TSE atende pedido do PT e cassa mandato de Deltan Dallagnol

Deltan Dallangol

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Realizado na noite desta terça-feira, 16, o julgamento contra ele teve como relator o ministro Benedito Gonçalves e o resultado se deu por unanimidade.

A Justiça Eleitoral decidiu que os votos de Dallagnol devem ser distribuídos entre os demais candidatos a deputado federal pelo Podemos do Paraná do ano passado. Nas eleições de 2022, o ex-procurador da República e ex-coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba foi o mais bem votado na disputa pelo cargo no Estado do Sul. Ele recebeu exatos 344.917 votos — o equivalente a 5,63%.

Relator, Gonçalves foi o único a votar de facto. Durante a leitura do voto, o que durou mais de 40 minutos, o ministro entendeu que Dallagnol tentou burlar a Justiça, ao deixar o Ministério Público durante o período em que, segundo o magistrado, respondia a processos administrativos, e que poderiam resultar em condenação, transformando-o em “ficha suja”. “Manobra para driblar a inelegibilidade”, afirmou o integrante do TSE.

Depois da leitura do voto de Gonçalves, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, perguntou se alguém da Corte abriria divergência em relação ao entendimento do relator. Como ninguém se manifestou, Moraes declarou que o tribunal decidiu por unanimidade cassar o mandato de Dallagnol.

A sessão de hoje do TSE foi composta, além de Moraes e Gonçalves, dos ministros Cármen Lúcia, Raul Araújo Filho, Sérgio Banhos, Carlos Horbach e Nunes Marques.

A ação contra Deltan Dallagnol chegou ao TSE por meio de ação movida pelo PMN e pela Federação Brasil da Esperança, que é composta de PT, PCdoB e Partido Verde. A decisão reverte entendimento anterior. Isso porque, durante o período eleitoral de 2022, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) havia rejeitado o pedido por parte dos petistas e de outros partidos de esquerda.

Deu na Oeste

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