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Ex-PGR relata dificuldade para acessar inquérito de Marielle

Raquel Dodge revela dificuldades no acesso ao caso Marielle e resistência  de autoridades do Rio - Brasil 247

 

No sábado (29), a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge relatou a atuação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Dodge expôs supostas dificuldades por parte do MP-RJ. As declarações foram dadas ao colunista Aguirre Talento, do UOL.

Apesar de o crime estar sob competência estadual, na época, a procuradora-geral acreditou que, se tratando da morte de um membro do Legislativo, o caso poderia requerer a federalização. Com isso, dois dias após a tragédia, viajou até o Rio para apoiar e obter novas informações sobre as investigações.

Já no final de seu mandato, Dodge solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o caso saísse da competência estadual para a federalização. A Terceira Seção do Tribunal recusou o pedido.

– Me pareceu que havia ali um crime não contra a pessoa em si, mas contra a democracia, por causa do mandato dela – disse.

O caso só foi federalizado em fevereiro deste ano, quando o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, acionou a Polícia Federal (PF) para investigar o caso.

Em seu relato, Dodge afirmou que a 28ª Vara Criminal do Rio, responsável pelo inquérito de Marielle, teria atrasado o cumprimento da decisão do STJ, que concedia a ela permissão para ter acesso ao relatório das investigações.

De acordo com a ex-procuradora, o STJ emitiu a decisão no dia 29 de agosto de 2019. No entanto, o processo só chegou à Procuradoria-Geral da República (PGR) no dia 11 de setembro de 2019.

Deu no Pleno News