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Lula quer limitar a 2,5% crescimento real dos pisos da saúde e educação

Flexibilizar Saúde e Educação pode liberar R$ 131 bi - 06/04/2024 - Mercado  - Folha
Foto: Adriano Machado / REUTERS

 

O Ministério da Fazenda de Lula estuda propor a alteração das regras orçamentárias para saúde e educação de forma a aproximar o crescimento dessas despesas à lógica do arcabouço fiscal, que limita o conjunto dos gastos federais a uma alta real de até 2,5% ao ano.

De acordo com um integrante da equipe econômica, o crescimento real dos pisos passaria a ser limitado aos mesmos 2,5% previstos no arcabouço. Também estão em análise alterações nas regras de certos benefícios previdenciários, como o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) —que passariam a ser desvinculados do salário mínimo.

As alterações são estudadas enquanto o governo é pressionado a apresentar medidas de equilíbrio fiscal pelo lado das despesas, após ter se dedicado por um ano e meio à busca por mais receitas. Além da pasta comandada por Fernando Haddad, o Ministério do Planejamento (comandado por Simone Tebet) está estudando iniciativas a serem apresentadas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com informações da Folha de S. Paulo

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Governo Lula vai ao TCU para não cumprir piso da saúde em 2023

 

O Ministério da Fazenda de Lula encaminhou uma consulta formal ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a possibilidade de descumprir o piso constitucional da saúde. A aplicação desse patamar mínimo de investimento significaria um aumento de gastos de até R$ 20 bilhões para a União. Ou seja, o governo quer evitar essa despesa adicional.

No documento, enviado à Corte na noite da última quinta-feira (28), a Fazenda afirma que o governo recompôs o Orçamento deste ano seguindo a premissa do teto de gastos, e que a retomada dos pisos está prevista para 2024. Alega, ainda, que antecipou a discussão do novo marco de maneira diligente e que não é necessário reengatilhar, fora do planejamento orçamentário, novas despesas na saúde e educação.

Ao TCU, a pasta também ponderou que os programas sociais foram restabelecidos e que não entende ser o caso de incorporar um piso não previsto.

– Antecipamos o processo legislativo e aprovamos o novo arcabouço fiscal antes do tempo previsto na PEC da Transição, em benefício da economia brasileira. Não nos parece correto penalizar a boa gestão da economia – disse ao jornal O Estado de São Paulo o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.

Deu no Estadão