Notícias

Delegado que indiciou três pessoas por ofensas a Moraes ganha cargo na Europa

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

 

Responsável pelo pedido de indiciamento de três pessoas que xingaram o ministro do STF Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, o delegado Thiago Severo de Rezende ganhou um cargo na Europa dias antes de indiciar os suspeitos no caso.

No último dia 16 de maio, Rezende foi nomeado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, como Oficial de Ligação junto à Europol (Agência da União Europeia para a Cooperação Policial) em Haia, nos Países Baixos.

A missão do delegado terá duração de dois anos, de acordo com a portaria publicada no Diário Oficial da União na terça-feira (28/5). Ele se mudará para a Holanda com todas as despesas pagas pela PF e com direito a levar seus dependentes.

Fonte: Igor Gadelha – Metrópoles

Notícias

Alexandre de Moraes se irrita com relatório da PF sobre confusão em Roma

 

O ministro do STF Alexandre de Moraes demonstrou irritação, nos bastidores, com o relatório da Polícia Federal sobre a confusão na qual familiares do magistrado e uma família do interior de São Paulo se envolveram no aeroporto de Roma em julho de 2023.

Segundo aliados, Moraes se irritou não só com o que considera “vazamento”, mas com o teor do documento. O relatório concluiu que o empresário Roberto Mantovani Filho cometeu crime de “injúria real” contra o filho do ministro durante o episódio, mas não indiciou o investigado.

No documento, assinado pelo delegado Hiroshi de Araújo Sakakai, a PF justifica que não pediu o indiciamento do empresário por dois motivos principais: 1) porque injúria é considerado um crime de menor potencial ofensivo e 2) porque o episódio ocorreu fora do Brasil.

“Portanto, os elementos informativos obtidos atestam, de modo suficiente, a materialidade e autoria do crime de injuria real, cometido por ROBERTO MANTOVANI FILHO (sic) em face de ALEXANDRE BARCI DE MORAES (sic). Todavia, deixo de proceder ao indiciamento, em virtude da previsão contida no art. 99, § 20, da Instrução Normativa n° 255-DG/PF, de 20 de julho de 2023 (Instrução Normativa que regulamenta as atividades de policia judiciária da Policia Federal), que veda o indiciamento por crime de menor potencial ofensivo”, diz o delegado no relatório, ao qual a coluna teve acesso.

A notícia é do Portal Metrópoles

Notícias

PF alega ‘injúria’, mas não indiciará família por bate-boca com Moraes em Roma

 

Após sete meses, a Polícia Federal (PF) decidiu não indiciar os envolvidos na confusão entre uma família de brasileiros e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seu filho, em Roma (Itália). Entretanto, apontou a existência de um crime de menor potencial ofensivo, que não cumpre requisitos mínimos para a responsabilização penal.

Segundo a investigação, Roberto Mantovani Filho seria responsável por “injúria real” contra o filho do ministro, Alexandre Barci de Moraes, no aeroporto. As imagens das câmeras de segurança, que permanecem sob sigilo, mostram o momento em que Mantovani se dirige a Alexandre Barci e “o atinge no rosto com a mão direita, causando o deslocamento dos óculos do atingido”.

O “crime de menor potencial ofensivo”, explica a PF, é como “empurrar, puxar a roupa ou parte do corpo (puxões de orelha ou de cabelo), arremessar objetos, cuspir…”. Por ter sido cometido no exterior, o ato não cumpre requesitos mínimos para ser responsabilizado no Brasil.

Mantovani, sua esposa Andrea e o genro do casal, Alex Zanatta, foram alvo de operação de busca e apreensão dias após a confusão. As imagens das câmeras foram mantidas sob sigilo durante toda a investigação, que ficou sob responsabilidade do próprio STF, sendo divulgadas apenas cenas congeladas.

Deu no Diário do Poder

Notícias

Oposição cobra imagens secretas do rolo com Moraes em Roma

 

Seis meses depois do fato, a oposição voltou a cobrar as imagens de 14 de julho do aeroporto de Roma que documentam o barraco ocorrido entre brasileiros e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Ele alegou à Polícia Federal que sua família foi vítima de agressão. Os acusados negam. Colega de Moraes, Dias Toffoli decretou “sigilo”. “Neste incidente tem muita coisa obscura, falta transparência. Cadê as imagens?”, cobrou ontem o deputado Bibo Nunes (PL-RS).

“Queremos a verdade. O que se tem a esconder nesse caso?”, diz Nunes, insistindo nas imagens enviadas pelas autoridades italianas.

Já José Nelto (PP-GO) pondera que “a mentira só dura enquanto a verdade não chega” e que o ministro deveria incentivar a divulgação.

Para Nelto, “Se ele [Moraes] é o ofendido, precisa tornar tudo claro, tem obrigação de permitir a divulgação das imagens, sem falsear a verdade”.

O deputado pede a perícia reclamada pela APCF, associação de peritos federais, que lembrou em nota ser esse um trabalho especializado.

Deu no Diário do Poder

Notícias

Quem é o homem que hostilizou Alexandre de Moraes na Itália

 

O empresário Roberto Mantovani Filho, de 71 anos, é um dos três brasileiros que hostilizaram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto Internacional de Roma. Ele e sua família moram em Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo,

Mantovani é esposo de Andreia, a primeira brasileira a hostilizar o ministro do Supremo, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. Alex Zanatta Bignotto, que se juntou aos dois nos xingamentos, é genro de Mantovani.

A família do empresário controla empresas na região Santa Bárbara D’Oeste. Bignotto é dono de uma corretora de imóveis. Seu sogro atua com administração de bens imobiliários, consultoria empresarial e equipamentos hidráulicos.

Em 2020, Mantovani destinou R$ 19 mil a campanhas eleitorais e ao PSD de Santa Bárbara D’Oeste. O empresário doou R$ 4 mil para a campanha eleitoral de José Antonio Ferreira, que foi candidato à prefeitura de Santa Bárbara D’Oeste pelo PSD. O “Dr. José” não foi eleito. Mantovani ainda transferiu R$ 11 mil à direção do PSD na cidade.

No mesmo ano, o empresário contribuiu com a campanha de Josué Ricardo Lopes, do PTB, à prefeitura de Socorro, município do interior de São Paulo. Mantovani cedeu um imóvel para ser usado como comitê. Ricardo Lopes foi eleito.

Apesar de ter sido apontado como agressor do filho de Alexandre de Moraes, Mantovani disse considerar que o ocorrido “não foi nada extraordinário” e que preferia aguardar o pronunciamento das autoridades sobre os possíveis crimes que possa ter cometido.

– Na minha opinião não foi nada de tão extraordinário. Não gostaria de comentar nada para evitar, sabe, ódio, um revanchismo. Não gostaria disso nesse momento. Não gostaria de fazer nenhum comentário até que possa saber aquilo que eles possam dizer que eu fiz – afirmou ao Estadão.

Moraes estava acompanhado de seus familiares no aeroporto. O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito.

– Eu só vi o ministro. Ele estava para entrar numa sala VIP. Eu passei por ali. Houve ali uma pequena confusão de alguns brasileiros, alguns foram embora e quem pagou o pato fomos nós, mas tudo bem, a gente tem que aguardar – completou Roberto Mantovani.

Os três brasileiros se tornaram alvos de um inquérito da PF, mas não chegaram a ser presos. Segundo o empresário Roberto Mantovani, eles foram abordados e identificados na chegada ao aeroporto de Guarulhos (SP).

*Com informações da AE