Putin chama rebelião de ‘punhalada pelas costas’ e promete ‘esmagar’ traidores

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Em meio ao levante do grupo paramilitar Wagner, o presidente da RússiaVladimir Putin, segue trabalhando normalmente no Kremlin. A informação foi divulgada pelo porta-voz do mandatário russo neste sábado, 24, um dia após o grupo se rebelar contra Putin e prometer depor o comando militar do país. “O presidente está trabalhando no Kremlin”, afirmou Dmitry Peskov à agência estatal de notícias Ria Novosti.

A confirmação foi feita após unidades do Wagner reivindicarem a ocupação de instalações militares no sul da Rússia. Também neste sábado, Putin prometeu punir a “traição” do líder do grupo paramilitar, Yevgueni Prigozhin, afirmando que a rebelião iniciada por ele representa uma “ameaça mortal e um risco de guerra civil na Rússia em meio ao conflito com a Ucrânia.

A rebelião do grupo paramilitar está sendo considerado o maior desafio que Putin enfrentou ao longo de seu mandato e a pior crise de segurança na Rússia desde 1999, quando assumiu o poder. Em discurso à nação, Putin não citou Prigozhin, mas chamou o motim de “uma punhalada pelas costas para o nosso país e o nosso povo”. “O que enfrentamos é exatamente uma traição. Uma traição provocada pela ambição desmedida e os interesses pessoais”, acrescentou Putin.

Prigozhin reagiu, dizendo que Putin está “profundamente equivocado” ao acusar seus combatentes de traição e descartou uma rendição. “No que diz respeito à ‘traição da Pátria’, o presidente está profundamente equivocado. Nós somos patriotas. […] Ninguém planeja se render a pedido do presidente, dos serviços de segurança ou de quem quer que seja”, disse o líder do Wagner.

Prigozhin afirmou que o Wagner tomou a base militar do Exército da Rússia em Rostov, no sul do país, sem precisar efetuar nenhum disparo, alegando que tem o apoio da população local. “Por que o país nos apoia? Porque estamos realizando uma marcha por justiça”, disse o líder do grupo. “Entramos em Rostov e, sem um único tiro, tomamos o prédio da sede”, completou.

“Todos nós estamos prontos para morrer. Todos os 25.000 e depois mais 25.000. […] stamos morrendo pelo povo russo, que deve ser libertado de quem bombardeia a população civil”, disse Prigozhin pelo Telegram. As autoridades de Rostov pediram para que a população fique em casa, enquanto Putin afirmou que a situação no local é “difícil”.

Deu na Jovem Pan

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