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Lula soma 97 frases controversas desde que voltou ao Planalto

Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acumula 97 falas consideradas controversas desde voltou ao Palácio do Planalto para o seu 3º mandato. Só em 2024, foram 50 declarações do tipo. No ano passado, 55. Os números são de levantamento realizado pelo Poder360 de 1º janeiro de 2023 a 1º de maio. Dentre as frases ditas pelo petista, 43 podem ser consideradas ofensas a pessoas, minorias sociais ou outros grupos. Já 24 são relacionadas à política internacional, como comentários sobre outros países e guerras, enquanto em 12 ocasiões de propagação de fakenews.

DISCURSOS NÃO COMBINADOS

Em 1º de Maio, durante evento de comemoração do Dia do Trabalho, Lula pediu votos para o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (SP). O ato contou com dinheiro da Petrobras, e pode configurar como crime eleitoral.

Na reunião ministerial de 18 de março, por exemplo, o combinado era que Lula fizesse uma fala de abertura e passasse a palavra para o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que apresentaria os resultados positivos do governo.

No entanto, o presidente tomou a palavra e disse que não houve golpe de Estado no Brasil no 8 de Janeiro porque o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi um “covardão”. O presidente não citou nominalmente seu antecessor.

“Se, há 3 meses, quando a gente falava em golpe parecia apenas insinuação, hoje nós temos certeza que esse país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022. E não teve golpe, não só porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram fazer, não aceitaram a ideia do presidente, mas também porque o presidente é um covardão”, declarou.

Em março, mais uma vez, as declarações do presidente ofuscaram o foco do evento. No aniversário de 44 anos do PT, realizado em Brasília, Lula confessou que muitas vezes não consegue se segurar. “Quando eu vejo um microfone, me dá coceira nos dentes”, disse ao subir ao palco.

O petista relatou que havia combinado com a primeira-dama, Janja Lula da Silva, que não discursaria no evento. O Poder360 apurou que a promessa de não falar foi feita também a vários assessores.

Ao descumprir o prometido, Lula criticou a decisão da Justiça de Barcelona, na Espanha, que havia concedido liberdade provisória ao ex-jogador de futebol Daniel Alves caso pagasse uma fiança de € 1 milhão (cerca de R$ 5,4 milhões), o que acabou sendo feito dias depois.

A declaração foi considerada por ministros como desastrosa porque o presidente não precisava ter se envolvido no caso, além de que, embora desagrade o presidente, a decisão está dentro dos parâmetros legais da Justiça da Espanha.

DECLARAÇÕES CONTROVERSAS 

Lula menciona Bolsonaro, de forma indireta ou indireta, com frequência. É comum o tom crítico e o uso de termos considerados pejorativos. Já chamou o ex-presidente de “genocida” em entrevista à RedeTV! e disse que seu antecessor desafiou a ciência por muito tempo durante a pandemia da covid.

Em relação a declarações sobre política internacional, Lula falou sobre as eleições da Venezuela, marcadas para 28 de julho, e declarou que “nada vale” se o candidato de oposição do país tiver o mesmo comportamento que a oposição no Brasil.

Lula disse ainda não ter ficado “chorando” quando não pôde concorrer às eleições em 2018, se referindo a María Corina Machado, líder da oposição de Nicolás Maduro. Ela está proibida de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos. O presidente da Venezuela é um aliado histórico do petista.

Erros factuais também foram cometidos pelo presidente. Em condecoração do presidente da França, Emmanuel Macron, ao líder indígena Raoni Metuktire, em 23 de março, Lula confundiu o francês com o ex-presidente do país Nicolas Sarkozy. Os convidados o corrigiram rapidamente.

Já no início de abril, durante a 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o petista errou e disse que 12,3 milhões de crianças morreram em Gaza. Até a 5ª feira (2.mai), cerca de 14.000 crianças palestinas morreram no conflito, segundo a Al Jazeera (emissora estatal da monarquia do Qatar). Informações sobre Gaza são do Hamas e não há meios para verificar esses dados de maneira independente.

Ainda sobre a guerra entre Israel e Hamas, o presidente declarou em fevereiro durante viagem à Etiópia: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

As declarações comparando as ações da guerra contra o Hamas às de Hitler contra os judeus tornaram o petista“persona non grata” em Israel. O ministro de Relações Exteriores Israel Katz exigiu uma retratação formal de Lula –o que não se deu.

Ambos as falas erradas de Lula não foram incluídas no discurso oficial divulgado pelo Palácio do Planalto.

Deu no Poder 360

Política

Lula volta a contar lorotas sobre o Brasil falando em Paris

 

O presidente Lula (PT) discursou, nesta sexta-feira (23), em Paris, na abertura da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global. Em pouco mais de 20 minutos, o chefe de estado brasileiro voltou a contar lorotas sem resistência da plateia de estrangeiros, a maioria ignorante sobre a realidade brasileira.

Lula mentiu sobre o número de brasileiros que passam fome, sobre os resultados da economia brasileira durante a era petista no governo federal, além de criticar, sem provas, instituições internacionais que o Brasil integra e ajudou a fundar.

Não é a primeira vez que o representante brasileiro conta mentiras sobre o próprio país em Paris. Ele se gabou, em encontro com blogueiros no último governo, de mentir no exterior sobre estatísticas brasileiras. “Eu cansei de viajar o mundo falando mal do Brasil, gente”, admitiu o petista. Veja no vídeo abaixo.

 

 

O petista voltou a se gabar em terras francesas, desta vez por ter supostamente “retirado da miséria 36 milhões de pessoas” nos governos petistas, entre 2003 e 2016, mas agora “13 anos depois” alega que o Brasil voltou a ter “33 milhões de pessoas passando fome”.

Esse número, divulgado por uma única ONG (Penssan) semanas antes da campanha eleitoral de 2022, já foi amplamente desmentido desde então: dados das Nações Unidas, por exemplo, apontam menos da metade (15 milhões); estimativa da Universidade Federal de Minas Gerais colocam o número real em cerca de 1,8 milhão.

O petista também afirmou que deixou a presidência da República com o Brasil como a 6ª maior economia mundial, que agora é apenas a 12ª. Ambos os números são mentirosos: nem o Brasil chegou a ser a 6ª maior economia, nem agora é a 12ª. Atualmente o Brasil é a 10ª maior economia do mundo.

Notícias de que a economia do Brasil poderia chegar a ser a 6ª maior economia ocorreram apenas no final de 2011, primeiro ano do governo Dilma. Ainda assim as matérias levavam em conta principalmente a crise no Reino Unido, que diminuiu a economia do país com o qual o Brasil rivalizava à época. Na verdade, o Brasil chegou a ser apenas a 7ª economia, segundo dados consolidados do FMI. Em 1995, por exemplo, o Brasil também chegou a ser a 7ª maior economia; em 1990 era a 9ª.

O presidente brasileiro aproveitou para criticar “aquilo que foi criado após a Segunda Guerra Mundial, as instituições de Bretton Wood, não funcionam mais. E não atendem mais as aspirações e nem os interesses da sociedade”.

As instituições de Bretton Wood são organizações internacionais criadas em 1944, ainda em plena 2ª Guerra, após reunião nos EUA com a participação de 43 países – incluindo o Brasil -, que se uniram com o objetivo de reconstruir países dizimados pelos efeitos da guerra. À época, foram aprovadas as criações do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, cuja ação se iniciaria após o fim dos conflitos.

Para Lula o Banco Mundial não atende a anseios, mas os emprétismos, apenas em 2022, de mais US$ 9 bilhões auxiliam praticamente 400 milhões de pessoas em 44 países pobres.

Informações do Diário do Poder