Uma surpreendente mudança fiscal no Brasil, o maior exportador mundial de soja, está levando os compradores chineses se abastecerem nos EUA.
Os importadores da China, o maior comprador de commodities do mundo, compraram pelo menos 208 mil toneladas de soja desde que a mudança foi anunciada na última terça-feira (4), segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA. As vendas relâmpago foram as primeiras transações do tipo desde janeiro.
Fonte: Infomoney
Uma seca sem precedentes na Argentina tem derrubado a produção de soja no país vizinho e impedido a redução dos preços no Brasil. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP divulgou análise nesta segunda-feira, 3.
“Enquanto a safra brasileira segue em bom ritmo e caminha para produção recorde, na Argentina, o início da colheita fez com que as estimativas fossem novamente reajustadas para baixo”, informa o Cepea. “Esse contexto na Argentina acabou elevando os preços do complexo da soja nos Estados Unidos e limitando o movimento de baixa no Brasil nos últimos dias.”
De acordo com os pesquisadores da Universidade de São Paulo, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires estima que os produtores argentinos colham 25 milhões de toneladas do grão. A previsão equivale a uma queda de 44% na safra local. A redução drástica fará com que a Argentina não consiga suprir sua demanda interna, enquanto os brasileiros devem ter uma colheita recorde.
A seca afeta toda a produção de grãos argentinos. A consultoria Cohen, por exemplo, estima que as colheitas de trigo e milho devem ter quedas similares às da soja. Assim, a projeção mostra que o valor da safra local deve cair pela metade. O prejuízo é de US$ 25 milhões para a Argentina.
Deu na Oeste
O resultado da safra de soja nesta temporada em Mato Grosso, estimada em 44 milhões de toneladas, colocaria o estado como o terceiro maior produtor mundial do grão no planeta.
Os dados da unidade federativa brasileira foram divulgados nesta semana pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O valor supera a produção da Argentina, que está em terceiro lugar no ranking de países que mais criam esse tipo de commodity, com 33 milhões de toneladas, segundo o Foreign Agricultural Service (FAS).
Atualmente, os três maiores produtores globais de soja são Brasil, Estados Unidos e Argentina.
Para este ano, analistas do agronegócio acreditam que a soja brasileira deve superar o patamar de 153 milhões de toneladas.
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