Arthur Silva, ouro no judô, Thalita Simplício – 400m T11 (prata), Cecília Araújo – 50m livre S8 (prata), Romário Marques – Goalball (bronze), Maria Clara Augusto – 400m T47 (bronze) e Rosicleide Andrade – judô (bronze) foram os potiguares que colaboraram com a maior campanha do Brasil em Jogos Paralímpicos.
O país conquistou o maior número total de medalhas, 89, superando as 72 de Tóquio 2020 e do Rio 2016. Também bateu o recorde de medalhas de ouro, com 25, batendo as 22 douradas de Tóquio 2020. No total foram 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, o que rendeu a inédita 5ª posição no megaevento (atrás de China, Grã-Bretanha, EUA e Holanda).
A quinta colocação em Jogos Paralímpicos foi a meta que o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) estabeleceu para os Jogos de 2016, no Rio, mas na ocasião não a atingiu, conquistando 14 ouros. O planejamento estratégico feito em 2017, e revisitado em 2021, colocava a meta entre 70 e 90 medalhas e o top 8 em ouros, o que foi conquistado e até ultrapassado em Paris.
Com uma campanha impecável, o Brasil cumpriu o objetivo e se firmou com uma das cinco maiores potências paralímpicas do mundo. A delegação brasileira bateu o recorde de medalhas, com 89 pódios conquistados, alcançou o maior número de ouros, com 25, e terminou em quinto lugar no quadro geral dos Jogos.
O Brasil travou uma batalha acirrada com a Itália pela quinta posição até o último dia dos Jogos. A delegação brasileira terminou o sábado na segunda colocação, atrás do país europeu. Neste domingo, no entanto, dois ouros, um no halterofilismo e outro na canoagem, garantiram a virada brasileira no quadro de medalhas.
Até então, a melhor campanha do Brasil tinha sido nos Jogos de Tóquio 2021, com 22 medalhas de ouro e um total de 72 pódios, fechando na sétima posição. Nos Jogos de Londres 2012, a delegação também tinha ficado em sétimo, mas com 21 ouros e “apenas” 47 medalhas no total.
Natação e atletismo comandaram as medalhas brasileiras (veja lista abaixo), respectivamente com 26 e 36 pódios, as melhores participações em números quantitativos da história das modalidades. Mas quem deu o impulso final para o recorde foi o judô que, nos últimos dias, com quatro ouros, surpreendeu a todos e deixou o país como líder do quadro desta modalidade.
MEDALHAS DE OURO (23)
Atletismo (10)
Ricardo Mendonça -100m T37
Petrúcio Ferreira -100m T47
Yetsin Jacques -1500m T11
Julio Cesar Agripino -5000m T11
Claudiney Batista -lançamento do dardo F56
Jerusa Geber -100m T11
Rayane Soares -400m T13
Fernanda Yara -400m T47
Elizabeth Gomes -lançamento de disco F54
Jerusa Geber 100m T11
Natação (7)
Gabriel Araujo -50m costas S2
Gabriel Araujo -100m costas S2
Gabriel Araujo -200m livre S2
Carol Santiago -50m livre S13
Carol Santiago -100m livre S12
Carol Santiago -100m costas S12
Talisson Glock -400m livre S6
Judô (4)
Alana Maldonado -até 70kg J2
Willians Araujo acima de 90kg J1
Arthur Silva até 90kg J1
Rebeca Silva acima de 70kg J2
Atletismo (14) Ariosvaldo Fernandes -100m T53
Vinicius Rodrigues -100m T63
Christian Costa -200m T37
Julio Cesar Agripino -1500m T11
Yeltsin Jacques -5000m T11
Paulo Henrique -salto em distância T13
Mateus Evangelista -salto em distância T13
André Rocha -lançamento do disco F52
Cicero Nobre – lançamento do dardo F57
Lorena Spoladore -100m T11
Veronica Hipolito -100m T36
Maria Clara Augusto -400m T47
Antonia Keyla Barros -1500m T20
Giovanna Boscolo – lançamento de club F32
Thomas de Moraes 400m T47
O sábado (7) é o penúltimo dia de competições em Paris e começou com recorde do Brasil. Quatro medalhas conquistadas no atletismo fizeram com que o país garantisse sua melhor campanha geral em uma edição das Paralimpíadas.
Até o momento, atletas brasileiros já subiram ao pódio 77 vezes na capital francesa, superando as 72 da Rio 2016 e de Tóquio 2020. E o número ainda deve aumentar, com mais disputas nas pistas do Stade de France e em outras modalidades.
Uma das responsáveis por ajudar o Brasil foi Rayane Soares. A maranhense, que já tinha conquistado a prata nos 100m, voltou às pistas neste sábado e faturou o ouro dos 400m da classe T13 (para atletas com deficiência visual). Com tempo de 53s55, ela ainda estabeleceu um novo recorde mundial.