Arquidiocese decide sobre investigação contra o padre Júlio Lancellotti

 

A Arquidiocese de São Paulo afirmou que arquivou a investigação sobre o padre Júlio Lancellotti, alvo de denúncias de conteúdo sexual por parte da presidência da Câmara Municipal. As investigações se baseiam em um vídeo enviado pelo presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União Brasil), na segunda-feira (22). O material mostra o padre se masturbando em frente a um jovem.

Em nota enviada na tarde desta terça-feira (23), a liderança da Igreja Católica em São Paulo informou que manteve a decisão tomada em 2020, quando o mesmo vídeo foi analisado pela primeira vez. Naquela ocasião, não foram encontrados indícios de crimes. A Arquidiocese aguarda novos desdobramentos em relação ao caso.

Na nota, o órgão afirmou “não ter convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia” e citou parecer de 2020 do Ministério Público sobre o mesmo caso. A decisão foi informada ao Vaticano, segundo a Arquidiocese.

“Distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade, a Cúria Metropolitana de São Paulo permanece atenta a ulteriores elementos de verdade sobre os fatos denunciados”, diz trecho da nota.

O religioso é alvo de acusações do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), autor do requerimento de CPI que pretende investigar as ONGs que atuam no centro de São Paulo.

O parlamentar afirma ter contratado uma perícia que constatou a autenticidade do vídeo e que se trata do religioso nas imagens. Procurado, o padre não quis comentar. Seu advogado, Luiz Eduardo Greenhalgh, afirmou que se trata de uma montagem.

Nunes afirmou que o material havia sido enviado também para Ministério Público de São Paulo, Ministério Público Federal e para a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Com informações da Folha de São Paulo

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