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Conservadores sofrem revés histórico e trabalhistas voltam ao poder no Reino Unido após 14 anos

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, dá declaração em frente a Downing Street, em Londres, reconhecendo derrota dos conservadores| Foto: EFE/EPA/ANDY RAIN

 

O Partido Trabalhista, liderado por Keir Starmer, venceu as eleições gerais realizadas nesta quinta-feira (4) no Reino Unido por uma esmagadora maioria absoluta, enquanto o Partido Conservador do atual primeiro-ministro, Rishi Sunak, sofreu a pior derrota da sua história após 14 anos no poder.

Com quase todos os 650 assentos do novo Parlamento já definidos na manhã desta sexta-feira (5) – restando apenas três que serão divulgados nesta sábado (6) – o partido de centro-esquerda tem 412, mais que o dobro dos 202 da última legislatura e seu melhor resultado desde o recorde de 418 alcançado em 1997 pelo antigo líder Tony Blair.

Por sua vez, a legenda de Sunak está se afundando em uma crise sem precedentes, com apenas 120 assentos até o momento, bem longe dos 365 conseguidos nas eleições de 2019, que Boris Johnson venceu com a promessa de executar o Brexit.

Sunak reconhece derrota

Depois de saber da sua reeleição como deputado pelo distrito eleitoral de Richmond e Northallerton, Sunak admitiu que “o Partido Trabalhista ganhou estas eleições”, enquanto seu rival, Keir Starmer, comemorou a vitória e declarou que “a mudança começa agora”.

“Conseguimos!”, disse um exultante Starmer em um discurso aos seus apoiadores, no qual garantiu que o país tem agora “a oportunidade de recuperar o seu futuro”.

Na sua opinião, os britânicos acordarão hoje e descobrirão que “um peso foi finalmente tirado dos ombros desta grande nação”.

Do outro lado, Sunak felicitou o líder trabalhista pela vitória e pediu desculpas pelos maus resultados da sua legenda. “Hoje, o poder mudará de mãos de forma pacífica e ordenada, com boa vontade de todas as partes. Isto deverá dar confiança a todos na estabilidade do nosso país e no seu futuro”, afirmou.

O ainda primeiro-ministro reconheceu que há “muito o que aprender e refletir” diante do desastre do seu partido e assumiu “a responsabilidade pela perda de muitos candidatos conservadores que trabalharam arduamente”.

Sunak já se apresentou nesta sexta no Palácio de Buckingham, residência da família real britânica, para formalizar sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro, tal como estabelecido pela tradição constitucional, antes de o líder trabalhista, Keir Starmer, assumir o poder.

Depois de deixar pela última vez a residência do número 10 de Downing Street como chefe do governo, Sunak deslocou-se ao palácio para a formalidade exigida.

Antes do encontro com o rei, o premiê britânico anunciou que também renunciará ao cargo de líder do Partido Conservador assim que o novo sucessor for eleito, depois da pesada derrota do seu partido nas eleições desta quinta.

Acompanhado pela esposa, Akshata Murty, o futuro ex-premiê frisou que o povo britânico “enviou uma mensagem clara” e que no final é “o único julgamento que importa”.

Sunak também elogiou o líder trabalhista, vencedor das eleições, a quem classificou como um político “decente”.

“Embora tenha sido meu adversário político, Keir Starmer em breve se tornará nosso primeiro-ministro. Neste trabalho, seus sucessos serão os nossos sucessos, e desejo o melhor a ele e sua família. Quaisquer que sejam nossas divergências nesta campanha, é um homem decente a quem respeito”, disse.

Ao final da audiência com rei, o político conservador sairá do palácio pela porta traseira, sem ser visto pela imprensa, e a expectativa é que regresse ao seu distrito eleitoral no norte de Inglaterra.

Após a saída de Sunak do palácio, será justamente a vez de Keir Starmer deslocar-se ao palácio para receber o pedido do monarca para formar o novo governo do Reino Unido.

Uma vez no número 10 de Downing Street, seu escritório e residência oficial, ele deverá fazer seu primeiro discurso à nação e começar a nomear seus ministros.

Deu na Gazeta do Povo

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Boris Johnson decreta fim das restrições para COVID-19 na Inglaterra

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou nesta quarta-feira (19) o fim das restrições impostas para controlar o avanço da Covid-19 na Inglaterra.

A partir da próxima semana, o uso de máscaras deixará de ser obrigatório em qualquer lugar e o home office também deixará de ser incentivado.

Johnson afirmou que a decisão, que vem um dia após o Reino Unido registrar recorde de mortes, tem o apoio de cientistas acreditam que a onda da ômicron atingiu seu pico.

No entanto, o auto-isolamento em caso de diagnóstico positivo para doença segue obrigatório – ele tentava remover a exigência legal desta restrição.

O fim das medidas não vale para os outros países do Reino Unido (Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte), que têm autonomia para definir suas regras sanitárias.

Recorde de mortes

 

O Reino Unido registrou 438 mortes por Covid-19 na terça-feira (18), o maior número diário em mais de um ano, segundo o balanço oficial do governo.

Nas últimas semanas, o país europeu vinha registrando também um rápido aumento no número de novas infecções em decorrência da variante ômicron do coronavírus, altamente transmissível.

O impacto da variante no Reino Unidojá apareceu também no aumento na média móvel de mortes, em alta desde o fim de dezembro do ano passado.

A atual curva de mortes, no entanto, é inferior às registradas durante as duas primeiras ondas da pandemia, com picos de 942 (13/05/2020) e 1.248 (23/01/2021).

O número de casos confirmados, no entanto, atingiu picos sem precedentes neste momento da pandemia chegando a 182 mil em 5/01 – o pico anterior foi em 10/01/21 (59 mil casos).

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Reencontro de idosos em asilo comove o mundo

O reencontro dos idosos George, de 89 anos, e Joyce Bell, de 87 anos, apos 100 dias afastados emocionou as redes sociais esta semana- Foto: reprodução

 

O reencontro dos idosos George, de 89 anos, e Joyce Bell, de 87 anos, após 100 dias afastados, emocionou os funcionários de uma casa de repouso e toda a internet nesta semana.

Eles estão há mais de 60 anos juntos e ficaram longe um do outro por problemas de saúde. O momento do reencontro foi registrado por funcionários da Casa de Cuidados Tollesby Hall, em Middlesbrough, na Inglaterra. A foto, que é uma fofura, viralizou nesta sexta-feira (12).

O casal conta que a repercussão da história de amor deles aconteceu porque foi mostrada a maneira como os dois são unidos.

“Senti muita saudade. Não estamos acostumados a ficar um sem o outro”, afirmou George.

Questionada, sobre o segredo para um longo casamento, Joyce disse: “Deixe que eles sigam seu próprio caminho e coloque o pé no chão, você tem que fazer isso com seu George.”

 

Tratamento de saúde

Eles nunca tinham se separado e, agora em 2021, por causa de problemas de saúde, foram internados em alas diferentes do hospital. Devido as restrições da Covid, o casal também não teve permissão para se encontrar.

O tratamento durou aproximadamente 100 dias e isso afastou Joyce e George nesse tempo. Agora, após a alta hospitalar, eles puderam se abraçar novamente.

 

Joyce e George se reencontraram após 100 dias longe -Foto: reprodução

 

Reencontro

O reencontro de Joyce e George foi realmente emocionante e mostrou o amor que eles têm um pelo outro.

“Ele me abraçou com força e disse que nunca mais me deixaria pelo resto de sua vida.”, afirmou Joyce.

O momento foi compartilhado nas redes sociais da casa de repouso.

“Eu disse a ele que sempre estaria lá para ele, não importa o quê. Ele me abraçou com força e disse que nunca mais me deixaria pelo resto da vida, contou Joyce.