Censura

No STF, ministro Kassio Nunes Marques é sorteado relator de ação do Novo contra suspensão do X

Foto: Carlos Moura

 

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado relator de ação ajuizada pelo Partido Novo contra a suspensão da rede social X, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. Nunes Marques será o responsável por analisar o pedido de liminar formulado pela legenda, que requer a suspensão imediata da decisão de Moraes. Contudo, eventual decisão monocrática deverá passar pelo crivo do plenário do Supremo.

A legenda sustentou que há violação ao direito à liberdade de expressão e alega que a rede X, assim como outras redes sociais, possui “essencialidade na vida cotidiana das pessoas”. O Novo também aponta que a determinação configura “censura prévia” e viola a garantia do devido processo legal ao prever uma multa diária a qualquer cidadão que utilizar VPN para burlar a suspensão do X.

Na sexta-feira (30), Moraes ordenou que os serviços da rede social X fossem suspensos no território brasileiro, após o empresário Elon Musk, dono da plataforma, ter se recusado a nomear um representante no País. A determinação é válida até que o X designe uma pessoa física ou jurídica como porta-voz e pague multas por descumprimento de bloqueios de perfis. O valor passa de R$ 18 milhões.

O magistrado também estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil para quem tentar ter acesso ao X por meio de VPN, ferramenta que permite a omissão da localização do usuário.

Informações do Estadão

Notícias

Nunes Marques será relator da ação de Lula que visa ampliar influência da União sobre Eletrobras

Ministro Kassio Nunes Marques

 

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), e primeiro indicado à Corte durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será o relator da ação impetrada no STF pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que questiona e pede a inconstitucionalidade de trechos da lei que desestatizou a Eletrobras.

O magistrado ficou com a ação já que há relação com outros dois processos que o ministro analisa e que também questionam a privatização da empresa – estes processos foram apresentados pelo Partido dos Trabalhadores e pelo Podemos. No entendimento do governo federal, em documento apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU), a União deve ter voto proporcional à sua participação no quadro societário da gigante do setor elétrico.

Na última sexta-feira, 5, o órgão foi ao Supremo e alegou que a limitação do poder de voto de 10% na empresa “afronta os princípios constitucionais de razoabilidade, proporcionalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência da administração pública”. A acusação ocorre já que a União detém 43% do controle da empresa, mas segundo trecho da lei que privatizou a Eletrobrás, nenhum poder controlador da antiga estatal poderia ultrapassar os 10%.

O órgão, no entanto, ressaltou que a intenção não é reestatizar a Eletrobras, mas rever um tema que, “por certo, deve ser discutido pelo Congresso Nacional, inclusive à luz da jurisprudência dessa Corte”. O advogado-geral da União, Jorge Messias, publicou em suas redes que está confiante “de que a Corte devolverá à União a prerrogativa de exercício pleno de seus direitos políticos nessa gigante do setor elétrico nacional”.

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