Notícias

Nível do Guaíba fica abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês em Porto Alegre

Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil

 

O nível do Guaíba caiu na madrugada deste sábado (1º) e está abaixo da cota de inundação na Usina da Gasômetro, em Porto Alegre. Isso quer dizer que o lago não transborda mais e está de volta ao seu leito depois de um mês – mas o clima de alerta permanece.

De acordo com a régua instalada no Gasômetro, entre 4h15 e 4h30, o nível caiu de 3,60 (cota de inundação) para 3,59 metros e, às 6h15, estava em 3,57 metros. É a primeira vez que isso ocorre desde 2 de maio, quando o Guaíba chegou a 3,69 metros. De lá para cá, o nível não ficou mais abaixo da cota de inundação.

A tragédia climática matou 169 pessoas, deixando 44 desaparecidas, 806 feridas e mais de 619,7 mil fora de casa. Cidades foram devastadas: 473, de um total de 497, sofreram algum tipo de dano. O estado soma bilhões de reais em prejuízos.

Cheias por todo o estado

A chuva forte começou em 27 de abril em Santa Cruz do Sul, na Região dos Vales. Sem parar, se estendeu por mais de 10 dias, sobrecarregando as bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos e Gravataí, que transbordaram e a água invadiu municípios, arrasando cidades e destruindo vidas.

  • Em Porto Alegre, a rodoviária, o aeroporto, ruas do Centro Histórico e o Mercado Público foram atingidos. Estádios de futebol alagaram.
  • O Rio Taquari passou dos 30 metros de altura e atingiu o maior nível da história. Em Cruzeiro do Sul, na Região dos Vales, foi registrado em vídeo o momento em que a Brigada Militar (BM) fazia tentava fazer o salvamento de duas pessoas que estavam ilhadas em cima do telhado de uma residência (veja o vídeo abaixo). Uma delas foi salva. Conforme a BM, a outra pessoa foi arrastada pela água quando um policial tentava resgatá-la.
  • Após atingir a Região da Serra, passar pelos Vales e inundar a Região Metropolitana, a água chegou à Região Sul do RS, ainda no começo de maio. As cidades de São José do Norte, São Lourenço do Sul, Pelotas e Rio Grande estão em estado de alerta máximo. Milhares de pessoas precisaram sair de casa.

Novas cotas

O Governo do Rio Grande do Sul alterou, na terça-feira (28), a cota de inundação do Guaíba para 3,60 metros. O nível contrasta com a cota de 3 metros anteriormente informada, que pertencia à régua do Cais Mauá , desativada após a cheia do dia 2 de maio, às 23h. A cota de alerta também passou de 2,50 para 3,15 metros.

Em 3 de maio, uma régua emergencial foi instalada mais ao sul da Capital, na estação Usina do Gasômetro. A outra régua, que estava no cais, apresentou problemas. Até então, o medidor preservava as mesmas métricas da antiga estação, instalada em 2014.

A revisão não muda as medições já observadas, como o recorde de 5,35 metros registrado em 5 de maio. O que muda é que esse valor agora deve ser comparado à cota de inundação de 3,60 metros, e não mais ao valor antigo, de 3 metros.

O governo detalha que os critérios estabelecidos para a instalação do medidor emergencial foram acesso fácil, transparência e capacidade de interpretação dos dados por equipes de monitoramento.

Explicação

O professor Fernando Fan, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS afirma que as réguas são equivalentes. Ou seja, quando a cota de inundação atingir 3,60 metros na estação emergencial, a do Cais Mauá registrará 3 metros. Com isso, não haveria grandes alterações nas comparações entre as cheias de 1941 e a deste ano.

“A medição ainda é válida. O valor de 5,35 metros medido, ele ainda vai ser obviamente conferido. Vai ter algumas verificações, mas dada a diferença entre os sensores e o jeito que eles foram instalados, provavelmente o valor máximo da inundação vai ser próximo e ao redor desse que foi medido na Usina do Gasômetro. Vai ser um valor próximo lá ao do Cais Mauá. Pode inclusive ser corrigido um pouquinho para cima, mas é uma pequena diferença”, afirma o professor.

Fonte: Estadão

Notícias

Nível do Guaíba cai 17 cm em Porto Alegre e segue baixando

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

O nível da água do Guaíba em Porto Alegre (RS) continua baixando e atingiu 4,38 metros às 11h da manhã deste domingo (19), segundo o medidor do Cais Mauá. O nível está 17 centímetros (cm) abaixo do registrado na noite de sábado (18), quando estava em 4,55 metros.

“A retomada da curva de baixa ocorre depois de três dias de recuo entre a quarta-feira (15) e sexta-feira (17) e estabilidade no dia de ontem, quando as águas praticamente não baixaram ao longo do dia com pequenas oscilações para cima e para baixo”, informou a MetSul, empresa de monitoramento meteorológico.

Apesar do recuo, o nível do Guaíba segue 1,38 metro acima da cota de transbordamento do Centro Histórico, o que faz com que parte da capital gaúcha ainda permaneça alagada.

Está é a maior cheia do lago Guaíba já documentada em 150 anos de medições, com o pico registrado sendo meio metro superior à cheia de 1941 que, até então, tinha sido a maior do estado.

Defesa Civil

De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil do estado, publicado às 12h de hoje, 155 pessoas morreram por causa das fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul. Outras 89 pessoas seguem desaparecidas.

O número de municípios afetados também aumentou de 461 para 463 (do total de 497) de ontem para hoje. Ao todo, as chuvas afetaram 2,321 milhões de pessoas, forçando 617 mil pessoas a abandonarem suas casas, sendo 540 mil desalojados e outras 76,9 mil pessoas morando em abrigos.

Fonte: Agência Brasil

Notícias

Nível do Guaíba ultrapassa os 5 metros e se aproxima de novo recorde histórico

Nível do Guaíba ultrapassa os 5 metros e se aproxima de novo recorde histórico
Foto: Mauricio Tonetto / Secom

 

O nível do Guaíba, no Rio Grande do Sul, voltou a subir e, na tarde de 2ª feira (13), ultrapassou os 5 metros. Até às 7h desta 3ª feira (14), o lago está na marca dos 5,18 metros. A cota de inundação é de 3 metros.

A alta do Guaíba preocupa, já que a cheia é uma das principais causas da inundação que atinge o Rio Grande do Sul desde 28 de abril. O Estado enfrenta situação de calamidade pública.

Até a 2ª feira (13.mai), o atual mês de maio é o 2º mais chuvoso da história de Porto Alegre. Está atrás só de maio de 1941. As informações são do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Segundo balanço do órgão, a capital gaúcha já registrou 341,7 milímetros de chuva neste mês. Em 1941, ano em que uma enchente semelhante à atual foi registrada, foram 405,5 mm no período.

Em 7 de maio, o Guaíba atingiu o seu ápice histórico, quando o seu nível chegou a 5,33 metros. A marca ultrapassou o que tinha sido, até então, o maior registro de cheia na capital Porto Alegre: o de 1941. Naquele ano, o rio marcou 4,76 metros.

Veja abaixo o gráfico de monitoramento do Guaíba:

Fonte: Poder 360