Servidores da saúde encerram greve após acordo com a Prefeitura de Natal

 

A greve dos profissionais da saúde de Natal, iniciada no dia 11 de abril, foi suspensa nesta sexta-feira 13, após a categoria ter aceitado proposta da Prefeitura Municipal, que se comprometeu a conceder reajuste de 24,77% para técnicos e 9% para enfermeiros, médicos e nutricionistas. Também será concedido aumento de 62,97% para assistentes de saúde, de nível médio, e 69,66% para dois auxiliares de nível fundamental. Com o movimento suspenso, eles se manterão em estado de greve, para observação do cumprimento dos pontos acordados.

De acordo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaúde), a mobilização, que completou 32 dias, foi considerada vitoriosa porque os profissionais conseguiram “avanço nas pautas mais importantes”. Os profissionais também consideraram a possibilidade de judicialização do movimento, para suspender o movimento.

Entre os pontos destacados pela entidade, estão: isonomia para os profissionais do grupo “Assistente em Saúde”, que receberão em conformidade com a tabela de técnico e a formação futura de comissão permanente para a da implantação e pagamento retroativo das gratificações, adicionais de insalubridade, adicionais noturnos, atualização de quinquênios, progressões funcionais e revisão do PCCV, cuja data da primeira reunião será até a primeira quinzena de junho.

“Os trabalhadores deram um show de compromisso e empenho no movimento grevista. Foram mais de trinta dias enfrentando chuva, sol, o próprio cansaço, o assédio moral dos gestores nos locais de trabalho, os ataques da mídia hegemônica que muitas vezes criminalizou o movimen dato, a pequena parte da população que não entende e não apoiou a greve, enfim, a categoria fez história e, com certeza, seguirá fazendo”, afirmou a diretoria do sindicato, em nota oficial.

O Sindsaúde informou que, apesar da suspensão do movimento, a categoria permanecerá atenta à realização do compromisso firmado pela Prefeitura de Natal, sob risco de a categoria retomar a paralisação das atividades caso o município desrespeite o acordo firmado nesta sexta. “A luta não para”, escreveu.

Na última quarta 11, quando a greve completou um mês, os servidores da Saúde realizaram ato unificado em frente ao Paço Municipal, na Cidade Alta, quando rejeitaram, mais uma vez, a oferta de reajuste de 8% da Prefeitura para uma parte da categoria. O índice, segundo os grevistas, estava abaixo das perdas salariais nos últimos oito anos sem data-base. Eles também consideraram o valor injusto sobretudo com os trabalhadores que atuaram na linha de frente do combate à Covid-19.

Deu no Agora RN

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