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Ucrânia diz que achou 410 corpos na região de Kiev após saída russa

 

Um cadáver é visto na estrada entre Myla e Mriia, em 2 de abril de 2022, perto de Myla, região de Kiev, Ucrânia
 

A procuradora-geral da Ucrânia, Irina Venediktova, informou que 410 cadáveres foram encontrados na região de Kiev, após a retirada de tropas russas. Ela investiga a possibilidade da Rússia ter cometido crimes de guerra.

Os corpos passam por perícias, e 140 deles já foram examinados. Fotógrafos registraram corpos de civis mortos em decomposição em ruas e valas na região de Butcha, próximo a Kiev, onde a prefeitura contabiliza 280 vítimas. Os cadáveres estavam com sinais de execução, como as mãos amarradas para trás.

Um dos mortos é o cinegrafista ucraniano Maks Levin, que estava desaparecido há três semanas.

A Rússia nega ter executado civis e diz que tudo é uma provocação e encenação da Ucrânia para garantir o apoio de países do Ocidente.

Reação

Os vídeos e fotos das centenas de corpos pelas ruas da região de Kiev estão chamando a atenção do mundo e provocando a manifestação de líderes europeus.

Informações de Metrópoles

Mundo

ONU aponta mais de 100 civis mortos desde início da invasão russa à Ucrânia, incluindo 7 crianças

 

A Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, afirmou nesta segunda-feira, 28, que desde o início da invasão russa contra a Ucrânia foram registradas 102 mortes, incluindo sete crianças, e advertiu que os números reais podem ser “consideravelmente” maiores. “A maioria dos civis morreu pela ação de armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo artilharia pesada e sistemas de foguetes com multi-lançamentos e em bombardeios”, afirmou Bachelet no Conselho de Direitos Humanos da ONU. “Temo que o balanço real seja consideravelmente maior”, acrescentou. Bachelet explicou que seu gabinete contabilizou 406 vítimas civis na Ucrânia, incluindo 102 mortes, desde o início da ofensiva russa na última quinta-feira.

“Milhões de civis, incluindo pessoas idosas e vulneráveis, se veem obrigados a se esconder em diferentes tipos de abrigos, como estações de metrô, para escapar das explosões”, disse. Também afirmou que a agência da ONU para os refugiados registrou 386 mil pessoas que foram obrigadas a fugir do país, assim como um número ainda maior de deslocados internos. “Meus pensamentos estão com eles, e com todos os que sofrem em todo o mundo”. “Os pedidos de paz e pelos direitos humanos que chegam de todo o mundo nos alertam que o futuro não deve ser um mundo em que tenham sido esquecidas as obrigações conjuntas em termos de direitos humanos e a Declaração Universal dos Direitos Humanos”.

As declarações de Bachelet foram pronunciadas no início da reunião anual do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que começou com a aprovação de um debate urgente sobre o conflito na Ucrânia. Muitos esperam que a Ucrânia, que apresentou a proposta, divulgue um projeto de resolução para investigar as violações de direitos por parte da Rússiano país. A Rússia rejeitou o pedido de debate urgente e pediu que fosse submetido à votação. A iniciativa foi aprovada com 29 votos a favor, 5 contra – incluindo China e Cuba, além da Rússia – e 13 abstenções (o Conselho tem 47 membros). A representante permanente da Ucrânia em Genebra, Yevheniia Filipenko, afirmou que as ações russas representam um ataque à comunidade internacional. “Não foi apenas um ataque contra a Ucrânia, mas contra todos os Estados membros da ONU, contra as Nações Unidas e contra os princípios que levaram à criação desta organização”. Ela também afirmou que 350 pessoas morreram nos cinco dias de combate desde o início da ofensiva, incluindo 16 crianças.

Deu na AFP