Presos por trocar etiquetas de bagagem para o PCC são pobres e vivem na periferia

 

Os seis homens e duas mulheres presos pela Polícia Federal sob suspeita de integrarem um esquema criminoso de troca de bagagens para o envio de cocaína para a Europa são jovens, ganham mal e moram na periferia de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Funcionários da área restrita do maior aeroporto internacional do Brasil, em Guarulhos, eles recebiam do Primeiro Comando da Capital (PCC) uma média de R$ 30 mil por cada bagagem recheada com cocaína despachada para a Europa. Isso equivale a mais de um ano de salário deles.

Os valores foram apurados pela Polícia Federal em investigação sobre o esquema de cooptação de profissionais terceirizados do aeroporto pela facção criminosa.

Em uma operação deflagrada no último dia 4, policiais federais prenderam no aeroporto da região metropolitana Anderson Augusto Nascimento, 24 anos, Eduardo Barbosa dos Santos, 30, Gustavo Evaristo de Souza, 22, Pablo Thomas de Oliveira Franca, 23, Pedro Henrique Silva Venâncio, 21, Gabriel do Nascimento Silva Sousa, 25, Carolina Henela Pennacchiotti, 35, e Tamiris Macedo da Silva Zacharias, 31.

Todos foram indiciados, até o momento, por tráfico internacional de drogas e por associação ao tráfico, segundo a PF.

A reportagem apurou que a renda mensal média deles oscila entre R$ 1.500 e R$ 2.000. Com a exceção de Carolina, que consta com endereço na zona norte da capital paulista, todos os outros detidos moram em bairros guarulhenses periféricos e de baixa renda.

Ainda foi apurado que Pablo Thomas tem registrado em seu nome uma hamburgueria no bairro Jardim Santa Rita. Carolina Henela também tem um CNPJ de uma loja de roupas no bairro Parque Cecap.
Deu no Metrópoles

Deixe um comentário