À medida que se aproxima o fim de seu mandato como presidente do Senado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) busca fortalecer relações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o núcleo do Planalto, movido pelo temor da crescente rejeição popular em Minas Gerais.
Para tentar reduzir sua vulnerabilidade política, Pacheco intensificou gestos em direção ao governo, apesar de saber que essa estratégia pode aumentar ainda mais sua impopularidade. Focado em agradar a elite política, suas recentes ações não visam diretamente os interesses dos brasileiros.
Em entrevista ao portal UOL, o senador afirmou que, se as eleições presidenciais fossem hoje, apoiaria a reeleição de Lula. “A figura de Lula é muito agregadora”, declarou, sinalizando que o presidente possui capacidade de unir apoios de diversos partidos, mesmo com diferenças ideológicas.
Para Pacheco, se Lula continuar promovendo crescimento econômico e enfrentando vulnerabilidades sociais e ambientais, poderá angariar apoios amplos e inesperados. “Ele se destaca dessa segmentação de direita, esquerda e centro e pode receber o apoio de diversos atores políticos”, disse o parlamentar.
Ao ser questionado sobre o apoio do PSD em 2026, Pacheco sugeriu uma preferência pessoal por Lula, embora tenha alegado que a decisão dependerá do desempenho do governo e da vontade das lideranças partidárias. “A decisão será tomada mais adiante, mas hoje vejo que a continuidade de Lula poderia ser interessante para o Brasil”, afirmou.
Nos bastidores, há especulações de que Pacheco poderia ocupar um cargo no governo Lula, seja como ministro ou em uma futura indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele, porém, evitou confirmar planos concretos e afirmou que sua prioridade, por enquanto, é concluir o mandato no Senado, avançando com projetos como as reformas dos Códigos Civil e Penal. “É óbvio que, quem é advogado como eu, alguém já disse que, se falar do Supremo Tribunal Federal, é algo que você não trabalha, mas também não recusa”, emendou.
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