Mina em Maceió já afundou 1,69m: alerta máximo de colapso

 

Prossegue a apreensão da população de Maceió pela expectativa do colapso da mina nº 18 escavada pela Braskem para extração de sal-gema. Em nota divulgada nesta manhã, a Defesa Civil Municipal informou que mantém alerta máximo e que o poço de mineração localizado no bairro do Mutange acumula um afundamento de 1,69m, com velocidade vertical de 0,7cm por hora.

A mina que movimentou mais 10,8cm em últimas 24h deve formar uma dolina, uma cratera de 150 metros de raio, que poderia engolir um estádio de futebol de dimensões como as do Maracanã.

Com maior parte de sua área localizada dentro da Lagoa Mundaú, a mina deverá ser inundada com as águas, material sólido, e parte da flora e da fauna marinha da laguna que inspirou o nome do estado de Alagoas. Perspectiva com efeitos ainda não dimensionados objetivamente, mas que deve ampliar o crime ambiental que já destruiu os bairros do Mutange, Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e parte do Farol, de onde foram evacuadas cerca de 60 mil pessoas, forçadas a deixar suas casas e empresas. A posição da Braskem está no final desta matéria.

Veja a nota da Defesa Civil, publicada às 9h:

A Defesa Civil de Maceió informa que o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 é de 1,69m e a velocidade vertical permanece de 0,7cm por hora, apresentando um movimento de 10,8cm nas últimas 24h.

O órgão permanece em ALERTA MÁXIMO devido ao risco iminente de colapso da mina nº 18, que está na região do antigo campo do CSA, no Mutange.

Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.

A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.

Deu no Diário do Poder

Deixe um comentário