Desarticulado, governo vê caducar 3 MPs nesta sexta-feira

 

Em razão da desarticulação política do governo, três medidas provisórias assinadas pelo presidente Lula (PT) perdem validade neste sexta-feira (2), sem chances de serem votadas, após o prazo constitucional de 120 dias.

Com isso, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras permanece vinculado ao Banco Central, situação definida no primeiro governo Lula e restabelecida no governo Jair Bolsonaro, e não será transferido para o Ministério da Fazenda, como pretendia uma das MPs que caducam hoje.

O Coaf é uma unidade de inteligência financeira do governo federal que atua principalmente na prevenção e no combate à lavagem de dinheiro – crime que consiste na prática de disfarçar dinheiro de origem ilícita.

Outra MP que perde validade é a que estabelecia o chamado “voto de qualidade” a favor do Fisco, para favorecer o governo no caso de empate em julgamentos no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).

Em 2020, Bolsonaro sancionou a Lei do Contribuinte que passou a favorecer o contribuinte em caso de empate.

A terceira medida provisória que perde validade é a que determinava a extinção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), cujo controle foi ambicionado  durante décadas pela classe política em razão de sua capilaridade e orçamento.

A extinção do órgão chegou a ser incluída deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), o relator, no projeto de lei de conversão decorrente da MP da Esplanada e aprovado no Congresso, mas um destaque do PL, partido de Bolsonaro, retirou o dispositivo do texto finalmente aprovado. Agora, a Funasa terá de ser recriada.

Deu no Diário do Poder

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