jornal O Povo