Política

“Quem duvidar que a economia brasileira vai crescer vai quebrar a cara”, diz Lula

Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou otimismo com os resultados da economia brasileira — citando dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (29) — durante evento do governo federal para anúncio de medidas de apoio ao Rio Grande do Sul.

“Quando falo da economia brasileira, eu sou teimoso em dizer que quem duvidar que a economia brasileira vai crescer vai quebrar a cara no final do ano. É o seguinte: o Caged de abril gerou 240 mil empregos novos, ou seja, 32% maior do que abril do ano passado”, disse.

“Se esses investimentos estão acontecendo, a economia não tem porque não crescer. E quanto mais a economia crescer, mais rápido será o tratamento com o Rio Grande do Sul”, complementou.

Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, Lula assinou uma medida provisória (MP) que permitirá a disponibilização de recursos para financiamentos em locais atingidos por calamidades públicas.

“A partir de agora, não apenas o Rio Grande do Sul, mas qualquer região que tiver um problema climático, ele terá que ter uma ação especial. E é por isso que nós estamos trabalhando na construção de um plano antecipado para que a gente tente evitar que as coisas aconteçam nesse país”, disse o presidente ainda no início do seu discurso.

Os representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Fazenda também anunciaram novas medidas para a recuperação do estado afetado por enchentes históricas no início do mês.

De acordo com Lula, uma das principais preocupações do governo federal com o Rio Grande do Sul neste momento “é fazer com que não haja qualquer empecilho burocrático que atrapalhe as decisões do governo de acontecer na ponta”.

Deu na CNN Brasil

Economia, Política

Mercado entra em alerta com fala de Lula sobre meta fiscal e vê Haddad “falando sozinho” na defesa do déficit zero

 

A capacidade do governo de cumprir a meta fiscal de déficit zero em 2024 foi colocada em xeque nesta semana, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que “dificilmente” a gestão conseguiria fechar as contas públicas no zero a zero. O objetivo já era visto como ambicioso e otimista por diversos analistas, mas a fala do mandatário fez com que se gerassem dúvidas sobre a capacidade da equipe econômica de cumprir seus acordos e ter responsabilidade fiscal, além de gerar um desconforto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Mais do que isso, o Congresso Nacional viu na fala de Lula a senha para discutir a mudança da meta. Após as falas do presidente e aparentes desencontros das agendas de governo, a expectativa do mercado piorou em relação ao desempenho do governo.

Especialistas consultados pela Jovem Pan afirmam que o déficit zero dificilmente será alcançado e o posicionamento de Lula pode inclusive gerar um movimento de alta nos juros.