Caso Kauet: Suspeitos da morte de potiguar em Foz do Iguaçu foram presos em Belém

 

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu dois homens, de 31 e 35 anos, na quinta-feira (22) e um, de 28, na sexta-feira (23), ligadas a um grupo criminoso responsável por extorsão seguida de morte contra o comerciante potiguar Kauet Henrique dos Santos, ocorrida em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, em agosto deste ano. As capturas aconteceram em Belém, no Pará.

Os policiais civis ainda cumpriram quatro mandados de monitoramento e 12 de busca e apreensão em Belém; em São Paulo, na Capital; e em Aparecida de Goiânia, em Goiás. Os indivíduos ainda podem responder por roubo majorado e associação criminosa.

A investigação contou com o apoio do Centro Integrado de Operações de Fronteira (Ciof), Polícia Civil do Pará (PCPA), Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP), Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), Polícia Civil do Maranhão (PCMA), Polícia Civil do Piauí (PCPI), Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN), Polícia Civil de Goiás (PCGO) e Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) de Natal. Os órgãos auxiliaram com informações que foram condensadas no inquérito policial coordenado pela PCPR.

“A interação entre esses órgãos policiais, assim como com outras entidades públicas e privadas, foi fundamental para o efetivo desmantelamento desse perigoso grupo criminoso, suspeito de ser responsável por diversos crimes graves de extorsão em várias regiões do país e que, infelizmente, escolheram a cidade de Foz do Iguaçu para a prática desse brutal crime, que ceifou a vida do jovem”, afirma o delegado da PCPR, Rodrigo Souza.

No curso da investigação foram identificadas oito pessoas suspeitas de participação no crime, sendo três autores que efetivamente estiveram no local da morte, e cinco pessoas que teriam integrado o núcleo logístico do grupo, cuja participação consistiu em atrair a vítima para a cidade, receber os valores da extorsão, pulverizar o dinheiro para conta de outro criminoso e auxiliar na ocultação do corpo da vítima.

O núcleo executor do crime foi preso na cidade de Belém, os mandados expedidos em desfavor do núcleo logístico do grupo criminoso foram cumpridos na cidade de Aparecida de Goiânia (GO) e São Paulo (SP).

CRIME – Durante as investigações de alta complexidade, a PCPR apurou que a vítima veio até Foz do Iguaçu para ir até o Paraguai, onde compraria celulares e revenderia em Natal, no Rio Grande do Norte, onde morava.

Ao chegar em Foz do Iguaçu, a vítima desapareceu. No dia 4 de agosto, foi morta após realizar transferências bancárias para contas indicadas pelos investigados, conduta que se enquadra no crime de extorsão qualificada pela morte.

Três dias após o desaparecimento, Kauet foi localizado morto no interior de uma residência. A PCPR apurou que ele realizou transferências dos valores que usaria para a aquisição dos aparelhos eletrônicos, além de ter solicitado ao seu pai mais uma quantia, totalizando R$ 86 mil reais transferidos aos criminosos.

DA AÇÃO – No Pará a ação se concentrou na região metropolitana de Belém. A PCPR em conjunto com PCPA realizou cruzamento de dados, o levantamento do local e monitoramento dos investigados, os quais estavam homiziados em uma casa na região do Mosqueiro, na praia do Paraíso. A operação contou com 25 policiais da Divisão de Homicídios, além dos policiais da 6ª Subdivisão Policial de Foz do Iguaçu- Paraná. O apoio da PCPA foi fundamental para o êxito da ação que culminou com a prisão de três indivíduos do sexo masculino, apontados como executores do crime que vitimou Kauet Henrique. Os presos possuem indicativo criminal no Pará e outros estados da federação e são considerados de alta periculosidade.

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