Número de ataques em escolas em 2023 já supera 2022 e bate recorde

 

Um tiroteio que ocorreu na manhã de segunda-feira (19) em uma escola em Cambé, Paraná, resultando na morte de dois alunos e esse foi o sétimo incidente desse tipo registrado no Brasil este ano. De acordo com o Instituto Sou da Paz, que lançou um estudo em abril passado reunindo informações sobre ataques ocorridos em escolas brasileiras desde 2002, este ano bateu o recorde de casos.

Em apenas seis meses, já foram registrados mais casos do que em todo o ano de 2022, que detinha o recorde anterior com seis ataques em escolas. O terceiro ano com mais ocorrências foi 2019, com três episódios.

Analisando os dados de 22 anos, observa-se que em 12 deles não houve nenhum ataque em escolas. Em 2002 ocorreu um caso, em 2003 mais um, em 2011 foram dois, em 2012 houve um, em 2017 mais um, em 2018 também um, em 2019 foram três, em 2021 ocorreram dois, em 2022 foram seis e este ano já soma sete casos.

Desde 2002, foram contabilizados 25 ataques, resultando em 139 vítimas: 46 pessoas perderam a vida e 93 sobreviveram. Armas de fogo foram usadas em 12 casos (48% do total), resultando em 35 mortes (76% do total). Outros tipos de armas, como cortantes ou perfurantes, foram utilizados em 13 casos (52% do total), resultando em 11 mortes (24% do total).

Em pelo menos dois casos, os agressores estavam ausentes das aulas há meses, e nenhuma ação de busca ativa foi realizada, o que, segundo o estudo, contribui para o isolamento e radicalização desses estudantes ao se afastarem do ambiente escolar.

Em pelo menos 20 dos 25 casos, houve um planejamento que durou semanas ou meses. No ataque de segunda-feira em Cambé, a polícia encontrou anotações do agressor sobre ataques em escolas, incluindo o caso de Suzano, em São Paulo.

Deu na CNN

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