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Putin propõe Parlamento do ‘Bricstão’ com ditaduras e o Brasil

Putin justifica guerra na Ucrânia e diz que Brics se | Internacional

 

O ditador russo Vladimir Putin defendeu a criação de um Parlamento dos Brics em um evento na cidade de São Petersburgo nesta quinta-feira, 11. O encontro, chamado de Fórum Parlamentar dos Brics, indica que a ideia já está bem avançada. “O Brics não tem uma instituição parlamentar. Entretanto, acredito que a ideia será definitivamente implementada no futuro. Estou confiante de que o nosso fórum vai facilitar esse processo“, disse Putin.

A proposta é controversa, pois não faz sentido criar um órgão legislativo em um grupo de 10 países, dos quais oito são ditaduras ou regimes autoritários.

O Parlamento Europeu é viável porque todos os 27 países do bloco são democracias, onde a população elege livremente seus representantes.

Um Parlamento dos Brics seria basicamente formado por pessoas indicadas por ditaduras.

“É curioso um ditador propor a criação de um órgão parlamentar, uma vez que o objetivo da casa deveria ser a pluralidade de opiniões. É provável que o chamado parlamento dos Brics seja como o parlamento russo ou chinês, incapaz de opinar, contribuir, fiscalizar ou discordar, que é a função de um Parlamento, mas simplesmente com a função de ser um órgão subserviente e carimbador da vontade dos autocratas de plantão”, disse Márcio Coimbra, presidente do Instituto Monitor da Democracia.

Uma aproximação política via um Parlamento ainda poderia alinhar mais o Brasil às ditaduras da Rússia, da China e do Irã.

Lula já havia lançado a ideia de tornar o Brics mais político durante a cúpula do grupo no ano passado, na África do Sul.

“O nosso bloco (Brics) não pensa só economicamente, o nosso também pensa politicamente. E é por isso que eu acho que o Brics está consolidado como uma referência. Qualquer ser humano, jornalista, cientista político que quiser discutir a geopolítica econômica, a geopolítica científica e tecnológica, a geopolítica de qualquer coisa vai ter que conversar com o Brics também, não é só com Estados Unidos e G7 (grupo de sete dos países mais industrializados do mundo)”, afirmou o presidente.

Ainda nesta quinta-feira, 11, Putin comemorou a entrada do Irã no Brics: “O Irã está iniciando plenamente seus trabalhos nesta organização, e nós estamos muito felizes com isso. Nós trabalhamos juntos para organizar o ingresso do Irã”, disse Putin.

Deu no Conexão Política

Política

Entidade condena proximidade de Lula a ditaduras

 

O movimento Democracia Sem Fronteiras Brasil denuncia a aproximação do governo Lula (PT) com ditaduras como Venezuela e China. Para a entidade, a administração petista quer se aproximar de países autoritários. Além de receber ditadores em Brasília, o PT e Lula enviaram delegação para fechar acordo com o Partido Comunista Chinês (PCC). “O atual governo brasileiro está dando sinal verde para a implementação de ideologias antidemocráticas e autoritárias”, alerta o DSF Brasil.

“O grupo DSF Brasil se posiciona totalmente contrário ao caminho adotado pelo atual governo de aproximação com ditaduras” afirma em nota oficial o grupo.

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Presidentes do Paraguai e Uruguai criticam silêncio da esquerda sobre ditaduras

Luis Lacalle Pou, presidente do Uruguai, durante discurso na Celac | Foto: Reprodução/YouTube

 

Em discursos na cúpula Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), realizada na terça-feira 24 em Buenos Aires, os presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, falaram o que todos os líderes da esquerda tem silenciado: que a Celac acolhe, sem qualquer reprimenda pública e sem qualquer ação efetiva, as três ditaduras da região.

Enquanto a população da Venezuela, Cuba e Nicarágua foge, em massa, de seus países para evitar a truculência e a miséria imposta pelos regimes ditatoriais, os chefes de governo têm assento na Celac. Miguel Diáz-Canel, ditador cubano, foi a Buenos Aires; Nicolás Maduro, ditador venezuelano, alegou questões relacionadas à própria segurança para não comparecer; e Daniel Ortega não esteve presente, mas enviou representantes, assim como Maduro.

Organizações como Celac não podem “ter o caráter de um clube de amigos ideológicos”, afirmou, em discurso na terça-feira Lacalle Pou, presidente de centro-direita, cujo mandato no Uruguai começou em 2020.

Nas três ditaduras, opositores são perseguidos e presos; suspeita-se da lisura das eleições; há fome e índices econômicos catastróficos; e saída em massa da população para países vizinhos e para os Estados Unidos. Todos esses problemas foram ignorados durante a cúpula.

Foi exatamente isso que o presidente do Paraguai abordou em seu discurso, focalizando a crise migratória da Venezuela, “uma realidade que não pode ser ignorada”.

“Assim como nos preocupa o que ocorreu no Peru e no Brasil, também nos preocupa — e este é o foro onde temos que dizer — o êxodo massivo que vemos na Venezuela”, declarou Benítez, citando a agência das Nações Unidas para refugiados (Acnur), que considera a migração venezuelana como a segunda maior do mundo, depois da Síria.

“Não podemos olhar para o lado, quando mais de sete milhões de venezuelanos deixaram suas casas pedindo refúgio” na região, lembrou Benítez, também de centro-direita, cujo mandato como presidente do Paraguai termina este ano.

Deu na Oeste

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Argentinos protestam contra governos ditadores na Celac; Lula é um dos convidados do evento

 

Nesta terça-feira (24), manifestantes foram às ruas de Buenos Aires, na Argentina, para condenar a presença de representantes de governos ditadores em seu país, em razão da reunião da 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

O evento celebra o retorno do Brasil ao bloco.

Segundo a ativista pelos direitos humanos e membro-fundadora do Foro Argentino por la Democracia en la Región (FADER), Elisa Trotta Gamus, há manifestantes vindos de países sufocados pela falta de liberdade, como Venezuela, Cuba e Nicarágua.

Nas redes sociais, Gamus vibrou com a ausência de Nicolás Maduro, que desistiu de ir ao encontro.

Já no protesto, os manifestantes exibiram faixas com mensagens nas quais relembravam os crimes contra a humanidade cometidos pelos regimes da Venezuela, Cuba e Nicarágua, e gritavam palavras de ordem como “Ditadores nunca mais!”.

A manifestação também contou com a presença de líderes políticos argentinos, como o secretário de Assuntos Públicos de Buenos Aires, Waldo Wolff, os deputados Karina Banfi, Ricardo López Murphy, Maxi Ferraro e Sabrina Ajmechet, além da advogada Maria Eugenia Talerico.

Deu no Conexão Política