Economia

Senado vai ter “boa vontade” com PEC da Picanha, diz Pacheco

Segundo Pacheco, a aprovação da PEC da Picanha depende do Congresso

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta sexta-feira, 4, que o Congresso trabalhará para votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tem o objetivo de furar o teto de gastos e viabilizar as promessas de campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O texto, também conhecido como PEC da Picanha, será apresentado na terça-feira 8. A ideia é abrir espaço no Orçamento para garantir o Bolsa Família de R$ 600 e um aumento real no salário mínimo.

Em entrevista à GloboNews, Pacheco disse que a “boa vontade” do Congresso com a PEC depende das análises a serem realizadas pela equipe de transição. Os parlamentares ainda não sabem qual valor será necessário para bancar as benesses do novo governo.

“De nossa parte, evidentemente, havendo esse diagnóstico técnico, sem extravagâncias, haverá por parte do Congresso Nacional toda boa vontade de apreciação de uma PEC nesse sentido”, ressaltou o presidente do Senado. “Para isso, é preciso que haja um diagnóstico daquilo que efetivamente precisa em termos orçamentários, além do teto de gastos públicos, para poder conceber essas políticas públicas.”

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou na quinta-feira 3 a possibilidade de apresentar a PEC da Picanha. Isso ocorreu depois de uma reunião do ex-tucano com o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Segundo Pacheco, é “natural” a necessidade de fazer uma “relativização” do teto de gastos neste momento. “Em se tratando de um novo governo, é muito importante que, antes da discussão do Orçamento, se defina o planejamento de fato”, afirmou o senador. “Há um plano de governo que deve ser colocado em prática, um plano de ações, de objetivos, de metas desse governo. E, a partir daí, definir uma peça orçamentária que se encaixe nesse propósito.”

Deu na Oeste

Notícias

Mourão diz que Lula quer “estuprar” orçamento em R$ 200 bilhões

 

O vice-presidente da República e senador eleito, Hamilton Mourão (Republicanos), afirmou nesta última quinta-feira (3) que a proposta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para furar o teto de gastos é “um estupro no orçamento”.

A declaração foi proferida em entrevista à Rádio Gaúcha. De acordo com o general, o plano econômico defendido pelo PT não é positivo para o Brasil.

“Agora, ele [Lula] tem um pepinaço para descascar, não é? Governar o Brasil não é uma coisa simples. Já estou vendo que estão fazendo um movimento no Congresso para fazer um estupro no orçamento de R$ 200 bilhões, é um problemaço que o cara tem pela frente”, declarou.

A fala do vice diz respeito a uma matéria publicada pelo jornal O Globo que relata um encontro da equipe do petista com congressistas para debater o Orçamento de 2023. Segundo a reportagem, foi debatida uma licença para gastar R$ 200 bilhões a mais do que o limite orçamentário a fim de cumprir as promessas de campanha.

Economia

Equipe de Lula inicia mudanças no Orçamento para 2023

Senador eleito pelo Piauí, Wellington Dias foi escalado por Lula para discutir o Orçamento. Foto: Agência Senado

 

A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia nesta quinta-feira, 3, uma série de negociações com o Congresso em busca de adaptações no Orçamento Geral da União para o próximo ano. A meta da equipe petista é abrir espaço no Orçamento para implementar promessas de campanha, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o reajuste do salário mínimo de acordo com a inflação.

staff de Lula quer recursos para um reajuste do salário mínimo de ao menos 1,3% para o próximo ano. Lula trabalha para que o pagamento já seja feito a partir de 1º de janeiro, o que significa, na prática, que essa pode ser a primeira medida tão logo o petista assuma o governo. O peso do reajuste do novo salário mínimo nos cofres públicos pode chegar a R$ 6 bilhões.

A fim de buscar os recursos, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), escalado por Lula para negociar os acertos no Orçamento, terá uma reunião nesta quinta-feira com o relator do Orçamento Geral da União, Marcelo Castro (MDB-PI).

O encontro terá também a participação do coordenador do programa de Lula, Aloizio Mercadante, dos senadores Paulo Rocha (PT-PA), Jean Paul Prates (PT-RN), Fabiano Contarato (PT-ES) e dos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG), Enio Verri (PT-PR), Rui Falcão (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS). O coordenador da equipe de transição de Lula, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, também participa do encontro.

Ao todo, a equipe de Lula espera liberar R$ 175,2 bilhões do Orçamento para o começo do governo Lula. A expectativa é que o Orçamento seja votado pelo Congresso até o dia 16 de dezembro. O novo salário mínimo é o primeiro ponto da negociação e deve ser vinculado ao crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto) dos cinco anos anteriores.

Deu na Oeste