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Apesar da trégua na chuva, nível do Rio Guaíba segue quase 2,30 m acima da cota de inundação

 

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15 desta segunda-feira (6), o patamar estava em 5,26 m. O limite para inundação é de 3 metros. A elevação é consequência dos temporais que atingem o RS desde 29 de abril.

Segundo levantamento divulgado pela Defesa Civil, foram confirmadas as mortes de 78 pessoas e outras quatro ainda estão em investigação. São 105 pessoas desaparecidas e 175 feridas.

A Defesa Civil registra ainda 134,3 mil pessoas fora de casa, sendo 18,4 mil em abrigos e 115,8 mil desalojadas, que recebem abrigo nas casas de familiares ou amigos. Ao todo, 341 dos 496 municípios do RS tiveram algum tipo de problema, afetando 844 mil pessoas.

De acordo especialistas, o nível do Guaíba deve se manter acima do limite para inundação (3 metros) e permanecer em cerca de 4 metros pelos próximos dez dias. A projeção do professor da UFRGS Fernando Mainardi Fan, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), é que as águas se mantenham acima dos 5 metros durante pelo menos quatro dias.

Após bater recorde histórico na sexta-feira à noite (3), o nível do Guaíba continuou subindo na madrugada de domingo (5), de acordo com a medição da Prefeitura de Porto Alegre. Às 7h, registrava 5,30 metros.

A rodoviária da capital ficou inundada e todas as viagens de chegada e saída da cidade foram canceladas. Já o Aeroporto Salgado Filho foi fechado “devido ao elevado volume de chuvas”.

 

Fonte: g1

Cidade, Economia

Empresa estatal fundada por D. Pedro II será finalmente privatizada

 

A Prefeitura de Porto Alegre publicou, nesta terça-feira (25), o edital para desestatizar a empresa de ônibus Carris. Em atividade desde sua fundação pelo Imperador Dom Pedro II, em 1872, a Companhia Carris Porto-Alegrense é uma das empresas de transporte coletivo mais antigas do país ainda em funcionamento.

Apesar da idade, a Carris só rende prejuízos ao município: entre 2020 e 2022, o governo do prefeito Sebastião Melo (MDB) teve que injetar R$200 milhões nos cofres da empresa. Custos operacionais da Carris são 20% maiores que a concorrência e a companhia ainda requer investimentos para equiparar a qualidade do serviço oferecido, segundo a própria Prefeitura.

A empresa surgiu como operadora de bondes puxados por mulas e, 150 anos mais tarde, ainda é responsável por 22% do sistema de transporte público da 11ª maior capital brasileira.

“A desestatização da Carris é um compromisso assumido desde a eleição e que faz parte desse esforço maior de entregar uma mobilidade mais eficiente”, explicou o prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo. O anúncio da privatização foi feito no ano passado, sob protestos da oposição ao prefeito, que derrotou a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) na eleição de 2020.

“A qualificação do transporte coletivo é um desafio que enfrentamos desde o início da gestão. Melhorar o sistema, manter a passagem sem aumento e ampliar a cobertura do serviço são prioridades”, disse Melo. O prefeito garantiu ainda que a venda da empresa à iniciativa privada não vai afetar o preço da passagem, que continuará no valor estabelecido em 2021, de R$4,80.

A concorrência pública terá proposta comercial mínima de R$ 109 milhões e incluirá a venda de ações, bens, como ônibus e terrenos, assim como a concessão, por 20 anos, de 20 linhas operadas pela companhia.

Deu no Diário do Poder