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Lula oferece dois ministérios em troca de apoio do União Brasil

 

A velha politicagem nunca esteve tão forte. A pouco mais de 10 dias para o início do governo, Lula (PT) ainda não anunciou os nomes que farão parte de sua futura Esplanada dos Ministérios. O motivo? A negociação com partidos políticos segue travada.

O Conexão Política apurou que o petista oferecerá dois ministérios ao União Brasil em troca de apoio no Congresso. A intenção de Lula é ter a sigla de Luciano Bivar em sua base aliada na Câmara e no Senado. A ideia é que, com esse loteamento de cargos do primeiro escalão, o União possa indicar um nome a partir da bancada de deputados, enquanto o outro nome viria pela indicação da bancada de senadores.

O União Brasil foi criado no ano passado, após a fusão do Partido Social Liberal (PSL) com o Democratas (DEM). Em 2023, a legenda terá 59 deputados e 10 senadores, ocupando a terceira posição em número de parlamentares nas duas Casas Legislativas.

Política

MAIS GASTOS: Número de ministérios pode chegar a 33 no Governo Lula a partir de 2023

Luiz Inácio Lula da Silva

 

Promessa de campanha do presidente eleito Lula (PT), a esplanada pode ganhar novos ministérios para o seu terceiro mandato no comando do Palácio do Planalto.

Alguns serão inéditos como os Ministérios dos Povos Originários; da Igualdade Social; e das Pequenas e Médias Empresas. Outras pastas podem ser desmembradas em novas, como o Ministério da Economia, por exemplo.

Lula vai na contramão de seus antecessores, Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), que reduziram o número de ministérios do governo federal. Atualmente, existem 23 ministérios, mas, na nova gestão, pode chegar a 33.

Oficialmente, o governo de transição começou na última segunda-feira, 7, sob a coordenação do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). O grupo eleito deve chegar a uma decisão final sobre a criação dos novos ministérios nos próximos dias.

Política

Haddad, Tebet, Gleisi, Dilma e mais: veja quem são os cotados para assumir os ministérios no governo Lula

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu o segundo turno das eleições contra Jair Bolsonaro (PL) no último domingo, 31, deverá organizar nas próximas semanas como será a composição de seu novo governo que se inicia no dia 1º de janeiro. Durante a campanha, o petista evitou dar nomes de integrantes do seu eventual novo governo, mas a partir desta segunda-feira, 31, ao ser nomeado próximo chefe do Executivo federal, a expectativa é de que as negociações comessem.

O ex-metalúrgico, inclusive, já havia prometido, em falas realizadas aos apoiadores durante suas agendas, que aumentaria o número de pastas e que realizaria um desmembramento no ‘superministério’ da Economia. Caso cumpra com seu comprometimento, Lula terá ministros da Previdência Social, da Segurança Pública, da Pesca, do Desenvolvimento Agrário, da Pequena e Média Empresa, das Mulheres, da Cultura, dos Povos Originários, da Indústria e da Igualdade Racial, além dos cargos já existentes na Esplanada. A equipe de reportagem da Jovem Pan realizou um levantamento com os principais nomes e entrou em contato com os possíveis ministros que poderão chefiar as pastas à partir de janeiro do próximo ano.

Mesmo após abrigar apoios das mais diversas alas ideológicas e com a promessa de que deseja realizar um governo amplo, Lula deverá contar com uma base de apoio de confiança entre os ministros, com nomes que já caminham com o petista desde antes da concretização de sua vitória. Após não obterem êxito nas eleições aos cargos de governador de São Paulo e senador pela mesma região, Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB) são nomes que encontram-se com o ‘caminho livre’ para comandar as pastas ministeriais.

Haddad, por sua vez, já tem experiência no cargo por ter sido ministro da Educação de 2005 a 2012, durante os governos petista de Lula e Dilma Rousseff (PT), e há a chance de que o petista exerça a mesma função de outrora ou ocupe um vaga em um ministério da área econômica.

Entre os nomes que conseguiram se eleger e que podem ser nomeados como ministros pelo presidente eleito, estão: deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais durante o segundo governo Lula e a pasta da Saúde para sua sucessora; deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que foi Ministra-Chefe da Casa Civil entre 2011 e 2014, é cotada para reassumir o cargo; Wellington Dias (PT-PI), ex-governador do Piauí e senador eleito, está no radar do petista e pode ser nomeado para comandar uma pasta da área econômica ou de articulação política;

Flávio Dino (PSB-MA), senador eleito e postulante ao cargo de ministro da Justiça ou Segurança Pública, já teve um ‘chamado público’ por Lula durante agenda após o ex-metalúrgico dizer que o ex-governador conquistaria a cadeira no Senado, mas não seria congressista por muito tempo “porque vai ter muita tarefa nesse país”; Jaques Wagner (PT-BA), senador com mandato até fevereiro de 2027, também é tido como nome forte para comandar um ministério econômico; Reginaldo Lopes (PT-MG), atualmente líder do PT na Câmara, concorre ao cargo de ministro da Educação; Simone Tebet (MDB), terceira presidenciável mais votada no primeiro turno das eleições gerais, segue como uma aposta para integrar o governo na área da Educação ou da Agricultura após seu forte apoio à candidatura petista no segundo turno;

Henrique Meirelles (União Brasil), que foi presidente do Banco Central nos governos Lula e comandou a Fazenda na gestão Michel Temer, é o principal nome do mercado financeiro para chefiar a pasta da Economia. Procurado pela Jovem Pan, porém, o ex-presidenciável afirmou que não houve convite por parte do petistas “até agora”.

Deu na Jovem Pan

ELEIÇÕES 2022

Em discurso, Lula já anuncia criação de ministério

Lula durante pronunciamento na avenida Paulista, em São Paulo

 

Pouco depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciar a vitória de Lula, o presidente eleito prometeu o Ministério dos Povos Originários.

“O indígena nunca mais seja desrespeitado”, disse, durante discurso na Avenida Paulista. “Os indígenas nunca mais serão tratados como cidadãos de segunda categoria. E nós vamos ter uma luta feia contra o preconceito, o racismo. O racismo é uma doença que nós precisamos extirpar do nosso país.”

Ao longo da campanha, Lula já havia dado sinais de que pretendia criar mais uma pasta para o governo federal. Na quinta-feira 18, o então candidato disse em Minas Gerais que a nova pasta seria chefiada por um indígena.

Notícias

Bolsonaro promete recriar Ministério da Indústria ainda em 2022

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou nesta quinta-feira (26) que pretende recriar o Ministério da Indústria e Comércio, extinto em janeiro de 2019 quando ele chegou à Presidência da República.

“Foi uma solicitação que já estava madura e agora selou o seu final. Uma vez havendo uma outra oportunidade, ainda este ano, vai estar nas mãos do Lira a recriação do Ministério da Indústria e Comércio”, declarou o mandatário.

A fala foi proferida durante a solenidade de posse da diretoria da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte (MG).

Após o anúncio do chefe do Executivo, Flávio Roscoe, presidente da entidade, agradeceu e disse que “estamos aguardando aí a sua recondução [à Presidência] para a recriação do Ministério da Indústria e Comércio com apoio aí dos nossos parlamentares e do presidente Arthur Lira”.

Instituído por Juscelino Kubitschek em 1960, o Ministério da Indústria e Comércio deixou de existir no atual governo federal, quando o órgão foi fundido com outros no Ministério da Economia, em uma promessa eleitoral de enxugar a máquina estatal.

Se confirmada, será a terceira recriação de um ministério desde 2020, e as pastas do governo chegarão a 24. No final de 2021, o Ministério do Trabalho, criado em 1930 por Getúlio Vargas, retornou ao governo federal. O Ministério das Comunicações também voltou à cena em junho do ano anterior.