Mais uma loja fecha na Cidade Alta e aumenta sensação de decadência

 

A constante evasão do comércio gera especulações a qualquer sinal de fechamento, como é o caso de uma das mais conhecidas, a loja Riachuelo, na rua João Pessoa, que fechou uma parte do prédio onde funciona. Os funcionários têm explicado aos clientes que os questionam que se trata de uma medida para otimizar o espaço, transferindo o serviço da área agora fechada para os andares superiores, de modo que não há redução da loja, permanecendo com o mesmo funcionamento de segunda a sábado.

O presidente da Associação Viva o Centro, Rodrigo Vasconcelos, confirma que um dos agravantes é o preço dos aluguéis dos imóveis. “As empresas que estão em imóveis grandes não conseguem se sustentar e vão diminuindo ou até fechando. A gente precisa se atentar a duas coisas, primeiro o valor dos alugueis são altos para a realidade da Cidade Alta e também faltam incentivos para o comércio”, ressalta.

No caso dos incentivos, ele defende que o Município e Estado abram o diálogo sobre a criação de um programa que beneficie as empresas e moradores que se instalarem no Centro. “O processo de recuperação depende desses incentivos, não apenas de obras. Ou vamos colocar ferramentas e as empresas não vão conseguir se sustentar. Quem sabe com incentivos, as que saíram não retornem?”, sugere o presidente do Viva o Centro.
Outro ponto é a questão da segurança pública. Os comerciantes apontam que os clientes e lojistas precisam se sentir mais seguros na região. Por isso, a implantação de uma base fixa da Guarda Municipal e da Polícia Militar é uma das reividicações.

O empresário Delcindo Mascena, idealizador da Associação Viva o Centro, pondera que o fechamento de lojas das grandes redes acontece em todo o País, como foi o caso da Marisa, Americanas e Magalu, contudo, caber ao poder público tomar iniciativas para amenizar os prejuízos. “Isso não impede que a gestão pública comece a movimentar para que o Centro de Natal não feche”, diz.

Ele sugere que também se invista em cultura para atrair visitantes traga movimento à região. “O que traz o mundo para nos visitar é a nossa cultura, é a nossa história. Foi o que fizemos há seis, cinco anos quando eu criamos o movimento Viva o Centro Natal, com o objetivo da revitalização do centro, e provocar a gestão pública a olhar para a nossa cultura”, pontua.

A aposentada Maria da Conceição, Lourenço, de 74 anos, compara com nostalgia a situação atual do Centro da cidade. “É bem triste passar por aqui. Era uma área tão lega, foi um dos primeiros bairros da cidade e hoje parece tão abandonas”, relembra.

Deu na Tribuna do Norte

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