PCDF investiga policiais penais por regalias a presos do Mensalão

 

Policiais penais do Distrito Federal foram alvo da Operação Accipientis, deflagrada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), da Polícia Civil do DF, na manhã desta sexta-feira (27/5).

Os investigadores cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências de 13 servidores que trabalharam no Sistema Prisional do Distrito Federal entre 2014 e 2016, época em que ficaram detidos no Complexo Penitenciário da Papuda políticos presos pelo Mensalão, esquema de desvio de dinheiro público organizado por alguns membros do Partido dos Trabalhadores (PT). Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão durante a operação contra duas pessoas jurídicas ligadas aos suspeitos.

A investigação, que está em andamento, visa apurar crimes de corrupção verificados à época, quando presos da Ação Penal 470 – Mensalão — estiveram recolhidos nas unidades prisionais distritais e, supostamente, foram beneficiados com facilidades e regalias em troca de vantagens financeiras e políticas dadas aos policiais penais alvos da operação.

Entre os prováveis recebimentos em apuração, encontra-se a aquisição pelos policiais penais de terrenos com dinheiro, ao que tudo indica, advindo das “propinas” pagas a eles. As diligências apontam que tais imóveis teriam sido adquiridos por meio de pessoas jurídicas constituídas para o rateio das propriedades.

Segundo investigações conduzidas pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), regalias, como visitas clandestinas, envolvem José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Marcos Valério.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas seguintes cidades: Riacho Fundo, Samambaia, Recanto das Emas, Gama, Paranoá e Águas Claras. Cerca de 80 policiais participaram da operação, entre delegados, escrivães e agentes. O objetivo da operação é, por meio das buscas, colher mais elementos de provas para instruir as investigações.

Deu no Metrópoles

Deixe um comentário