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Congresso analisa 148 projetos para criar pisos salariais

 

O Congresso tem hoje 148 propostas para criação de piso nacional de salários para pelo menos 59 categorias profissionais de trabalhadores. Essas propostas ganharão tração caso seja implantado o piso nacional da enfermagem –cuja lei já foi aprovada e está pendente por causa de uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal).

O levantamento foi realizado na semana passada e inclui projetos contabilizados até a última 3ª feira (30.mai.2023). Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

Desses processos, 133 correm na Câmara e 15 no Senado.

Na Câmara, foram apresentados 74 textos sobre o tema só nos últimos 5 anos. No Senado, a maior parte dessas (4) foram apresentadas em 2022 ou ainda neste ano. As duas mais antigas datam de 2016.

Em geral, a maior parte (23) dos textos que estão no Congresso Nacional foi apresentada no último ano, período em que se pautou a discussão do piso salarial da enfermagem. Só em 2023, já foram 13.

Fonte: Poder 360

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Abre o olho, Fátima: Projeto quer tornar improbidade descumprimento de piso salarial

Projeto quer tornar improbidade descumprimento de piso salarial - Blog do  Itamar

 

O Projeto de Lei 961/23, da deputada Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP), caracteriza como improbidade administrativa o descumprimento de normas que regulamentam o piso salarial profissional, especialmente das áreas de educação e saúde. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.

A pena ao agente público responsável, conforme a Lei da Improbidade Administrativa, é o pagamento de multa e a proibição de contratar com o poder público, ou de receber benefícios, ou incentivos por 4 anos.

O projeto também considera ato de improbidade, com a mesma pena, deixar de complementar o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Essa complementação é feita pela União aos Estados com menos investimentos em educação. Parte desse valor vai para a remuneração dos profissionais da educação básica.

Professora Luciene Cavalcante afirma haver resistência por parte de autoridades públicas em realizar o pagamento do piso salarial aos profissionais. Ela cita como exemplo o “descumprimento reiterado por prefeituras e por Estados do piso nacional do magistério”, regulamentado pela Lei 11.738/08.

Deu no Poder 360

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Nova proposta do Governo Fátima mantém piso da educação parcelado

Na segunda-feira (27), professores aprovaram indicativo de greve por não aceitarem piso parcelado

 

Com a iminência da deflagração de uma greve por tempo indeterminado na rede estadual de educação, o Governo do Estado encaminhou nova proposta de implementação do piso nacional dos professores. O novo plano do governo é  fazer o reajuste de 14,95% no mês de março com o retroativo de janeiro e fevereiro para professores que recebem abaixo do valor do piso, que é R$ 4.420,55.

Para os demais (incluindo aposentados e pensionistas com paridade), a intenção é conceder 6,5% de reajuste em maio e 7,93% em dezembro, com o retroativo pago em 8 parcelas, entre maio e dezembro do próximo ano. A ideia de parcelar o pagamento foi um dos obstáculos para a categoria recusar a proposta anterior e aprovar um indicativo de greve.

“A Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer informa que o reajuste do piso do magistério, assim como é realizado todos os anos, será pago. O diálogo com o SINTE é permanente e trabalhamos para que a categoria aceite uma proposta de implementação que garanta o equilíbrio fiscal do Estado”, informou a Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC).

Na última segunda-feira (27), os professores decidiram em assembleia acatar um indicativo de greve com uma paralisação que pode começar nesta sexta-feira (3), caso as negociações não avançassem. A ameaça de paralisação veio após a categoria recusar a proposta anterior do Governo, que pretendia aplicar 14,95% para os que recebem abaixo de R$ 4.420,55 com retroativo a janeiro 2023 e, para os demais, implantar de 5,79 % na folha de maio (correspondente a inflação 2022 medida pelo IPCA) mais 8,66% na folha de dezembro (totalizando 14,95% para todos).

O Sindicato defende que os 14,95% sejam implementados de uma vez para todos e que o governo pague o passivo referente ao piso 2022 em 12 parcelas e não em 14 como o governo tinha sugerido. A assembleia na sexta está mantida para a nova proposição ser apresentada à categoria.

“Até lá o Sindicato espera que a Secretária apresente uma nova proposta. Prevenido, o Sinte indicou na mesa desta terça (28/02) que mais uma vez deseja ter o Núcleo de Ações Coletivas (NAC) como mediador de qualquer acordo que eventualmente possa firmar com o Governo nas próximas semanas após aprovação da categoria”, informou o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do estado (Sinte/RN).

Uma greve neste início de ano deve comprometer as aulas que se iniciaram na maioria das escolas da rede estadual no último dia 13 de fevereiro, dando início ao ano letivo de 2023 no Rio Grande do Norte. De acordo com a SEEC, mais de 210 mil matrículas já foram confirmadas nas 615 unidades de ensino da rede.

Deu na Tribuna do Norte

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Conselhos de Enfermagem criticam suspensão do piso e vão recorrer

 

A decisão do ministro Luis Roberto Barroso que suspendeu o pagamento do piso salarial da enfermagem será questionada judicialmente pelos conselhos Federal e Regionais de Enfermagem (Cofen/Coren). Em nota publicada ainda no domingo (4), quando foi publicada a decisão, as entidades publicaram nota criticando a decisão judicial e afirmando que não havia embasamento para suspensão.

O ministro Luis Roberto Barroso decidiu suspender os efeitos da Lei n. 14.434/2022, que instituiu o Piso Salarial da Enfermagem. A decisão cautelar foi concedida sob a condição de ser apresentado, no prazo de 60 dias, o estudo do impacto orçamentário para a implementação do Piso Salarial nos serviços de saúde, públicos e privados.

A decisão liminar de Barroso considera “o risco de inviabilidade de implementação do Piso Salarial”. Porém, de acordo com os conselhos que representam a enfermagem, a decisão ocorreu sob o ponto de vista “puramente orçamentário e sob a falsa alegação unilateral da CNSaúde de que a eficácia da Lei põe em risco demissões e falta de leitos”. Essa foi a razão alegada pelo ministro para estabelecer, via liminar, a suspensão da Lei para entender os efeitos sistêmicos da mudança legal, antes da entrada em vigor.

Por outro lado, os conselhores afirmam que os estudos de impactos orçamentários foram devidamente apresentados e debatidos com todos os entes da União, Estados e Municípios, “de maneira plural e transparente junto ao Congresso Nacional”, havendo, ainda de acordo com os conselhores, uma análise técnica que considerou viável a aprovação do Piso Salarial e sua implementação no sistema de saúde público e privado, “obtendo assim a sanção presidencial para seu pleno vigor”.

“Portanto, o Sistema Cofen/Conselhos Regionais entende que essa decisão de suspensão é discutível por não haver qualquer indício mínimo de risco para o sistema de saúde. Ou seja, a decisão do Ministro atende a conveniência pura da classe empresarial, que não quer pagar valores justos aos serviços prestados pela Enfermagem”, disse a nota conjunta.

Na nota, os órgãos afirmaram que tomarão as providências para reverter a decisão junto ao Plenário do STF, “corrigindo esse equívoco na deliberação do ministro Barroso”, que teria ocorrido pelo fato do ministro supostamente se basear “nas versões dos economicamente interessados, pois a eficácia do Piso é precedida de estudo de viabilidade orçamentária e de nenhum risco de demissões de profissionais ou risco de prejuízo ao sistema de saúde do País”.

“A Lei 14.434/2022 é um dispositivo constitucional que nos permitirá lutar para erradicar os salários historicamente miseráveis da categoria e estabelecer condição digna de vida e de trabalho para o maior contingente de profissionais de saúde do país – 2.710.421 trabalhadores. Os Conselhos de Enfermagem já estão trabalhando para pactuação de consensos que viabilizem a derrubada da liminar no STF, pois trata-se de uma demanda histórica da categoria. Confiamos na sensibilidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal para solucionar de uma vez por todas esse terrível impasse, fazendo valer a Lei n. 14.434/2022 na íntegra, a fim de devolver a paz e garantir um piso salarial digno aos nossos essenciais trabalhadores da Enfermagem”, disse a nota.

Deu no Estadão

Política, Saúde

Câmara aprova em 2º turno PEC do piso salarial nacional para enfermagem

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 13, em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece o piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. A proposta segue para promulgação.ebcebc As informações são da Agência Brasil Agência Câmara.

Segundo o parecer da relatora, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania/SC), o objetivo da PEC é evitar que os novos pisos sejam questionados na Justiça com o argumento de “vício de iniciativa”, pois o projeto de lei que fixa o piso salarial destas categorias poderia ser vetado pelo presidente da República com o argumento de que projeto sobre aumento da remuneração de servidores públicos só pode ser proposto pelo Poder Executivo.

O projeto de lei, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT/ES), prevê piso mínimo inicial para enfermeiros no valor de R$ 4.750. O PL aguarda para ser enviado à sanção após o Congresso encontrar fontes de custeio para sua efetiva aplicação.

Pelo texto da PEC, a remuneração mínima a ser paga nacionalmente por serviços de saúde públicos e privados será de R$ 4.750. No caso dos demais profissionais, o texto fixa 70% do piso nacional dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.

A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios têm até fim do ano em que for sancionada a PEC para adequar a remuneração dos cargos ou dos respectivos planos de carreiras para atender aos valores estabelecidos para cada categoria profissional.

 

Economia

PEC quer barrar pisos salariais se não houver a indicação de fonte de recursos

 

Já aprovada pelo Senado e prestes a ser votada no plenário da Câmara, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 122/2015, que proíbe a criação de novas despesas para estados e municípios sem a respectiva fonte orçamentária, pode acabar barrando os pisos salariais de algumas categorias, caso os pisos sejam aprovadas sem indicação de fontes de recursos. Essa é a crítica que a oposição tem feito ao texto.

A proposta proíbe a União ou o Congresso de criar despesas para os estados, o Distrito Federal e os municípios sem definição de fontes orçamentárias. Um trecho do texto previa que despesas com pisos de professores e agentes de saúde ficassem de fora da exigência, mas o trecho foi retirado pela comissão especial.

A retirada gerou críticas da oposição, que teme que a proposta impeça a melhoria de salários de algumas categorias. Os parlamentares contrários ao governo devem tentar retomar a exceção excluída do texto para pagamento dos pisos salariais durante a discussão no plenário.

O relator da proposta na comissão especial, deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), defendeu a alteração. “Não estamos proibindo a criação de piso salarial e de programas ou, então, a ampliação das ações sociais. Queremos é combinar quem pagará essas contas, se a União integralmente ou se os entes federativos também”, disse.

A PEC 122 deve ser analisada nas próximas semanas pelo plenário da Câmara dos Deputados. A proposta é uma demanda da FNP (Frente Nacional de Prefeitos) e da CNM (Confederação Nacional de Municípios) e chegou a ser incluída na pauta do dia 16 de março, mas a exigência de quórum qualificado (308 deputados, em dois turnos) e a discussão de outras matérias impediram a votação.

Para o presidente da Câmara, Arthur Lira, o texto blinda as contas dos municípios, garantindo previsibilidade de recursos. “Vai no sentido contrário das outras duas propostas que estabelecem pisos salariais: de não permitir que o Congresso vote medidas sem indicar de onde saem os recursos”, disse.

Pisos em discussão

A Câmara dos Deputados aprovou, em 23 de março, uma PEC que eleva o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias para pelo menos dois salários-mínimos — totalizando, atualmente, R$ 2.424. Hoje, o piso salarial das categorias é de R$ 1.750. O texto está agora sob análise do Senado.

Pelo texto aprovado na Câmara, os recursos destinados ao pagamento do vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias serão do Orçamento da União com dotação própria e exclusiva.

Outro piso que está em discussão na Câmara é o dos enfermeiros. Apesar de ter tido a urgência aprovada em 22 de março, o projeto de lei que institui um piso salarial nacional para os profissionais da enfermagem (PL 2564/2020) ainda ficará sob análise dos deputados pelas próximas cinco ou seis semanas, justamente porque um grupo de trabalho procura recursos no Orçamento, dentro do teto de gastos, para bancar a despesa que o piso nacional trará.

 

R7