Número de benefícios do Auxílio Brasil supera carteiras de trabalho assinadas no RN

 

O Rio Grande do Norte tem mais beneficiários do programa Auxílio Brasil que pessoas empregadas com carteira assinada, de acordo com dados do Governo Federal.

Em abril, o estado teve 443.482 famílias atendidas pelo programa assistencial, recebendo em média R$ 408,66. Por outro lado, registrou estoque de 437.500 empregos formais em março, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (28).

O levantamento não leva em conta os servidores públicos, além de trabalhadores informais, microempreendedores, entre outras pessoas que têm CNPJ, por exemplo.

Ao todo, segundo o Ministério da Cidadania, o auxílio injetou R$ 181,2 milhões no estado em abril – valor superior ao Fundo de Participação dos Municípios, que foi de R$ 149,2 milhões.

Para o professor do Departamento de Economia da UFRN, Thales Penha, de maneira geral, a economia do estado conta com baixo dinamismo, com concentração de empregos principalmente na região metropolitana de Natal e cidades-pólo como Mossoró.

“Esse baixo dinamismo é característica do estado. Há uma concentração da atividade econômica na capital e no interior há uma grande massa de trabalhadores informais, de pessoas que vivem de ‘bico’. Temos, por exemplo, muitos agricultores que trabalham na informalidade durante parte do ano e no restante depende de programas sociais”, aponta.

De acordo com ele, o processo de estagnação econômica do estado já dura aproximadamente 30 anos, após um período de crescimento provocado pela cultura do algodão e chegada de várias indústrias ao estado na década de 1970.

Por outro lado, o professor avalia que no Brasil como um todo, há uma característica de informalidade do trabalho, em que as massas de trabalhadores formais e informais chegam a ser quase iguais em quantidade.

Deu no G1

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