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Cidades Invasores deixam terreno privado após 6 meses

Foto: Adriano Abreu

 

Após cerca de 180 dias desde a invasão, os integrantes do Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) deixaram o terreno privado na avenida Deodoro da Fonseca, onde era situado o antigo Diário de Natal. A mudança aconteceu durante a tarde desta terça-feira (30). De acordo com Bianca Soares, coordenadora nacional do MLB, todos foram realocados de volta para o galpão ocupado no bairro da Ribeira, após uma negociação com a Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano (Cehab).

A mudança acontece cinco dias depois da decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) de ampliar o prazo em 30 dias para o cumprimento do acordo de desocupação, a pedido da Cehab. Conforme o acordo mediado pela Defensoria Pública do Estado (DPE-RN), a Companhia é responsável por realocar as 30 famílias do MLB para um outro imóvel, que será custeado pelo Estado durante um período de dois anos.

A escolha do novo espaço onde ficarão os integrantes do MLB foi definida em reunião da Companhia com o Movimento durante a última quinta-feira (25). De acordo com a Cehab, trata-se de um imóvel do Estado, mas não foi detalhada a localização exata. Para que seja possível a mudança, o Governo afirma que contratou uma empresa para proceder com a limpeza e adequação do prédio.

Segundo Bianca Soares, coordenadora nacional do MLB, a mudança definitiva de todos os integrantes para o novo imóvel acontecerá daqui a 20 dias. Todos os materiais que estavam no terreno foram transportados com o uso de um caminhão, cedido pela Cehab para uso da mudança do MLB até as 18h da terça-feira.

O terreno alvo da invasão é considerado de alto valor imobiliário, devido a sua localização em uma área apontada como nobre na capital do Estado. A empresa Poti Incorporações, proprietária do imóvel, pediu reintegração de posse após a ocupação. A determinação favorável à empresa aconteceu diante da confirmação da posse através da certidão de registro imobiliário expedida pela 1ª. CRI (3º Ofício) de Natal, que comprova a propriedade e justo título, além da certidão de regularidade fiscal referente ao IPTU do imóvel.

Deu na Tribuna do Norte

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Justiça permite que invasores fiquem mais 30 dias em imóvel privado; ação completará 6 meses

Reprodução

 

Um dia antes do fim do prazo acordado entre as partes para desocupação de um imóvel privado em Natal, a Justiça aceitou pedido do Governo do Estado e prorrogou esse tempo por mais 30 dias. Agora, os membros do Movimento de Luta nos Bairros (MLB), responsáveis pela invasão do terreno do antigo Diário de Natal, localizado na Av. Deodoro da Fonseca, em Petrópolis, ganharam mais algumas semanas na área, que foi invadida no dia 29 de janeiro, e está prestes a completar seis meses.

A decisão emitida pela 5ª Vara da Fazenda Pública atende a uma solicitação feita pela Defensoria Pública do Estado, manifestado pela Companhia de Habitação do Rio Grande do Norte, a Cehab, que somente nesta quinta-feira (25) anunciou ter encontrado um novo local para realocar os invasores do terreno, em acordo com o MLB.

O terreno alvo da invasão é considerado de alto valor imobiliário, devido a sua localização em uma área apontada como nobre na capital do Estado. A empresa Poti Incorporações Imobiliária, proprietária do imóvel, pediu reintegração de posse logo após a imprensa noticiar a ação, e foi atendida. Mas, praticamente seis meses depois, ainda não foi cumprida.

Por intermédio da Justiça, se chegou a um acordo para que a invasão fosse encerrada nestes últimos 45 dias, prazo que agora também não será cumprido, com a sua prorrogação. A assessoria jurídica da empresa proprietária da área havia comunicado que pediria a ação da força policial para cumprir o acordo.

Deu na Tribuna do Norte

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Invasores de terra oferecem terreno atrás do Palácio da Alvorada por R$ 19 milhões

Lascou: invasores de terras estão oferecendo terreno atrás do Palácio da Alvorada por R$ 19 milhões

 

Três homens são acusados de anunciar a venda de terreno público de 51 hectares, localizado atrás de uma das residências oficiais da Presidência da República, no Distrito Federal, por R$ 19,8 milhões.

A 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), denunciou o trio por grilagem de terras em relação ao lote que fica nas proximidades da Granja do Torto.

No último dia 29 de junho, a 5ª Vara Criminal de Brasília recebeu a denúncia da 2ª Prourb e deferiu o pedido de medidas cautelares para impedir o trio de entrar na área que tentou vender por meio do anúncio milionário ilícito.

O juiz Fellipe Figueiredo de Carvalho proibiu os três homens de acessarem o terreno ou de realizarem qualquer visita acompanhada de supostos interessados na aquisição do lote. Um dos réus, que mora na região, só pode permanecer nos limites da casa dele, de acordo com a decisão judicial.

O magistrado também determinou a retirada do anúncio ilegal de venda do terreno, veiculado em site especializado.

Veja como era a propaganda:

Imagem colorida de anúncio de terreno feito em site

Os acusados de tentar comercializar a área pública são um morador da região, um corretor de imóveis e o dono de uma imobiliária.

Segundo a 2ª Prourb, os três queriam vender a área pública, de propriedade da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), por “estratosférica quantia” de R$ 19,8 milhões.

De acordo com as investigações, o homem que possui uma casa na região se apresentou como titular de direitos e da propriedade do terreno ao entrar em contato com um dos corretores. Aliado ao dono da imobiliária em que trabalha, o profissional anunciou a venda da área, que, na verdade, pertence à Terracap.

A terra alvo dos grileiros é pública, e os três tinham conhecimento disso, segundo a denúncia da 2ª Prourb, já que nenhum possuía título legítimo sobre o terreno.

A Promotoria destacou que dois dos réus são profissionais do ramo imobiliário, por isso sabem dos requisitos necessários para criação ou anúncio de empreendimento de parcelamento do solo para fins urbanos.

“Belíssimo condomínio”

Para tentar fisgar potenciais compradores, o anúncio na internet dizia que a área estava “disponível” para “investir ou construir um belíssimo condomínio fechado” e que era “ideal para investidores ou construtoras”.

A divulgação era enganosa e ilegal, porque nenhum dos três envolvidos possui, de fato, o título legítimo de propriedade do imóvel, muito menos qualquer autorização para parcelamento, de acordo com a 2ª Prourb.

Segundo a denúncia aceita pela Justiça, os homens “queriam se tornar milionários por meio da usurpação do patrimônio público do Distrito Federal”.

Outro fato que impediria futuras construções no terreno é que a região abriga uma nascente do Córrego Ribeirão do Torto, de forma que parte do lote trata-se de área de preservação permanente (APP).

É crime ambiental destruir uma APP para fins comerciais, uma vez que a lei só permite intervenção nessas regiões para obras essenciais, de interesse social ou de baixo impacto ambiental.

Créditos: Metrópoles.