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Ex-aliado, Ortega descreve Lula como ‘vergonhoso’ diante de Maduro na Venezuela

Reprodução

 

O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, criticou duramente o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente colombiano Gustavo Petro durante uma cúpula virtual da ALBA-TCP, realizada na segunda-feira (26). Ortega chamou a postura de Lula em relação à eleição presidencial na Venezuela de ‘vergonhosa’, acusando-o de repetir os mesmos discursos dos Estados Unidos e da Europa, além de governantes da América Latina que ele considera submissos.

“A forma como Lula tem se comportado sobre a vitória do presidente legítimo da Venezuela é uma forma vergonhosa, vergonhosa, repetindo os lemas dos ianques, dos europeus, dos governos rebaixados da América Latina”, alegou Ortega

Ortega afirmou que, se Lula deseja o respeito do povo venezuelano, deveria respeitar a vitória de Nicolás Maduro, ditador proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.

“Lula, se você quiser que o povo bolivariano o respeite, respeite a vitória do presidente Nicolás Maduro, e não fique ali, como um rebaixado”, pontuou Ortega.

Ortega também atacou Gustavo Petro, dizendo que ele estaria competindo com Lula para ver quem se tornaria o principal representante dos Estados Unidos na América Latina. Em sua crítica, Ortega mencionou os escândalos de corrupção no Brasil, incluindo a Lava-Jato, e sugeriu que Lula deveria ‘acordar’.

“Lembre-se dos escândalos, da Lava-Jato. Lembre-se bem de tudo isso. Aparentemente, não foram governos muito limpos. Acorde, Lula. E eu poderia mencionar muitas outras coisas para você”, finalizou.

As críticas de Ortega acontecem no contexto em que Brasil e Colômbia tentam aparentar uma busca por liderança para resolver o conflito deflagrado na Venezuela desde o período eleitoral, marcado por denúncias de fraude. A eleição venezuelana, vencida pela oposição, mas usurpada por Maduro, tem sido contestada pela comunidade internacional, que já apresentou provas de fraude e sustenta que o candidato Edmundo González Urrutia foi o verdadeiro vencedor.

Protestos após a publicação dos resultados causaram 27 mortes, mais de 200 feridos e cerca de 2.400 detenções. O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, alinhado à ditadura de Maduro, confirmou os resultados e acusou González Urrutia de desacato.

Deu no Conexão Política

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Nicarágua expulsa freiras na mais recente repressão à Igreja Católica

 

Duas freiras que trabalhavam em uma casa de repouso na Nicarágua foram expulsas do país esta semana, em meio a uma repressão de longo alcance contra líderes da oposição, jornalistas e a Igreja Católica por parte do governo do ditador Daniel Ortega.

O autoritário mirou no clero de seu país, chamando os bispos da Conferência Episcopal da Nicarágua (CEN) de “terroristas”. Ortega acusa a Igreja Católica de apoiar protestos antigovernamentais em 2018, que seu governo rotulou de “tentativa de golpe”.

As freiras, ambas cidadãs costa-riquenhas, chegaram à Costa Rica na quarta-feira (12), segundo a Diocese de Tilarán-Libéria.

As irmãs Isabel e Cecilia Blanco Cubillo, da congregação Dominicas de la Anunciata, administravam uma casa de repouso na Nicarágua, segundo o bispo Manuel Eugenio Salazar Mora.

Salazar Mora pediu aos apoiadores que orassem pela igreja e por um bispo da Nicarágua chamado Rolando Álvarez, que foi preso em fevereiro.

O sistema de justiça da Nicarágua condenou Álvarez, um crítico veemente do governo, a mais de 26 anos de prisão por crimes como minar o Estado e a sociedade nicaraguense e por supostamente espalhar notícias falsas.

Sem defesa, o bispo não conseguiu refutar as acusações.

Na quarta-feira, um grupo de freiras trapistas da Nicarágua, que deixou o país no final de fevereiro, também disse que o governo havia confiscado seu mosteiro e o entregou ao Instituto Nicaraguense de Tecnologia Agropecuária.

Deu na CNN Brasil

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Ortega acaba de vez com setor privado e reforça totalitarismo na Nicarágua

O setor privado se distanciou do governo de Ortega desde 2018, quando seus principais dirigentes foram presos | Foto: Divulgação/wikimedia

 

Daniel Ortega, ditador da Nicarágua, acabou com o setor privado do país. Na terça-feira 7, o Conselho Superior da Empresa Privada (Cosep) junto com suas 18 Câmaras Associadas foram dissolvidos, depois de 32 anos de atuação na região.

O setor privado da Nicarágua se distanciou do governo de Ortega desde 2018, quando seus principais dirigentes repudiaram as violações de direitos humanos cometidas por policiais e paramilitares. Os dirigentes foram presos. Os empresários foram exilados nos Estados Unidos, em fevereiro deste ano.

A ex-presidente da Câmara Nacional de Turismo da Nicarágua Lucy Valenti disse que a decisão de Ortega faz parte do “processo de radicalização e talibanização do regime. A ditadura se sente encurralada e toma medidas desesperadas”.

Em janeiro de 2022, o jornal Divergentes disse que o Cosep estava “pronto para uma negociação” com o governo, para libertar três presos políticos atuantes no sindicato patronal, o que acabou não acontecendo.

A notícia do fim do Conselho preocupou empresários e investidores, que temem os confiscos que o cancelamento da personalidade jurídica das Câmaras pode implicar, como aconteceu com o patrimônio de mais de 3,2 mil ONGs desde 2018.

Segundo o El País, as contas bancárias da Associação Nicaraguense de Distribuidores de Veículos Automotores (Andiva) já foram congeladas, enquanto outros empresários “correm contra o tempo” para resguardar imóveis e patrimônios.

Deu na Oeste

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Aliado de Lula, ditador Ortega proíbe procissões de Páscoa na Nicarágua

Aliado de Lula, Ortega proíbe procissões de Páscoa na Nicarágua

 

A ditadura de Daniel Ortega (foto) proibiu a Igreja Católica da Nicarágua de celebrar as procissões de rua durante a Quaresma e a Semana Santa.

No início da semana, o ditador classificou a Igreja como “uma máfia organizada” e a acusou de ser antidemocrática por não permitir que os católicos elejam o papa, cardeais, bispos e padres por voto direto.

As relações entre o regime de Ortega e vem se deteriorando nos últimos meses.

Em 12 de fevereiro, o papa Francisco lamentou a sentença de prisão de um bispo crítico da ditadura nicaraguense, Rolando Álvarez, e encorajou os líderes no país a “procurarem sinceramente” a paz.

Álvarez, crítico do Governo de Ortega, foi condenado a 26 anos e quatro meses de prisão por crimes de traição.

Leia também a reportagem de Duda Teixeira na Crusoé que mostra como o bispo nicaraguense  tornou-se o principal opositor do ditador Daniel Ortega.

Créditos: O Antagonista.