“É justo que quem bateu reconheça o bom resultado”, diz ministro de Minas e Energia

 

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou à CNN que o resultado do PIB reflete algo que ele e integrantes do governo já alertavam há bastante tempo: o mercado está analisando de forma errada os dados da economia e desconsiderando o efeito de reformas promovidas pelo governo. Segundo ele, o país está diante de um crescimento sustentável e seguro.

“Na hora que a gente apanha, temos que ficar calados. Quando o resultado aparece, acho justo que as pessoas que bateram reconheçam o bom resultado”, disse Sachsida. “Errar é humano. Só que é simples: no ano que vem, vão errar de novo. O PIB potencial da economia aumentou”.

O ministro, que nos três primeiros anos de governo ocupou o cargo de Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, disse que não compreende o fato de economistas de grandes bancos, como Itaú, Santander e Bradesco, terem errado tanto as previsões que fizeram.

“Não é possível que esse pessoal não esteja vendo ou não esteja ouvindo”, afirmou. “É o que cansei de falar: o mercado está olhando a coisa errada. O mercado está olhando a curva de demanda e não está olhando a curva de oferta. As reformas microeconômicas, os novos marco legais. Eu dizia que tudo isso geraria um aumento do investimento privado e a retomada do mercado de trabalho garantiria um crescimento superior a 2%. É a oferta de trabalho que pode aumentar graças ao retorno seguro ao trabalho e ao investimento privado”, disse.

Sobre o fato de a renda per capita do brasileiro ainda demorar alguns anos para voltar ao patamar de 2014, o ministro disse que isso se deve à crise gerada pelo governo Dilma Rousseff. “Queremos mágica? PIB per capita caiu porque tivemos uma recessão violentíssima em 2015 e 2016”, afirmou. “No nosso governo, o que aconteceu: com as reformas, você tem dificuldade no começo, e depois o resultado aparece”.

Segundo Sachsida, os bons indicadores da economia são “resultado de três anos de trabalho duro” que agora aparecem de forma clara. “E com pandemia, no meio de uma guerra e com alta de juros. Isso mostra a força das reformas que foram feitas. Só que falávamos e as pessoas não prestavam atenção”, disse à CNN.

O ministro projeta ainda cenário positivo para 2023 e aposta que o mercado terá de revisar novamente suas previsões. “Ano que vem vai ser melhor porque as medida estão corretas. A redução de impostos sobre energia é algo espetacular. As pessoas estão tão magoadas, porque fizemos algo que elas não esperavam e que não enxergam: pegar um insumo básico como energia e reduzir o seu custo tem efeito enorme. Vai ficar mais fácil para a padaria, para o shopping, para o setor produtivo como um todo”, afirmou.

Deu na CNN Brasil

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