Lula, Zé Dirceu e Guido Mantega são “irmãos xifópagos” diz Boris Casoy

Boris Casoy toma medida radical aos 80 anos e anuncia novidade inesperada

 

No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (1), o jornalista Boris Casoy avaliou a possibilidade de Guido Mantega e José Dirceu assumirem ministérios caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito ao Planalto neste ano.

Pressionados em entrevistas recentes, tanto Mantega quanto Dirceu negaram a possibilidade de retornar ao poder no caso de uma possível reeleição de Lula. Os dois ex-ministros – Mantega comandou o extinto Ministério do Planejamento entre 2003 e 2004 e a Fazenda entre 2006 e 2015; Dirceu esteve à frente da Casa Civil entre 2003 e 2005 – tiveram condenações na Justiça, incluindo a Operação Lava Jato, que teve as decisões anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Boris Casoy ironizou as declarações, afirmando que sua “bola de cristal” está com “defeito”, e que é impossível cravar se Mantega e Dirceu serão ou não ministros em um eventual terceiro governo de Lula. O histórico, porém, parece ajudar na pressão.

O comentarista recordou que Mantega foi indicado pelo PT para escrever um artigo ao jornal Folha de S. Paulo representando o pré-candidato do partido para falar sobre política econômica, que acabou causando reação do mercado financeiro e da esfera política ao defender a revogação da Reforma Trabalhista.

Casoy também ressaltou que, embora tenha sido condenada no passado, a dupla não possui nenhuma imposição judicial impedindo um retorno aos cargos públicos. Contudo, as afirmações de que eles não voltarão ao poder não parecem ser contundentes o suficiente.

“Eles não dizem que não serão ou que não aceitarão [um cargo de ministro]. Eles dizem ‘não faz parte dos meus planos’, ‘não estou procurando’… é mais ou menos este o sentido.”

“Eles são irmãos xifópagos. Lula, José Dirceu, Mantega… a ascensão do PT se deu junto [do trio]. Eles são ligadíssimos”, afirmou.

A relação entre Dirceu e Lula já teve momentos de tensão. Casoy relembrou uma entrevista quando o então ministro chamou a administração de “meu governo”, provocando irritação do correligionário – e afirmou que Lula “tem pânico” que alguém sugira um cargo para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que tem sido alvo de críticas pelas administrações petistas.

“Ela é uma criatura do Lula, isso ele não quer que apareça na campanha. Ela seguiu as políticas determinadas pelo PT, botou em prática e não deu certo. Todo o quadro do ideário político e econômico no PT deu no que deu. O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu uma herança maldita.”

“A gente deve raciocinar, respeitando as opiniões deles [Mantega e Dirceu], de que não estão procurando ministérios… se Lula for eleito, o que não está decidido ainda, dificilmente ele abrirá mão de algum tipo de colaboração de Mantega, Dirceu e também Dilma, que não pode ficar desempregada”, concluiu.

Deu na CNN

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